Asas
Borboleta é uma palavra com asas que me remete à longos vôos à infância.
Acho que esqueci minhas asinhas em uma daquelas tardes perfumadas pelos ventos que traziam o cheiro das flores, prenunciando a primavera. Era ali no meio das flores que eu me embriagada com o olor primaveril e o canto nostálgico dos pássaros, que eu ensaiava a coreografia dos vôos ao lado de borboletas miúdas que vinham dorminhar nos jasmineiros floridos que eu cultivava na inocência do meu olhar de menina.
Gratidão é uma palavra alada. É impossível pronunciá-la sem que rápido bata asas e como uma prece chegue ao céu.
A vida é uma borboleta misteriosa de longas asas douradas que pousa na sublime flor da existência uma única vez. Só quem tem olhos encantados é capaz de admirá-la com a magia que o espetáculo da sua aparição sugere. Só os que possuem a capacidade se espantarem com o simples, o corriqueiro, o banal sabem apreciá-la na totalidade das suas cores em tão curto espaço de tempo. E é exatamente a brevidade desse pouso que o faz assim tão precioso! É necessário não perder um só instante dessa apreciação divinal, porque mais rápido do que imaginamos a borboleta bate asas e sem que nos demos conta, sutilmente voa.
Os sentimentos têm asas. Por isso, nos tocam à distância; seja na sutileza de um beijo ou na força de um abraço.
Desconfio que além de miraculoso o amor tenha asas, dessas que nos envolvem inteiros tamanha a proteção que traz consigo.
Entre todos os seres
coabitando essa terra, foi o
homem agraciado com as maiores asas oferecidas pelo Criador
a um dos seus filhos:
as reluzentes asas
da sensatez!
Feche os olhos, relaxe: ao menor sinal de inquietação o pássaro dourado do sono bate asas, voa e insone pousa nas sombras escuras da noite.
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