Às Vezes
A vida é um caminhar de um curto período, que, muitas vezes, não temos a oportunidade de voltar pela estrada até à bifurcação onde decidimos pelo caminho que constatamos ter sido o errado.
Rejeitar o presente errado é, às vezes, o maior sinal de maturidade espiritual. Muitos caíram não por falta de força, mas por excesso de aceitação.
Às vezes ficamos tão preocupados, focados em alcançar as nossas metas e objetivos que nos esquecemos de avaliar o que realmente necessitamos.
Dor
Às vezes, a dor consegue ser maior que o amor.
Falamos tanto sobre o sentimento de amar… mas e a dor?
A dor física, aprendemos a amenizar.
Mas e a dor que fica dentro?
A dor de perder alguém que nunca mais iremos ver, nem sentir?
Como se ameniza uma dor dessas?
Com ela se vão os sorrisos, os abraços, os melhores conselhos.
Que remédio existe para tanta dor?
Qual é a cura de deixar alguém partir
sem ao menos ter vivido o que foi sonhado?
Como seguimos, convivendo só com a dor e as lágrimas?
Os abraços não terão mais calor.
Os conselhos perderão o sentido.
As gargalhadas já não terão mais graça.
Como me despeço de quem me ensinou tanto?
Como direi “adeus” sem saber se você está ouvindo?
Me perdoe por não ter aproveitado mais a sua presença…
Por não ter dito mais vezes o quanto eu te amo.
Dói dizer adeus.
E dói ainda mais saber que agora você vive apenas dentro de mim.
K.B.
Às vezes, esquecemos que a responsabilidade
afetiva também inclui o cuidado com nós mesmos.
Lembre-se: merecemos a mesma consideração e respeito que oferecemos aos outros. 🫀
Às vezes quando enfrentarmos os desafios da
vida, sentimos muito medo. Isso é até comum,
porque não confiamos em nosso potencial.
Às vezes, o que nos impede de vencer não é o problema em si, mas a nossa resistência em encará-lo de frente.
Nem todo afastamento é desinteresse. Às vezes, é só o reflexo de uma infância onde ser rejeitado doía demais.
Nem sempre quem fica quieto demais está bem. Muitas vezes é a pessoa que na infância aprendeu a ter medo de se expressar como era e ser rejeitada.
Às vezes, tudo o que nos cabe é o silêncio.
Não por fraqueza, mas por sabedoria.
O silêncio é cúmplice da reflexão e guardião da serenidade.
Há momentos em que não há o que fazer, nem o que sentir.
E isso não é vazio, tampouco solidão.
É apenas um intervalo sagrado,
Um tempo de recolhimento em que a alma se encontra consigo mesma.
É o espírito voltando, momentaneamente, para casa.
Sábia é a escolha do silêncio…
Às vezes, ele tem mais impacto do que qualquer palavra.
Quem sabe escutar o silêncio, sabe também o valor da própria essência.
E você sabe.
Quem carrega verdade no peito, permanece firme — mesmo quando o outro não percebe.
Nem tudo vale a pena manter. O que te faz crescer, sim. O resto, deixe. Recomece quantas vezes for preciso.
Quando Penso em Ti
Às vezes,
em meu silêncio,
penso em ti.
Não como quem busca uma lembrança perdida,
mas como a terra pensa na semente:
com quieta certeza de que a vida
já floresce em segredo.
Penso em ti
e meu peito se enche
de uma alegria antiga e nova,
como o vento que reconhece
a canção da árvore
antes mesmo de tocá-la.
Sim, penso em ti
com todo o amor
que o tempo não mede:
um rio que não seca,
uma luz que não treme,
um abraço sem braços.
E saiba, profundamente saiba:
você é amada.
Não por dever ou destino,
mas como o céu ama o voo,
como a raiz ama a terra,
como a noite ama
o seu próprio silêncio estrelado.
Você é amada
porque o amor
é o nome secreto
de tudo o que é verdadeiro em mim.
E quando penso em ti,
é ele que respira.
E você minha amada pensa em mim? 💞
