As sete Leis Espirituais do Sucesso
ANTES DO SOL SE PÔR
Hoje, eu poeto cá por lhe narrar
As sensações de o meu coração
São versos de quem quer amar
Numa ardente e gostosa paixão
Tal qual a poética tem emoção
Assim o meu desejo é desejar
Tu és aquele amor de sonhar
Tu és meu amor, minha razão
A cada trova um doce suspirar
A sede, perdão se fui amador
É por ti este canto a lhe cantar
És o encanto duma felicidade
A boniteza antes do sol se pôr
No cerrado. Ar, minha metade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09 setembro, 2021, 21’16” – Araguari, MG
INCÓGNITA
Porque digo, amor, e ainda o sente
A solidão, afagos de fogo, afogueado
Teu toque, um toque simplesmente
Que corre o corpo, e delira o pecado
Porque se sente e a sensação é tanta
Se nem do olhar a recordação é perto
A prosa querer o prosar que encanta
Se nem a poética sabe o fascínio certo
Eu só sei que nada sei, tudo é contido
A alma no eu, o eu num amor perdido
Que poeta aos meus ouvidos, desejos!
E eu só quero ternura, mais que pouca
Na loucura dos lábios, sentir a tua boca
E que em dócil cortejo, ter-te em beijos...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 setembro, 2021, 16’16” – Araguari, MG
REMISSÃO
Como rejeitar-te? se na minha poesia
Deixou a sensação, o vigor dum amor
Teu cheiro, a saudade, a alma luzidia
Em prosa e verso tão cheios de dispor
Como rejeitar-te? se és sobeja quantia
Onde o desejo implora por dar-te flor
Cada menção tua é uma atraente via
Vem recordar-me deste afeto sedutor
Rejeitar-te? impossível. Por ti eu peno
Meu coração versou e verseja história
Se é para suportar, tomo deste veneno
Eu não espero uma poesia transitória
No olhar, quero afago não um escudo
Hão da razão ter e o perdão de tudo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2021, agosto, 01, 19’11” - Cerrado goiano
SETEMBRO
Do pôr do sol neste horizonte rubente
Eu perco-me, é tarde cálida no cerrado
O pensamento ao vento e tão passado
Numa contemplação remota e ausente
A sensação se encole, e o vazio espora
Ergue ao longe uma solidão perturbada
E da saudade se ouve uma voz chorada
Sussurrando ao ouvido agrura que cora
Num segundo o céu tornou-se agreste
E as minhas sofreguidões tão sozinhas
Se espalhando por todo canto celeste
Setembro. Sua rima nas prosas minhas
É! ... falam de amor, como se me deste
De novo a flor, que pro amor avinhas...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2021, setembro, 11, 18’27” – Araguari, MG
ENVELHECENDO
Frauda o sono na madrugada. Sem apreço
Tropeço em tropeço, corpo e vigor, se vão
É pulsação na emoção, é a conta, é o preço
À dimensão do tempo, do tempo à dimensão
Um espesso sentimento: agrado e padeço
Ao chão, cada suspiro de uma sensação
Vida, palpitação, de arremesso e arrefeço
E, bem sei que curto ou longo nos levarão
A cada verso, reverso do fim e do começo
O início, o término, no meio, se misturarão
Do berço ao regresso, diverso, eu confesso!
Se tive insatisfação, também, mais gratidão
Tristeza ou não, apenas um outro endereço
Envelhecendo, a oblação dos que sorte são!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2021, setembro, 12, 04’27” – Araguari, MG
SER POETA E SER POÉTICO
Ser poeta e ser poético dentro de um sonho de arte
Que, aureolando a melodia e harmonizando a prosa
Deixa aquele integral senso quando este se biparte
Em afeto e dor, numa só sensação, a sutileza da rosa
Emoção. Eis o que faz amar-te, eis o que fez apreciar-te
Inspiração pura, entregue ao criador de mão laboriosa
Que amplia, cria, que a manufatura e leva a toda parte
Do amor, intérprete do coração, lhano num esplendor
Talvez a imaginação é tanta, ante a tanta imaginação
Sente tanto sentimento, o travador, esse ser dialético
Que ri e chora, e que sempre está cheio de fascinação
Sussurros guaiam do estro, num entusiasmo frenético
Devaneios suspiram, respiram, e d’alma estruge ilusão
Dentro de um sonho de arte de ser poeta e ser poético
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12, setembro, 2021, 11’27” – Araguari, MG
SUCUPIRA
Florir no cerrado ou no ressecado recanto
Ou mesmo em chão cascalhado, de feitio
Sedutor, nobre no sertão, dum lilás manto
Que se destaca dentre outras. Bela e sutil
Quando desabrocha ao olhar, um espanto
Entre a profusão mil, e as passifloras mil
Ela, singela, que nascida é pra o encanto
Adorna as planícies do planalto do Brasil
É de vê-la ímpar, de tal graça, ao vento
Tocando a alma, dum magnetismo total
Sucupira, árvore cheia de encantamento
E, de vê-la arroxeada copa tão colossal
Que aviva cada canto do árido cinzento
Aprazia, sacia, numa poética sem igual...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12/09/2021, 19’41” – Araguari, MG
SOB UM RETRATO
Aqui tens amarelado, um retrato desbotado
Numa saudade que dói e na saudade versa
Em um silêncio mudo, contudo, encharcado
De memória, histórias, de casos e conversa
Foto piedosa, meiga, de um tempo passado
Ante o vazio do olhar, da atenção dispersa
Olhos amorosos, em um sussurro chorado
Ó contemplação de uma sensação perversa
Ante ele, recordando a tão doce formosura
Ente amado, as preces para a eternidade
Que o tempo leva numa nostálgica ternura
É que Deus, Ente, lhe doirou em santidade
Dando-lhe a paz e o caminho da alma pura
E cá eu vou carpindo sob a infinda saudade...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/09/2021, 10’10” – Araguari, MG
Canção Musicada Pra Velhice
Dizes-te tempo, entretanto
Em ti andejando, cada dia
Mais e tais, mais um canto
Mais algo, e mais ousadia
E a cada novo ano, passa
Indo a carcaça abarrotada
Aparência baça, com graça
Peleja, e generosa morada
Cada passo, renovo, brilho
A vida num prélio deveras
A juventude um trocadilho
E o desejo das primaveras
Sigo da vida a doce poesia
Se ventura eu fosse poeta
Dele apanharia mais magia
Velho, mas de alma repleta
Cada fio do cabelo já prata
E a saudade no peito forte
No olhar luz, a sina pacata
E, que o coração se importe
Porém, antes, porém, sorte
Caro tempo, aqui me esforço
É bem que se vai pra morte
Mas, que seja sem remorso...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/09/2021, 15’40” – Araguari, MG
UM POEMA
Tu, que este versejar, o teu nome chama
Que deixa a saudade suspirar pelos versos
Arqueja na alma em sentimentos diversos
Sussurrando nostálgica rima, denso drama
Nesta prosa poética onde o amor derrama
Diante da inspiração os sonhos submersos
O olhar, de olha-los, são desejos imersos
Em cada trova, sensação daquele que ama
Todo o amor qual andei sempre embebido
Pulsa no peito ao dizer-te em verso terno
O que sempre no meu amar teve contido
É a sedutora teimosia do encanto interno
Dum coração repleto, e pleno de sentido
Esperança, à espera do encontro eterno...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13 setembro, 2021, 21’12” – Araguari, MG
ENVELHECEU COMIGO
Quando, à primeira vez, me vi na poesia
Que foi lá pros tempos da longe meninice
E quedei-me à paixão de quem sentisse
Sede n’alma, emoção e razão na grafia
E depois, fantasia e ilusão, a vê-la, disse:
É moço o poeta é enroupar-se de ousadia
O sentimento aceso, estro, sedução e cria
Hoje a sinto entre as sensações da velhice
Cá de caneta e papel, trancos e solavancos
Vejo-a idear as mãos em prosa, terno abrigo
De venturas e os hostis versos saltimbancos
E ao apreciá-lo assim, inteiramente, digo,
Vendo-a poetar com meus cabelos brancos
A poesia, realmente, envelheceu comigo...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14 setembro, 2021, 17’07” – Araguari, MG
GOSTAR…
É doar por gostar, desejar e querer
Receber por dar, por apenas amar
Para mais amor, amar, e assim, ter
E nesse saber, o crer para confiar
Ah! como é agrado, suspiros ao ar
Aquele doce olhar e o beijo suado
Nesse existir tão curto no caminhar
Então, gratidão e flor ao enamorado
E, ao coração, aquele enrabichado
Amor, afinal se é bom, é pra estar
Se caído, que seja então pro viver
Pois, como é querido estar ao lado
Do amor apaixonado a nos embalar
- E, afim amor de mim, pode haver...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 setembro, 2021, 15’07” – Araguari, MG
DIVINA COMÉDIA
Lágrima sussurrando na face sofrida
Sensação erguendo os braços ao céu
A sorte dentro do silêncio escondida
A quem serve sentido perdido ao leu
Se o desejo causa martírio no papel
Pecado, ilusão, e a dor infinda ferida
Corre o fado e só gera direção cruel
Porque estar delirante por toda vida?
Não é melhor na prosa ser clemente
Paz, harmonia, poesia no que insiste
Em não ser, sendo feliz com a gente
Razão: deixo a poética n’alma haver
E o triste deixo apoucado, se existe
Vivo o amor, do que meramente ter...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 setembro, 2021, 20’23” – Araguari, MG
AMOR, PAIXÃO, SEDUÇÃO EM CORTEJO
Invadindo a vastidão do sentir profundo
Sulcando a sensação, incitando o desejo
O amor e a paixão, a sedução em cortejo
Velam o prazer, que surge num segundo
Na esteira sem fim duma severa espera
Ei-lo embalado na amplidão de um laço
Em ritmo lento ou acelerado compasso
Eclode e floresce a cada uma primavera
Andeja, e vai em busca de um infinito
Agrado, tal o romper dum díspar mito
Apurando a humano maneira de supor
E tão cheio de luz do fulgir dum astro
Brilha a alma, deixando poético rastro
Da trajetória augusta: quando é amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16 setembro, 2021, 09’42” – Araguari, MG
MANACÁ de cheiro
Para cantar o Manacá numa verdade
Não basta a prosa, tem de ter beleza
No olhar, sensibilidade n’alma acesa
Saber degustar do encanto que brade
Duma flor, duma graça e delicadeza
Do lilás a alva... tão pura na vaidade
Uma quimera envolvente, majestade
O Manacá de cheiro, orna a natureza
Invejo o vento que no seu movimento
Acaricia, beija, e se envolve no cheiro
De essências robustas, doce momento
És formosa que qualquer outra vontade
Pois, abrenha o sentimento por inteiro
Odor que trescala, um cheiro de saudade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16 setembro, 2021, 17’20” – Araguari, MG
AMOROSO VIVER
Que eu cante bem, e tal modo o cante
Que o amor saiba o quanto é proveito
Na poética cheia de graça e abundante
De agrado, de desejo e o fiel respeito
Que satisfaça e não seja mero instante
E se, na aflição, então, que seja feito
O mais importante, e o mais confiante
Afinal, aquele amor, no peito, é eleito
Que o querer tenha não um qualquer
Sentimento, que seja a ventura nossa
Pro desejado sonhado amor que vier
Que, então, se transponha os embaraços
Que se tenha no fado o fado que possa
E amoroso viver, com beijos, e abraços...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 setembro, 2021, 07’33” – Araguari, MG
INDEFINIÇÃO
Posso lá versar na poética jornada
Ter caução num verso divinamente
Se aquele revés, da amargura rente
Enche de nevoa a poesia inspirada
Se a prosa se torna cantiga agitada
E tenta impor uma sofrença ardente
Tendo suspiros e lágrimas somente
Como regra na imaginação traçada
Posso lá referir, assim, a sensação
Dum agrado, de concórdia e louvor
Seja a hora, sempre, na indefinição
Eu sei lá qual razão, então, a supor
Uma adição ou o apenas supressão
Se qualquer um irá poetificar na dor.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
10 dezembro, 2023, 14’15” – Araguari, MG
PRENDA
Diga a poesia! A poesia compreenderia
O prazer contido em um poeta a compor
A luz do olhar, da lua, o espectro da flor
Que faz nascer d’alma a imensa magia
Traz os sonhos na noite e doce utopia
A ensopar a prosa com beleza e sabor
Enchendo os versos com alumiada cor
Desenhando as quimeras de cada dia
A cada gota de inspiração, o encanto
Vida que rima com alegria e o pranto
Inda que a lágrima seja para disfarçar
Cala no coração o fascínio tão fundo
Dos mais e entre as graças do mundo
O afago de então, a prenda de poetar.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
11 dezembro, 2023, 15’47” – Araguari, MG
PENA
Sensação renhida, deixai-me na paz
Livrai-me do mal e suas dores rasas
Que não rasteje e sege mais capaz
Com sentimentos de alongadas asas
Ou me faça, mais, mais sorte voraz
Onde meu olhar queime em brasas
Leve a desilusão e o amor perfaz
Quando a estima e a alegria casas
Satisfação, de cintilante claridade
Que iluminas a alma e traz sabor
Sê também aquele amigo abrigo
Ó boa sensação! Tem de piedade!
Não me condene tal a um pecador
Ordenando a aflição estar comigo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/01/2024, 16'31" – Araguari, MG
GULA
Sim, mais! Mais ainda! E ainda mais!
Quando o coração sente o tal desejo
Um olhar que queima, os toques tais
E aquele arfado suspiro, doce ensejo
Nunca as sensações nos são iguais
Porque o olhar do amor tem lampejo
Fazendo do sentimento ali seu cais
Sim, mais! Mais ainda! Ainda o beijo!
Ah! O beijo! ... que nos deixa talante
Querendo muito, ter terna felicidade
Cheio de sede, gosto que consome
Fosse, assim, toda a sorte, amante
Não há emoção que baste à vontade
Nem satisfação que chegue à fome!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/01/2024, 12'33" – Araguari, MG
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