As Palavras Ditas em um Momento de Raiva

⁠Sozinho, num quarto que ecoa ausência, meus olhos flutuam, meu pensamento sangra em palavras. Quando o mundo fecha suas portas, faço das frases meu abrigo, das letras minha trincheira. Escrevo pra que o silêncio não me engula inteiro.

⁠Às vezes, minhas palavras são ventos frios que cruzam sem querer, tocando almas alheias com a pressa da minha dor. Mas nesse sopro partilhado, encontro um laço invisível, um abraço sutil onde não há solidão, apenas a promessa serena de cura em cada respirar compartilhado.

A experiência é meu patrimônio líquido, não se perde no mercado das palavras, rende decisões melhores a cada dia.

Quando se escreve sobre o Amor as letras parem palavras e as mesmas dão à luz nos partos da Poesia.

As palavras traduzidas pelo silêncio são o eco das ações que escaparam à coragem.

De todas as palavras existentes, a que menos vive na solidão é o erro.

Aprisionar palavras de amor pode mudar o rumo de toda uma vida.

O rascunho do Poeta são palavras amarrotadas entre o silêncio e a solidão.

Se confessares às palavras o Amor que sentes: descobres a linguagem natural da felicidade.

O paladar das palavras define a expressão do pensamento.

Amor, palavras, música e vinho: a vida avança prazerosamente mais devagar.

As palavras utilizam-se de mim: quando escrevo poesia.

Vou fazer zapping com as tuas palavras até chegar ao canal onde verbalizas o silêncio que sentes por mim.

Diálogos daltónicos exprimem palavras desbotadas.

Há palavras que provocam hematomas na alma.

A duas únicas palavras no mundo que não necessitam de dicionário é: Mãe e Pai.

A poesia cura as feridas nas palavras.

Onde existe o barulho das cores e o silêncio das palavras, existe poesia.

Ser-se poeta é: descarnar os ossos das palavras.

Dentro da Poesia quando as palavras anoitecem acendem-se pirilampos versos.