Arrancar do meu Peito
Havia na minha poesia
Havia na minha poesia, um entrave
Aquela sensação velada de tristeza
Verso com aflição em um tom grave
Imergido duma perfídia e sua vileza
Havia na minha poesia, tal lealdade
A um sentimento cheio de aspereza
Um queimor, um ato de banalidade
Que fere a emoção, sem delicadeza
Havia! E não mais imerso nos versos
Um não sei quê de agrados diversos
Me fez poetar a leveza duma pureza:
De outro encanto, outro e outro tanto
Enamorado, só Deus sabe por quanto
Deixando o cântico com casta certeza.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/11/2023, 20"55" – Araguari, MG
NOS BRAÇOS DA SAUDADE
Olhando pelas gretas do passado
Que já se foram pelo tempo afora
E tão recente me é aquela aurora
Que chora o sentimento. Povoado
De recordação. Ó gosto salgado
Que escorre do suspiro e implora
Os momentos idos, já sem hora
Cheios de memória e significado
Ah! dias meus que se foram, traste
Deixaste doce emoção, guardaste
A sensação do que foi a jovialidade
E resta-me agora, apenas recordar
As várias estórias e nostálgico pesar
Cá a reviver, nos braços da saudade.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27 novembro, 2023, 15"43" – Araguari, MG
*paráfrase Sá de Freitas
Resta o versejar para alentar a gente
Escrevo os versos meus, na saudade
E sensação abafante, a cada instante
Meus versos, dum sentimento errante
Suspira, senti, padece e, então, brade
Ando tão descontente, vago no infinito
Um delírio inquieto nos confins da vida
Sangrando na poesia, tão árdua ferida
Da solidão... Ó escrito frenético e aflito
Repiso as dores que em mim fincaram
Levo no canto as notas que deixaram
Porque o poeta é um genuíno sofrente
Pois, cada verso vertente, nele temos
O diário de tudo, o que, então fizemos
Resta o versejar para alentar a gente.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28 novembro, 2023, 16’02” – Araguari, MG
Acaso canta o amor
Quando se vai o amor, cala-se a poesia
Muda-se a melodia, e nada mais cativa
Importa... Mesmo que a inspiração viva
Pois, pouco o versar suporta, só arrelia
Sem este afeto, perdida a doce fantasia
Sofrida, do suspiro a rima fica tão cativa
E os versos de uma alma pouco criativa
Segui resignada com uma poética vazia
Por isto eu sinto com intensidade, valor
Desenhando cada paixão pelo caminho
Risonho, maior, tomado de terno ardor
Ah! Estar enamorado, com ele o sentido
Nos braços da sedução, sem desalinho
Pois flama a poesia acaso canta o amor!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 novembro, 2023, 18’55” – Araguari, MG
Ela, a saudade
Se ela de novo à minha inspiração
Dolorosa, para a minha serenidade
Hei de dizer-lhe tudo com exatidão
Dum mártir vingador, na crueldade
Pouco importa o gesto, a suposição
Não se fez crente a minha piedade
Pois bem, serei frio e sem coração
Dar-lhe-ei alheação, infiel saudade!
Mas, ai! sentir-te é ter uma fração
É suspirar, imaginar e fazer parte
Que ainda aperta o peito, emoção
Tento, evito, devaneio, desmedido
Caio num versar de ti, tão covarde
E, me ponho a sonhar, ter podido!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30 agosto, 2023, 16’26” – Araguari, MG
Imprevisto
Eu senti um suspiro. Longo e frio
Sussurrado d’alma, que suspirara
Tão pouco sei qual o motivo ficara
Assim, tristonha, de súbito arrepio
Quanto mais a sentia, mais havia
Aperto, pranto com a terrível cara
De quem não inferia. Ó rude apara
Que ao poeta mal inspira a poesia
Por que tristura? E então pudera
Ter no verso sentimento contrário
Se a emoção é sensação sincera
Que possa então aliviar a tirania
Orando amor em poético rosário
Para deixar o versar em sinfonia.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
31 agosto, 2023, 12’26” – Araguari, MG
Tudo passa
Já, soneto alheio, me não fustiga
Saber que usa comigo só ilusão
Que inda nos teus versos abriga
As peripécias do sofrido coração
No tempo, que tudo tem versão
A mutação também terá cantiga
Amor é canto que não se obriga
Verás dissipar a tua enganação
Pois, se sabes que toda ternura
Por força há de mimar os planos
E tu negas o prosar com textura
Vela para tua retórica os enganos
Gozemo-nos já. Quero é aventura
Já que a poética se perde nos anos.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
31 agosto, 2023, 16’19” – Araguari, MG
Saiba ser mais...
Se os muitos versos, que criei contente
Foram suspiros para o coração penado
Que pode vir ao sentimento um cuidado
Que acuda, então, da mazela, diferente
O prosar que ao amor, amor consente
Traga poesia e entoado verso ao fado
Deixando cada poema leve, perfumado
Mimando nos detalhes a alma da gente
Poete, pois, estima, sem ter rancores
Traga o olhar, a constância, sensação
Se há de ameigar que seja com flores
Se quer que me não queixe da posição
Saiba rimar com mais oferta, louvores
Ou saiba ser mais cântico com emoção.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2 setembro, 2023, 13’55” – Araguari, MG
Soneto caído
Ao sentimento esconde o verso sua ilusão
E a mão da emoção escreve o ávido sentir
Não canta sensação e não murmura sorrir
Não toma a suave poética de uma paixão
Ata os sonhos, em lugar de later o coração
Apática poesia sobre o pálido papel, a ferir
Sangram, choram, botando a alma a despir
Sem rir, sem olhares, e gesto, e admiração
Ao agrado esconde a poesia toda a glória
Deixando o fascínio perdido... esquecido...
E, não lembra do amor em sua memória
Invasivos versos, doído, elemento caído
Colocas meu poema em sua palmatoria
Sempre o mais triste foi para o condoído.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
3 setembro, 2023, 14’04” – Araguari, MG
Muitas pessoas interpretam que a Bíblia adverte sobre semear contendas entre irmãos como algo praticado apenas por aqueles que apreciam criar intrigas desnecessárias por prazer, e essa orientação não se limita a esse contexto somente.
Perca
Poetei quanto o amor me guiava
Senti paixão e de perde-la temia
O sentimento nas veias percorria
Os versos eram de quem amava
Era poético, sensação se criava
E demais, mais a emoção pedia
E o verso sentia, e o versar saia
Latejando, a inspiração sonhava
Não era para ser, foi, se perdeu
No choro da poesia, sofreguidão
A retórica numa solidão, morreu
Que me agouro, outro o azarão
A omissão na prosa. Adquiri eu
Saudades. Na poesia, inanição!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
5 setembro, 2023, 6’45” – Araguari, MG
Soneto destituído
Parece, ou eu me engano, que a solidão
De repente deixou o prazer no passado
O letrando, o cântico, agora desafinado
Se vai o sentimento cheio de sensação
Por que não há vão, que não vá ao chão
Da saudade, da dor do falto, tão pesado
Até de aflição pulsa o versar atordoado
Nem uma voz se ouve vinda do coração
Um usurpar da feição poética, advieste
Deixando a prosa triste, num desvario
E de lágrima tétrica a poesia se reveste
Nesta carência da alma, foi-se o gentio
Sentido, e sem que a emoção lhe reste
Assim, destituído de gesto, terno feitio
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
7 setembro, 2023, 6’57” – Araguari, MG
Singular
Se acaso poetares um verso tocante
Ó soneto! Musicando o fascínio feito
Inspira, piedoso, com sentido e jeito
O novo, ao poeta, amador e amante
Dize como uma sedução importante
A emoção, por fiel, cravando o peito
E, assim, então, fruir o bom proveito
Provocando o afeto a cada instante
Que da prosa sensação, me declara
A mão afetuosa me mima desta sina
E poética aos meus sentidos, tomara!
Lembrando-se duma inspiração divina
Que lega a paixão, que um dia jurara
Trazendo amor que o sonho imagina.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
7 setembro, 2023, 20’09” – Araguari, MG
Exu 7 Tumbas... Um nome envolto em mistério e poder. Ele é confundido com Exu 7 Catacumbas, compartilhando a mesma vibração ancestral. Exu 7 Tumbas, um ser antigo cujo orixá é Abaluáê e Omolú, mas também serve outros orixás, assim como os demais Exus da linha das almas. Seu reino é nas tumbas, como o nome sugere. Mestre na arte de descarregar terreiros e afastar espíritos obsessores. Exu 7 Tumbas, guardião do passado, conhecedor das antigas magias. Aquele que se oculta nas sombras para proteger e purificar. Exu 7 Tumbas, guardião das tumbas...
Característica do Exu Sete Tumbas.
Exu sete tumbas costuma vim encurvado com as mãos para trás e as pernas tortas juntas com as mãos como garra para cima ele muito sério não gosta de brincadeira sempre sério de poucas palavras sua voz roca não tem medo de chamar atenção dos médiuns que o recebe tão menos dos seus consolentes um exímio feiticeiro sabendo magia da cabala ,magia de egípcia, também gosta que seus médiuns procura outros conhecimentos como alquimia e numerologia.
Quando em terra ele centa em um toco acende uma vela preta.
Sobre Exu sete Tumbas.
Exu sete tumbas não gosta que confunda nome de com seu sete Catacumbas pos tem muitos médiuns na hora de dar o nome por não entendê-lo ou mesmo não procurar saber sobre os exus na umbanda que banda candomblé eles acabam confundindo o nome dele com sete catacumba foi bom incorporado até então ele ainda diz aonde está Sete Catacumbas está também está sete tumbas aonde sete tumbas está sete Catacumbas está.
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