Aroma
Como é delicioso esse pêssego macio, desejo toda manhã sentir o aroma, sentir como se passasse em todo o meu rosto enquanto eu delírio em seu sabor.
Cheiro a rosmaninho, macela e poejo
aroma da terra, que o campo reparte,
nesta agricultura, que sendo uma arte,
é sempre a primeira no vasto Alentejo.
Em cada avenida destas proporções,
saltam os coelhos, pardelhas e patos,
avistam se as pegas, as lebres, os ratos,
as águias, abutres, mochos e falcões.
E entre as colinas, na safra do vinho,
os bichos alargam os meus horizontes,
ao fundo a malhada, videiras e montes,
carvalhos de roble, de sobro e de azinho.
Crocitam os corvos, gozões do lugar,
pra lá do cabeço, onde as rãs aquecem,
no tempo dos celtas, talvez cá estivessem,
menos essas crias que hão-de chegar.
Assoma-se o sol, a pique e altivo,
detrás da promessa de uma trovoada,
as ervas pressentem a terra molhada,
tudo em pouco tempo fica mais esquivo.
O silêncio aquieta a fauna e a flora,
a terra abre os braços ao vento e à chuva,
deitando pra dentro dos templos da uva
a voz de um silêncio com parte sonora.
A chuva acalmou, ergue-se a labuta
piam passarinhos, alegres, felizes:
cartaxos, carriços, melros e perdizes,
em tons de harmonia pra quem os escuta.
Assim, vai a vida, nesta arte rural,
onde os grilos cantam, o trabalho aquece,
e onde a paisagem nunca se esquece
que a vida mais bela quando é natural.
Tem gente que carrega o aroma das manhãs,
como o canto suave de um passarinho em liberdade,
trazendo vozes que dançam nas brisas,
a magia que se infiltra no peito e cura a dor.
Nesses seres, o condão da paz se revela,
como uma luz que atravessa nuvens densas,
e ao ouvir sus falas, o coração se aquieta,
encontrando alívio nas notas da sua presença.
Ilhas dos Nossos Poros
Gosto de ouvir a música dos teus sentidos
saborear o aroma dos teus silêncios
beber os dias que escorrem das nossas bocas
e colher os poentes nas ilhas dos nossos poros.
Jantar já tá na mesa, reza
Só de sentir o aroma veio o retrogosto dela
Acho que nesse molho tem fio de cabelo dela
Passas pelo meu olhar todo dia...
e eu flutuo.
Tens um aroma de flores.
Tens uma suavidade de notas musicais.
Tu passas pelo meu olhar
... e eu... eu me perco...
e a cada reencontro... eu me encontro.
Passas pelo meu olhar... todo dia <3
Uma luz no fim do túnel
O túnel é de plantas
Um caminho verdejante de aroma agradável
Por entre a ramagem verde, vislumbre da claridade
A menininha segue confiante
Aspira a brisa fresca com um sorriso no rosto
Coração arfante
Regozijo e felicidade
Sabe que ao final a penumbra se desfazerá.
Como seu coração
que guarda o brilho da juventude
Também haverá um lindo e luminoso sol a lhe esperar
Algo lhe diz interiormente
Que a linha de chegada nem sempre é o fim
Mas o recomeço de uma nova trajetória
cheia também de surpresas
Seguir em frente sem desanimar
Pois são muitos a lhe amar
Em quem poderá se apoiar
E com certeza com ela irão caminhar.
setembro/2022
Sinto o aroma do infinito em nós,
O flagrante de amor no ar...,
Por ti não me canso de esperar.
Vejo o horizonte se abrir por nós,
O instante não vai passar...,
És inteiro e virá para sempre ficar.
Sinto a falta do teu abraço,
Do brilho do teu viço...,
Forte como as chuvas de março.
Vivo a alegria de ser por nós,
O meu olhar nunca se perdeu...,
Do teu olhar o peito não esqueceu.
Sinto todas as faltas do mundo,
O teu calor solar primaveril...,
Não pode me faltar no 'profundo'.
Quero adormecer com a tua voz,
O amor nasceu em nós...,
Ele é livre como um albatroz.
Sinto que o teu olhar leve,
O teu observar é energia...,
E o meu corpo é só alegria.
Aonde estás? Não sei.
O teu amor será a lei...,
O meu obedecer - a grei.
Sinto o teu beijo de colibri,
O amor saúda logo ali,
Amo-te em silêncio aqui.
Aonde estás? Não sei.
O teu amor já é lei...,
O teu querer é a fina grei.
Em vias de nós obtermos
- a consumação -
O teu olhar não me perde,
E nem se perde de uma linha
- da nossa paixão -
Alvissareira coroação,
- somos poetas -
Com todas as cordas e linhas
Da vida e do coração,
Plenos de ternura e oração.
Perco-me de tanto contentamento,
Entre o teu aroma e o meu,
Doce confusão,
Que só faz bem ao coração...
Encontro-me com você,
Escondo-me de você,
Para ocultar a paixão,
Faz parte da dança da sedução.
Venero o que vem de você,
Arrumo cada significado,
Dou à entender,
Que o meu respirar é apaixonado.
Sim, o meu respirar e todo o meu ser,
Namoram o que vem de você,
Até debaixo d'água,
Não deixo lembrar o meu pertencer.
Frondosa como uma árvore em floração,
É o nosso amor brotado em chama,
Nascido de versos,
Vamos além da cama - assim espero.
Bate poeticamente o sentimento,
Entre o teu e o meu,
Doce manifestação,
Que bom que o amor nasceu!...
A distância não diminui
você aqui dentro,
Sinto o teu aroma
trazido pelo vento,
Tens as essências de todas
as mil flores,
Nunca vi maior grandiloquência
Dentre todos os amores:
Você que me possui com amor,
Malícia e com intensidades
multicores.
Fico o dia todo
procurando uma canção,
Que me faça te cantar,
E cantando te traga
Na emergência que o amor
compreende.
Trago-te para a primavera
amorosa
Que nos pertence,
E que nunca há
de nos faltar.
Adorando-nos
tremendamente,
Os nossos sabores
nos repletam,
Somos tão
cúmplices,
De provocar capricho
nos amores
Mais ciganos.
Carregamos a alma
De todas as revoluções,
E somos as asas
da liberdade
Batendo pelos campos
floridos,
Tudo isso porque
nos amamos,
Nos desejamos,
E juntos destruímos
os grilhões,
Rumo ao que dizem
que é impossível,
Nada chegou até
hoje mais perto,
E muito menos próximo
do que é incrível:
Carregamos conosco
a segura certeza
De que o amor é imperecível.
Quem ama nunca se deixa,
Ganha outros mares,
Conhece outros países,
Vive com o coração
sem queixa,
Quem ama sempre aparece,
Vive com o coração
em regresso,
Ganha o céu,
Traz consigo as estrelas,
Faz de tudo para que até
o pequeno gesto
Se eternize.
Cessa até a mais temerosa
Das guerras,
Faz gloriosamente
Com que a alma se torne humana,
E triunfalmente se pacifique.
O aroma do meu amor perfumará o teu caminho, Com o meu jeitinho e todo carinho, Sorrirás sempre daqui para frente, E me levarás contigo...
A constelação está condensada nos teus olhos, O teu aroma é inebriante, Faço juras poéticas de ser para sempre mais do que tua amante...
O seu pensamento em mim
tem o aroma da primícia
do mais lindo amanhecer,
ele abraça, beija, acaricia,
e nos teus braços me coloca
muito além do anoitecer
e histórias de mil luares,
És a própria força do céu,
paixão bonita que tem
me feito enlouquecer,
o Sol, a Terra e Júpiter
estão em alinhamento,
e você que está vibrante
no meu pensamento:
Fazendo até transformar
o meu corpo em vinho
só para te viciar,
os meus versos em pão
só para te saciar,
e meus beijos em água
só para você beber,...
Não paro em hora alguma
de pensar em você,
de querer te encantar,
de erotismo te alimentar
e desta boca bonita
ser a canção tranquila
e a tua total êxtase mística.
O aroma do genocídio
do povo indígena
pelo vento sul trazido
desde o altiplano
se fez reconhecido,
A tal doidivana
autoproclamada
não tem diferença
do falso militante
no meio da rua
de calça arreada,
Gente assim é capaz
de tombar um
hemisfério inteiro
se todo mundo
ficar sem fazer nada,
Essa gente apronta
tanto que
o tempo passa,
E do General preso
injustamente e da tropa
ninguém anda
falando de mais nada.
O aroma da multidão
jovem pisoteada
na favela,
É sinal de segurança
sem sentinela,
De baile e música
sem escolha;
De uma manipulação
sem limite,
De uma América Latina
crescentemente
colocada em convulsão.
Foi muito o sangue,
e agora escapa o lítio
Ainda não dá
para contar
o prejuízo assinado
pela doidivana
autoproclamada
e os seus companheiros
de pornochanchada:
a imprensa
segue censurada.
Bela Vista do Toldo
O aroma do mate trazido
pelos ventos faz lembrar
da tua gente indígena,
a memória profunda
afastada pelos séculos
e destes curiosos versos.
Balança a araucária
do meu destino,
o Contestado em mim
continua vivo,
salve Bela Vista do Toldo!
Os povos italianos,
poloneses, alemães
e ucranianos, semearam
lavouras prósperas
e ergueram uma cidade
acolhedora e sedutora.
Erguida unção mística
que traz o signo da vida,
os teus mistérios fascinam
e me fazem seguir a tua trilha,
salve Bela Vista do Toldo!
Na Festa de Nossa Senhora
da Glória e sob a benção
da Mãe eu me abraço
com o teu gentil povo,
Bela Vista do Toldo é puro ouro.
O aroma do mate servido
e a viola plangente
conta a História nas notas
da tua gentil gente,
salve Bela Vista do Toldo!
Em cada CTG me encontro
com você até o dia clarear,
Bela Vista do Toldo jóia
bonita de grutas escondidas:
meu porto seguro e amor de morar.
Há muita história
para contar além
de cada poema,
No ar respiro
o aroma da cattleya,
e sigo contando
a história de honra,
luta e a glória
que hão de ser
recuperadas por
toda Venezuela.
Canto porque sinto
que vitória está
a caminho porque
há quem se encontra
buscando e não
desiste de seguir
na vida sonhando.
Os sete bravos
viraram estrelas
do crepúsculo
sem fronteiras,
e assim eles
escreveram
pémones as
suas bravuras
no livro da vida.
Canto porque sinto
com a reverência
do General
na despedida,
ele se encontra
preso por causa
de uma absurda
e grave mentira,
e é de justiça
que a inocência
que o pertence
seja por todos
reconhecida.
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