Apagar a minha Estrela
Quando um dia eu for poeira e for a minha despedida, tratem-me da mesma maneira que me trataram nesta vida.
A minha liberdade de expressão é limitada desde o tempo em que o meu pai dizia palavras que eu não podia dizer.
Ó velas do meu moinho,
rodízios da minha azenha,
vão rodando lentamente
esperando que a morte venha.
I
Há qualquer coisa no rosto
desse teu ser pachorrento,
como quem espera o vento
nas belas tardes de Agosto…
O que me causa desgosto
é ver o teu descaminho,
deixo neste pergaminho
saudades do teu passado,
e ao ver-te abandonado
ó velas do meu moinho.
II
Foste um símbolo da vida,
remoeste farinha a rodos,
foi pena não dar p´ra todos,
como é triste a despedida...
Foste pão numa guarida,
imperador real da brenha...
O meu ser em ti se empenha
em ser cantante e moleiro,
ó águas do meu ribeiro,
rodízios da minha azenha.
III
Rodopiando a nostalgia
onde o meu ser nada viu,
não laborou, não sentiu,
nem fez de ti moradia...
Resta a minha simpatia,
o supor de quem não sente,
recordar o antigamente,
enaltecer a nossa História,
E os meus versos, na memória
vão rodando lentamente.
IV
Rodam como uma moagem
com carradas de cultura
e os sinais de desventura
dão-me gritos de coragem...
São murmúrios da mensagem
celebrada na resenha,
pra que o vento nos mantenha
sempre a par do seu saber,
e todo o mais é só viver,
esperando que a morte venha.
1)ser criança é..... 2) ou pelo menos era assim antigamente.....
1)brincar sem medo,
correr nas ruas sem se preocupar com as contas da casa, com o que vai comer quando chegar, com o trabalho do dia seguinte, com a família pra sustentar.
ser criança é só ter uma única preocupação. ir tomar água e não poder voltar para brincar mais...
2)ou pelo menos... era assim antigamente!
hoje em dia a preocupação das crianças é...
parecer mais velha, ficar bonita para os outros, ter um namorado com 8 anos de idade? fala serio! o mundo está cada vez pior! e não estou falando de gerações. mas sim, de criações!
parece que não se criam filhos como antigamente! e não digo daqueles que espancavam seus filhos. mas sim daqueles que ensinavam quem tinha a autoridade em cada momento, como investir, defesa sem ataque, que bullying era errado, cada idade tem seu tempo e muitas outras coisas que ajudariam na criação de hoje em dia.
as pessoas estão cada vez mais burras por conta do avanço da tecnologia.
antigamente se contava com lapis, hoje em dia a primeira coisa que vem a mente é a calculadora.
cada ano que passa estamos ficando mais perdidos....
e daqui a pouco estaremos em extinção......
Tem varanda, podemos respirar um pouco mais, ver o verde, ver o céu, as estrelas, as coisas do mundo, mesmo que por um recorte na paisagem.
MINHA TERRA
Minha cidade, um cromo mineiro
Ruas largas, a Matriz, árido chão
Maritacas na praça, povo faceiro
Pasmaceira, tudo calmo, ramerrão
Curicacão em bando no ar, ligeiro
Os sonhos além duma porteira, vão
O tempo no seu tempo corriqueiro
E o passado descascado no casarão
No alto da planície, cerrado e serra
Araguari, das Gerais, a minha terra
Altaneira, hospitaleira, bela cidade
Cada canto um encanto de sensação
Do meu peito canta numa só emoção
Já ida a mocidade, aboio de saudade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 dezembro, 2021 – Araguari, MG
Havia na minha poesia
Havia na minha poesia, um entrave
Aquela sensação velada de tristeza
Verso com aflição em um tom grave
Imergido duma perfídia e sua vileza
Havia na minha poesia, tal lealdade
A um sentimento cheio de aspereza
Um queimor, um ato de banalidade
Que fere a emoção, sem delicadeza
Havia! E não mais imerso nos versos
Um não sei quê de agrados diversos
Me fez poetar a leveza duma pureza:
De outro encanto, outro e outro tanto
Enamorado, só Deus sabe por quanto
Deixando o cântico com casta certeza.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/11/2023, 20"55" – Araguari, MG
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