Apaga a Luz
Podem me ferir. Eu nem vou piscar, porque sou uma rocha. Podem me deixar no escuro. Eu sou uma rocha com luz própria. Não quebro e não viro cinzas… porque desafio a natureza. Eu sobrevivo. Eu sou… um diamante!
Abra os olhos do coração e deixe que a beleza da simplicidade ilumine o seu caminho. Sinta cada gesto de carinho em cada delicadeza que Deus nos prepara diariamente.
Não quero o primeiro beijo:
basta-me
o instante antes do beijo.
Quero-me
corpo ante o abismo,
terra no rasgão do sismo.
O lábio ardendo
entre tremor e temor,
o escurecer da luz
no desaguar dos corpos:
o amor
não tem depois.
Quero o vulcão
que na terra não toca:
o beijo antes de ser boca.
"Mia Couto"
"Todos temos o bem e o mal dentro de si, mas o que realmente importa não são as semelhanças e sim as diferenças."
O ser humano não tem um coração como o meu. O coração humano é uma linha, ao passo que o meu é um círculo, e tenho a capacidade interminável de estar no lugar certo na hora certa. A conseqüencia disso é que estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feirúra e sua beleza, e me pergunto como uma mesma coisa pode ser as duas. Mas eles tem uma coisa que eu invejo. Que mais não seja, os humanos têm o bom senso de morrer.
Como a maioria dos sofrimentos, esse começou com uma aparente felicidade.
Por algum motivo, os homens agonizantes sempre fazem perguntas cujas respostas já sabem. Talvez seja para poderem morrer tendo razão.
Loucura é odiar todas as rosas porque um espinho te feriu, é desistir de todos os esforços porque um deles fracassou, é condenar todas as amizades porque uma delas te traiu, é não crer mais no amor porque um deles te decepcionou, é jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma falhou.
Lembre-se: sempre há outa chance, outra amizade, outro amor. Mas nunca outra VIDA... Seja feliz hoje! Porque o hoje é um presente e o amanhã uma incerteza.
Eu escolhi ficar isolado, sozinho. Escolhi me afastar para mergulhar em meus pensamentos.
(Shouya Ishida)
Olhou para o rosto sem vida, e então beijou a boca do seu melhor amigo, Rudy Steiner, com suavidade e verdade. Ele tinha um gosto poeirento e adocicado. Um gosto de arrependimento á sombra do arvoredo e na penumbra de coleçao de ternos do anarquista. Liesel o beijou demoradamente, suavimente, e, quando se afastou, toucou-lhe a boca com os dedos.