Anoitecer
"" Baila em teu sorriso a leveza da primeira luz do anoitecer
é como se o dia majestosamente se entregasse a ti
sem rancor, delineando cores, dentro do teu olhar
e tu apenas com a beleza, olhavas o infinito
o tempo ousou parar e revelar segredos especiais
sonhamos juntos todos os sonhos que quem ama pode sonhar
de manhã o sol apareceu
não deu vez as lágrimas que molharam a nossa face
caminhos opostos, jamais
somos a essência e a lembrança do amor
sem aquela dor de saber que a vida poderia ser vivida
longe de nós...
Que cada dia seja pra você um convite a felicidade e que cada anoitecer seja um convite para sonhar sonhos possíveis e um apelo para viver um novo amanhecer, ,até que as
estrelas cubram o céu mais uma vez trazendo esperanças de dias melhores.
NOITE SEM LUAR
Profª lourdes Duarte
Ao anoitecer, escondem-se os raios do sol
Se despedindo, a noite profunda cai
Uma solidão inexplicável, bete em meu peito
Com olhar perdido observo os campos
Numa noite sombria, sem luar.
Ouço gotas de chuva intensa cair lá fora
Tocando as folhas dos campos a molhar
Numa sonoridade repetitiva e triste
Como notas poéticas, tocadas unicamente,
Para um coração solitário, vazio e deprimente.
A solidão aumenta o peito aperta
Esperando o amanhecer que não vem
Sem a Lua no céu para iluminar minha noite
Meu coração pulsa como vida triste
Solitária, me enrosco e ponho a chorar.
Adormeço e logo vem os sonhos
E na escuridão da noite te encontro
OH! Meu amado!
Afagas meu peito e lágrimas seca
De forma serena, consigo dizer,
Abençoada noite por natureza, sem luar.
O amor!
Que o amor em todo tempo,
Mesmo nos momentos obscuros,
Mesmo em uma noite sem luar,
Esteja sempre a brilhar,
Os corações apaixonados.
Palavras, no silenciar do dia estronda a escuridão do anoitecer nela quase nada se ouve mas tudo fica nítido e claro até que o amanhecer arrebente-se dia a fora pois a vida nos ensina :que há hora para falar como pra calar-se e aprendemos que o silêncio do dizer nos gritam.
Mutável
Uma brisa suave fecha o dia.
Abro os olhos devagar.
A luz suave do anoitecer me acalma.
São tantos tons... neon policromático.
Abraço-me com doçura.
Penso em mim com carinho.
Espero meu tempo, espero por mim.
Uma incisão na alma...
Agora só uma leve cicatriz... a cicatrizar
Com coragem olho em frente.
Tomo a proa, a embarcação agora comando...
Agora suavemente sou eu que mando.
Ser mutável.
No chão da fria realidade vou voar.
Que a bênção de Deus abrace cada pedacinho do nosso dia —
do despertar ao anoitecer.
Que não falte leveza, direção e cuidado…
em cada passo, em cada escolha,
em cada respiro.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
Somos infinitos, e nessa jornada corpórea o nascer e o morrer é apenas o intervalo entre o anoitecer e o por do sol
Ao usar um candeeiro para iluminar seu caminho na vasta escuridão do anoitecer, suas pegadas jamais permanecerão ocultas com o raiar do sol
Todo infortúnio que bate à tua porta com a chegada do anoitecer, são sonhos disfarçados, que se revelam e devem ser realizados com o nascer do sol
FAZ-SE NOITE
Embrulha-se o cerrado no véu negro
Num descorado manto de melancolia
O anoitecer parece sussurrante canto
Ressoando as ladainhas da Ave-Maria
E neste espetáculo de um mimo tanto
O completar do clarão de mais um dia
Esvai-se o feito num contínuo encanto
Pra encenar a lua tão cândida e luzidia
No terreiro, vaga-lumes, tão distantes
No seu bailado cintilantes e delirantes
Decoram as tardes pra na magia tê-las
Faz-se noite, que nos seja bem vinda
Linda, leve e de tranquilidade infinda
Balsamado com o cheiro das estrelas
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25 janeiro, 2022, 20’44” – Araguari, MG
LUAR DO CERRADO
Quando, no cerrado, vem o anoitecer
O seu luar prateia as várzeas quedos
Num silêncio de fúnebres segredos
Numa tal beleza por assim merecer
É o Criador vazando o belo entre os dedos
Enfeitando a noite para não mais esquecer
Ladeando a lua com estrelas a resplandecer
E pondo a prova os nossos sentidos tredos
É tanta intensidade da luz, tátil é o perceber
Que nos faz pequeninos, eternos mancebos
Pasmado, que quase não se pode descrever
A imaginação migra para vários enredos
Numa rutilante e bela experiência no viver
Numa total plenitude e sentimentos ledos...
Luciano Spagnol
Junho, 2016
Cerrado goiano
SONETO MINGUANTE
Procurei por ti, ó lua, neste anoitecer
E tu estava sem sair à rua, silente
Nenhuma estrela estava reluzente
Tal qual a solidão aqui no meu viver
Noite de inverno, um vazio ingente
Cerrado seco, melancolia a verter
O silêncio no quarto a transcender
E a saudade ousando ser confidente
Escuto o vento na vidraça a bater
Querendo vir me abraçar contente
Se possível fosse sua privança ter
Neste minguante sentimento poente
Nas lembranças eu tento me aquecer
Pois, até a ilusão de mim está ausente
Luciano Spagnol
Julho, 23 de 2016
Cerrado goiano
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