Aniversario da Freira e 60 anos
Hipocrisia é ser um anjo para os de fora e ao mesmo tempo um demônio para os de sua casa, não que você tenha que ser um demônio para os de fora, mas sim um anjo em ambas as partes.
Há de transcender a culpa, há de transcender a reposabilidade.
Há de sempre jogar no outro, para Deus, para o futuro, para o que for, os nossos erros, as escolhas, as nossas ideias.
Vivemos criando o ideal e negligenciando o aqui e o agora. O ideal do que deve ser, do que devemos ser, e negamos o que somos.
Somos o que somos, e nos mudamos a cada segundo, a cada suspiro há de surgir um novo ser. 
Pois no agora já não há o mesmo do que já foi um dia.
O mundo tem sido duro com o homem pois o homem tem sido duro com o mundo. Assim o mesmo efeito se aplica a vida. Mas tudo isso também deriva do fato de que o próprio homem é duro consigo mesmo. 
Vive num conflito externo e interno, mas neste ultimo tipo de conflito há de surgir tudo aquilo que torna duro o que o homem vivencia e transforma através de suas ações e pensamentos perante o mundo e a si mesmo.
A tragédia não transcende o ser, mas esta contido em si próprio, este cria sua própria realidade e sua própria desgraça. O fim do homem é a própria forma deste agir, pensar e viver.
O fim em si mesmo.
Desgarrada
Observa como ela passa desatenta
sem pressa, sem lugar
vai, segue indo
É tudo lindo?
Já não vê
está sem rumo
não sente a vida
não tem destino.
A mudança me enche de receio, de medo, de dúvidas e insegurança. Mas também me enche de sentimentos que me fazem evoluir, me fazem crescer, me desafiam, me fazem querer, me fazem aprender.
Nossas histórias estão repletas de vilões nomeados como heróis. Nos tornamos vilões também em dizer que eles foram heróis.
Nossas histórias estão repletas de homens que conquistou terras, guerras, riquezas, mas pouquíssimos que dominaram a arte de sí conquistar. Na anseia de conquistar o mundo, não dominaram eles mesmos.
Sobre nossas histórias. Investigamos nosso passado para corrigir o nosso futuro, na verdade isso é um presente do passado para nós, nossas histórias passadas podem se repetir.
Marcas da vida
Piso firme no solo do tempo
Não vejo percalço para limitar-me
O meu pensamento orienta o meu corpo
A elaborar estratégias para contornar os obstáculos
Sigo como a água corrente
Que perpassa os empecilhos contornando-os
Quando necessário infiltro-me no solo
Transformando-me em lençol freático 
E lá guardo a pureza do que sou
Para que eu possa submergir límpido...
Tranquilo e consciente de meus novos atos
E, nessa nova ordem prendo.
À minha alma a liberdade e, por isso, encontro-me...
Extasiado no que sou.
18/06/2016
Alma em devaneio
Como o tempo que cavalga
Ou como uma onda que cumpre o seu rito 
Assim é a minha alma em devaneio
À procura do enigma do mundo
Vai regendo nela
A solidão dos desencontros
A variação do espaço
A mudança temporal
E nessa jornada ela vai se encontrando
Vai saboreando amores imperfeitos
Que mudam a cada estação
Vivificando uma vida de prazeres
Só que a busca dela
É por plenitude
Cansou-se de aconchegar-se em vazios
Agora arde-se 
A esperança de um encontro 
Que reconforte as suas desilusões 
Que abarque as decepções
A minha alma procura por ti
Como um jovem sedento no deserto
O medo do desencontro perpétuo
Maestrifica o agir da alma
Que violentada pelo enigma da existência
Almeja o conforto de um porto seguro
Brotam-se as dúvidas da vida:
O que procura quando procura?
O quer encontrar?
Para onde irei se eu não te alcançar?
Ò, minha alma, por que se encontra, assim tão perdida?
Para onde vais?
O que deseja conquistar?
Que sede procura suprir?
Venha para meu corpo
Ò, alma arredia!
A tua busca só funciona
Em consonância com o meu ser
Volta alma arredia 
Volta alma arredia 
Pois a tua ilusão
Prende o meu corpo no vazio
De teus desejos
Volta alma arredia.
16/06/2016
Hino ao uni-verso
Tinha rasgado o véu da ignorância 
E desnudado a minha alma 
Tinha comungado com paixão e ternura
Os instantes de vida que se diluía 
E o tempo grande mestre da existência
Regia os segundos como o vento
Que soprava a vela do descobrimento
E fazia movimentar o barco que buscava os sujeitos e os objetos
Caem as folhas e os frutos maduros
Envelhificamos o nosso corpo e a nossa mente
E rejuvenescemos a nossa alma
Que bailifica na eternidade imutável
O céu vai se abrindo como um salão 
Que esperando os bailarinos do tempo
Ritmizam a nova vida do ser
Na dança se expande e se contraí no movimento eterno
E nesse movimento não precisamos de bussola 
E nem de guias
Somos direcionados pelas estrelas que classificam 
Os pontos cardiais no uni-verso
E nossa alma encontrará o seu refúgio
No santuário da galáxia harmoniosa 
Onde estrelas, luas, sois e espaços se encontram
É nessa nova realidade que submerge
O amor como hino ao uni-verso
Onde a palavra é que habita em nós
Como o tempo que governa o corpo
Mas não é senhor da alma.
14/06/2016
Os fracassos.
E se derrepente você olhar para a sua vida e perceber que muito do que escolheu para ela não foi concretizado? E ao trilhar o que escolheu, foi percebendo que havia muito mais há escolher. 
Disponível em: https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1024&bih=475&q=fracassos&oq=fracassos&gs_l=img.3...4705.12373.0.13280.30.18.9.3.5.0.263.2612.0j14j1.15.0....0...1ac.1.64.img..4.26.2698.7pc041TachQ#imgrc=JpbzQmXFDEy9XM%3Acesso em 12/12/2015
Quando falamos em escolhas, sempre remetemos o nosso pensar a algum caminho que devemos percorrer, pois precisamos seguir em frente.
Mas que caminho seguir?
Fazendo uma busca pelas obras que já li do Rubem Alves, recordei de um livro... Um livro belo! Intitulado de “se eu pudesse viver a minha vida novamente”, sim, se pudesse ahh!?
É hora dos suspiros demorados!
Quantas ideias não veem à cabeça?
Muitas!
Para começar esse resgate, trago um pedacinho dele para essa crônica nas seguintes palavras: 
“Para isto caminhamos a vida inteira: para chegar ao lugar de onde partimos. E, quando chegamos, é a surpresa. É como se nunca tivéssemos visto. Agora ao final de nossas andanças, nossos olhos são outros, olhos de velhice, de saudade.” 
Qual o significado de olhos de velhice? E onde é o lugar da saudade? Onde ela mora em nosso corpo?
O que você, leitor, faria se pudesse viver novamente a sua vida?
Concertaria algum erro?
Faria novos erros?
Ou deixaria tudo como está?
Se o retorno ao passado lhe fosse permitido, o que de fato você faria?
De onde você partiu e para onde você quer voltar?
Ainda em Rubem Alves sigo a pensar: “Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros (...). Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres”. 
Neste livro tem algo que me inquieta; Um jovem vai entrevista-lo e começa pela seguinte pergunta: “Como é que o senhor planejou a sua vida para que chegasse aonde chegou?” 
Ele respondeu: “Eu estou onde estou porque todos os meus planos deram errado”.
Por fim, ouso terminar com um ditado popular, “planejamos nossas vidas, mas não determinamos os acontecimentos”.
Avandelson Ferreira da Silva
12/12/2015
O desejo
Nos últimos dias me bateu um desejo de voltar a escrever as minhas crônicas. Transformar alguns “rabiscos digitados” no computador em escritos que abordam um pouco sobre o meu pensar e agir diante do que capto da realidade.
Com o passar do tempo me veio uma série de temas, como por exemplo: amor, perdão, paciência, angústia, liberdade, solidariedade, fé, sabedoria, filosofia. Porém, decidi simplesmente escrever, não com o sangue como direcionaria o filósofo alemão Nietzsche, mas com sensibilidade.
Então, como começar se não tenho um assunto específico?
Vamos lá! (...)
Pensando! Pensando!
No instante que penso, veio em minha mente o Rubem Alves, que tentava descobrir em uma de suas obras o pensamento que ele pensava quando se estava pensando. Parece loucura, não é?
Mas o que virá ser a loucura? Se não essa vontade infinita de ser o que a nossa mente nos possibilita sermos com os nossos sonhos, fantasias, desejos...
O que virá ser o pensamento? Se não vontade infinita de voar sem sair do lugar como cantarolava a banda Cidade Negra!?
Aí estou eu! Escrevendo sobre o pensamento, a vontade, a loucura e o desejo.
Mas... Voltando a Nietzsche, o que significa escrever com o seu próprio sangue? Talvez, pensar com a sua própria alma? Expor com sensibilidade, o seu amor por algo ou alguém?
Deixo algumas perguntas para servir de alicerce para novas possibilidades ou novas viagens... Encare essas indagações como uma espécie de caminhada infinita que só termina quando quiseres parar de fluir as suas próprias potencialidades.
Logo, o infinito aqui, quem vai determinar o que é, e será, é você, leitor.
O que é o tempo?
Quando olho para a minha vida, percebo que o tempo é o senhor das decisões. É nele, e por ele, que a vida segue as suas circunstâncias, é nele que a orquestra da existência se manifesta como uma onda em constante transformação das coisas que aparecem em nossa vida.
O que sou eu para o tempo ou o que eu penso sobre o tempo?
O que sou eu para o tempo? Talvez, o simples elemento da mudança, o objeto da circunstância e ao mesmo tempo ser que é moldado pela temporalidade. Mas o que penso sobre o tempo? O tempo é uma instância que transforma meu ser.
O que é a vida diante do tempo?
A vida deve ser um respiro. Um farfalhar de uma borboleta que ao bater de suas asas em qualquer canto do mundo poderá provocar uma alteração em outra parte do planeta, como refletia T.S. Eliot ou que afirmava Heráclito de Éfeso, que dizia que a mudança era o ápice da vida, é nela que mergulhamos para o destino final.
Então, tempo e finitude vão depender de como nós encaramos a nossa própria existência, e é nela que vamos tecendo novas colchas de retalhos que germinará os frutos de uma série de descobertas para o “eu em si” e o “eu para si”.
Admiração
Hoje passei o dia pensando em um tema novo. Aí me veio a palavra admiração, mas, afinal, o que significa essa ideia? Quando admiro sinto o quê? Percebo o quê? Quais modificações são produzidas no meu corpo?
Será que muda alguma coisa em minha alma?
Para os antigos, a filosofia brota da admiração, do espanto, da nova descoberta e do perceber o que antes a mente ou intelecto não havia reconhecido. 
O que dizer, então, da comunidade que acolhe o afogado na bela história de Gabriel García Márquez, que Rubem Alves cita com maestria no livro: Lições de Feitiçaria: meditações sobre a poesia.
Uma obra fascinante que li há alguns anos, mas que me provocou um espanto imediato quando encontrei no curso de Teologia uma obra que ensina feitiçaria. 
Que loucura a minha!
Eram apenas meditações sobre a poesia!
Depois de fazer a aquisição de tal obra, me senti como aquela menina que absurdamente queria o livro para ler, como se estivesse dentro de uma redoma contemplando uma “felicidade clandestina”.
Deixei entre aspas porque já ouvimos esse termo antes...
Mas continuando a nossa história... Quem era esse afogado?
Talvez, um homem sem identidade e sem passado.
Seu corpo não revelava quem ele realmente era.
Foi preciso preparar para o rito de despedida, precisaram limpar o seu corpo, purificá-lo...
Cavar a sua sepultura.
Mas antes de tudo acontecer, foi preciso pensar.
Como esse homem vivia?
Quem o matou? 
Por que as suas mãos estão macias?
Será que ele deixou filhos? Esposa?
As mulheres da aldeia faziam o rito de purificação do corpo, mas naquele momento acontecia outro ritual...
A mudança de mentalidade das mulheres... Que deixaram a mesmice de lado, a estagnação de seu viver para pensar a sua própria existência. 
O afogado gerou uma onda de reflexão pela aldeia.
Foi semeada a dúvida.
A inquietação.
A sensibilidade de homens e mulheres se aflorou como uma rosa que desabrocha mostrando sua beleza e seu aroma matinal.
E foi feito o enterro...
Foi cumprido o silêncio por aquele corpo que ninguém conhecia, mas que estava ali boiando em alto mar.
Depois de ter cumprido todo processo de ritualização, a vida na aldeia nunca mais foi a mesma...
E com o passar do tempo a vila foi se modificando, as pessoas foram reformando as suas casas, construindo novos barcos, plantando jardins...
Aí foi acontecendo o que Adélia Prado, encantadoramente, recorda em sua poesia impressionista:
Uma ocasião,
Meu pai pintou a casa toda
De alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos em uma casa,
Como ele mesmo dizia,
Constantemente amanhecendo.	
Enfim, o morto trouxe a salvação daquela aldeia.
O morto promoveu o advento da boa nova para aquele povo.
Uma vida que contempla os amanheceres da existência saberá, de fato, o valor ou o ato de admirar-se diante da vida que surge ou do morto que se esvai. 
14/12/2015
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