Aniversario da Freira e 60 anos
“Em um segundo, seu olhar virou meu mundo de cabeça para baixo, e meu coração soube que nunca mais seria o mesmo.”
Ser feliz não é possuir o mundo nas mãos, nem somar vitórias como quem coleciona medalhas enferrujadas.
Ser feliz é mais silencioso. É reconhecer que o pouco que nos acompanha já carrega em si o inteiro da vida.
Não se trata de ter tudo, porque o tudo é sempre uma miragem que se afasta quando pensamos alcançá-la.
Trata-se de agradecer o instante, o gesto, o olhar que nos acolhe, o pão simples sobre a mesa, a respiração que insiste em continuar.
A felicidade, afinal, não é abundância, mas presença.
Não é conquista, mas gratidão.
É o vazio que se ilumina quando aceitamos que nada nos falta, mesmo quando falta tanto.
No fundo, ser feliz é aprender a olhar para o que temos e descobrir que aí já mora um universo inteiro.
No momento em que nos vemos como objetos descartáveis passamos a distinguir uns aos outros como desiguais, sendo assim, quanto mais “adesivos de rótulos” tiverem em mim, sou um produto melhor pelo o que apresento exteriormente. Certamente, uma futilidade coletiva.
Não é fácil ser esquecido. Mas o pior que pode acontecer é deixar de acreditar em mim. Na minha capacidade de me refazer
Porque ser esquecido, só me faz vê que eu nunca precisei de plateia e nem holofotes.
Me faz profundo.
Me faz poema.
Veem-me cinzento.
Mas não é por falta de cor —
é por não pintarem devagar.
Não sou o que mostro.
Sou o que seguro para não cair.
O que calei para não ferir.
O que deixei por dizer
quando me disseram que já não havia tempo.
Aprendi a vestir sombras
com a dignidade de quem sabe
que até a noite tem camadas.
Ergui castelos no ar
com mapas rasgados.
Com linhas tortas, sim,
mas desenhadas com silêncio aceso.
Procurei luz sem a pedir.
Preferi arder por dentro
a que me apontassem o fogo.
E quando me disseram que o mundo era
preto ou branco,
guardei as cores no bolso.
Não para esconder —
mas para que alguém as quisesse ver.
Sou feito de todas as coisas
que não se veem à primeira.
De silêncios que gritam.
De memórias que ainda não aconteceram.
De palavras que nasceram antes da boca.
Não preciso de ser lido.
Mas se me lerem, que não me distorçam.
Procurem a cor, não as trevas.
As que tremem.
As que resistem.
As que sou.
Tudo é possível quando se põe determinação e foco na concretização de uma ideia. Afinal, é sempre 1% de inspiração e 99% de transpiração, não é verdade? Vai de você escolher no que quer investir o seu suor.
O PR.Ricardo.
Se acreditar que não há mais chance, recorde as lagostas no Titanic: condenadas ao prato principal, mas salvas pela tragédia. A vida surpreende até na tempestade.
O tempo é uma dádiva, a vida é um dom — e todo santo dia, um presente a ser vivido com gratidão, amor e sabedoria.
A mudança da Terra para o Céu não mudará o caráter dos homens. A felicidade dos remidos no Céu resulta dos caracteres formados nesta vida, segundo a imagem de Cristo. Os santos no Céu primeiro serão santos na Terra.
Já mais desvie de seu propósito, jamais questione seus próprios sonhos, hoje você pode estar caído, fraco, com medo. hoje suas lágrimas chama-se tristeza, amanhã elas se chamem vitória 🏅
Por mais dura que seja a caminhada, nunca perca a esperança: confie em Jesus e descubra que a vitória nasce da fé.
Quando o último raio se esconde,
a casa se apaga no campo
e tudo se cala sem início nem fim.
A sombra repousa nas paredes,
ondas de saudade se arrastam
entre ruínas de luz que partiu.
O silêncio faz morada,
nenhum vestígio de retorno,
apenas o crepúsculo lento
acolhendo todos os nomes
que o dia cansado esqueceu.
CATÁLOGO DE UM AMOR EXTINTO
Juvenil Gonçalves
Encontrei teus ossos no baú do tempo,
fósseis de um verão que o outono esqueceu
cada osso, um verso; cada verso, um tempo
em que éramos mais que o amor que se deu.
Teu fêmur ainda trazia as marcas
dos meus dedos, tão leves, tão sem perdão...
E o teu crânio, qual taça de arcas,
guardava o vinho amargo da solidão.
As costelas, outrora meu abrigo,
agora são grades de um museu vazio.
Catalogarei cada fragmento teu
na prateleira dos amores falidos:
— úmero que me sustentou como véu,
— fíbula de nossos passos unidos.
E o que dizer da coluna, outrora erguida,
templo de carne, altar de nosso enleio?
Hoje é apenas ruína esquecida,
poema sem sujeito, verso sem meio.
Mas ah! Entre as relíquias desfeitas,
encontro teus dedos — frios, sem vida
e lembro que, um dia, nestas mesmas digitais,
eu li o futuro... e não soube ver a despedida.
Agora resta-me o catálogo frio:
um osso por amor, um verso por ossada.
E assim, entre rimas e pó, eu crio
um museu para nós, na página arruinada
Juvenil Gonçalves
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