Anel
Fazendo
Das cores eu faço o desenho
Do papel faço um anel
E nele sai seus olhos cor de mel
Sei que poço, nele desenhar
Para poder me encontrar
No seu corpo a te estigar
Fazendo coisa legais e saindo todas iguais
É que lembro o quanto somos animais
Tolamente racionais e desiguais
Nada que eu faça para te enganar
Pode fazer eu me encantar
Ou talvez me apaixonar
Quem nunca fez o salgadinho de anel? Ou achou que as nuvens eram de algodão? Quem nunca ralou o joelhou e só parou de chorar quando ouviu aquela velha frase “Quando casar sara”, ou brincou de qualquer coisa boba achando que era de verdade, quem nunca teve medo do escuro ou de ficar sozinho? Quem nunca foi ingenuo quando criança a ponto de achar que crescer era a coisa mais divertida do mundo?
O anel que agora coloco na minha mão direita, é uma mistura de expectativa de um futuro ao seu lado misturado com a certeza de que eu poderia ter sido muito feliz sem você na minha vida.
Casa comigo!
Sem anel, sem religião.
Sem juras, nem promessas.
Casa comigo,
como as árvores que
casam seguras e livres.
Casa comigo
até aos ossos,
até despirmos os corpos
e ficarmos alma com alma.
E no fim, não haverá fim
porque não morreremos
seremos músicas,
brisas outonais,
beijos de inverno,
biodiversidade primaveril,
estiva dos poentes
e imortais poemas
nos corações
do mundo.
Pensamento VII
Invisível vento
“O anel de Giges, dado a um pastor, abre ao menos três cenários:
a usurpação e a traição no poder;
a moralidade sustentada pelo mérito ou pelo medo;
e o desprezo daqueles que rejeitam a justiça.
No presente, a invisibilidade assume outras formas:
o anonimato, que oculta o rosto;
a influência, que age como mão invisível;
e a complacência, que é a decisão invisível de nada fazer.
E, como sempre, quem se recusa a escolher um lado, acaba escolhendo o lado do vencedor.”
Você verá que, entre o dedo e o outro, há sempre espaço para um anel igualzinho ao que te dei. Entre um pensamento e o próximo, há sempre espaço para outra distração. Desejado, útil, absurdo como as coisas acontecem e você está. Porque você sabe que me pergunto.
E vejo quando se move ou quando avança lentamente sobre texturas de tecido branco. Minha memória é lábil e eu não sei escrever mais como no passado.
Minha língua sedutora percorrer e chega aos teus joelhos, enquanto suas lágrimas vão debulhar-se sobre meus cabelos. Em seguida, as palmas das minhas mãos que abraçam suas coxas e seus dedos suados, poderiam escrever meu nome.
Seu desejo, em uma palavra.
Você terá o que deseja, do cotovelo para a bacia, eu o darei já.
Você 'sorri' ao invés de dizer 'Obrigado', então eu eu agradeço, obrigado. Você 'sorrir', do jeito que era para ela, sua mão descansa em das minhas janelas e olha para fora da janela com a cabeça para baixo, agora sem o sorriso, sem véus, sem o mesmo olhos para olhar para mim.
E acho que ambos precisamos dizer certas coisas, porque então todo mundo tem seu certo e incerto, mas há necessidade e vou te dizer.
Tudo e nada.
Essas coisas que eu gostaria de abrir a janela, e gritar para todos da rua. Mas não posso.
História fluindo e em compotas na minha cabeça, deixam que os outros roubem todas as minhas oportunidades.
Noite a noite. Dia a dia.
Descobri que não posso parar o tempo
Mas posso te dar um anel que te prende pra sempre a mim
Basta dizer que sim!
A alegoria de mão daquela passista boazuda é o anel de esmeraldas que o presidente da escola lhe deu.
Um anel de diamantes?
Você quer me dar um anel de diamantes?
E o que tenho que te dar em troca?
Porque dependendo,os seus diamantes podem virar pedra!
O anel que tu me destes era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou, inúmeras vezes ouvi essa cantiga na minha infância, mas por ironia do destino, hoje ela é a realidade gritante nos meus dias sem você.
O tempo insiste em se arrastar lento, um vazio,e como dói essa perspectiva do "nunca mais", do "pra sempre" que acabou, onde cada minuto se torna eterno,e a saudade doída teima em se fazer presente e o único remédio será deixar cair aquela lágrima silenciosa.
E desse amor tu sempre será a lembrança mais bonita, que nada nem ninguém irá apagar do meu coração.
Chuva de domingo
Sopra o vento
Prenúncio de chuva
Tiro o anel
coloco a luva
Cai água das nuvens
e a cada pingo
observo o tempo
numa tarde de domingo
um livro
pra enfeitar a alma
uma flor
pra enfeitar os olhos
um anel
pra enfeitar o corpo
um beijo
pra enfeitar vc
uma oração
pra enfeitar o espírito
um sorriso
pra enfeitar o dia
e gratidão
pra enfeitar a fé
em Deus!!!
“Já não se canta o passaraio, nem se pula amarelinhas, não se passa mais o anel nem se pede mais a uva, acabou-se os bilhetinhos a inocência do amor, as poesias que inspiravam os pequenos sonhadores.”
Dario Nicolau
“Quando você passava o anel e deixava em minhas mãos me encantava com o brilho dos seus olhos cor de mel, meu coração já palpitava ao ouvir a sua voz, seu jeito doce de dizer..o anel esta com você.”
Dario Nicolau
