Amor e Amizade
Não vou achar bonito um homem cruzar as pernas e esticar as mãos com os dedos arreganhados pra manicure só pra mostrar que sou modernosa, não. Sou da época em que o homem usava era trim e zefini.
A obcessão por fotos, inclusive selfies, sempre está ligada à baixa autoestima das pessoas superficiais. Principalmente quem as usam com o objetivo de se ostentar. Ostentação é um sentimento de inferioridade.
Sentimento é algo volátil pode acabar, mas quanto é amor o respeito, a admiração e amizade permanecem!
A amizade verdadeira é a mais pura escola de nossas vidas.
Pois nos ensina a amar, proteger, compartilhar e ser recíproco...
O problema de ter qualquer relação com um drogado, é que ele vive em função da droga.
Ele fica feliz por causa da droga. Ele fica triste por causa da droga.
Ele faz amigos por causa da droga. Ele perde amigos por causa da droga.
Ele vive por causa da droga. E ele morre por causa da droga.
Ele é capaz de deixar absolutamente tudo de lado por causa da droga.
E chegará o dia que ele terá que escolher entre a droga e uma boa amizade, ou até mesmo um grande amor, e ele vai escolher a droga.
A nau e o sonho...
Era tudo um imenso breu
Nada se via além da vante
Nada se ouvia, calmaria, fé e desejo
Eu, um Orfeu sem guerras
Em pequena nau adaptada para pesca
Buscava nas cordas arpejos esquecidos
Iscas alçadas em anzóis, adormeciam nas águas
À espera dos peixes, sempre bem vindos
Justaposta para o prazer da pesca
De nada carecia: vinho e amor havia
Para a aventura sonhada e de valia
Coragem habitava o peito: tudo se podia
Há pessoas que passam pela vida da gente tão rápido como uma estrela cadente, mas apesar do pouco tempo de convívio nos deixam lembranças inesquecíveis, às vezes trágicas, às vezes cômicas, mas sem dúvida, inesquecíveis.
*Transição*
Quem te viu e quem te vê
Não é aquele mesmo garoto
Aquele galã bobo de tv
Que toda garota quer
Sem nunca ter
Fisicamente, a mesma coisa
Os mesmos lábios, o mesmo olhar
O mesmo corpo, o mesmo andar
Mas diferente
Diferente, ao se comportar
Fico feliz com a mudança
Sempre tive com você
Essa estranha esperança
Não importa o que diziam
Sempre vi ao te notar
Que havia mais em você
Do que você permitia mostrar
Agora nessa maluca amizade
Abro esse espaço pra poetizar
Sobre essa pessoa maravilhosa
Que hoje eu vejo
Vejo você manifestar
Tem gente que a gente sente. Que temos saudade mesmo estando perto e temos medo só do fato de ter que ir.
Tem gente abrigo, que acolhe e encolhe para nos caber no próprio coração. Gente que enlouquece de repente quando a gente fica cego tentando enxergar por outras lentes.
Tem gente que a gente pensa e sente alívio só de pensar. Que está ali, em algum lugar. Que nos acalma só por estar.
Tem gente que a gente ri. E ri de gratidão por fazer parte daquele “sentir”. Gente que nos faz imaginar durante um tempão sobre alguém pode ser assim. Desse jeito. Desse modo.
Tem gente que não se perde no tempo. E tem gente que chega sendo surpresa, marcando seu próprio relógio comandado por intensidades e não segundos.
Tem gente que acrescenta. Gente que nos frequenta todas as vezes que decidimos amar. Tem gente aviso. Que nos desperta para as verdades tão bem escondidas.
Tem gente real. Que vale mais que dinheiro e nos tira das vielas sujas das resistências emocionais. Gente que não mendiga e nem cobra. Tem gente que é obra e doa toda arte que puder doar.
Tem gente que abraça de perto e que nos toca de longe. E assim, nas suas diversas formas de abraçar nós também nos descobrimos casa.
É assim… Tem gente que nos rouba só para nos ensinar a voltar a ser nosso próprio teto novamente.
Ah… Como eu amo essa gente.
Não se cobre pelas dívidas alheias, nem se compare ao que não te faz crescer. Seja você POR você, aprenda a ter sensibilidade para entender isso. Muitas pessoas irão colocar um peso nas suas costas e simplesmente irão embora como se nada tivesse acontecido. Não aceite, recuse tudo aquilo que não te fizer caminhar para frente.
Você é linda e pode ser ainda mais reconhecendo que não precisa igualar-se a ninguém para isso. Olhe-se no espelho e veja-se como obra de arte, uma obra que Deus criou e que merece autorespeito, autocuidado e autoconsideração.
Sobre os seus limites só você sabe, sobre suas dores só você mede, sobre seus lamentos só você sente. Então não se permita entrar no “mundo” alheio apenas para carregar dores que não são suas e prestar serviços em troca de amor, sendo que este é gratuito desde o início dos tempos. Gratidão é fruto de consideração, não esqueça!
Doe ao outro aquilo que transborda em você. Não aquilo que te falta.
O maior amor da sua vida é o seu.
Eu aprendi uma coisa sobre finais: que precisamos transformá-los. E não será diferente com você.
Dessa vez eu não vou fazer milhares de perguntas para que eu possa entender o motivo do seu sumiço ou procurar uma forma de chegar até você, retornar nossas conversas diárias e, dessa forma, conseguir me sentir bem. Me sentir viva.
Não dessa vez. Agora eu decidi ficar no meu canto, esperando nada de nada, desconstruindo e reconstruindo o que tiver para ser. Vivendo os meus dias em reconciliação comigo mesma, pedindo perdão e me perdoando por todas as vezes em que achei que despedidas como esta, novamente eram somente por minha culpa.
Eu tenho muito a aprender, entende? E eu não deixo de ser capaz disso sem você. Eu continuo. Eu vou sorrir quantas vezes for preciso e vou chorar quantas vezes for necessário chorar para entender que o foco dessa situação toda não é VOCÊ TER IDO e sim EU TER FICADO.
Sim! Eu fiquei. E agora a situação é sobre como eu vou me dedicar a mim, cuidar dos meus sentimentos, daquilo que eu mesma quero expulsar (eu tenho essa autoridade). Sua ida me confundiu. Mas eu não posso ficar o tempo todo tentando decifrar sua personalidade e seu tempo como se eles fossem meus.
A mim só compete a tarefa de seguir em frente. A mim só compete a tarefa (a árdua tarefa) de não me perder e de me encontrar quando os labirintos forem difíceis demais. A mim me importa o seu desaparecimento repentino, mas não será mais essa despedida sem sentido que roubará os risos que tenho que dar e os novos riscos que tenho que correr. Sua ida, novamente, não me causará mais o mesmo trauma.
Porque eu também aprendi outra coisa sobre finais: Eles precisam acontecer. Eles são senso comum da vida.
E eu não vou morrer por isso.
De repente eu não sinto mais nada.
É como se meu coração tivesse decidido se fechar e ponto. Ele já não aperta, já não bate mais forte ao te ver e sequer faz questão de fazer planos para o dia do seu aniversário. E por mais incrível que pareça eu até tento sentir saudade e falta, mas tudo que ele me diz é que não adianta. Que por mais que eu tente, ele não vai mais tornar-se bagunça por alguém que não me doava gratuitamente a mesma importância.
Que seja ansiedade, que seja medo da entrevista de emprego, que seja pelas fobias sem sentido, que sejam os transtornos que o próprio já tem. Mas ele, o meu coração, não admite que o motivo pelo qual adoeça seja por causa de outra pessoa que comete erros como eu e pode ser tão vulnerável quanto. Ele não admite que seja por você.
Te deixou ir. E talvez você ainda esteja aqui na minha mente, admito. Mas, estranhamente, já não encontro o seu aperto no meu peito. Talvez ele tivesse criado paciência um dia. E agora ela acabou.
É inútil tentar imaginar nossa família agora. É inútil pensar em você na forma de futuro, porque em nenhum momento meu coração diz que é você que vale a pena, que é por você que ele vai abrir as portas, que é em você que confiará o transbordar das minhas alegrias.
Acabou. Demorou, mas acabou. É estranho, repetitivo. Mas realmente acabou. Não há sequer um vislumbre do nosso romance que eu sonhava, não há nenhuma importância excessiva que me faça te ligar na madrugada.
De você, a única coisa que há é a informação de passado, a de que o coração também sabe quando NÃO É PARA SER.
O que te dói agora é um sentimento chamado verdade. O labirinto que você está atravessando faz parte de um processo que termina em autoconhecimento e te fará descobrir quem você é em primeira instância, quem foi adormecido pelas necessidades de se sentir aceito e plenamente bem visto por todos. O que te faz sentir perdido é o fato de que quem costurava suas máscaras foi embora de sua vida e tudo o que restou foi você mesmo e o buraco no peito por saber que tantas vezes seguiu caminhos de olhos fechados permitindo que qualquer um enxergasse por você.
