Amor de Tios

Queixamo-nos da fortuna para desculpar a nossa preguiça.

As leis conservam o crédito não porque sejam justas, mas porque são leis.

Os homens de extraordinários talentos são ordinariamente os de menor juízo.

O sacramento do matrimônio não apaga, como o do batismo, as manchas originais.

Quem desconfia de si próprio, menos pode confiar nos outros.

A opinião da nossa importância nos é tão funesta como vantajosa e segura a desconfiança de nós mesmos.

Tudo cansa a esperança dos homens mais fiéis ao culto da razão.

É tal a incapacidade pessoal de alguns homens, que a fortuna, empenhada em sublimá-los, não pode conseguir o seu propósito.

O pródigo pode ser lastimado, mas o avarento é quase sempre aborrecido.

É mais cômodo dizer coisas novas do que conciliar as que já foram ditas.

Disputa-se sobre tudo neste mundo; argumento irrefragável do nosso pouco saber.

A grandeza é um caminho para o desconhecido.

Jornal do bairro:
"Pescaria no rio Tietê"...
Primeiro de abril!

Prezamos e avaliamos a vida muito mais no seu extremo que no seu começo.

A ação põe o ardor no trabalho, mas é a palavra que a suscita.

Afetamos desprezar as injúrias que não podemos vingar.

Leve brisa
aranha na bananeira
costura uma folha.

Há muitas ocasiões em que a mesma prudência recomenda o aventurar-nos.

Tudo é grande no templo do favor exceto as portas, que são tão baixas, que por elas apenas se pode entrar de rastos.

Há pessoas que, assim como as modas, parecem bem por algum tempo.