Amor à Profissão
As Dores que Escolhi Carregar
Dizia que me amava, mas amava como quem repete um verso decorado, sem sentir o peso das palavras. Amava a ideia de me amar, mas não a mim. Porque, na prática, eu me deixava para depois. Quando choveu, encarei as gotas sem guarda-chuva, aceitando o frio como se meu corpo não merecesse abrigo. Quando a febre me queimou, deixei que ela ardesse, porque gastar com remédio parecia um capricho supérfluo.
E os sapatos que me feriam? Caminhei com eles, como quem carrega um fardo invisível, fingindo que a dor era pequena. Porque, no fundo, acreditava que suportar as feridas fazia parte de existir, fazia parte de ser eu.
Mas o que mais me machucava não era a febre, nem os sapatos. Era o silêncio que guardava quando alguém me feria. Eu calava e, pior, tentava compreender. Tentava justificar os golpes que recebia, como se fosse justo aceitar ofensas, palavras ríspidas e gestos que me cortavam. Perdoava antes mesmo que me pedissem perdão, carregando culpas que nunca foram minhas, tornando-me um depósito para dores que não me pertenciam.
Hoje, olhando meu reflexo, não vejo apenas um rosto marcado pelo tempo. Vejo uma pergunta que ecoa: o que é, afinal, esse amor que digo ter por mim mesmo? Será que amar-me é só esse hábito vazio, essa rotina de sobrevivência? Ou será que amar-me é algo maior, mais profundo?
Talvez amar-me seja o gesto simples de abrir o guarda-chuva na tempestade, de trocar os sapatos que me machucam, de tratar minhas feridas com o cuidado que sempre ofereci ao mundo. Talvez seja entender que minha dor também importa, que meu coração merece repouso, e que o amor que dou ao outro só tem valor se primeiro eu souber oferecê-lo a mim mesmo.
Se for isso, amar-me será um desafio diário. Uma escolha nova a cada manhã. Mas é uma escolha que preciso fazer, porque percebo agora: não sou terreno de passagem para o peso alheio. Sou uma casa que merece abrigo, uma estrada que também precisa de cuidado. Amar-me, enfim, é aceitar que eu não fui feito para ser silêncio, mas para ser inteiro.
— palhaço —
e foi assim, entre seus risos,
que eu traduzi a maneira
dela dizer que me amava,
sem dizer que me amava.
O Amor Que Não Se Deixa Quebrar
Autoria: Diane Leite
Passei boa parte da vida sendo testada pela vida.
Desde muito pequena, conheci o gosto amargo da exclusão, da zombaria, da rejeição.
E como muitas crianças que amam demais, cresci acreditando que o problema era eu.
Achei que, se eu me esforçasse mais, se eu fosse melhor, mais inteligente, mais forte, talvez — só talvez — eu conquistasse o amor que sonhava.
Mas mesmo depois de conquistar tanto, o vazio de reconhecimento permaneceu.
Cresci, floresci, e ainda assim vi olhares se encherem de medo, de inveja, de competição.
E tudo o que eu queria era simples: amar e ser amada.
Quantas vezes tentaram me fazer acreditar que amar era fraqueza.
Quantas vezes disseram, sem palavras, que eu precisava endurecer para sobreviver.
Mas o amor que carrego não é fraqueza.
É força.
É escolha consciente.
É liberdade interior.
Amar — verdadeiramente — é um ato de coragem.
E, nesse mundo distraído, superficial, desconectado, amar com profundidade se tornou quase um ato de rebeldia silenciosa.
Hoje, não peço mais que me entendam.
Não peço mais que me validem.
Eu sei o valor que há em quem ama.
Se você também sente que o mundo nunca entendeu a grandeza do seu amor — não se diminua.
Não endureça.
Não desista.
E se você, por acaso, se afastou de quem te ofereceu amor genuíno, talvez seja hora de se perguntar:
Quantas vezes você confundiu amor com fraqueza?
Quantas vezes rejeitou o que mais precisava — por medo de se entregar?
Amar é para os fortes.
Receber amor, também.
Que a sua consciência desperte para essa verdade:
Amar não é um erro.
Amar é uma bênção.
Amar é o que há de mais sagrado em ser humano.
E a verdadeira vitória é esta:
não permitir que a dureza do mundo roube a leveza do seu coração.
O amor que habita em mim permanece.
Íntegro. Vivo. Soberano.
Porque eu sei:
o problema nunca esteve em quem ama demais.
O problema sempre esteve em quem não sabe mais amar.
Diane Leite
O poder das nossas escolhas
Autoria: Diane Leite
Fui criada com o entendimento de que cada pessoa tem direito ao livre-arbítrio. E tem. Mas a liberdade, quando não é acompanhada de consciência, vira apenas uma fuga disfarçada.
Alguns usam o livre-arbítrio para ferir. Outros, para se esconder. Muitos, simplesmente, por não saberem mais sentir.
O que descobri — e quero te lembrar — é que junto com o direito de escolher, vem o dever de se responsabilizar por cada escolha. Porque não vivemos sozinhos. Somos parte de um todo.
E o que você escolhe... reverbera.
Com o tempo, aprendi a não projetar nos outros a minha forma de amar. Eles são eles. Eu sou eu.
E eu sou amor.
Dou amor. E continuarei oferecendo aos que me tocam com verdade — mas sem mais me abandonar para ser aceita.
Onde não há ressonância, há vazio.
E onde há vazio, não é o seu lugar.
Seu lugar é dentro de si.
Inteiro. Serena. Fiel ao que sente. Feliz por quem você está se tornando.
Em vez de sofrer pelas decisões dos outros, volte-se para dentro. Pergunte-se:
Como posso me amar mais hoje?
As escolhas alheias — na família, na amizade, no amor — pertencem a eles. E você, em sua liberdade, pode escolher a si. Pode partir sem culpa. Pode permanecer sem se anular.
Pode ser luz. E ainda assim, colocar limites.
Amar não é ser refém.
Perdoar é libertar-se.
Se você é sempre quem doa e nunca é recebida, talvez tenha esquecido que é a autora da sua própria história. Que pode reescrever o roteiro.
Que pode se escolher.
E que merece reciprocidade.
Ame com coragem.
Dê com inteireza.
Mas nunca mendigue o que deveria fluir.
Neste instante, escrevo com meu filho ao lado. Olho para ele e penso:
que sorte a minha por saber amar — sem me perder de mim.
Porque amar é isso: permanecer inteira…
"Inspire-se na simplicidade, pois é nas ações humildes que reside o poder de realizar feitos incríveis."
#Aniz #Direitinho
A vida é um sopro divino, cheia de altos e baixos, onde cada instante é uma chance de recomeçar, aprender e amar. ✨💫
"...Então, em ti me deixo como raiz estendida,
E teu corpo é meu chão revelando simétricas profundidades.
Assim, a cada instante vou me aprendendo afeto colhido.
Entrelaço-me dessa razão, que mesmo ao arder, consagra:
Amar, é uma alegria que ao também doer, nos ascende e nasce..."
Carlos Daniel Dojja
In Fragmento Poema Raiz Amadurecida
Comentário sobre a Língua Portuguesa:
Em nossa língua oração é construída ao verbo.
O sujeito está então sentenciado.
Numa conjunção de tempos passados, presentes e futuros,
Onde se mesclam adjetivos e a vírgula fica ao lado.
Mas eu confesso que busco os substantivos, sem desprezar os predicados.
E quando me ponho a tecer frases exclamativas ou declarativas,
vem-me as imperativas, a interrogar-me sobre as optativas que se depreendem na singularidade.
Faço oração para encontrar o sujeito absoluto em sua simplicidade.
Aprendi assim à oxítona amar e a expressão única da saudade.
Então já não me ia sem ti. Não te ficava de mim, sem levar-me.
No desterrar partilhado, na descoberta crivada de anseio,
Nos revestimos renascidos na candura colhida.
E nessa luz feita morada, acolhemo-nos na lucidez enternecida.
Porque amar, é instruir-se no desvelar do outro revelado.
O MAR ENLUARADO
Contam que as ondas do mar queriam esvoaçar,
Por isso chamaram o vento para lhe moldar gotas de ar.
O mar também pretendeu se alargar,
Ir-se mais além do seu findar,
Então se fez água pela terra, a se adentrar.
Foi quando o mar se encantou com um luar,
E banhou as estrelas para poder lhe alumiar.
O mar desse encanto almejou ser maior,
Que a onda que lhe faz voejar.
O mar, desejoso de ser, quis fazer-se amar.
DESCOBERTA
Fui te infiltrando sonidos.
Dando-te pulsados lábios.
Acordando-te sementes de espera.
Quando tua boca me disse,
Eras verbo amar,
Desatado em meus passos.
"... Eu ficarei orgulhoso de receber a explicação,
já que me vivo a Quintanar de amar,
o amor em sua extensão.
Até resgatei um modesto conceito,
desses que se declara numa ciranda de amigos,
- O amor, é tão somente, o infindo sopro, se fazendo vida..."
Extrato Carta a Mia Couto
Pessoas...
A sombra da paz, da saúde e alegria não são capazes de proteger todas as pessoas que gosto...Mas posso ver na luz do sol o quanto elas são importantes para mim,elas são insubstituíveis, são inesquecíveis…
Quero sempre ter forças e sorrisos para enfrentar as dificuldades, as tristezas e as desilusões da vida...
E se meu sorriso for interrompido pelo sopro do medo e da tristeza?
Que eu consiga transmitir a paz e o amor de Deus, para os que estiverem ao meu redor...
No divã das minhas loucuras valorizo quem sou, não o que tenho…
O amor existe…
Ainda que hoje alguém espere meu fracasso, amanhã estarei na apoteose dos meus sonhos e propósitos, porque nunca vou perder a liberdade de dizer: O amor é especial e importante para
mim, nada é em vão… O
amor existe, eu encontro o amor nas pessoas, não conheço nenhuma outra razão para amar...
Quem acredita em Jesus a ponto de dizer que Ama Ele, também deve Amá-lo a ponto de obedecer a Ele...
Fico atrapalhado, não consigo me concentrar
Pareço enlouquecer, um dia vou me encontrar
Demoro para escrever, o que é tão fácil de pensar
Não fazer o que a gente gosta, pode mesmo desgastar
Minha mente fica pequena, a cada linha que me faz somar
Meu coração diminui, parece não me agradar
Talvez não seja o que eu ame, mas eu quero continuar
Fazer feliz quem um dia, só viveu para me amar
Amar é não temer a dor, mas sim reconhecê-la como parte de um caminho que é belo e trágico ao mesmo tempo.
Decerto, o que vale a pena é concebido, não inventado ou achado.
A paz mundial começa quando o coração de um só homem se recusa a odiar e decide amar como se o mundo inteiro dependesse disso.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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