Amizade um Principio de Reciprocidade

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Pouca ou nenhuma vez se realiza com a ambição coisa que não prejudique terceiros.

Faço dizer aos outros aquilo que não posso dizer tão bem, quer por debilidade da minha linguagem, quer por fraqueza dos meus sentidos.

O rosto de uma mulher, seja qual for a sua discrição ou a importância daquilo em que se ocupa, é sempre um obstáculo ou uma razão na história da sua vida.

O mal ou bem que fazemos aos outros reverte sobre nós acrescentado.

Os homens de pouca inteligência não sabem encarecer a própria capacidade sem rebaixar a dos outros.

As revoluções frequentes fazem raquíticas as nações recentes.

A beleza não passa de uma maravilha que a natureza arma à razão.

Saber viver com os homens é uma arte de tanta dificuldade que muita gente morre sem a ter compreendido.

Há dois poderosos destruidores: o tempo e a adversidade.

Ninguém se agasta tanto do desprezo como aqueles que mais o merecem.

Agrada-nos o homem sincero, porque nos poupa o trabalho de o estudarmos para o conhecermos.

O Homem não tem porto, o tempo não tem margem; / ele corre e nós passamos!

A fortuna troca às vezes os cálculos da natureza.

Machado de Assis
Iaiá Garcia (1878).

As amoras

O meu país sabe às amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.

Eugénio de Andrade
O Outro Nome da Terra

Arrependemo-nos raramente de falar pouco, e muito frequentemente de falar demais: máxima usada e trivial, que todo o mundo sabe e que ninguém pratica.

Não há paixão que abale tanto a sinceridade dos juízos como a cólera.

É preciso rirmos antes de sermos felizes, sob pena de morrermos antes de ter rido.

Todos os homens são bestas; os príncipes são bestas que não estão atreladas.

O insignificante presume dar-se importância maldizendo de tudo e de todos.

O nosso amor-próprio exalta-se mais na solidão: a sociedade reprime-o pelas contradições que lhe opõe.