Amigo sem Vc Nao sei o que seria de Mim
Sublime
Fiz grandes e nobres propósitos, mas sou tão pequeno,
Sim, tão pequeno e insignificante.
Observo as grandes cidades de concreto e aço,
Entre arranha-céus que roçam o céu,
Vejo pessoas cruzando as ruas, e os carros.
Há vielas estreitas, onde cada pequeno passo
Descobre o encanto revelado pelo tempo,
Que talvez se perca nesta vida vulgar,
Mas permanece gravado em grafites vulgares.
Vida vulgar, vulgar, como um mendigo verdadeiro.
Vou ao campo e vejo os animais, e as crianças,
Nos vastos jardins, entre rosas delicadas e lírios em flor,
O perfume suave que enche o ar, e o vento que acha meu cabelo.
Cada pétala, um juramento de amor...
Assim saibamos valorizar o simples, o modesto, o singelo.
Descobrir o sublime no cotidiano, no ordinário,
Na essência real das coisas,
Encontrar a beleza que transcende o mundano,
A verdade mais metafísica.
Por trás de cada nascer e pôr do sol dourando o céu,
Onde há pequenos planetas distantes,
Sob os verdes tapetes e vastos campos,
E na imensidão divina, onde o céu se alarga no firmamento.
Sempre há pequenos milagres a perceber,
Em cada gesto simples, um mundo descoberto,
Na plenitude do ser e do existir,
Onde a grandeza habita nas igrejas e casas, e nas mentes,
Onde podemos vislumbrar o infinito num beco e ouvir a voz de Deus num viaduto.
Mas sou, e serei sempre, o que não soube, fiz de mim sublime, humano.
Eu tenho o péssimo hábito
de amar tudo aquilo
que me escapa à mão.
Talvez o amor, em essência,
seja um desejo inatingível,
perseguindo incansavelmente
o próprio rabo, como um cão à roda.
Carrego em minha pequenez
a cruel ironia
dos sonhos que, alçados,
se erguem como montanhas firmes,
e que, num instante breve,
se desmoronam em montes de areia.
Soterrado pela rotina,
pela futilidade do dia-a-dia,
sinto o peso da realidade
que escorre entre meus dedos
como areia numa ampulheta.
Talvez esperar que o mundo
se despenhe em barranco,
e morrer deitado à sombra
não seja de toda a má ideia.
No coração das matas, onde os rios serpenteiam, veias do Brasil,
Corre, livre, a água da vida,
Que brota da terra, viajando,
Até o coração do país.
Nos tesouros perdidos, em que um povo se resgata,
Os caboclos bradam.
Nas lendas da Amazônia e nas senzalas,
Ecoa, forte, o grito ancestral de resistência.
Mistérios antigos, escondidos no seio das florestas,
Gente que fala com as árvores,
Que entende o canto dos ventos e a língua dos animais,
Conhece os caminhos das águas, do céu e da terra,
Esta, nossa pele sagrada,
Resistente ao esquecimento, jamais se renderá,
Nem será dobrada pelo medo.
Esta é a terra da Ararajuba,
Das belezas do Rio de Janeiro,
Mas também da Revolta dos Alfaiates,
Onde o sangue da resistência ainda fervilha nas ruas.
E nos cantos africanos, me abrigo,
Na força dos ancestrais que nunca nos deixaram.
Reencontrando a terra que nos gerou,
Erguemo-nos, firmes e imbatíveis,
Com coragem inabalável, raízes que nos sustentam,
Lutamos para assegurar o direito de viver,
E proteger o amanhã,
Na força da mata, nas folhas da Jurema,
Os povos que aqui estavam e os que chegaram,
Ainda resistem,
Guardados pelas forças ancestrais.
A liberdade, a ferro, foi conquistada,
Na carne e nas marcas de um povo heroico,
Que jamais deixou de crer
No axé, na luta,
Na força que brota de sua terra.
Não mais seremos subjugados,
Não seremos apagados nem silenciados,
Porque a nossa voz ecoa,
Mais forte que os grilhões
Que um dia tentaram nos calar.
Ainda lutamos,
Com a clava forte,
A terra é nossa,
E jamais será tomada.
Enquanto os animais seguem o fluxo instintivo da sobrevivência, nós, seres humanos, transcendemos essa simplicidade primitiva para buscar, incansavelmente, algo além de nós mesmos — poder, conhecimento, novas fronteiras. No entanto, à medida que exploramos os confins do universo, frequentemente projetamos nossos próprios temores e falhas nas formas que imaginamos encontrar pelo caminho. Criamos monstros e inimigos no espaço, porque é mais fácil combater um 'outro' do que encarar as imperfeições que carregamos em nosso próprio coração. Mas, à medida que lançamos nossos olhos para as estrelas, devemos nos lembrar: as maiores ameaças à nossa espécie não vêm do cosmos, mas da própria humanidade, de nossas escolhas e do caminho que decidimos seguir. E se, quando colonizarmos outros planetas, a única coisa que encontrarmos for a certeza de que estamos sozinhos, estaremos prontos para aceitar que talvez os monstros sejamos nós?
Que estranho é existir. Ou, antes, que grotescamente familiar é ser arrastado por esta existência, como um fardo que não se pode abandonar, mas que igualmente não se consegue suportar. Levanto-me todas as manhãs com a mesma dúvida insuportável: Por que continuo aqui? O que é esperado de mim? Para onde vou, se é que vou para algum lugar? As perguntas — essas eternas acompanhantes — não encontram respostas. Há dias em que me pergunto se sou eu quem vive, ou se sou apenas um intruso em minha própria pele, um espectador de algo que se desenrola sem meu consentimento.
Os outros parecem tão certos de sua existência. Eles caminham como se estivessem indo para algum lugar. Para onde? Não sei. Mas eles sabem. Ou fingem saber. Seguem uma linha invisível, uma espécie de mapa que os guia, enquanto eu fico perdido, como se o mundo tivesse virado de cabeça para baixo e só eu notasse. Como se o simples fato de estarem em movimento fosse suficiente para justificar sua razão de ser.
Há algo profundamente errado em mim, algo que não consigo nomear, mas que se manifesta em cada respiração, em cada batida do coração. Uma estranheza desconcertante que me corrói. Minha prisão é feita da minha própria carne, desta carne que me reveste e me nega, que me trai a cada gesto, a cada movimento, a cada palavra.
Cada parte de mim parece se rebelar contra o restante, como se eu fosse um amontoado de estranhos compartilhando o mesmo corpo. Meu corpo, minha mente, minha alma… todas essas instâncias que deveriam formar uma unidade estão agora em conflito constante, como peças de uma máquina que nunca foi montada corretamente e, ainda assim, insiste em funcionar.
Cada gesto, por mais banal que seja, perde todo o significado. Comer não alimenta, dormir não descansa, sorrir não alegra. Tudo o que faço é insípido, como se o próprio ato de existir fosse uma farsa. O que me resta, então, senão esta estranha sensação de vazio, que persiste em mim, mas que jamais me deixa preencher? A solidão não é apenas o estado de estar só, mas a sensação de ser um refugiado sem pátria — nem mesmo a do meu corpo.
Hoje, fui até a janela...
E lá estava ela,
tão perto, mas tão distante,
entre o vidro e a luz que entra pela fresta.
A vi. Jovem, bonita,
como quem não quer ser vista,
mas é vista.
Sorriu. Acenou.
Acenou para mim, ou talvez para alguém
que eu não sou,
alguém que ela inventou,
ou apenas imaginou
do outro lado da rua,
junto a tantos outros que não significam nada.
Quantas janelas existem, e quantas são abertas?
E por um momento, me vi em outra vida:
um homem com coragem,
um homem que caminha até ela,
que diz o que nunca sei dizer.
Talvez um "como vai?",
ou apenas um olhar —
silencioso, sem palavras, sem promessas.
Mas não sei.
Nunca soube.
Eu sou só o homem do outro lado da rua,
um qualquer, um ninguém.
Quantos outros existem,
em cada janela, em cada lado, em cada rua?
E ela, tão real quanto o impossível,
como o céu, como as estrelas,
como esta metafísica que nos envolve,
que permeia o que somos e o que vemos,
mas que jamais entenderemos.
Como o mistério das coisas,
que olhamos e pensamos entender,
mas que nunca saberemos.
E eu, o estranho do outro lado da rua,
sem coragem de atravessar,
sem palavras, sem ousadia de ser:
um ninguém.
E ela, com aquele sorriso,
me vê por um segundo.
Mas será que me vê de verdade?
Ou será que me inventa,
como todos inventam a si mesmos,
como eu invento o que sou?
Então ela se vira.
Ela se vira e vai embora.
E com ela, meus pensamentos,
meus sonhos, minha vida.
E eu, aqui,
do lado de cá da rua,
vendo a vida passar —
a vida vivida e sonhada —
sabendo que nunca farei parte de nada disso.
Nunca farei parte de nada disso,
nem daquilo outro.
Nunca farei parte.
Eu já estou morto.
Ao escrever este poema, sou apenas um cadáver que teima em segurar a caneta.
Não sei o dia, nem a hora de quando eu morri —
talvez na juventude, talvez no primeiro verso, talvez no primeiro amor que não me amou.
E é isso.
Estou morto, e não há mais volta.
Ninguém chorou.
Não houve velório, nem lamentos, nem lápide com meu nome.
Morri e continuei vivo, preso ao corpo como se ele fosse meu.
Sem céu, nem inferno.
Após a morte, só há o hábito de existir,
onde meu cadáver se senta a escrever
como quem cava a própria cova
com uma colher de chá.
Continuei a fazer as coisas de quem vive:
amar sem saber o que é amor, crer sem fé, desejar sem saber por quê.
Morto, mas não suficientemente;
vivo, mas não inteiramente.
Sem saber se invento a vida ou se ela me inventa.
Morri sem testemunhas.
Nenhum mau cheiro, nenhum adeus, nenhum vestígio.
E o pior: nem eu mesmo percebi.
O Mendigo de Si
Tenho um teto — eis a concha,
mas o caracol já partiu.
Quatro paredes me cercam,
mas nenhuma me contém.
Tenho uma cama — é porto,
mas o barco não chega a si.
Meus lençóis envolvem o corpo,
mas a alma foge em segredo.
Tenho amigos — bons, presentes —,
e, ainda assim,
minha solidão fala mais alto
que todas as vozes ao redor.
Tenho família — carinhosa, constante —,
mas algo em mim duvida
do amor que recebo.
Talvez por nunca me sentir digno.
Tenho fé — rezo, creio, suplico —,
mas a esperança é fruto
que apodrece na mesa posta.
Acredito em Deus,
mas duvido de mim.
Não me falta coisa alguma.
Falta-me o ser que as coisas têm.
Até o pão que como
tem o gosto de outro pão —
um que ninguém me dá.
Pergunto-me, sem resposta:
se tudo em mim é empréstimo,
quem sou eu quando não peço?
Sou um mendigo de mim,
perdido no que me sobra.
E, se um dia me acharem,
que me devolvam a alma.
Ah, não é ingratidão,
nem demência, nem soberba.
É possuir tudo —
e, no fundo do peito, descobrir
que nada se tem.
Não me falta o pão,
nem o teto, nem o abraço.
Falta-me o gosto de existir.
Tudo me sobra —
e, mesmo assim, falta-me o nome
do que perdi antes de possuir.
Talvez não exista esse “eu”
que espero reencontrar
como quem acha as chaves
no bolso de um casaco antigo.
Oração do Poeta
Pai Nosso, que és a essência em tudo o que é e se torna,
santificado seja o silêncio em que Te ocultas.
Que venha a nós a razão que desvenda o indefinido,
e que se realize a Tua vontade nas interrogações de nossas mentes e nos pulsos de nossos corações.
Concede-nos, neste instante incerto, o bálsamo que alivia as almas exaustas,
perdoa-nos a vertigem de existir, assim como perdoamos a inevitável tolice dos que acreditam saber.
Não nos deixes sós perante a vastidão do nada,
mas, se nada houver, ensina-nos a aceitá-lo.
Eis-me rodeado por rebanhos de imbecis, onde até minha respiração lhes parece um ultraje! A verdade os fere, dizem, como se fosse uma afronta intolerável, um desrespeito, como se a realidade devesse se curvar à sua mediocridade. Esses tolos não suportam qualquer verdade mais alta que seus umbigos! Exigem que o mundo se arraste ao nível de sua insignificância, como se a grandeza devesse pedir licença para existir. Não suportam a clareza, preferem viver na ignorância, onde até a mais simples franqueza se torna um insulto.
Devo morder minha língua ante a estupidez triunfante? Que espécie de verdade morreria de vergonha por ferir almas raquíticas? Não! Se vossas almas se esfacelam ao toque da verdade, não é minha língua que deve sangrar — são vossas certezas que merecem apodrecer!
À medida que as IAs generativas se alimentam incessantemente de nossos dados, somos confrontados com uma crescente fome de autenticidade nas expressões criativas. Não acredito que o conceito de 'morte' da arte seja uma ideia alarmista, mas sim uma provocação. O que restará de nossa humanidade quando entregarmos a elas não só a capacidade de criar, mas também o processo criativo que é, por essência, uma expressão intrínseca da experiência humana? Estamos, talvez, trocando nossa singularidade por uma simulação do que éramos.
Minhas Primeiras Palavras
Tenho estas palavras guardadas em meu peito, á muito tempo!!
Tempo que as fez amadurecer, e como uma arvore frutífera! Os poucos frutos que ficam, apodrece e se torna indigesto.
Como a sena de um prato de vermes sendo devorado por a ingenuidade e fome de uma criança!!!!!
Sim, palavras q revoltam, cena que enoja se presenciada.
Palavras e atos que confundem á mim mesmo,
Entre galhos, frutos e fungos...
MAE O QUE EH O AMOR??
Para poder amar alguém primeiramente você tem que se amar primeiro confiar em si e na sua capacidade para poder se permitir amar alguém para q o sentimento chamado insegurança consuma algo tão belo se dedique faça o seu melhor para vc e para quem ama independente de qual seja a situação pois amor não tem preço e nem medida apenas aprenda amar incondicionalmente e se liberte pois todos temos a capacidade de ser feliz basta acreditar em vc e sua capacidade hoje agradeço minha mãe pois ela quem sempre me ensinou o valor do que eh o amor incondicional .
Muitos dizem como ser, mas poucos praticam o que falam, começamos a viver em um mundo onde boas ações virou cliques em botoes, muito mais fácil de aceitar a dura realidade que vivemos, onde exitem mais palavras do que a verdadeira atitude, amor e dedicação ao próximo sem pensar em receber nada em troca, apenas porque o amor transborda no peito,o respeito e compreensão, sabendo onde termina o nosso limite , e onde começa o do próximo .
Assim começaríamos nosso mundo melhor,
assim nao teriamos tanta desigualdade preconceitos e julgamentos sobre o q nao sabem o que somos ow como somos ...
De repente a dor toca o peito sem pedir licença, entra como um ladrao revira seus sentimentos em busca de remedio q a faça a diminuir!
Mas entre o desespero de sentimentos, a dor arromba nossos olhos e salta em forma de lágrimas, deslizam sobre a face, como a mao que acaricia um rosto levemente para acalmar nosso coraçao ...
E a dor transformada em lagrima acalma os sentimentos e aquela q fez tanta confusão se transforma em algo puro cheio de sentimentos lava e acaricia nossa alma fazendo-nos um novo ser para o amanha..
Então vamos em busca-lo
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