Amiga te Conhecer foi um Prazer

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Você sabia que todos aqueles “eu te odeio” foi na esperança de ouvir um “mas eu te amo”?

Não foi desejo. Nem vontade, nem curiosidade, nem nada disso. Foi um choque elétrico meio que de surpresa, desses que te deixa com o corpo arrepiado, coração batendo acelerado e cabelo em pé. Foi sentimento. Não foi planejado, nem premeditado. Foi só um querer estar perto e cuidar, tomar todas as dores e lágrimas como se fossem suas. A vontade e o desejo vieram depois, bem depois. Não foi um lance de corpo, foi um lance de alma. Não foram os olhos, nem os sorrisos, nem o jeito de andar ou de se vestir, foram as palavras. Uma saudade e uma urgência daquilo que nunca se teve, mas era como se já tivesse tido antes. Foi amor. É amor.

Diário de Viagem

O poeta foi visto por um rio,
por uma árvore,
por uma estrada...

Ninguém volta de bom grado a um lugar onde foi maltratado.

Casada, três filhos, arquiteta
não foi vista tomando um campari
na companhia de um turista alemão

Senhor respeitável, discreto, comprometido
não foi apanhado em flagrante
com uma morena gostosa sem sutiã

Filha de deputado, 17 anos, namorado firme
não foi surpreendida nos braços de outro
quando deveria estar na aula de inglês

Senhora decente, viúva, cinquentona
não foi alvo de comentários
por hospedar na sua casa o marido de alguém

Fidelidade é não contar nada a ninguém

foi então que ela viu no calendário
um sofrimento diário
uma dor que tinha número
e uma aflição já havia um mês

foi então que resolveu queimá-lo
e trocá-lo por uma ampulheta
que baixa a dor mais rápido
e mata o amor de vez

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999.

Nunca chores por um amor perdido, pois se ele estava perdido é porque ele nunca foi seu.

Sou um dos fracos? fraca que foi tomada por ritmo incessante e doido? se eu fosse sólida e forte nem ao menos teria ouvido o ritmo? Não encontro resposta: sou. É isto apenas o que me vem da vida. Mas sou o quê? a resposta é apenas: sou o quê. embora às vezes grite: não quero mais ser eu!! mas eu me grudo a mim e inextricavelmente forma-se uma tessitura de vida.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

“Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca. Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase. E é justamente por eu nunca ter sido inteira pra você que meu fim de amor também não consegue ser inteiro. Eu quase não te amo mais, eu quase não te odeio, eu quase não morro com a sua presença. O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, não sei quem é.

Um sonho que não foi de todo um sonho.

Lord Byron

Nota: Trecho do poema "Escuridão"

Um professor que o ensine a transformar-se numa pessoa livre e plena de amor é, e sempre foi, por definição, um alquimista.

Sempre antes de realizar um sonho, a Alma do Mundo resolve testar tudo aquilo que foi aprendido na caminhada.

Não foi planejado, nem premeditado. Foi só um querer estar perto e cuidar, tomar todas as dores e lágrimas como se fossem suas. A vontade e o desejo vieram depois, bem depois. Não foi um lance de corpo, foi um lance de alma. Não foi o jeito de escrever, ou de se vestir. Foram as palavras. Uma saudade e uma urgência daquilo que nunca se teve, mas era como se já tivesse tido antes. Foi amor. É amor.

Sou apenas um bloco de pedra para mim mesmo. Quero ficar dentro desse bloco, sem ser perturbado. Foi assim desde o começo. Resisti a meus pais, resisti à escola e depois resisti a tornar-me um cidadão decente. O que quer que eu fosse, fui desde o começo. Não queria que ninguém mexesse com isso. E ainda não quero.

Charles Bukowski
BUKOWSKI, C., O capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio

Oh, baby, não chore
Foi apenas um corte
A vida é bem mais perigosa do que a morte

A história é um profeta com o olhar voltado para trás: pelo que foi, e contra o que foi, anuncia o que será.

Vou chegar atrasada e distraída,
como quem saiu do trabalho e foi direto pro bar.

Vou pedir um hi-fi inocente
e olhar toda hora pro relógio
como se estivesse alguém me esperando em outro lugar.

Vou rir bastante, manter um ar distante
e esquecer quanto tempo faz.

Vou perguntar pelos amigos e, se aceitar carona,
deixar cair um brinco no banco de trás...

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999.

Ás Vezes as pessoas não Valorizam aquilo que Um Dia Foi o Mais Precioso em Sua Vida *
é Preciso Relembrar de Algumas Coisas que Gostamos...
Pois assim Podemos usalás Como Ferramentas Para Ajudar Outras Pessoas e a Nós Mesmos Durante a Vida *

Claro,de que seria feito momentos Bons se depois não nos recordasemos... Afinal a Graça não é fala que quer virar uma pagina da vida ou arrancalá ! Mas sim Guardalá como algo Bom ou experiencia ,que nos ajudará a escreve nossa nova pagina , para assim concluirmos nosso livro!!!

Foi na França, durante a Segunda Grande Guerra. Um jovem tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta a casa.

A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava a correr todo animado atrás dos mais íntimos para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe.

Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar ansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença do dono bem amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao seu posto de espera.

O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando àquela hora ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias. Todos os dias.

Com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Os amigos, para outros amigos. Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo na sua esquina, com o focinho sempre voltado para aquela direção.

Lygia Fagundes Telles
A Disciplina do Amor

O Homem e o Machado
Um homem certa vez mandou forjar um machado e foi à floresta pedir às árvores que fornecessem um cabo para ele. As árvores decidiram que a oliveira deveria fornecer-lhe um bom cabo; o homem pegou-o, colocou no machado e começou a derrubar as árvores e cortar seus galhos.
Disse o o carvalho às outras árvores:
- Bem feito para nós. Somos culpadas de nosso infortúnio porque ajudamos nosso inimigo a arranjar o cabo. Somos a causa da nossa própria ruína.

Moral da história:
Aquele que ajuda seu inimigo causa infortúnio a si próprio.