Amarracao para Tirar o Sossego de uma Mulher
Não mandamos no coração, infelizmente não controlamos os sentimentos e se pudéssemos todo mundo seria feliz.
Mestiça de índia, de corpo flexível, estranho, sinuoso que nem cobra e fogoso como os olhos: um fogaréu vivo ambulante. Espírito impaciente para romper o molde incapaz de retê-lo. Os cabelos pretos, longos e sedosos, ondulavam e balançavam ao andar. Sempre muito animada ou então deprimida, com Cass não havia esse negócio de meio termo. Segundo alguns, era louca. Opinião de apáticos. Que jamais poderiam compreendê-la.
Numa noite de luar
Estrelas estavam a brilhar
Sobre o som do pensamento
Mas só um contentamento
Vi os olhos inesquecíveis
Simplesmente compreensíveis
De um ser único e confiante
Contribuinte e deslumbrante
Naquela noite ao chorar
Percebi sua magnitude
O suficiente para te adorar
Mulher! Ser sincero, ser atuante
Vi em seus o olho o amparo, naquela noite de luar
Chorar e não lamentar e seguir adiante.
Seus cabelos soltos
Por entre a ventania
Inspirava o poeta
Que sorria distante
Da realidade
Do mundo.
O homem de verdade domina suas paixões e vaidades.
Se necessário, dá sua vida pela família e mantém seus olhos longe de uma mulher que não é sua
Não se rende ao próprio ódio ou rancor.
Despreza a vassalagem, antes, subversão.
Busca a simbiose, nunca o parasitismo.
Está em constante expansão da consciência e compreende que a plenitude é inimiga de objetivos ambiciosos.
Recusa o pódio, pois pressupõe que a glória não deve celebração a plateia.
Não é definido por suas façanhas abaixo da cintura.
Teme o conforto, e martela diariamente na solidificação da sua evolução.
Busca a metanoia, tem aversão a estagnação.
Eu sei que às vezes ela exagera.
O lema dela é sair sem hora para voltar.
Ela nunca deixa as palavras escaparem.
É tão decidida.
Se a sua opinião fosse um dado,
acertaria bem no meio do alvo.
Nada morno,
nem pelas metades.
Sim ou não.
Seu corpo abriga uma quantidade de doçura,
mas há equilíbrio com o seu lado maldoso.
Fibra de mulher,
coração de garota.
Ela produz sua própria luz, se estiver na escuridão.
Não arisque: onde há fumaça, há fogo.
Ela é o oposto dele. Ela, o tipo de garota que quer falar sério, Ele o garoto que gosta de mostrar-se infantil. Ela uma mimada não assumida, Ele um garoto com a cabeça feita. Ela tem seus defeitos e sabe disso, Ele tem defeitos e tenta entender os dela. Ele demonstra ama-la de uma forma e Ela de outra, cada um com sua forma. Ela é dura na queda, Ele ainda mais. Ela uma garota da cidade que gosta de shopping e de psicologia, Ele um Homem fazendeiro, Estuda Direito e que ama o sertão, as músicas que lembram o sertão e do pedaço de terra que tem, simplesmente diferentes, que se amam incondicionalmente. As pessoas precisam entender que não é preciso entender; Não é necessário fazer sentido, apenas precisa sentir.
A feminilidade não é refletida através de um corpo sexy, atraente e selvagem.
Nem mesmo simboliza, um belo rosto, cabelos e maquiagem.
Porque isso tudo, inclusive os "homens" podem fazer.
A feminilidade é uma dama, com dons supremos para oferecer.
Ela é virtuosa, sábia, amiga e conselheira.
Dona de lábios que expressam palavras verdadeiras.
Fala sobre Deus e conhece os mistérios desta vida.
Providencia o pão da casa com muita valentia.
Tem braços fortes e punhos firmes, sem perder sua meiguice.
Jamais desampara seus pais, quando chegam na velhice.
Ela é legítima, incopiável e valiosa.
Seu valor excede ao de pedras preciosas.
Foi algo novo para mim. Ignorava as manhãs da sedução e sempre tinha escolhido ao acaso as noivas de uma noite, mais pelo preço que pelos encantos, e fazíamos amores sem amor, meio vestidos na maior parte das vezes e sempre na escuridão para imaginar-nos melhores. Naquela noite, descobri o prazer inverossímil de contemplar sem as angústias do desejo e os estorvos do pudor, o corpo de uma mulher adormecida.
Você não escolhe quem vai gostar de você, mas você pode sempre escolher como vai tratar as pessoas que gostam de você.
Tens em ti o desejo ardente de menina,
apaixonante, sedutora...
Gozo por saber que o teu desejo pertence me,
que lhe tiro suspiros e arrepios.
Excita-me ser tua cobiça,
teu despudor, teu descontrole.
Meninas existem por ai,
mas tu mulher, és Única!
" -- Juca Mulato! Esquece o olhar inatingível! / Não há cura, ai de ti! Para o amor impossível. / Arranco a lepra ao corpo, extirpo da alma o tédio; / só para o mal de amor nunca encontrei remédio... / Como queres possuir o límpido olhar dela? / Tu és tal qual um sapo a querer uma estrela... / A peçonha da cobra eu curo ... Quem souber / cure o veneno que há no olhar de uma mulher! / Vencendo o teu amor, tu vences teu tormento. / Isso conseguirás só pelo esquecimento. / Esquecer um amor dói tanto que parece / que a gente vai matando um filho que estremece, / ouvindo, com terror no peito, este estribilho:/ "Tu não sabes, cruel, que matas o teu filho?"/ E, quando se estrangula, aos seus gemidos loucos, / a gente quer que viva... e vai matando aos poucos! / Foge! Arrasta contigo essa tortura imensa, que o remédio é pior do que a própria doença / pois, para se curar um amor tal qual esse ... / Juca Mulato, esquece!" (feiticeiro) ("Juca Mulato")
Eu sei o quanto são difíceis as suas lutas diárias.
Sei o quanto é cansativo dar conta de tudo sempre.
Mas sei o quanto é capaz...
Mesmo que não saiba.