Alma do Guerreiro
CERRADO GOIANO (soneto)
Como acho encantado o cerrado goiano
tricotado de fascínio, fico espantado!
Dum chão e dum horizonte arregalado
Em um plural enredo - anelado e plano
De diversidade, se veste, aparato insano
tem tempero, cheiro, tom, um arestado
sentimento no considerar, tão elevado
também, um estio impiedoso e tirano
Alegórico! Magnetiza tudo e tudo entoa
seus arbustos tortos cheios de sedução
e teus cantos, tantos, na vastidão ecoa
Os elogios são vãos, a tanta relevância
sua atração alicia, ó poesia e canção...
Tu cerrado goiano é fecunda estância!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/10/2024, 16’20” – cerrado goiano
REVELAÇÃO
Carinhosos versos meus, que revelam
Do agrado em riste a alegria suprema
rimas de ventura, e ritmada vibração
paixão, suave magia, sincero poema
Canto, canto a envoltura da emoção
a suspirar o amor! Tão castiço tema
ardente, sim, e intenso de sensação
versejos, com perfume de alfazema
De certo no poetizar reaverei, eu sei
em um sabor suave vindo do coração
e eu, na cadência então encanto terei
Vós, enlevo, testemunha da satisfação
ah! quanto, quanto sentimento hei...
Carinhosos versos meus, que revelam.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/10/2024, 20’22” – Araguari, MG
A TARDE
Talvez por seres, para mim, a poesia
de beleza fenomenal, vem, notável
entardecer, enche o olhar de magia
me doando uma sensação adorável
Trazes do colorido o tom e a melodia
da luz que cessa no ocaso admirável
és o fulgor, que do encantado irradia
e que na alma sente, assim, louvável
Finda o dia, acontecido, numa prece
delirante via, embalado pelo poente
levando a ilusão que não se esquece
Enquanto o céu hispa, na cor carmim
no horizonte o lusco-fusco, acontece
abrasando a sedução dentro de mim.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/10/2024, 17’07” – Araguari, MG
VERSAR NA MEDIDA
Quando, com ardor, o amor fulgura
no verso tal a uma chama do desejo
que instiga, e se doando em cortejo
versejo a poética com terna doçura
Quando, a cada verso a emoção vejo
no sublimar há um misto de ternura
colocando o rimar em plena loucura
aí, sublinho mais, cada sedutor beijo
quando, enternecido, nesta sensação
num delírio de sentimento e esmero
assim, na prosa a paixão fica querida
e, se crio uma frase enamorada, então,
o soneto se faz em um amante sincero
e a poesia poetiza o versar na medida.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/10/2024, 18’50” – Araguari, MG
SONETO COM DOÇURA
Doce poética, doce verso, doce doçura
doce tom, doce soneto que hei escrito
doce rima tão docemente do amor dito
e que tem paixão, duma doce candura
Sentimento, a doce palavra que figura
no profundo d’alma, em um doce grito
ecoado inteiro e docemente do espírito
criando versetos tão cheios de ventura
A métrica terá que com doçura se diga
sussurros ao ouvido onde afeto impera
dando ao versar doce sentido a trama
Ó sorte com doçura em uma doce liga
tão docemente com a emoção sincera
que torna doce o verso quando se ama.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/10/2024, 20’34” – Araguari, MG
POEMA NÃO TENHO
Poema não tenho, para te dar a poesia
temo, gesto, ardo em fogo, peço apelo
ao coração, e aguardo pelo poético dia
de sentimento atraente, sem contê-lo
Liberto, os versos se abrem, ó alegria
escolhe o sentido, e assim escolhê-lo
dando causa, cheiro, amor e cortesia
criando canto com terno verso singelo
Agrada, a mim mesmo, ter requisitado
pois, em cada sensação, então, cortejo
sinto-me, vejo com emoção, doce hora
Afeto me apraz, e versejo, afeiçoando
sonho sonhando, nas asas do desejo
quero viver, e ter mais que um agora.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
31/10/2024, 18’45” – Araguari, MG
O QUE É A FELICIDADE?
Estamos constantemente em busca da tal felicidade e nos sacrificamos desenfreadamente com diversos afazeres, imaginando que a encontraremos nos bares, no shopping, nas roupas e sapatos novos, na conquista de um bem material ou de pessoas.
Quanto mais corremos procurando a tal felicidade, parece que ela fica distante e todas as ações parecem em vão.
O que é a felicidade? É ter algo novo? É ser igual as outras pessoas e ter o que elas possuem? É estar na moda? É não ter rugas e envelhecer?
Será que para ser aceito pelas pessoas eu preciso desistir de mim?
Eu preciso dizer sim para elas o tempo todo, quando na verdade digo não para mim?
Aprendi que ter as coisas materiais é uma sensação prazerosa, mas ainda não é a tal felicidade. Que a alegria que tanto buscava nas pessoas e lugares, na verdade sempre estiveram dentro de mim e não fora.
Quando me conheci de verdade, compreendi que a felicidade é um estado de plenitude.
Felicidade é estar com os pensamentos e emoções em equilíbrio e permitir que toda inquietude sejam transformadas em sentimentos de contentamento e paz.
Felicidade é estar bem consigo mesmo em qualquer lugar, ter leveza na alma e no coração.
Felicidade é sentir-se bem com sua própria companhia.
Felicidade é ter solicitude ao invés de solidão.
Felicidade é contemplar tudo que está em sua volta com gratidão profunda, sem reclamar.
Felicidade é aprender é ter amor-próprio e promover o autocuidado.
A minha felicidade pode ser diferente da sua e está tudo bem.
Ser feliz é um estado de bem-estar e não uma condição.
AQUI TEM
Não repararam agora? pela poesia
Nos versos, suave rima enamorada
Que canta a paixão tão encantada
Musicando o poema numa sinfonia
Que tenteia a sensação com euforia
Deixando a satisfação d’alma alada
Criando inspiração pela madrugada
Numa poética que pulsa com magia
O afeto, o sentimento, olhar atraído
O sentido. Aquele beijo tão dividido
- Enfim feliz! Acontecido, bom, vem!
Já, o poetificar - bem mais tagarela
Vai cantando e deixando mais bela
A prosa, de um amor, que aqui tem!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22 agosto 2024, 05’33” – Araguari, MG
LEDO SONETO
Ó harmonioso soneto, que gorjeia
O amor vibrante e cândida ternura
Cheio de entusiasmo que murmura
E, por entre sensações serpenteia
Encanta e canta, enredado na teia
Verseja, beija, de doce formosura
Jura, numa poética emotiva e pura
Emoção ímpar e, na paixão ondeia
São versos com a vontade sincera
Olhar tão lobrigo e sentido perdido
Que inebriada magia na alma gera
A rima, rima com meu bem, e digo:
- no coração o sentimento impera
E, assim, nesta quimera prossigo.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23 agosto 2024, 15’50” – Araguari, MG
ESTADO DE FELICIDADE
Em um poema todo feito de recato
De sonho, sentimento e docilidade
É que vê o terno trovar na felicidade
E (mais que singelo) amor de fato!
Não é um verso de irreal formato
Nem a imaginação só na vontade
É luz, agrado, uma outra felicidade
Que preenche a poética num ato
Um abstrato sentido, duma paixão
Da alma, feito de emoção, ternura
E de uma prosa atraente e serena
Ô rimar, rimar risonho e amoroso
Poeta assim feliz, assim gostoso
E põe o tom em sensação plena.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
24 agosto 2024, 10’49” – Araguari, MG
QUE INSPIRA É O AMOR
Melhor há de poética que inspira
Uma toada que nos diz: é amor
Melhor há de poética que o ardor
Duma paixão, que ateia e “pira”
Os versos com sensação, suspira
O afável sentimento, na face rubor
Diz-me se há outro senso amador
Que agrade mais. Não é mentira!
Pois, se mente, nada será fecundo
Que é do gosto, que é da felicidade
Sedutor, bem mais que um segundo
Que é da velhice, que é da saudade
Criando um versejar mais profundo
Cheio de olhar, toque e de verdade!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25 agosto 2024, 12’34” – Araguari, MG
OCASO DA VIDA
Vai, folha seca, vai, desgarrada
Ao vento em fascinante magia
Vai, que o outono, já evidencia
No fatal balé, de poética toada
Cumpre o destino, meta sagrada
Mudada: sem cor, árida sinfonia
Sem viço, sem a gala da energia
E, a tua pálida força, já crestada
No tempo, a tua mocidade palia
Deixando-te no calor da saudade
Vai, folha delicada, doce poesia
Baila pelo ar desta final liberdade
Realizou a sua crucial biografia...
Ímpar e, cada um de nós há-de.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 agosto 2024, 16’23” – Araguari, MG
SOBRE A VIDA
Abri o meu sonho ao raiar do alvor
E ideei, veio a sorte, então, segui-a
Na ilusão, maciça de colorido vigor
E tão mais venturosa e, com poesia
Fui criando momentos e alquimia
Aos pés da emoção, no tom maior
Assim, no jogo do fado, robusto ia
No sentimento, caminho, no louvor
A gente é realidade, fantasia: lança
Avança, recua e vai na imensidade
Dentro da incerteza e da confiança
No viver tem uma vasta diversidade
Larga vitalidade, tão cheia de dança
Já o passado, uma estreita saudade...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
01/09/2024, 14’27” – Araguari, MG
NARRAÇÃO
Foi-se-me pouco a pouco inspirando
O amor que nestes versos me guiava
O pulsar do coração, que até cantava
Plena sensação de quem vai amando
Em se ele musicando, trova ritmando
Já se nele a candência propícia estava:
Suspiro, arrepio, que logo despontava
Melosa poesia de paixão, vai rimando
Cadência de alma gêmea, leve e pura
Na estrofe, cada verso, um verso ímpar
A poetizar o cântico com tanta ternura
Romântica prosa, da emoção a bradar
Nem pesava eu nunca a minha ventura
A narrar em versos este poético amar.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
02/09/2024, 17’53” – Araguari, MG
NESSES VERSOS
Nesses versos em que cá nos encontramos
Sensações, os encantos e a poética poesia
Versejam o amor tão imbuídos de chamos
Num pulsar do soneto com vibrante magia
Assim, nesta prosa, o sentimento trocamos
Composição da mais contente duma alegria
Talvez porque no destino a paixão achamos
Certos de achar, assim, a nossa alma sentia
Nessa expressão em que a afinidade é arte
Parte minha em uma sedução, veio beijar-te
Com tanto ardor, emoção, em cadências tais
Que o tom ficou prolixo, em um gozo infindo
No sagrado que te dou num ofertório lindo
Emparelhando o terno poetar cada vez mais.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
03/09/2024, 20’50” – Araguari, MG
As vezes temos azar, azar no jogo, azar no amor, azar nas amizades e azar nas escolhas, eu sou azarada, errei no amor por não saber oque fazer, errei na amizade, por punir injustamente uma amiga, eu tive azar comigo mesma ao cortar os pulsos, errei ao fazer todas as escolhas erradas e azaradas que já fiz.
SONETEANDO O AMOR
Verso divino do meu sentimento
Sempre surgiu intacto e especial
Que vos visse tornados tão real
De tão preciosa valia e momento
Aqueles olhares soltos ao vento
O vento as sustinha, tão visceral
Do bem que me ficou, sorte total
Tornando o poetizar, feliz intento
Na poética nobre, mostras aparece
Em cada rima um tom encantador
Tão cheio de ritmo em doce prece
Ó inspiração tamanha! Ó hábil ardor
Por ter vivido o que não se esquece
Meu rimar, vive, soneteando o amor.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04/09/2024, 14’36” – Araguari, MG
PÔS-SE O SOL
Pôs-se o sol. Cá pras bandas do cerrado
da tarde o fulgor pouco a pouco esvaece
o encarnado entardecer, geme em prece
desmaiado o poente, num tom desafiado
E no horizonte, o luar obscuro reaparece
encapotado, embaciado. E desmantelado
o dia, tudo em silêncio está. Sombreado
rubro, taciturno, o escurecer resplandece
E no mistério das trevas, poético recanto
sinfonizando em uma melancólica sangria
faz-se noite, que vai cantando o seu canto
E ainda, ter toda a magia, faz-se a poesia
enchendo o sentimento de tanto encanto
assim, vem a noite, e amanhã é outro dia!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04/09/2024, 18’46” – cerrado goiano
A ti, todas as fotos, eu grito ódio contra sua incompetência.
Pois os momentos que mudaram minha vida
parecem banais em suas telas frias.
Surdas, mudas, cegas e alheias ao que realmente importa,
incapazes de guardar o amor que tenho,
indiferentes ao meu medo e minhas angústias.
E, mesmo assim, vocês se encontram soberbas, emolduradas nas paredes,
enquanto nós nos enganamos sobre suas capacidades de realmente guardarem algo.
Além de uma imagem estática, fria e vazia,
sem significado algum, exceto
o de ancorar nossas ilusões.
BATE CORAÇÃO
Assim como vos vejo, olhar referto
Sentimento maior, assim me veja
E como o verso estais, amor, esteja
A haver poética num poetizar certo
Que, pois, tenho-te cá bem perto
D’alma e, que assim, então, seja
A sensação, que o agrado enseja
E possa estar de atenção coberto
Marcaste a nós a sincera devoção
Sendo sentido nosso, e eu vosso
Servo, para juntos a paixão viver
Que, pois, por nós bate o coração
Um só bater no peito, em alvoroço
Pois, este tino é fato no nosso viver.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
05/09/2024, 15’19” – Araguari, MG
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