Alma do Guerreiro
ALMA GÊMEA (soneto)
Ó amor! ó sensação piedosa e pura!
Ó sentimento... implacável e ferino
- Afeto, que laça de cheiro o destino
E aos abraços o entusiasmo mistura
Pois o beijo, com o seu sabor divino
Abre o infante sorrir, em doce loucura
E que a todos os males, oportuna cura
Abre ao prazer o enaltecer matutino
Sempre cantado! O poeta trovando
Ousadia e timidez... o corar da face!
Na sedução... o encontro venerando
Anda o fascínio e o belo, eterna poesia
A inspiração e o querer, onde ele nasce
Da mesma emoção, nasce a companhia
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/02/2020, 19’42” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Estou triste, minh’alma chora...
Hoje vou te dizer o que sinto
Coração magoado, abandonado
Pela mentira que me fez absinto
O dolo que se fez amargurado
Deixo as lágrimas correrem
Lembrando os beijos, a paixão
Que agora fazem-me abaterem
No gosto salgado da desilusão
Sinto no peito a dor a apertar
Na saudade o sonho a lamentar
Na melancolia o adeus desabafar
No desrespeito a traição falar
Doeu... Dói... Está a doer
É o amor que está a morrer
São os planos a ir embora.
Estou triste, min’alma chora.
(Nada é pior para uma alma que tornar triste a outra alma.)
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 de setembro de 2009, 05’08” – Rio de Janeiro
A alma ganha essência
No entardecer do cerrado
Sabiás cantando em cadência
E João-de-barro sempre ocupado
Na obra de sua subsistência...
desenham o nosso cerrado!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/08/2014, 18'00" - Cerrado goiano
ALMA NUA
Ainda que silencioso, a trilhar, eu sigo
Despido de uma sensação que conforta
Tenho emoção, essa sorte que bendigo
Mesmo sabendo que a carência corta
A doce ilusão, como é bom e importa
Tudo é confiança, e nada eu maldigo
Bem sei que no tender se tem porta
E na simplicidade do querer o abrigo
Então, desconfortado, assim vou, eu
Tal qual um poeta sem devoção sua
A procurar o amor que já se perdeu
E nesta de ser feliz na infelicidade
Me vejo no espelho de alma nua
Matutando o mantra da saudade!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28/10/2020, 05’34” – Triângulo Mineiro
A ALMA DA SAUDADE ...
A alma da saudade é misto de rudeza
De ausência, do vão, pesar e agonia
Tal uma sensação cheia de surpresa
Lágrima, suspiros na presença vazia
Ao reviver, sofrimento, que tristeza!
Uma dor no peito em pranto desfia
E nos sentimentos aquela tal frieza
Que range, inquieta de noite de dia
No silêncio a saudade soluça tanto
Que imagino ser da tristura o canto
Ou, será a solidão sendo um bardo?
Mas, no tempo passa, que contraste!
Sem que nada da lembrança o afaste
A alma da saudade, por certo é fardo!...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08/03/2021, 17’34” – Araguari, MG
Minha alma é a espada
A espada é minha alma
Na forja esta a espada
Na forja Deus forja minha alma
Ao som de marteladas se molda a espada
Do calor se fortalece a alma
Na água se esfria a espada
E nesse ciclo se forja a espada da alma
CORPO E ALMA DA POESIA
Bendita a prosa que segue o rumo
De um coração, quase que despido
Das vaidades, na poética o prumo
Do corpo e alma no canto esculpido
Bendita o verso de uma rima pura
Onde figura a sensação da gente
Com trovas tantas, sem censura
Que a ritmo da imaginação sente
E, um afago na atenção do bardo
De um ardor a vibrar tão felizardo
Faz o jeito de trovar mais afinado
É arte e ato certeiro, prosa gigante
Terna e peregrina, o verso amante
Deixando o sentimento aflorado! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 fevereiro, 2022, 10’59” – Araguari, MG
Ano Novo...
Há que saber expurgar o luto,do desgosto
E...
Jamais ficar preso ao passado…
A mente esvazia-se e novos
Horizontes se abrem…
*“O Direito dos Sentimentos
Não somos parafusos, robôs🤖 nem peça de chão,
Temos alma, saudade e aperto no coração.
Nascemos pra rir, pra errar e amar,
Mas nos empurram silêncio no lugar de sonhar.
Dizem que chorar é fraqueza, que gritar é exagero,
Que calar é virtude, e sorrir... um dever sincero.
Mas esquecem que o ferro também se arrebenta,
E o peito calado... vira prisão lenta.
Cobram metas, batidas, presença, missão,
Mas não perguntam nunca: “e o teu coração?”
O tempo virou moeda, descanso, utopia,
E o afeto um luxo raro que o mundo desafia.
Por isso declaro — sem medo, nem freio:
**Sentir é coragem, não desrespeito.**
**Desabafar é cura, é resistência.**
**Ouvir o outro — é pura consciência.**
Quero um mundo de abraço e presença,
Sem vergonha de dor, sem medo da crença.
Onde homem possa chorar, mulher possa gritar,
E ninguém precise se esconder pra amar.
Em nome de todos que vivem calados,
Esse poema é grito dos silenciados.
Porque **emoção não é fraqueza, é raiz.**
É a alma dizendo: *"eu também quero ser feliz."*
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Se quiser, posso te ajudar a criar uma descrição bonita pra acompanhar a publicação ou adaptar o poema com sua assinatura pessoal. Você quer colocar seu nome como autor ou usar um pseudônimo? 📜💡💫✨ Vivemos num mundo que sufoca a emoção e pune o silêncio com solidão. Esse poema nasce como um grito do peito — um manifesto pra quem ainda acredita que sentir é um direito, não um defeito. ✊🏽🕊️
Alma! Algo intenso e grandioso, não podemos mensurar e nem definir; ela pesa o que sentimos no momento.
Nada é vosso, tudo passa de geração em geração, de ciclo em ciclo. O material fica, menos vossa alma que transmuta em ascensão.
É preciso despertar o adormecer da alma, lutar contra o medo do desconhecido. A cegueira do medo impede que a luz ultrapasse as barreiras contidas nas profundezas do âmago...
