Alma do Guerreiro

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Transparente e secreto



O guerreiro sabe que nenhum homem é uma ilha, isolada no meio do oceano.

Sabe que não pode lutar sozinho; seja qual for o seu plano, sempre depende de outras pessoas. Precisa discutir sua estratégia, pedir ajuda, e — nos momentos de descanso — ter alguém para contar histórias de combate ao redor da fogueira.

Mas ele não deixa que as pessoas confundam sua camaradagem com insegurança. Ele e transparente em suas ações, e secreto nos seus planos.

Um guerreiro da luz dança com seus companheiros, mas não transfere para ninguém a responsabilidade de seus passos.

Um Guerreiro da Luz sabe que ninguém ganha sempre, mas os corajosos sempre ganham no final.

O escritor precisa de quase tanta coragem como o guerreiro; um não deve preocupar-se mais com os jornalistas do que o outro com o hospital.

Desisti de ser feliz. Agora me sinto muito menos infeliz.

Chega um dia em que se o homem não deixar tudo para trás não vai para a frente.

Quem sabe, muitas vezes não diz. E quem diz muitas vezes não sabe.

Sertão, argúem te cantô,
Eu sempre tenho cantado
E ainda cantando tô,
Pruquê, meu torrão amado,
Munto te prezo, te quero
E vejo qui os teus mistéro
Ninguém sabe decifrá.
A tua beleza é tanta,
Qui o poeta canta, canta,
E inda fica o qui cantá.

(De EU E O SERTÃO - Cante lá que eu canto Cá - Filosofia de um trovador nordestino - Ed.Vozes, Petrópolis, 1982)

Ela disse assim (A teus pés)

Ela disse assim
É porque é
É porque é
Não há desespero em vão

Se ela quer voar
É porque tem assas
É porque tem asas
Não não não
Quando a gente voa
Distante e só
Tão distante e só
O sol não vem e a luz que cai
Nunca mais voltou
Nunca mais voltou
Não não não

Um Guerreiro da Luz não pode recusar a luta; mas sabe também que não deve arriscar sentimentos importantes, em troca de recompensas que não estão a altura do seu amor. Por isso o Guerreiro só arrisca seu coração por algo que vale a pena.

...sobre o Guerreiro da Luz.
Por isso, quando separado dos outros guerreiros, se comporta como uma estrela da noite. Ilumina a parte do universo que lhe foi destinado, e tenta mostrar galáxias e mundos a todos que olham para o céu.

Os amigos do Guerreiro da Luz perguntam de onde vem sua energia, e ele diz: "Do inimigo oculto".
Os amigos perguntam "Quem é?".
O Guerreiro responde: "Alguém que não podemos ferir!"
Pode ser um menino que o derrotou numa briga na infância, a namorada que o deixou aos onze anos, o professor que o chamava de burro. O inimigo oculto passa a ser um estímulo. Quando está cansado, o Guerreiro lembra-se que ele ainda não viu sua coragem. Não pensa em vingança, porque o inimigo oculto não faz mais parte da sua história. Pensa apenas em melhorar sua habilidade, para que seus feitos corram o mundo e cheguem aos ouvidos de quem o machucou no passado. A dor de ontem transformou-se na força de hoje.

Sentir primeiro, pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois

Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois

Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois

Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois

Paulo Roberto do Carmo
Estação de força - Poesia. Ed. Movimento/IEL (Instituto Estadual do Livro): Porto Alegre. 1987 (Coleção Poesiasul, v.61).

Nota: A autoria do poema tem vindo a ser erroneamente atribuída a Mario Quintana.

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Aconteça o que acontecer amanhã, ou para o resto da minha vida, agora estou feliz porque te amo.

Há dor que mata a pessoa
Sem dó nem piedade.
Porém, não há dor que doa
Como a dor de uma saudade.

E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar

Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome, pergunto o que há?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará.

Nada como um amor não correspondido para tirar todo o sabor do sanduíche de manteiga de amendoim.

Meus versos é como semente
Que nasce arriba do chão;
Não tenho estudo nem arte,
A minha rima faz parte
Das obras da criação

Se ser político é reclamar das injustiças. Então, eu sou político

Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho adaptado do poema "Mar Português" da Mensagem, de Fernando Pessoa. No poema original, o poeta escreveu: Tudo vale a pena se a alma não é pequena.

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