Algumas Pessoas Nao Merecem nosso Amor
Não corra contra o tempo ele está aqui, vá com ele conhecer os horizontes mundos espaços é o mesmo tempo em tempos diferentes, na soma do tempo só o tempo conhece seu tempo.
A verdadeira felicidade do homem não está nas conquistas materiais, nem nos aplausos do mundo. Nasce quando ele ama uma mulher de verdade. Não qualquer amor, mas aquele que o transforma, que o arranca da superficialidade e o coloca diante da essência da vida.
Quando um homem ama uma mulher de verdade, ele descobre que a força não está em dominar, mas em proteger. Que a grandeza não está em possuir, mas em se entregar. A vitória não está em vencer batalhas externas, mas em vencer a si mesmo para ser digno dela.
Esse amor não é feito de aparências, mas de presença. É o olhar que acalma, o abraço que fortalece, o silêncio que fala mais alto que mil palavras. É a certeza de que, ao lado dela, o tempo não é inimigo, mas aliado.
A felicidade do homem, nesse amor, é simples e absoluta: é acordar sabendo que tem um motivo maior para viver, é caminhar com a alma inteira, é sentir que sua vida tem sentido porque encontrou nela o reflexo mais puro da eternidade.
Amar uma mulher de verdade é descobrir que o coração não é apenas um órgão que pulsa — é um templo onde habita a razão da existência vivida.
Nada depende de nós, e por isso, não agendes teu amanhã nem te entregues a planos que o sol do dia ainda não iluminou. Não alimente sonhos no solo instável da força interna que te ignora, porque os sonhos não realizados são apenas flashes efêmeros — passageiros que não acendem a chama da realização, pois a vida escapa ao nosso comando. O vento não espera nossa permissão para soprar, a água não consulta a nós antes de correr para o mar; assim também o destino dança independente da nossa vontade. Somos folhas levadas pela corrente, falsas capitãs de um navio onde o leme escapa às mãos humanas. Não é no controlar, mas no abandonar, no fluir, que reside a verdade de nossa existência. Sonha, se quiseres, mas saiba que em cada sonho desconexo do hoje, perde-se o presente que é tudo o que realmente é dado. A força que pulsa em ti não é força de impedimento, mas de rendição ao ritmo maior da vida — e nesta rendição, toda a grandiosidade do existir permanece silenciosa, ao passo que a ilusão do controle desvanece-se lentamente. Não mais planejes, não mais sonhes ávido por resultados. Apenas respira, aceita e deixa que o mistério do acaso escreva seu desfecho. Pois nada de verdadeiramente grande depende de nós — somos ao máximo passageiros, e o navegar da vida é uma dança sutil entre o ser e o não poder ser.
nem desenhar mapas para o hoje.
O tempo não se curva ao teu desejo,
ele escorre, indiferente, pelas frestas da existência.
Para de sonhar como quem acredita
que o vento obedece ao comando da mão.
Os sonhos, quando vêm, são relâmpagos breves,
clarões que iluminam e logo se apagam.
A força dentro de você é apenas centelha,
não é motor do universo,
não é chave dos destinos.
O que nasce, nasce sem tua ordem,
o que morre, morre sem tua permissão.
Nada depende de nós.
Somos folhas levadas pela corrente,
somos ecos que não escolhem o som,
somos passageiros de um trem sem trilho visível.
E talvez, nesse abandono,
haja uma estranha liberdade:
não realizar, não controlar,
apenas ser —
um instante que se dissolve no infinito.
Me recuso estacionar no emboço para agradar quem quer que seja.
Não é parte da minha disciplina.
Porque minha estrada não foi feita para caber em moldes alheios.
Não aceito freio, não aceito rótulo, não aceito a coleira invisível da conveniência.
Minha disciplina é movimento, é rasgar o silêncio com passos firmes,
é não pedir licença para existir vivendo.
Quem espera que eu curve a espinha diante de suas expectativas
vai encontrar apenas a muralha da minha convicção.
Não sou vitrine, não sou enfeite, não sou sombra.
Sou presença, sou voz, sou fogo que não se apaga.
E se minha verdade incomoda, que incomode. Prefiro carregar o peso da autenticidade
do que a leveza falsa da submissão.
Então você vive a loucura vivida,
anda pelo fogo como quem não teme queimadura,
coleciona impulsos como quem guarda medalhas,
e mesmo assim se recusa a enxergar o que você viveu
a rachadura que abriu dentro de si.
Você diz que está tudo bem,
que o tempo cura, que o vento leva,
mas o que foi vivido não se dissolve.
Não há como apagar o que marcou a pele,
o que feriu o espírito,
o que gritou na alma pedindo mudança.
A verdade é simples e cruel:
toda escolha deixa um rastro,
toda noite sem controle cobra seu preço,
e todo abismo que abraçamos
acorda conosco — mesmo quando fingimos dormir.
Novo Ano, mas não nova vida. Quem pensa em ser mais crédulo, se tem medo de ser enganado? Se o mundo é de enganos, por que não deixar que nos façam pirraças e troças? Ninguém quer ser parvo, e é pior: porque para não ser enganado, desonra-se como pessoa de lisura e sinceridade. Há mais cobardes em ser iludidos, do que em ir para a guerra. Quando os simples são afinal os mais poderosos e quem cede, ganha.
As estrelas não mentem
Ao anoitecer a imaginação desperta com ares de dona do tempo,
pois sabe passar silenciosamente por todas as estações sem ser vista e tocada,
mas com uma habilidade sensitiva descomunal e quase beirando a realidade no espectro do sentir.
A melhor pregação é aquela que não agrada aos ouvidos, mas a que quebra o coração, e faz bem a alma!
