Ah Saudade
Saudade
Saudade é amor.
Saudade é um parto reverso,
é um cais onde nenhum navio aporta,
é uma fogueira que não mostra a chama,
é uma dor que não sai nas radiografias,
principalmente no peito de quem ama.
Saudade é doce lembrança, que amarga como fel,
quando deixamos de viver a realidade,
para viver de fatos e pessoas que já não estão por aqui,
é manter uma agulha na pele,
ou vinagre na ferida que não fecha.
O pai que se foi, o relacionamento que se perdeu,
a mãe que partiu, o filho que morreu,
a gravidez perdida, o amigo que desapareceu,
uma recordação embaçada na mente,
uma roupa que deixou marcas,
um perfume que não esquecemos,
um beijo que marcou uma vida,
são mais do que recordações…
São âncoras que prendem vidas ao passado,
impedem-nos de sermos felizes,
porque a Saudade que sentimos,
deve ser impulso para dias melhores,
dias com certeza de reencontro,
de novidade de vida,
da grandeza de Deus,
da certeza que a vida continua,
além do além, além do vazio da Saudade,
desse vazio que por vezes chega a te consumir,
mas, que te empurra para a vida,
que por vezes deixas de viver.
Se a saudade te corrói, faça já uma prece,
pelos que se foram e deixaram marcas,
pelos que estão chegando e vão te marcar,
e pelos que ainda virão,
que poderão ser os frutos da mesma semente,
que um dia plantaste em algum coração,
que brotou da saudade,
regada pelo amor e pela paixão.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o escritório e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Eu também preciso te ver, senão vou morrer de amor insatisfeito de desencontro de saudade com sede insaciada.
Tanto tempo faz que a gente não se via, a saudade me enganou e deu lugar a nostalgia. E já não me interessa onde estivemos sem saber, sobrou em pensamentos a vontade de te ter…
Eram tão raros os nossos momentos e sempre eram bons. Eu tenho saudade de mil coisas e todas essas mil coisas sempre caem na mesma única coisa de que eu tenho tanta saudade: das suas histórias. Me faz muita falta ouvir sobre sua vida, suas histórias, seus medos, seus desejos, suas angústias. E como me faz bem saber o quanto você confia em mim, o quanto você se sente bem em conversar comigo.
Me dá notícias. Se encontrar um daqueles telefones, ligo qualquer noite (...). Sinto saudade, ando meio só. Um beijo, cem beijos.
Ah! infinito delírio chamado desejo, essa fome de afagos e beijos
essa sede incessante de amor.
Ah! essa luta de corpos suados, ardentes e apaixonados gemendo
na ânsia de tanto se dar...
Ah! de repente o tempo estanca na dor do prazer que explode
É a vida é a vida, é a vida e é bem mais...
E esse teu rosto sorrindo espelho do meu no vulcão da alegria,
Te amo, te quero meu bem, não me deixe jamais
Eu sinto a menina brotando da coisa linda que é ser tão mulher,
a santa madura inocência.
O quanto foi bom e para sempre será,
E o que mais importa é manter essa chama até quando eu não mais puder
E a mim não me importa nem mesmo se Deus não quiser...
Ah! vem, alma sombria que pranteias.
Por quem choras? Por mim?
Em vez de prantos
Deixa-me suspirar a teus joelhos.
Tu sim és pura. Os anjos da inocência
Poderiam amar sobre teu seio.
Aperta minha mão! Senta-te um pouco
Bem unida a minha alma em meus joelhos,
Assim parece que um abraço aperta
Nossas almas que sofrem. Revivamos!
O passado é um sonh, o mundo é largo,
Fugiremos à pátria. Iremos longe
Habitar num deserto. No meu peito
Eu tenho amores para encher de encantos
Uma alma de mulher
Por que sorriste?
Sou um louco. Maldita a folha negra
Em que Deus escreveu a minha sina
Maldita minha mãe, que entre os joelhos
Não soubeste apertar, quando eu nascia,
O meu corpo infantil! Maldita!
Ah, como deve ser boa a vida das mulheres frágeis; elas sempre têm alguém que carregue os embrulhos, preencha o Imposto de Renda, troque o pneu do carro, e por aí vai. As fortes fazem tudo sozinhas, e são sempre chamadas nas horas do aperto: elas agüentam qualquer tranco, e são tão fortes que se metem até mesmo onde não são chamadas, para ajudar a resolver os problemas dos outros.
Elas acreditam no personagem, veja só. É dura a vida das fortes, que não são poupadas de nada. Se alguém está com uma doença grave, é a elas que vão contar; se a namorada do sobrinho ficou grávida, são as primeiras a saber, e quando alguém da família é preso com uma trouxinha de maconha, são imediatamente chamadas para as providências de praxe... fora os problemas financeiros, é claro.
Enquanto isso, os pais e mães desses jovens adoráveis estão tomando uma vodca na beira da piscina sem saber de nada... eles não agüentariam um choque desses e precisam ser poupados, porque são frágeis. Existe sempre alguém para cuidar dos frágeis, seja um parente, um amigo, até um vizinho, que bate na porta preocupado com o silêncio e para saber se ela está precisando de alguma coisa.
Uma mulher frágil é mais frágil que um recém-nascido, e como os homens adoram o papel de protetores para se sentirem fortes e poderosos, é a união perfeita da fome com a vontade de comer. Quando elas ficam doentes, um verdadeiro exército é mobilizado; um leva revistas, o outro um embrulhinho com pêras, maçãs e uvas, e se ela não tem empregada não falta quem vá para a cozinha fazer uma canjinha.
Preste atenção que vai perceber que essas mulheres frágeis são indestrutíveis. As fortes, na hora de uma crise de coluna, se arrastam até a geladeira para pegar um copo de água, e se alimentam o fim de semana inteiro com uma barra de chocolate, pois ninguém telefona para saber se precisam de alguma coisa.
E elas, verdade seja dita, preferem morrer de inanição a pedir socorro, para não cair o tipo. Há uma pesquisa a ser feita: uma mulher frágil nasce frágil ou escolhe essa profissão para se dar bem na vida? Por que elas se dão bem, e sempre encontram um homem talvez ainda mais frágil do que elas para cuidá-las, acarinhá-las e cuidar para que nada as atinja, nunca? Afinal ela é tão frágil, coitadinha. Enquanto isso as fortes se acabam de trabalhar, e são elas que saem dos supermercados com pacotes de compras sem que ninguém se proponha a dar uma ajuda, mesmo que modesta.
Somos todos estimulados a ser fortes, mas boa vida mesmo levam as frágeis, daí a dúvida: não seria melhor que as mães, os pais e os colégios ensinassem as crianças a ser frágeis, pois sempre haverá alguém para cuidar delas pela vida toda?
E aliás, qual a vantagem de ser forte, além de saber que um dia alguém se referiu a ela dizendo "aquela é uma mulher forte"? Um grande elogio, é verdade. Mas e daí? Toda mulher forte tem desejos secretos que não conta nem a seu travesseiro: que alguém, e não é preciso que seja um homem faça um gesto por ela, de vez em quando. Nada de muito importante; apenas um cuidado, do tipo dizer que a está achando pálida, perguntar se tem se alimentado direito, pegar pelo braço e levar para tomar uma vitamina bem forte.
Sabe qual é o sonho dourado de uma mulher forte? Ter uma gripe com 38º de febre e poder ficar na cama. Mas para ela até ter uma gripe é difícil, pois uma mulher forte não adoece; e se isso acontecer, o mais difícil vai ser receber ajuda, pois uma mulher forte não deixa que ninguém faça nada por ela, mesmo precisando desesperadamente, para não passar por frágil. E é capaz de preferir se deixar morrer de tristeza, solidão e sofrimento a pedir socorro seja a quem for. Como são frágeis, as fortes.
Ah... se eu fizesse tudo que eu sonho,
se eu não fosse assim tão tristonho,
Não seria assim tão normal!
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