Agradecimento de Professora para Aluno
Dentro de um sistema educacional onde se adota a ideologia neoliberal, o foco deixa de ser o aluno para direcionar as ações em prol dos resultados, mensurados por um modelo de avaliação arcaico, excludente e que ignora a diversidade dos avaliados.
Um aluno que chega ao 5° ano do ensino fundamental, sem ter se apropiado da habilidade leitora, não sendo portador de nenhum trastorno de aprendizagem, o problema não é dele, mas de um sistema que construiu uma ideología do educar para obtenção de resultados apresentáveis.
Como posso chegar para um aluno e dizer-lhe que tenha uma alimentação saldável se ele me ver com uma garrafa de coca? como posso falar de inteligência naturalista e cuidados do meio ambiente para os alunos de uma escola, se os professores dessas escola utilizam copos descartáveis na hora do lanche? Como posso falar de consumo consciente se sou homo consumptor? Como posso querer que meus alunos escutem falando sobre reciclagem seletiva e a importância de enxergarmos que mais importante do que reciclar é não produzir o que reciclar, se não acredito no processo e muito menos sou capaz de enxergar o que eu quero que eles enxerguem?
Quando se muda o foco do ensino e aprendizagem,
retirando do aluno para o resultado
que ele possa apresentar, em avaliações externas,
o educar transforma-se
em um cadáver sepultado
na cova chamada escola.
O professor não pode olhar para a falta de interesse de um aluno aos assuntos da escola, sem ver a realidade a qual esse aluno está inserido e, muito menos, a sua história de vida.
A escola tem que ser um lugar para onde o aluno deseje ir, mas para isso é preciso que ela faça dos seus espaços um ambiente que o aluno não tenha em casa.
Educar é enxergar as dificuldades do aluno e transformá-las em desafios,
criando as oportunidades para ele
ir além do que já conhece
Educar é ver pela perspectiva do aluno a possibilidade do aprender,
é sentir o que o aluno sente, quando ele não sabe a resposta a ser dada,
é conseguir entrar no mundo disperso do aluno no momento da aula,
é procurar entender o meio ao qual ele está inserido e que ele não traz em sua mochila, pois o que o professor ver é apenas as consequências deste, que se reproduz em dificuldades e muitas vezes é visto pela escola como incompetência.
"Um bom aluno não é aquele que estuda apenas para ser aprovado, e sim aquele que estuda para vida."
Aluno: Mestre, errei muito no passado e isso me atormenta.
Mestre: "Não deixe que o erro do seu passado seja juiz e carcereiro de sua própria consciência."
Aluno: Mestre, sinto que tenho habilidades, mas temo explorá-las.
Mestre: "Aquele que não explora suas capacidades vive como se nunca as tivesse possuído."
Aluno: Mestre, devo me esforçar para ser o melhor em tudo?
Mestre: "Não procure ser o melhor, pois até os melhores são substituídos. Seja o único, porque além de ser original, ninguém pode ser igual a você."
Aluno: Como posso alcançar o sucesso que tanto desejo?
Mestre: "O sucesso começa na mente. Acredite que você pode vencer e você estará no caminho certo para alcançar seus sonhos."
Aluno: Mestre, de que vale acumular tanta informação?
Mestre: "A informação para pessoas inteligentes é uma construção em longo prazo para o conhecimento as tornarem sábias."
Aluno: Mestre, sinto-me perdido. Minha mente está repleta de pensamentos confusos, e meu coração anseia por clareza. Como posso encontrar equilíbrio entre o que penso e o que sinto?
Mestre: Meu caro, lembre-se: "A mente é um labirinto, o coração, um oásis. Pensar é navegar, sentir é mergulhar."
Aluno: Então, devo confiar mais em meus sentimentos do que em meus pensamentos?
Mestre: Não se trata de escolher entre um ou outro, mas de harmonizá-los. Navegue pelos pensamentos para compreender o mundo, mas mergulhe nos sentimentos para verdadeiramente vivenciá-lo.
Aluno: Mestre, por que meus sentimentos parecem tão distantes quando penso demais?
Mestre: "A obsessão pelo pensar nos distancia daessência do sentir."
Aluno: Mestre, por que me sinto tão apagado, como se não tivesse brilho?
Mestre: "Até a estrela mais tímida tem seu momento de brilhar no infinito."
Aluno: Mestre, por que tantos correm… e parecem não chegar?
Mestre: Porque correm atrás do vento.
Aluno: Mas e se o alcançarem?
Mestre: "O homem que corre atrás do vento se esquece: o vento não se alcança — sopra do alto, passa por cima, e vai."
Aluno: Então o que nos resta?
Mestre: Parar. Ouvir. Sentir. E lembrar que o que vem do alto, não se persegue… se recebe.
Com a proibição do celular em sala de aula, o aluno descobriu, para sua surpresa, que havia um professor presente.
Benê