Agora foi o fim do nosso Amor

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No fim do poço estava uma alma pequena e ferida.
Alma doente.
Quando uma luz vem, ela transforma tudo.
Feridas curadas.
Há alma teve vida!
Alma curada.

Crônica do Retorno à Vida: Do Abraço à Semente
O meu desejo não é um lamento pelo fim, mas um anseio pela dignidade final que o mundo moderno, com toda a sua tecnologia, muitas vezes nos rouba. Eu não peço a ausência da morte, mas sim a minha humanidade no momento derradeiro. E nisto reside a beleza e a verdade da vida que vivi.
É assim que eu sonho e exijo a minha partida.
Quero que seja em uma tarde tranquila. Não uma tempestade dramática, mas um entardecer suave, onde o sol entre pela janela do meu quarto, pintando a colcha com tons de pêssego e ouro. O ar não deve ter o cheiro frio de desinfetante e medicamentos, mas sim o aroma familiar de café fresco , aquele que o meu pai me ensinou a fazer todos os dias, quando eu acordava às 4h00 da manhã, e, talvez, o toque nostálgico , é um maravilhoso quindão que só a minha filha sabe fazer.
Eu quero estar na minha cama, aquela que conhece o formato do meu corpo e a sinfonia dos meus sonos. Não deve haver pressa, nem o bipe incessante de máquinas que marcam o tempo com crueldade eletrônica. O tempo deve ser medido por toques. Ao meu redor, os meus entes mais queridos. Eu me recuso à solidão fria dos hospitais. Eu quero o carinho totalmente diferenciado que sempre recebi em casa.
O que deve falar é o afeto. Eu quero a mão que afaga a minha testa, não para medir febre, mas para me dar calor. Quero o olhar que me encontra, não para checar a dilatação da pupila, mas para dizer: "Eu te vejo. Você está aqui. E eu te amo."
Eu sentirei, profundamente, que aquele não é um adeus frio, mas uma transição embalada. Cada carinho e cada sussurro serão as injeções de ternura que preciso. O meu espírito, ao se preparar para a jornada, estará aquecido, nutrido, cheio. E quando chegar o momento, não será um alarme, mas apenas um silêncio mais profundo, um expirar final enquanto o sol se põe.
A minha alma terá a certeza de que a última paisagem que senti não foi a frieza estéril de um hospital, mas sim o calor inconfundível de casa. E é esse afeto que irá comigo, como o mapa estelar mais precioso, quando ela partir para o espaço.
A Continuidade: Do Pó à Mesa
Mas a minha vontade vai além do último abraço. Eu não quero ser encerrado numa lápide fria. Eu não quero um túmulo. Eu quero ser posto numa fogueira, eu quero voltar ao pó para continuar a minha vida no espírito que irá retornar. A minha matéria não deve ser desperdiçada, mas sim distribuída pela Terra.
Que o que resta de mim sirva de estrume e adubo. Que eu seja misturado ao solo para que a vida nasça e brote. Que as minhas cinzas se transformem em alimento para que a colheita seja farta e possa nutrir essa população que passa fome no nosso mundo. Eu vim do pó, e ao pó retorno, mas não para o esquecimento, e sim para a utilidade. Que a minha última função seja a de alimentar e gerar, provando que o ciclo da vida é ininterrupto e que até o fim se pode ser generoso.
Que este desejo seja atendido, mas não tenham pressa, pois quero acumular ainda mais desses afetos que valem mais que qualquer fortuna.

Tempestade Interior


Mudanças de humor, um turbilhão sem fim
Instabilidade emocional, um coração que não tem paz
Medo de abandono, uma sombra que me segue
Um vazio que dói, um grito que não sai
Agir sem pensar, um impulso que me consome
Comportamento autodestrutivo, um caminho que me destrói
Dificuldade em manter relacionamentos, um laço que se desfaz
Um isolamento que me engufa, um silêncio que me mata
Pensamentos negativos, uma voz que me condena
Distorcido e sombrio, um reflexo que me apanha
Dor crônica, um peso que me oprime
Problemas de sono, um descanso que não vem
Sou uma tempestade, um mar em fúria
Um coração que se debate, uma alma que se perde
Mas a psicologia me mostra um caminho
A terapia é a chave, o refúgio que me acolhe


TCC, TDC, Psicodinâmica, Grupo, um apoio sem igual
Terapia ocupacional, apoio de pares, um laço que não falha
Com a ajuda de um profissional, posso encontrar a paz
E transformar a tempestade em um mar calmo, em um novo aza
A luz do sol brilha novamente, a esperança renasce
E eu, enfim, posso respirar, posso viver, posso ser feliz.


Filosofia/psicologia/poesia
Autor: Caio Vinícius dos Santos costa

A nossa vida é comparada, a uma estrada para caminhar, mas quem lá no fim chegou, nunca mais voltou e nem voltará.

O fim nunca esteve tão próximo, e os sinais estão cada vez mais evidentes. Não é preciso ser um grande estudioso das Escrituras; basta ter um mínimo de leitura e discernimento para perceber que, enfim, Cristo está retornando. Ele virá buscar Suas ovelhas para a morada eterna, onde celebraremos juntamente com Abraão, Jacó e Isaque, conforme uma de Suas gloriosas promessas.

O fim não existe, é apenas o instante em que a dor vira recomeço, quando a queda se converte em força.

Meus pensamentos inquietantes são labirintos de fumaça, torres que se erguem em noites sem fim. Nunca dormem, nem se calam, e a tormenta que me acompanha é um vigia de cristal, refletindo em seus prismas cada medo que ouso sentir, cada memória que se recusa a morrer.

O que parecia o fim, era apenas o sopro preparatório de um novo começo: o seu glorioso renascimento.

Já desisti tantas vezes que aprendi o gosto amargo do fim, até perceber que, no fundo, eu já havia desistido até de desistir.

Às vezes, a cura vem disfarçada de fim.

Fui o fim de muitos ciclos, mas nunca deixei de ser começo.

Deus me ensinou a transformar o fim em capítulo novo.

Já vivi o fim tantas vezes que aprendi a recomeçar sem medo, a transformar minhas quedas em lições, minhas cicatrizes em histórias, e cada despedida em impulso para seguir. Hoje, sei que todo fim carrega em si a semente de um novo começo e meu coração, embora marcado, continua a se lançar na vida com coragem.

Chão rachado guarda sementes, o que parecia fim, tornou-se promessa de fecundidade. Hoje eu sou esse chão.

Já fui o fim de mim mesmo, e ainda assim recomecei. Recomeçar depois de se perder é prova de que o limite era apenas um mapa, não sentença.

Caminhei rumo ao fim e achei recomeço, onde parecia terminar, nasceu nova trilha, a travessia mostra que destino é movimento, fim virou porta para outra jornada.

Depois da tormenta, o silêncio se torna oração. O que parecia fim, era apenas o começo da cura. Nenhuma dor é eterna quando a alma aprende a repousar no amor que não desiste.

Há um instante em que o dia se despede e a alma agradece. O descanso não é o fim da jornada, é o recomeço em paz. Quem foi achado pelo amor aprende que o lar é o próprio coração.

Não há fim tão certo que impeça um novo começo.

Se cair, não ache que é o fim, vai ser o seu novo começo. Deixe o silêncio curar, não te sepultar. Faça da ferida uma bússola, ela aponta a direção. Remende-se com cuidado, os pequenos reparos que nos sustentam. Permita que a dor te ensine, sem transformá-la em sentença. Suba devagar, o passo firme vence o medo. Confie no tempo e no ritmo que te fazem seguir. No fim, a queda vira voo, siga acreditando.