Adeus meu Amor a Morte me Levou de Vc
Após um choque, abri os olhos e me vi acorrentado.
Acorrentado ao passado, com belas lembranças, momentos únicos...dias lindos e agradáveis.
Olhei para o outro lado e vi o tempo passando, gritei para ele esperar, mas indiferente continuou seguindo
sem responder, de forma estranhamente elegante e devagar.
O ambiente ficava mais cinza a cada passo que o tempo dava... e eu ali, acorrentado, preso ao passado.
As correntes me ligavam em um foco de luz, mas era uma luz isolada, o contorno todo negro e o interior formado por imagens estáticas, não se moviam.
Olhei novamente para o tempo e ele com um sorriso no canto da boca disse: "Graças a mim, teve aqueles momentos,
mas foi graças a ti que eles se tornaram eternos."
Eu retruquei: "Porque você não pára? Eu QUERO viver aquilo mais uma vez!!"
Ele finalizando disse: "Eu sou constante, mas você não, não podes viver o passado e o presente ao mesmo tempo, quem dirá o presente e o futuro, venha comigo ou morrerá no passado."
Imediatamente as correntes sumiram, fraco me levantei, pernas trêmulas vi o tempo, já de costas, indo em frente e deixando um caminho para eu seguir...
DENTRO DO PAPEL
Ela precisava escrever para ser ouvida,
dentro do papel era totalmente desinibida,
era uma, era duas, era um,
era quem quisesse ser.
Escrever tornou-se vicio,
e como qualquer viciado,
ela já não suportava a realidade,
queria estar relaxada,
queria ser feliz,
mas pobre infeliz,
só era feliz ao escrever.
Certo dia, ela criou uma nova realidade
para si mesma,
descreveu no papel sua cidade,
destacou as paisagens,
melhorou os personagens,
detalhou os bons corações,
ignorou os defeitos,
e decidiu não escreve-los.
Entrou para dentro do papel
e não saiu mais,
era plenamente feliz por dentro,
enquanto definhava no mundo real.
Morreu lentamente,
fazendo só o que gostava,
alguns poderiam até,
dizer que ela não teve uma morte triste,
e sim uma morte feliz.
Morreu a carne
mas sua alma continuou viva dentro do papel
que virou livro,
que criou vida,
que passou nas mãos de milhões de pessoas,
e décadas depois ainda estava intacta,
vivendo em uma estante,
apenas esperando que seu novo mundo fosse aberto de novo,
para ela viver novamente.
O LUTO e o NASCIMENTO são acontecimentos que unem verdadeiramente as pessoas. (TODOS IRÃO ENFRENTAR MAIS CEDO OU MAIS TARDE). A morte e o nascimento são fatos encantadores que sempre serão grandes mistérios da humanidade. Não sabemos o que vamos encontrar do lado de lá e quando voltamos também não nos lembramos de nada. Não devemos ver com maus olhos a SENHORA MORTE, em todo seu mistério, em todo o pavor que nos causa tem um brilhantismo. Sempre saímos da devastação causada pela PERDA com um ensinamento: Viva se queira viver mas sempre com a certeza de que há algo do outro lado.
Deus não é de Israel, nem palestino, nem russo, nem ucraniano, nem de nenhuma nação que usa o Seu nome para adotar métodos draconianos.
Tudo é uma questão de termos nossas dúvidas respondidas e os caminhos traçados, não existe nada na vida que não seja passível de transformação, aquele que se bloqueia em uma nuvem de poeira, sufoca até a morte.
(...)
Enquanto poeta Alvaro Giesta, a liberdade da palavra, no uso poético que lhe é dada, permite-lhe, em O Retorno ao Princípio, filosofar acerca da morte. A morte, que é a garantia da ordem no mundo dos homens, que é o que concede o diálogo, pois, no mundo humano adquire-se a vida através da morte. Só, assim, a vida tem sentido.
A linguagem poética, neste caso na enfatização da morte pela palavra, não procura uma finalidade, uma explicação, não procura atingir algo, atingir um fim - isto, é para as religiões e seitas. Na linguagem poética a palavra não morre. A palavra, se morre, é para dar vida à palavra nova porque "a palavra é a vida dessa morte", como nos diz o filósofo Maurice Blanchot e o poeta Alvaro Giesta, num dos poemas iniciais de O Retorno ao Princípio.
A linguagem poética, neste caso na enfatização da morte pela palavra, não procura uma finalidade, uma explicação, não procura atingir algo, atingir um fim - isto, é para as religiões e seitas. Na linguagem poética a palavra não morre. A palavra, se morre, é para dar vida à palavra nova porque "a palavra é a vida dessa morte", como nos diz o filósofo Maurice Blanchot e o poeta Alvaro Giesta, num dos poemas iniciais de O Retorno ao Princípio.
(...)"
do posfácio ao livro O Retorno ao Princípio, de Alvaro Giesta
inclina-se o decadente tempo
para o ir das frias águas
onde misteriosa
e incógnita
é a sorte.
nessas fontes enigmáticas
a luz, antes intensa, deixa de o ser
e cai no esvaziamento.
é o tempo do inverno!
ali, nesse tempo, a matéria se nomeia
MORTE.
nessa permanência intemporal
permanecemos esquecidos
mas, em essência, somos.
*
desse tempo etéreo
pulsando
um halo se evola,
quando
a lucidez em indizível ciência
estremecida
traz da essência o ímpeto
que ressumbra desse húmus,
até aí ignorado.
ilumina-se a uma luz
intensa
essa penumbra crepuscular;
como na árvore,
que do cálamo em sono mergulhado
se acendem em flor os gomos
essenciais à VIDA.
in "O Retorno ao Princípio", Editora Calçada das Letras, 2014
Os grandes não morrem, apenas descansam nas entrelinhas de suas histórias, ressurgindo a cada amanhecer!
"Quando morre um poeta ficamos um pouco mais mudos e surdos. Não conseguimos os sentidos que a poesia apura. Quando morre um poeta ficamos pobres...de sentimentos nobres e puros, de deslumbramentos pelas coisas mais inusitadas e até pobres de espírito, tanto do bem quanto do mal. Nossa alma se entristece e sentimos a dor da perda daquele que abastece nossa alma de versos, rimas, contos e encantos".
Luiza Gosuen
Dizem que a curiosidade mata, mas as vezes na verdade é ela que mantem aqueles que esperam nas surpresas da vida.
Ando ridico de palavras,
escravo de mesmices.
Fico triste de domingos vazios.
De pequenas lamparinas
que iluminam mas não aquecem.
Assim sigo tomando os mesmos venenos,
vomitando as mesmas bobagens.
Enquanto o alfange da morte não
ceifar os meus suspiros.
Enquanto os seus olhos ainda teimarem
em não me ver.
MORTALIDADE (B.A.S)
Somos chamados de "mortais".
É o que realmente somos, passageiros.
A nossa mortalidade e não eternidade é
o que nos define. Seres passageiros...
transitórios...
O amor é a única resposta para a morte...
SÓ O AMOR PERMANECE...
Passageiro do nada
Picotou-me o coração a vida.
E para sempre me quer assim.
Faz-me sentir não credora de mim.
Culpa-me por respirar,
E por não valorizar este ato de amar.
Rapinou-me a mente a morte,
Sem traumas me parou.
Debruçou-se sobre mim
E as chamas da vida,
Uma a uma de mim arrebatou.
Desfez-se de mim o tempo,
Que nem para a morte
Nem para a vida me entregou.
E sobre meu corpo, vivo morto.
O tempo se largou.
Enide Santos 30/10/14
Legado.
O que mais a vida nos ensina não esta em nossa individualidade, nem ao menos em nossas projeções, as verdadeiras lições da vida se encontram nas pessoas que passaram pelo nosso caminho. A verdadeira essência do modo coletivo em que vivemos está presente em nossas conquistas, mas do que valeria todos os esforços, se não houve a quem entregá-los, se não existissem as pessoas que fossem dar o real sentido de tudo que fazemos. Esta é a vida. O puro prazer de lutarmos por algo que seja não apenas um objetivo pessoal, mas algo que alegre, complete, e acrescente a vida das outras pessoas. Junto com a vida, sempre existe a morte e com ela vem a certeza de que tudo que fizemos ficará eternizado no coração de outras pessoas, as mesmas pelas quais lutamos a vida inteira, a decisão de continuar lutando por novas conquistas não é nossa, e por isso quando tudo se acaba, tenha a certeza de que sua missão foi comprida. A batalha será sempre vitoriosa, se ao fim deixar saudades. É com esta saudade que devemos continuar a viver, e aplicar tudo aquilo que nós foi passado por alguém especial, alguém que jamais deixará de estar com você, que agora pertence a outra dimensão, mas leva consigo sua alma, e deixa não apenas suas conquistas e ensinamentos, deixa o seu legado, e este ... Ficara para sempre em todos pela qual ela já lutou um dia.
Ouço ruídos estranhos durante a vaga e silenciosa noite. Quando o tic-tac do maldito relógio que soa em eco pelo corredor deserto faz minha mente oscilar. Realmente posso estar vulnerável à morte. De fato pessoa nenhuma poderá me salvar enquanto meu corpo estiver queimando, quando o sangue borbulhante escorre sobre meus braços e em pingos tocam o cálido solo das trevas.
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