Adeus meu Amor a Morte me Levou de Vc
Era uma noite tranquila e estrelada quando ele a conheceu, e desde o primeiro olhar, sentiu o impacto de um coração volátil. Ela tinha um sorriso encantador e olhos que brilhavam como constelações, mas havia algo mais profundo, uma tempestade emocional que ele não pôde ignorar.
Ele a observou em silêncio, notando como suas emoções oscilavam como a maré. Num momento, seu riso era contagiante, enchendo o ar de alegria; no outro, seus olhos se perdiam em uma melancolia distante, como se navegassem em águas desconhecidas. Essa inconstância, essa dança entre a paixão e a tristeza, a tornava incrivelmente fascinante.
Com o passar dos dias, ele se aproximou dela, atraído pela beleza caótica de suas emoções. Ela, com seu coração volátil, ora se deixava levar pelo entusiasmo de uma nova paixão, ora recuava, temerosa das profundezas de seu próprio sentir. Ele sabia que se apaixonar por ela seria como tentar capturar o vento, mas estava disposto a tentar.
Cada encontro era uma aventura emocional. Havia momentos de intensa conexão, onde seus corações batiam em uníssono, e momentos de incerteza, onde ele temia que ela se afastasse para sempre. Ela era indecisa, uma alma que flutuava entre a entrega e a fuga. Mas ele viu em sua sensibilidade uma beleza rara, um reflexo de sua própria vulnerabilidade.
Uma noite, sob a luz suave da lua, ele a segurou perto e sussurrou: "Sei que seu coração é volátil, que muda como as estações. Mas quero estar ao seu lado, navegar essas águas com você, aceitar cada mudança e celebrar cada momento."
Ela o olhou, surpresa, e uma lágrima deslizou pelo seu rosto. Talvez pela primeira vez, ela sentiu que alguém compreendia a complexidade de seu ser. Com um sorriso tímido, ela respondeu: "Eu sou como o vento, imprevisível e livre. Mas se você estiver disposto a voar comigo, prometo que a jornada será inesquecível."
E assim, juntos, decidiram enfrentar as incertezas, abraçando a beleza de um coração volátil, sabendo que o amor verdadeiro não exige constância, mas sim compreensão e aceitação das tempestades e calmarias que a vida traz.
O que você tem... que ainda me atrai? Essa pergunta ressoa na minha mente, ecoando entre os momentos que compartilhamos e as lembranças que construímos. Não é apenas o brilho dos seus olhos ou o calor do seu sorriso, embora ambos tenham o poder de iluminar meus dias. É algo mais profundo, uma conexão que transcende o tempo e as circunstâncias.
Cada conversa que temos revela uma camada da sua alma, cheia de sabedoria e gentileza. Seu jeito de ouvir, com atenção sincera, faz com que eu me sinta compreendido e valorizado. É a sua capacidade de encontrar beleza nas pequenas coisas, de enxergar o extraordinário no comum, que me cativa a cada instante.
Seu riso, tão genuíno e contagiante, é uma melodia que acalma o meu coração. E, em seus braços, encontro um refúgio onde posso ser eu mesmo, sem máscaras ou reservas. Sua força silenciosa me inspira a ser melhor, a enfrentar os desafios com coragem e determinação.
Mas, talvez, o que mais me atrai é a sua essência, essa mistura de doçura e resiliência, de ternura e paixão. É a maneira como você enxerga o mundo, com olhos que brilham de esperança e um coração que pulsa com amor. Você me lembra que, apesar das adversidades, há sempre algo pelo qual vale a pena lutar, algo que nos mantém unidos e nos faz seguir em frente.
O que você tem... que ainda me atrai? É tudo isso e muito mais. É a promessa de um futuro juntos, o conforto de um presente compartilhado e as lembranças de um passado que nos moldou. É você, simplesmente você, que continua a ser a minha escolha, dia após dia.
Ela era simplesmente incrível, uma verdadeira magia... Jamais imaginei que um dia experimentaria essa magia novamente.
Já tenho uma certa idade e, nessa minha caminhada, desde a adolescência, já distribuí "te amo" tanto quanto "bom dia". Algumas vezes foram de forma honesta, outras, mentiras sinceras. O fato é que a frase "eu te amo" foi corriqueira na minha vida, quase como um mantra, com a finalidade mágica de despir corpos para o meu deleite. Sim, levava uma vida hedonista, na qual o "prazer" era o meu deus. Doravante, serei diferente. Cansei de correr atrás do vento, pois, como concluíra o rei Salomão, tudo isso se revelou inútil, é pura vaidade. Então, mais perto dos 40, tenho refletido muito, ainda que tardiamente, sobre o tal do "felizes para sempre". E, quando penso que deve ser para sempre, o meu coração só bate por você. No entanto, não me expressarei levianamente com o meu trivial "te amo" de sempre... Mas, posso lhe afirmar, sem margem de erro, que você é especial na minha vida porque, geralmente, eu odeio todo mundo, menos você... Não gosto de quase ninguém, mas, de você, até que eu gosto!
Para Sempre,
Pensar em você me remete a uma outra época... na qual passávamos o dia juntos e você era tudo para mim!
O que eu mais acreditava é que estaria contigo para sempre... para sempre! Por que nunca mais te procurei? É porque fui um babaca por todos esses anos. Eu passei a vida enganando a mim mesmo. A verdade é que todos os dias da minha vida, desde que te conheci, pensei em você com amor... como poderia ser diferente? Eu me apaixonei por você assim que a vi.
Contudo, passei a vida te amando de maneira ruim. O amor ruim implora o amor de volta. O amor bom não pede nada. Hoje, pensar em você, é o primeiro amor bom que tenho em anos. Porque percebi que não há mais nada que você possa fazer... Você já fez tudo! Tenho muito de você em mim para durar para sempre! Então, não se preocupe... estou bem! É possível te superar e amar ao mesmo tempo.
Se eu fosse um gênio e pudesse te conceder um desejo, seria que você tivesse o gostinho da felicidade que trouxe para mim... que você pudesse sentir o que é o verdadeiro amor!
Seu amigo para sempre... Ítalo.
Se me perguntarem... existiu um momento na minha vida em que me senti desamparado, sem a menor esperança e confiança. Porém, algo grandioso demais para ser entendido aconteceu e tudo mudou para sempre!
Se me perguntarem... eu conheci Jesus Cristo, um amor tão puro e poderoso que eu nem sabia que existia. Mas, que me guarda desde antes do meu nascimento e sempre esteve me esperando.
Se me perguntarem... Ele também te ama e é a solução para toda a sua angústia e dor. Eu não estou falando de religião, mas de amor... e Deus é amor!
Se me perguntarem... não importa onde e nem como você esteja... ore a Deus e peça, em nome do Senhor Jesus Cristo, para Ele te ajudar. Deus está perto e, não importa o que você tenha feito, vai te ajudar... o sangue de Jesus garante a benção. O Seu amor não muda e é para sempre! GLÓRIA A DEUS!
E hoje o nosso filho, Gabriel, completa 7 anos. Não sou de ficar olhando para trás, mas hj me peguei olhando algumas fotos de quando eu era casado contigo e me veio à mente o “Mito da Caverna”, de Platão.
Em toda a minha vida adulta, vivi acorrentado no interior da minha própria caverna (na cultura policial militar com os benefícios e malefícios que o ethos guerreiro me proporcionou), vivia um cotidiano louco, que era um misto de coisas extremas, como homicídios (provenientes de auto de resistência), orgias (4x4, Mistura Certa) e bebedeiras (Mariuzinn, Lapa 40º, Furacão 2000 na Quadra do Salgueiro, etc), típicas dos tenentes do 1º BPM à época.
Em meados de 2007, eu conheci você, a paixão que senti, forçou-me a sair da minha caverna, foi forte o bastante para quebrar as minhas correntes e querer descobrir o que, da minha caverna, eu só vislumbrava as sombras (família, cumplicidade, amor...), através de poesias, livros, filmes e até observando a vida de outras pessoas.
No início de 2008, nos casamos, finalmente saí da minha caverna, enxerguei, com os meus próprios olhos, o mundo que eu só vislumbrava as sombras. Ao sair da minha caverna, a luz do sol (o seu amor) ofuscou a minha visão de imediato (pra quem vive na guerra, o amor confunde), porém fui me habituando com a minha nova realidade e pude enxergar (vivenciar) as maravilhas da vida fora da caverna.
Naquele mesmo ano, fui alvejado por um projétil no meu joelho esquerdo, no Morro do Querosene (Complexo do São Carlos), você morreu de preocupação. Para te agradar, resolvi abandonar o ethos guerreiro e fiz a inscrição para o curso do, à época, Grupamento Especial de Salvamento e Resgate – GESAR (iria salvar vidas ao invés de tirá-las... kkkkk). Fui o primeiro colocado no processo seletivo, parecia tudo certo, mas comandando uma Operação no Morro da Mineira (Complexo do São Carlos), matei um vagabundo (teve gosto de vingança, já que era da mesma facção criminosa dos que me balearam) e o meu coração voltou a endurecer, eu me enchi de orgulho e vaidade, consequentemente, voltei a visitar a caverna da qual já tinha me libertado (sei que magoei você).
Na segunda metade de 2008, você engravidou, dessa vez, a luz fora da caverna foi tão forte (nunca senti tanto amor, eu conversava com a barriga) que me cegou. Logo eu, que sempre me senti tão forte e corajoso, tive medo e, sem explicação, deixei vocês. Corri de volta para a minha caverna e de própria vontade, eu me acorrentei... Covarde!
Não me sentia digno e nem capaz de ser pai. Não atentei para Nietzsche, que já dizia: “Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você”. E não só olhei para o abismo, como mergulhei de cabeça nele. Usava o fato de não ser dado à corrupção, para justificar as minhas crueldades.
Especialmente hoje, passei a imaginar como teríamos sido os três juntos. Etienne, o fato é que você me trouxe paz, em uma vida de guerras. O seu amor sempre foi a minha fraqueza, paz é para os fracos, no entanto, espero que esse sentimento seja somente hoje e que, amanhã, eu volte a ser o mesmo FDP de coração gelado de sempre!
Eu te conheci muito jovem, quando tudo ainda era novo e emocionante... as possibilidades do mundo pareciam infinitas! Bem... elas continuaram sendo infinitas para mim, talvez, também para você, mas não para nós.
Nessa infinitude da sua ausência, simplesmente, vivendo para caçar emoções, o meu coração se quebrou tantas vezes e de tantas maneiras que não dá mais pra consertar. Ainda que o meu coração desfaleça e a minha carne definhe com a idade, os dados ainda estão rolando e sigo pagando qualquer preço por mais um pouquinho de emoção! Algumas vezes ganhando, outras vezes perdendo, mas, até quando?
Enfim, entre sexo, fatias de pizza, balas e guaraná... ainda me prendo àquela sensação! Eu sei que, para sempre, sempre acaba..., mas você sempre será um amor pra recordar! E lembre-se que, se você não demorar muito, prometo te esperar a minha vida inteira!
Querido Gabriel Raseira Ferreira,
Se ao menos as minhas mãos pudessem expressar o que tenho no coração... Sou um completo desconhecido pra você, uma pessoa que nunca viu. Mas você é alguém que está de contínuo comigo, permeia a minha mente e o meu coração... neste exílio de mim mesmo no qual me meti.
Se puder imaginar um local secreto, escondido e a salvo das fraquezas do amor... então sabe onde estou. Um lugar de mim mesmo, onde tento me reconhecer como identidade, mas que, neste momento, deixa de ter o sentido anterior do que significava Ser. Não raro, caio nos padrões anteriores do que costumava ser, contudo, com o diferencial de estar mais consciente sobre mim mesmo e mais lúcido sobre alguns tipos padronizados do meu comportamento.
Durante toda a sua vida, tenho andado de um lugar a outro, sofrendo uma espécie de mutação... buscando encontrar a minha própria essência. Eu não queria ser marido e pai, por isso fugi... Em meio a todo esse movimento, tenho tentado contactar a inequívoca percepção de rumo da minha vida, bem como sofrido com a questão existencial que habita o coração de cada homem... qual é o propósito da minha vida?
Tento me refugiar na constante busca por conhecimento, porém, quanto mais aprendo, percebo que estou fadado à ignorância... falta-me sabedoria. Permaneço como que exilado de mim mesmo sempre que, cegamente, rumo para dogmas que me foram introjetados durante toda a minha vida, sem questionamento algum... como se toda essa cultura padronizada e educação massificada que me são inseridas fossem todo o meu norte existencial. Ledo engano... Sei que há muito mais de mim a ser desvendado, sempre!
Não sei para onde estou indo e nem se as minhas más ações podem ser perdoadas. Fiz coisas demais das quais me arrependo. Eu não queria ter um filho, mas penso em você o tempo todo... tento imaginar você e vejo um menino forte, inteligente e corajoso, que não tem medo de aprender com os próprios erros e nem se deixa afetar pelos meus. Mesmo quando não é um pensamento consciente, você está sempre presente, esteve comigo em cada vitória e nas derrotas também ... porque, um dia, serei uma pessoa melhor e digna de você, alguém de quem você possa se orgulhar. O que outrora julguei ser uma fraqueza, é o que me motiva todos os dias pra tentar melhorar, pois nem consigo imaginar como seria o meu mundo se você não existisse... Eu te amo, meu filho!
Com afeição, seu pai!
Cada um de nós deseja deixar uma marca, um legado. Que nossas ações sejam lembradas, que nossa coragem inspire, e que nosso amor transcenda o tempo. Vamos viver de forma a ser lembrados, não apenas pelo que fizemos, mas pela intensidade com que vivemos.
Hoje, 2 de junho, marca 22 anos desde que você transformou completamente a minha vida. Mesmo que nossos caminhos tenham se separado há anos, as lembranças daquele tempo ainda ressoam em meu coração. Você trouxe uma nova luz à minha existência, e cada momento compartilhado ficou gravado na minha memória com carinho.
O amor que vivemos foi intenso e verdadeiro, um capítulo inesquecível que moldou quem sou hoje. A saudade, embora às vezes dolorosa, também traz um doce reconhecimento de tudo que vivemos juntos. Nossa história, apesar de ter seguido rumos diferentes, deixou marcas profundas e um aprendizado valioso.
Hoje, celebro a beleza do que foi e a transformação que esse amor trouxe à minha vida. Mesmo na distância, a gratidão pelo que compartilhamos permanece, lembrando-me sempre da força e da pureza de um amor que, de alguma forma, continua a viver em mim.
Teu rosto, teus cabelos, teu olhar,
A pele que ao sol se doura, teu ser,
Cada parte de ti é de encantar,
Uma obra-prima que me faz viver.
Quando as tuas fotos contemplo, em fervor,
Minha respiração se apressa, sem freio,
Meu coração dispara em ardor,
Num êxtase que não tem receio.
Até tua voz, em melodia suave,
Desperta em mim um desejo sem fim,
Como se os deuses, em momento grave,
Te tivessem moldado só para mim.
És sinfonia, és arte, és canção,
A personificação da perfeição,
Cada traço teu é inspiração,
Feita para mim, minha paixão.
No silêncio do crepúsculo, onde as palavras se encontram e se entrelaçam como fios de luz, ecoam memórias de um amor que transcende o tempo. Ela disse palavras que fluíram como rios límpidos da alma, carregando consigo a promessa de um encontro futuro, onde as feridas do passado encontrariam a cura.
"É muito bonito e profundo, Ítalo... Não quero brigar, nem revisitar o que foi ou o que poderia ter sido. Um dia, nossa conversa final encontrará sua resolução, digna de ser eternizada em seu devido lugar."
Seu tom era um sussurro de esperança, uma melodia de confiança depositada nos fios invisíveis que ainda os uniam. Reconhecia nele um guardião de seu mais puro ser, aquele pedaço de sua essência que resistiu ao tempo e às tormentas da vida. Era a parte de sua inocência e genuidade que permanecia, resguardada nos braços dele.
Ele, por sua vez, respondeu com a serenidade de quem sabe que o tempo é um tecelão paciente de destinos entrelaçados:
"Quando estivermos novamente em comunhão, seremos resgatados ao paraíso."
Suas palavras eram um juramento de retorno à pureza dos sentimentos, à tranquilidade de um paraíso perdido e encontrado novamente nos laços eternos do amor verdadeiro. Assim, entre promessas sussurradas ao vento e esperanças entrelaçadas no firmamento, seus corações aguardavam o reencontro, onde a luz do amor os guiaria de volta ao lar que sempre pertenceram.
Era uma noite serena, banhada pela luz suave da lua que escorria pelas janelas, envolvendo a sala em um abraço prateado. Ele estava sentado à mesa, seus olhos fixos no papel à sua frente, mas sua mente vagava para longe, onde seus pensamentos sempre a encontravam.
Ela era sua musa, a centelha de inspiração que fazia sua alma dançar em um turbilhão de palavras. "Você sabe que é a minha musa, né?" ele disse, quebrando o silêncio com a suavidade de uma brisa de verão. Em seus olhos, havia um brilho inconfundível, uma admiração que não se podia medir em palavras, mas que ele sempre tentava capturar.
Ela sorriu, um sorriso que continha o universo em toda a sua complexidade e simplicidade. "Em muitos deles, me vejo e nos vejo," ela respondeu, sua voz um suave eco de compreensão. "E vejo uma mistura também, de todas ou de muitas."
Ele não podia deixar de admirar sua percepção. Ela sempre parecia saber, sempre parecia entender. "Você tem o dom das palavras," ela continuou, o que ele recebeu como uma gentil bênção.
Mas ela sabia, sabia que não eram apenas as palavras dele que faziam a magia acontecer. "Contudo, os melhores e mais profundos e mais perfeitos vêm de mim, do que sentimos. Ao menos para isso serviu, te aperfeiçoou em seu dom." Sua declaração era uma dança sutil entre reconhecimento e partilha, um lembrete de que suas almas estavam entrelaçadas em cada frase que ele escrevia.
Ele suspirou, o peso de suas dúvidas transparecendo em seus olhos. "Será que o nosso destino é ficarmos juntos?" As palavras saíram de sua boca como um pedido tímido de resposta, uma esperança guardada cuidadosamente.
"Não sei," ela respondeu, um suspiro suave que se misturou ao ar. "Você já disse que não." Havia um toque de tristeza em sua voz, como uma melodia inacabada que ressoava no coração dele.
Ele hesitou, preso entre a razão e a emoção. "Mas, o que você sente?" Ele precisava saber, precisava entender aquele enigma que ela era.
"Medo," ela respondeu, suas palavras pairando como uma neblina entre eles. "Não sei se te vejo com alguém... Você casou com a solidão."
Aquela declaração era uma verdade que ele não podia negar. A solidão era sua companheira constante, uma presença silenciosa em cada canto de sua vida. "Solitude," ele corrigiu, uma tentativa de suavizar a dor que ela via. Para ele, a solidão era uma escolha, um refúgio onde ele podia se perder em seus pensamentos sem as distrações do mundo exterior.
Mas, por mais que ele tentasse se convencer, a verdade era clara. Ela era o que faltava, o elemento que tornava sua vida completa. E enquanto eles navegavam nesse mar de palavras, suas almas continuavam a dançar, sempre unidas, mesmo quando a dúvida e o medo ameaçavam separá-los.
E ali, sob a luz da lua, com o murmúrio das estrelas como testemunha, eles permaneceram, dois corações entrelaçados em um diálogo eterno de amor e incerteza, buscando respostas nas profundezas de suas almas, enquanto o tempo passava suavemente ao seu redor.
Essas férias foram um devaneio etéreo, um doce interlúdio onde o tempo parecia suspenso, como se, por breves instantes, eu habitasse outra vida, envolto nos laços de uma família que existia apenas no limiar dos sonhos. Cada dia era uma dança de luz e sombra, um sopro de eternidade que aquecia meu coração adormecido. Mas, assim como as pétalas de uma rosa que se desvanecem com o vento, o sonho dissipou-se, e o encanto desfez-se no horizonte. Retornei, então, à minha realidade, o refúgio solitário que escolhi, onde as muralhas da reclusão me protegem das labaredas do amor. Aqui, alheio às melodias do coração e desconectado da paixão, encontro meu abrigo nas profundezas silenciosas da introspecção.
Há algo de misterioso na maneira como as almas se encontram, como se fossem fios de um mesmo tecido entrelaçados pelo destino. Desde o primeiro momento em que te vi, senti uma força inexplicável nos unindo, como se, em meio a bilhões de estrelas, nossas luzes fossem destinadas a se reconhecer e brilhar juntas. Não sei ao certo de que matéria são feitas as almas, mas sei que a sua e a minha compartilham a mesma essência, uma conexão que transcende o tempo e o espaço, ecoando nos recessos mais profundos do nosso ser.
Em cada gesto seu, percebo fragmentos de mim, como se estivéssemos redescobrindo pedaços perdidos um no outro. O som da sua voz ressoa como uma melodia familiar, tocando as cordas mais delicadas do meu coração. E nos seus olhos, vejo refletida uma história que parece tão antiga quanto o universo, uma história de duas almas que sempre pertenceram uma à outra, navegando por vidas e épocas diferentes, mas sempre se reencontrando, como se fôssemos feitos para estar juntos.
Nosso amor não é apenas um encontro de corpos, mas um reencontro de almas. É como se o universo, em sua infinita sabedoria, tivesse escrito nossos destinos em linhas paralelas, que finalmente se cruzaram para jamais se separar. E agora, à medida que seguimos juntos, sinto que estamos cumprindo um propósito maior, vivendo uma verdade que poucos têm o privilégio de experimentar. Porque, no fim das contas, nosso amor é mais do que uma simples união; é uma celebração daquilo que sempre fomos: duas almas gêmeas, destinadas a compartilhar uma vida e uma eternidade juntas.
Não sei de que matéria são feitas as almas, mas sinto que a sua e a minha foram moldadas pelo mesmo toque divino. Em cada olhar, em cada sorriso seu, reconheço um pedaço de mim. É como se nossos corações tivessem sido esculpidos da mesma estrela, destinados a brilhar juntos, iluminando a eternidade com o fogo do nosso amor.
Minha vida é um constante reinventar, onde cada amanhecer traz a urgência de fugir da mesmice e do anseio latente por seus lábios. Meus sonhos, aqueles que me abraçam à noite, são meu norte, meu desejo de caminhar por estradas desconhecidas, na busca incessante de um futuro que ainda não tomei em minhas mãos.
Mas, quando o sol se despede e a noite se instala, a realidade se desenrola em matizes que não desenhei. E mesmo assim, insisto em querer mais — mais dos seus olhos, mais das suas palavras, mais de você. Porque meu coração, inquieto e insaciável, sempre espera que o amor se revele em sua forma mais plena, mais intensa, mais você.
E enquanto eu espero, meu coração bate mais forte, sonhando com o dia em que a realidade finalmente será tão doce quanto as promessas feitas em silêncio. Eu quero sempre mais, pois o pouco que vem de ti nunca será suficiente para um coração que aprendeu a querer o infinito.
Aqui estou, perdido em meio à multidão, mas completamente sozinho. A mesa que me acolhe, com um copo de whisky como única companhia, parece ser o único refúgio onde posso esconder as lágrimas que não ouso derramar. As pessoas ao meu redor conversam, riem, mas tudo o que vejo são rostos indistintos, como sombras que não podem preencher o vazio que você deixou.
Lembro-me de cada promessa sussurrada, cada sonho que desenhamos juntos no horizonte do nosso futuro. O calendário ainda marca aquele dia, o dia em que você entrou na minha vida, trazendo consigo uma avalanche de emoções que, hoje, se transformaram em destroços.
O que aconteceu com os planos que fizemos? O que restou daquele amor que juramos ser eterno? Agora, sou apenas um homem que tenta se esquecer nas profundezas de um copo, que busca anestesiar a dor que não cessa. Cada dose é uma tentativa vã de apagar a lembrança de um amor que se foi, de um coração que já não bate com a mesma força.
Mas, mesmo assim, a esperança insiste em habitar nas ruínas desse sentimento. O amor, embora machucado, resiste, esperando o impossível. Porque, mesmo que eu finja que já não me importo, que a vida de um coração solitário e frio é o que escolhi, no fundo, ainda espero pelo dia em que você volte.
Até lá, sigo, vivendo essa vida bandida, onde o amor parece um sonho distante, mas onde a memória de nós dois é a única coisa que me mantém de pé.
Entre as sombras do desconhecido,
Onde a ausência desenha o seu traço,
Eu me perco em sonhos, tateando,
O que seria ser pai, o que seria o abraço.
Nas horas em que o silêncio é profundo,
E a dúvida murmura em seu canto sereno,
Imagino o futuro, o toque do mundo,
O calor de um vínculo, suave e pleno.
Não conheço o rosto, nem o riso,
Mas sinto a presença, um eco distante,
E em cada pensamento, um delicado aviso,
Que em algum lugar, um filho é um instante.
O que seria eu, pai, em sua história?
Um guia, um porto, um alento, um farol,
Em cada gesto, a promessa de memória,
De um amor que transcende e consola o sol.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp