Absurdo
Paredes de gelo,
eternas e maciças
Como um coração
que ao absurdo olhar do medo,
esqueceu que se deve amar
Antes mesmo de abrir os olhos,
meu sorriso estará ao seu lado
Ao mesmo tempo que choras,
desejas afastar-se de mim
Temes a mim ou a ti mesmo?
Oh paredes de gelo eterno
Se ao menos descobrisse uma pequena rachadura
Juro que a colocaria a baixo.
Passos Falsos Palavras ao pé do Ouvido um sonho Quase que Inquestionável um Absurdo Dito em Meio a Uma Multidão Estúpida e Ignorante São Frutos de Uma Vida Mau Vida ou de Uma Ferida que Nunca Mais se Cicatrizara.
Absurdo o poder de atrair, estimular, contrair, e expelir,
Divina capacidade de transferência, de abdução pra uma coisa boa,
Retardada a falta de criatividade de ignorar sentimentos imersos,
Que a vontade antes não demosntrada, não definida, passa a se tornar vulnerável,
Começa aparecer o desejo do prazer óbvio, interesse por consequência mútua e inteira,
Desapego, falta de confiança, sentimento de perda, e sentido solitário predominante,
A necessidade de bem estar, de tranquilidade, se torna única, e o inevitável se concretiza!
O absurdo calou minha boca com golpes duros de irrealidade. Desde então não existem mais palavras, só fantasmas e um túnel com luz no final.
Acredito piamente que o nome dela é primavera...
Quimera? Não, não, se for, é o absurdo mais lindo, mais forte, ao mesmo tempo mais doce que minha vida já viveu para ver...
Quem?
Aquela mulher? Sim, ela mesma!
Que passa o ano inteiro segurando as pontas daqui, dali...
E ainda assim, está sempre a sorrir,
E ainda assim, está sempre a florir,
Cuja flor, a mais valiosa que já vi...
Cuja cor, é furta cor...
A cor de todas as mulheres!
Estrela que brilha em absurdo do meu olhar,
um parco parto, o infinito, foi breve.
Rosas violetas e anéis o ver-me ti ver
caio,
momentâneamente, são nebulosas de olhos cansados
transcendo e pergunto anônimamente e inopinadamente
sorvendo um resto de lágrima
vou desconfiado, descobrindo-a de teu manto,
despí-la, um espanto.
olho-a todos os dias, estáticamente, amando-a freneticamente.
Não passa de um rascunho
Incógnita raízes, cicatrizes de tormentos tão profundos, matizes de um mundo absurdo, misterioso em tudo ,mas em sons tão ladeados ninguém vive sem ela
Que é a vida senão uma trama?
O sentido pujante da drama,
O exagero rabisco da dor,
O absurdo sofrer do amor.
Que seria de mim não fosse a drama?
Que faria sem ti que diz que me ama?
Sem ti... Senti a dor aumentada!
Senti o silêncio gritante do nada.
E por isso mantenho o drama,
O calor bem sutil dessa trama,
Lamentando a distância cruel,
Entre mim, meu amor e o céu.
