A Igreja do Diabo

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"Nossa vida é um alfarrábio
Ora insensato, ora sábio"

Às vezes o afeto está em apenas uma palavra, e o afago nela estará...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

e de repente o cerrado amanheceu
o sol está lá fora para o seu apogeu
a cidade acorda para mais um dia
os pássaros já estão em euforia
e a vida novamente num mais um
BOM DIA!

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

A vida não tem ponteiro
marcando as horas,
nem letreiro

As rosas são o poema mais lindo da natureza. Sua poética beleza, perfuma com elegância e nobreza.

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

VISÃO

No cerrado vi um peão a toda brida
Pelos cascalhados da árida estrada
Do meu sonho não entendia nada
Se eu estava na morte ou na vida

Entre folhas ressequidas, adormecida
Uma caliandra, sendo colhida por fada
Em cachos, no beiral da lua prateada
Numa tal tenra pálida beleza já vencida

E nesta ilusão a ele fiz uma chamada
Vós estás de chegada ou de partida?
O tal peão, O Tempo, de sua cruzada

Respondeu: não tenho alguma parada
Levo comigo o podão de toda a vida
A caliandra colhida, é tua infância perdida.

Viva SÃO JOÃO!

Vamos todos festejar
o glorioso SÃO JOÃO..
Em volta da fogueira, louvar,
este Santo da multidão...
Na mesa a nos convidar,
pipoca, milho, paçoca, quentão...
Viva! Viva! SÃO JOÃO!

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

SONETO DA SEGUNDA FEIRA

Por seres o primeiro dia útil da semana
O dia da tal preguiça a tu entitulada
Por seres tão lenta a manhã raiada
És indesejada, ao despertar tirana

Por seres ao mau agrado condenada
Num trato pequeno, de simples fulana
Por seres mais que um início traquitana
És evitada, e tão pouco mais celebrada

Como a coirmã, sexta, tão aplaudida
Querida, e esperada. És desanimada
Como um fim de festa, ali, chicana

Por não ter outra ou qualquer saída
És encarada como anódina estrada
E nesta pendenga és outra semana...

Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano

DIA DOS AVÓS

Vovô e vovó, seu dia

Hoje o dia é de amor dobrado
É colo de infinita sabedoria
Nos nossos dengos parceria
Vovô e vovó, aqui destacado

Eles, pelo amor tudo renuncia
Ao inteiro dispor do neto amado
Queridos de um afeto açucarado
Em nossas vidas, acolhedora alegria

Como pode ter tanto amor guardado
Neste duplo coração, uno, de magia
Que levamos na lembrança amainado

Vovós, na proteção duplicada, folia
No seu reino o netinho faz reinado
Deste amor geminado com garantia

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

CONFISSÃO

Perdoa, pelos tantos erros perpetrado
Pela omissão que em mim acaso calei
A confissão que na falta não confessei
Num tal medo do ser réu no ser culpado

Perdão, se dos enganos eu pouco falei
Quando o silêncio tinha de ser quebrado
E a confidência na confiança ter selado
Mas, na insegurança a coragem hesitei

Na utopia do outro que era equivocado
Levei a ilusão de que ser manhoso é rei
E que num novo dia novo renascia o fado

Se, cedo ou tarde, confesso que errei
Às tantas palavras, se foram desagrado
Perdoa, a nímia mácula que eu causei

Luciano Spagnol
Julho, final, 2016
Cerrado goiano

AMIGOS (soneto)

Onde estarão os amigos na amizade
Aqueles que trilharam ao nosso lado
Na diversidade, no momento calado
Ou aquele aliviado pela boa vontade

Por onde andarão, tivemos um passado
Insólitos prazeres, manhas e civilidade
Os perdoados e os ainda na rivalidade
Apontados na memória com bom grado

Tem também os de nossa intimidade
Tão queridos e pelo coração amado
Sempre relembrados com felicidade

Todos no meu poetar com significado
Com muita e deveras grande saudade
Aqui vai o meu sincero, muito obrigado!

Luciano Spagnol
Agosto, 2016
Cerrado goiano

SONETO EM DESPEDIDA

Até logo! Aqui ficam férteis momentos
do meu viver. Na lágrima levo a aurora
na bagagem o mundo, vou-me embora
o abrigo que cá havia, agora lamentos

Na memória a saudade em penhora
se foi inglória, porque tive detrimentos
e é nas perdas que tem ensinamentos
e vitórias na vida, basta, é hora agora

Nesta mais uma passagem, portentos
vim com amor, e vou com amor afora
tento no coração bons sacramento

Sigo, para trás fica o tempo outrora
o céu claro são alvos adiantamentos
Goiás, despeço-me, a gratidão chora

Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano

ALVORADA NO CERRADO (outono)

O vento árido contorna o cerrado
Entre tortos galhos e a seca folha
Cascalhado, assim, o chão assolha
No horizonte o sol nasce alvorado

Corado o céu põe a treva na encolha
Os buritis se retorcem de lado a lado
Qual aceno no talo por eles ofertado
Em reverência a estação da desfolha

Canta o João de barro no seu telhado
É o amanhecer pelo sertão anunciado
Em um bordão de gratidão ao outono

A noite desmaia no dia despertado
Acorda a vida do leito consagrado
É a alvorada do cerrado no seu trono

Luciano Spagnol
Agosto/ 2016
Cerrado goiano

SONETO "MEA CULPA"

Você que sempre foi especial, errei
Então, no meu erro, desculpa peço
É difícil perdoar! Sei! Árduo regresso
Eu confesso: -com remorso fiquei!

E nesta "mea culpa", algo lhe direi
Se o coração escuta, é progresso
Não é fácil arrepender sem acesso
Tão pouco indulto de quem o fazei

Então, com um afeto lhano modesto
No nada é impossível, o meu gesto
De contrição... Na minha incorreção

Nem tudo na vida nos é tão funesto
Pra que seja no amigo ato molesto
E neste soneto de amor: -Perdão!

Luciano Spagnol
27, agosto de 2016
Cerrado goiano

Cerrado
...Bendito sejas tu, trançado em retalhos
de relva rastejantes que no chão flama
refrescantes nascentes, e áridos atalhos

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

GOTA D'ÁGUA NA ROSA

Chuva rara, clara
na rosa pingo d'Água
lava a mágoa...
- É só uma bágua
ou frágua do cerrado?

É delírio na sequidão
que pingam
nas pétalas soam
nos ouvidos cantam...
E o chão molhado

Chove no cerrado ressecado
céu carregado... Chove!
No sertão em prosa
gota d'Água na rosa.

Luciano Spagnol
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
Poeta simplista do cerrado

O amor tem muita rima
Ao fraco, é assustador
Ao poltrão, baixa estima
Ao valente, factível amor

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

JUBILA CANÇÃO (soneto)

Bendito sejas o amor, ao coração meu
Que desnudou o breu da minha solidão
Em luz, das andas minhas na escuridão
Quando a sombra, me era o apogeu

Bendito amor, que me estendeu a mão
Como quem no amor oferta o amor teu
Sem distinção, pois, dele dor já sofreu
E então sabe aonde os vis passos dão

Bendito sejas, que no prazer plebeu
Trouxe amor à vida e, boa comunhão
Ao pobre pecante, dum âmago ateu

E então, neste renascer com gratidão
Que no peito uivou e angústias moeu
Do solitário pranto, fez jubila canção.

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano

VOCÊ...

A falta de sua presença, machuca.
Meu coração numa cumbuca.
A saudade é sentida.
Na alma reprimida.
A solidão no íntimo.
Sinto falta do mimo,
hoje está mais apertada, dolorida ,
ferida...
Ouvi Bethânia, tomei vinho, fiz uma massa.
A emoção numa arruaça.
Queria você aqui.
Está saudade deflui,
na saudade de você!!!
Agridoce...
É estritor.
Com amor!

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano

SONETO DO AMADOR

Amador é o desejo do ser amado
Vive desejando mil formas pra achar
Se no amor não tem o que imaginar
Pois é virtude no ato de ser desejado

Se nele se tem o ser transformado
Onde mais o amador quer desejar?
Pois só assim o bem irá conquistar
E o afeto na alma então será liado

Mas se pouco for o desejo no olhar
Pouco o amador terá encontrado
Aí por ele, o amor, então vai passar

Se ao amador o amor é cobiçado
Então deixe o amor lhe alcançar
Pois o verbo dum amador é amar

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

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