A Igreja do Diabo
Poema: Ser Pai
Ser Pai é ser feliz
Por toda eternidade
Ser pai é ser amado
Por um bem de verdade
Ser pai é ser responsável
Por amar com toda bondade.
O Poeta do Sertão 🌵 ☀️ 🌧️
Sem reclamações ou murmurações e com muita elegância no lidar, degustar os acontecimentos da vida como se pratos fossem.
Da entrada à sobremesa; sejam amargos ou doces; palatáveis ou não, ora servidos no restaurante da existência.
E é bem verdade que todos, vivos, à mesa estamos!
(FBN, 11.08.2024)
Reconhecer que não podemos interferir na liberdade de um semelhante, não só é um passo para compreensão do comportamento natural humano com também é uma prova da própria unidade.
Se apegar a conceitos e precedentes pode ser uma forma traiçoeira de ficar para trás, visto que conceitos mudam e precendentes caem com o avanço da nossa própria compreensão
Às vezes sinto-me tal qual
Esse papel em branco
Sobre o qual
Me arrisco, sem sucesso, a pintar
Um bem-te-vi.
Quando isso me ocorre
Imagino-me passarinho
E tudo fica muito belo.
Minha vida é um constante reinventar, onde cada amanhecer traz a urgência de fugir da mesmice e do anseio latente por seus lábios. Meus sonhos, aqueles que me abraçam à noite, são meu norte, meu desejo de caminhar por estradas desconhecidas, na busca incessante de um futuro que ainda não tomei em minhas mãos.
Mas, quando o sol se despede e a noite se instala, a realidade se desenrola em matizes que não desenhei. E mesmo assim, insisto em querer mais — mais dos seus olhos, mais das suas palavras, mais de você. Porque meu coração, inquieto e insaciável, sempre espera que o amor se revele em sua forma mais plena, mais intensa, mais você.
E enquanto eu espero, meu coração bate mais forte, sonhando com o dia em que a realidade finalmente será tão doce quanto as promessas feitas em silêncio. Eu quero sempre mais, pois o pouco que vem de ti nunca será suficiente para um coração que aprendeu a querer o infinito.
Entre o fim e o recomeço, entre fechar o livro ou continuar a escrever?
O ponto final está ali, mas também a vírgula, a reticência…
O que é mais corajoso? Fechar o livro, aceitar o adeus, ou virar a página, enfrentando o desconhecido?
É assim que acaba? Ou é assim que voltamos de onde paramos?
Bom! Somente as escolhas moldarão o enredo que continua por vir.
A todo o momento, longe das páginas de jornal ou das telas de TV, milhares de acontecimentos batem à porta de milhares de pessoas, afetando-as direta ou indiretamente e, muitas vezes, de maneira decisiva.
saudade é aquele perfume antigo,
é aquela música com sabor de amor primeiro,
é aquela fotografia que o tempo amarelou
Aqui estou, perdido em meio à multidão, mas completamente sozinho. A mesa que me acolhe, com um copo de whisky como única companhia, parece ser o único refúgio onde posso esconder as lágrimas que não ouso derramar. As pessoas ao meu redor conversam, riem, mas tudo o que vejo são rostos indistintos, como sombras que não podem preencher o vazio que você deixou.
Lembro-me de cada promessa sussurrada, cada sonho que desenhamos juntos no horizonte do nosso futuro. O calendário ainda marca aquele dia, o dia em que você entrou na minha vida, trazendo consigo uma avalanche de emoções que, hoje, se transformaram em destroços.
O que aconteceu com os planos que fizemos? O que restou daquele amor que juramos ser eterno? Agora, sou apenas um homem que tenta se esquecer nas profundezas de um copo, que busca anestesiar a dor que não cessa. Cada dose é uma tentativa vã de apagar a lembrança de um amor que se foi, de um coração que já não bate com a mesma força.
Mas, mesmo assim, a esperança insiste em habitar nas ruínas desse sentimento. O amor, embora machucado, resiste, esperando o impossível. Porque, mesmo que eu finja que já não me importo, que a vida de um coração solitário e frio é o que escolhi, no fundo, ainda espero pelo dia em que você volte.
Até lá, sigo, vivendo essa vida bandida, onde o amor parece um sonho distante, mas onde a memória de nós dois é a única coisa que me mantém de pé.
Entre as sombras do desconhecido,
Onde a ausência desenha o seu traço,
Eu me perco em sonhos, tateando,
O que seria ser pai, o que seria o abraço.
Nas horas em que o silêncio é profundo,
E a dúvida murmura em seu canto sereno,
Imagino o futuro, o toque do mundo,
O calor de um vínculo, suave e pleno.
Não conheço o rosto, nem o riso,
Mas sinto a presença, um eco distante,
E em cada pensamento, um delicado aviso,
Que em algum lugar, um filho é um instante.
O que seria eu, pai, em sua história?
Um guia, um porto, um alento, um farol,
Em cada gesto, a promessa de memória,
De um amor que transcende e consola o sol.
Só o passado existe de fato.
O presente não dura mais que um átimo,
E o futuro é apenas uma possibilidade.