A Hora Certa de Desistir
A borboleta não lamenta o fim da lagarta — ela entende que para voar é preciso deixar a antiga pele no chão da história.
"As estrelas não brilham para serem vistas por todos, mas para lembrar aos que olham para o alto que a luz nunca se apaga na escuridão."
— Gilson de Paula Pires
Versos de Aventuras
Por Gilson de Paula Pires
Não nasci pra beira do rio,
sou correnteza, sou mar,
sou passo largo e desafio,
não me contento em esperar.
Carrego o vento na mente,
um mapa feito de sonhos,
e um coração que pressente
caminhos novos, tristonhos.
Cada pegada é história,
cada tropeço, lição,
a aventura é minha glória,
é fogo, é chão, é paixão.
Não busco fim nem chegada,
sou feito de ir e viver,
minha alma é sempre alada,
meu destino: acontecer.
— Gilson de Paula Pires
Estrelas na terra
Próximo a um riacho, em uma folha a libélula pousou,
a sua volta um painel em forma de teia vibrante se apresentou,
no berço do brejo um monumento perfeccionista saia do conto de fadas com o brilho e a transformação do chumbo em ouro visto pela primeira vez pelos olhos grandes da libélula,
um arranha-céu de vagalumes iluminava a noite no pântano com o seu manto em forma de estrelas de uma grandiosa constelação sem pedir licença,
ao decolar, a libélula foi tomada pelo fenômeno da desmemoria, deixando preservada a imagem da pintura dos sonhos segura.
Subversivo
O mundo ideal só existe em nossas mentes,
o mundo surreal existe no mundo real,
a desigualdade é mantida pela resistência,
um mundo igual torna-se incapaz a sobrevivência.
a mente só envelhece e o mundo desaparece se forem abandonados e enganados pelo exercício de suas funções.
"Apenas um Acidente..."
Eu o amei como quem ama o fim,
como um incêndio ama o vento,
como um vidro ama o impacto,
como um grito ama o silêncio.
Você estava sempre lá,
a apenas um acidente de distância,
a apenas um erro de acontecer.
Cada noite era um adeus antecipado,
cada toque, uma cicatriz desenhada no tempo,
cada palavra, um caco pronto para cortar.
Mas eu nunca fechei os olhos.
Eu vi o desastre chegar.
E mesmo assim, acelerei.
Reflexões perdidas:
O Absurdo que há em mim?
Durante minhas três décadas de vida, sempre busquei respostas lógicas para a minha existência, algum papel, algum significado… Conheci e frequentei várias religiões, Budismo, Católica, Messiânica, Umbanda, mas algo sempre me fazia questionar, pois apenas o silêncio opressivo me cercava. Mesmo me dedicando em busca um retorno Divino, era a minha voz que eu ouvia em minha mente. Era o Suicídio Filosófico de Camus na prática ou nas palavras de Marx, o uso exagerado do “...ópio do povo”. Eu nunca acreditei, sempre fui ateu, mas buscava respostas para esse horizonte que pudesse explicar meus sofrimentos humanos. No Marxismo, comecei a entender que a busca deve ser através da materialidade, contudo, mesmo me tornando um comunista radical, o concreto ainda não me trazia o que buscava por muitas vezes nos reduzir a história. Contudo, foi nesse processo que entendi que a vida é uma entrega ao desconhecido. Entendi que a vida é uma piada cósmica e que tentar racionalizar o que não pode ser entendido é nosso maior erro. É isto, a vida não tem sentido, todas as formas de significação que damos a ela não passa de construções da mente humana. Não existem valores universais, não existe destino ou um plano divino, o que existe é a incerteza do agora. A vida é Absurda! A irracionalidade e a falta de sentido na vida, o Absurdo de Camus, não pode ser negado, desta forma, escolhi viver o Absurdo intensamente. Mesmo diante da incerteza da existência, aprendi que, viver de verdade é aceitar que a razão tem limites. O mundo sem significado é uma forma que podemos existir no presente, sentir a vida no presente, se dedicar ao hoje e agora. Quando nossa vida possui um tempo limitado, assim como nossas percepções, conseguimos viver profundamente, aproveitando ela ao máximo. Revoltar-se diante do Absurdo é aceitável, isso é pensamento e ação, pois não podemos deixar de buscar a liberdade em um mundo cheio de ideias que nos aprisionam. Viver uma vida absurda, não é deixar de pensar no que vem amanhã, apenas viver com indiferença ao que ainda não aconteceu. Uma experiência lúcida do que ocorre no presente e se entregar a ele.
De nada adianta um corpo esculpido, um rosto admirado e a ilusão de uma autoestima elevada, se a mente permanece presa à ignorância. A mais cruel forma de baixa autoestima é a intelectual — silenciosa, mas devastadora. A beleza encanta, mas é a inteligência que sustenta. Priorize o que pensa, não apenas o que mostra.
H.A.A
*DEUS no comando sempre!*
"O Cultivo da Ilusão?..."
Eu sou aquele que enterra memórias, regando-as com sangue e falsas glórias. Meu jardim é feito de rostos sem nome, onde crescem promessas que o tempo consome.
Entre espinhos e risos cortantes, danço na terra de amores errantes. Podem chamar-me de farsa, de louco, mas sou eu quem decide o que resta, o que é pouco. As flores sussurram segredos banais, crescendo belas, mas sempre letais.
Pois quem as toca com fé ou desejo acaba perdido, sem cor, sem beijo.
E eu sigo, sem culpa, sem dor aparente, cultivando o vazio que nasce na gente.
cubo mágico
o cubo mágico é algo complexo
algo que necessita de muita prática
algo difícil de entender
algo incrível
a vida é como esse cubo mágico
levamos anos para decifrá-la
é complicada
é incrível
porém, com prática, podemos entender o cubo
enquanto a vida... é indecifrável
Observando de fora do corpo, a tristeza parece trazer conforto.
Buscando pela paz, me encontrei na ausência.
Ignorar quando a dor te torturar
E as vozes importunar
O seu coração melancólico e vazio
Vacilar quando a dor se manifestar
E mesmo assim clareie seu rosto com alegria
Sorriso, o sinônimo de agonia.
Carrego, como homem, o fardo silencioso de não sentir; uma armadura que pesa mais do que protege. Mas a vida, implacável e sutil, revela que é preciso sentir, mostrar, viver… antes que eu me desfaça em ecos das memórias de quando o sentir ainda me habitava.
As pessoas querem odiar. A qualquer custo, querem odiar. Por qualquer motivo. Elas precisam eleger um foco para a manifestação de seus lados sombrios.
O principal instrumento do ódio é a palavra, a pior de todas as armas. Ela fere, adoece, pesa tanto que prostra a alma.
As pessoas não querem a verdade. Elas só querem a versão que melhor se adapta à sua necessidade de odiar.
Você está sob a mira da mais assertiva armadilha que o diabo criou: o mundo virtual.
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