A Hora Certa de Desistir

Há dois poderosos destruidores: o tempo e a adversidade.

Há algo tocante na associação de dois seres para suportar a vida.

O tempo, que fortalece as amizades, enfraquece o amor.

Quem ama o perigo, nele perece.

Arrependemo-nos raramente de falar pouco, e muito frequentemente de falar demais: máxima usada e trivial, que todo o mundo sabe e que ninguém pratica.

O nosso bom, ou mau procedimento, é o nosso melhor amigo, ou pior inimigo.

Os pintores só devem meditar com os pincéis na mão.

Muita luz deslumbra a vista, muita ciência confunde o entendimento.

A luxúria é como a avareza: aumenta a sua própria sede com a aquisição de tesouros.

O nosso amor-próprio exalta-se mais na solidão: a sociedade reprime-o pelas contradições que lhe opõe.

Viver é o meu trabalho e a minha arte.

A utilidade da virtude é de tal modo evidente que os maus a praticam por interesse.

O invisível é real. As almas têm o seu mundo.

A honra tem assim, as suas regras supremas, e a educação é obrigada a respeitá-las. Os princípios são que nos é sem dúvida permitido preocuparmo-nos com a fortuna, mas que nos é absolutamente proibido fazer o mesmo com a nossa vida.

O mundo, que não é causador de nenhum bem, é cúmplice de muitas infelicidades; depois, quando vê eclodir o mal que ele maternalmente chocou, renega-o e vinga-se.

O medo é a arma dos fracos, como a bravura a dos fortes.

Sempre vimos boas leis, que fizeram com que uma pequena república crescesse, transformarem-se depois num peso para ela, depois de grande.

É próprio das grandes almas desprezar grandezas e almejar mais o médio do que o muito.

O amor-próprio dos tolos desculpa o das pessoas inteligentes, mas não o justifica.

As repúblicas acabam pelo luxo; as monarquias, pela pobreza.