A Gente vai se Vê de novo
Beleza Mórbida
Tortura-me muito a vê a pútrida mente se acendendo cada vez mais, na podridão do âmago dos humanos, essa hereditária, sádica e nefasta que eu e você temos de deixar... Os frutos do amanhã.
Sou um louco? Talvez. Mas prefiro ser esse louco do quê mais um receptáculo abastado de ignorância e com um cérebro provido de uma visão anuviada; que só ver com os olhos. Prefiro vagar na treva e viver ao desalento com minha consciência conturbada.
Eu prefiro o mórbido farfalhar das folhas orvalhadas das árvores melancólicas que decoram o ermo e olvidado cemitério que visito... Nele, sinto-me menos atormentado... Seu silêncio me encanta, como uma melodia sonâmbula...
E às vezes, pareço ouvir o eco do sussurro feral da morte permeando aquele vale sepulcral coroado pela névoa lúgubre. Mas além desse estranho e soturno eu, que tanto resmunga, há uma amiga aprofundada na tristeza mais abissal.
Ela, sim, compreende-me, e mesmo possuindo uma beleza fantasmagórica e estando remota, ela me entende. Estou sempre de preto por luto a ela. Ela está lá, solitária, em meio ao negrito da rainha noite.
Pálida, taciturna, fria e quieta como uma lápide velha...
Sempre espreitando nas noites sombrias; imponente e inspiradora com sua beleza nua.
Como eu, nos ocultamos quando a noite moribunda dá seu último suspiro.
Sempre que a noite ressuscita, ela emana seu encanto opaco, e lá fica perscrutando o mundo impregnado de seres depravados...
Sua imagem pura e deprimente sempre vai me encantar... Porém, sinto que seu brilho nada mais é que lagrimas por testemunhar à horrenda raça humana espalhar sua insanidade. Ela está sempre lá em cima, vista por tudo e por todos sob ela...
Não usa traje, todavia parece está em volta de uma mortalha.
E talvez somente a pálida lua nas trevas da noite, saiba o destino que nos reserva.
Forrest Gump é uma pessoa que vê a vida de uma forma diferente do padrão comum imposto pelo amadurecimento e pelas exigências sociais. No filme ele é descrito como “retardado”, adjetivo que é contraposto por uma frase do próprio personagem: “idiota é quem faz idiotice”. A visão do personagem em relação a vida é a verdadeira matrix. Matrix que se trata absolutamente da percepção, a forma de ver o que está para ser visto, ou seja, “olhar para a matrix é olhar para a nossa mente.” A ilusão torna-se a realidade do personagem, ou a ilusão é tudo o que ele não vê?
Levando em conta que tudo o que vivemos, criamos e temos definidos como correto ou incorreto, é uma questão de percepção, pode-se dizer que tudo trata-se de uma ilusão. Tendo em vista a realidade cinematográfica, o personagem é o verdadeiro mundo. No filme tudo se torna mais fácil e decorrente para Forrest Gump, que ao longo de sua vida conquista por mérito, milhares de coisas e inspira muitas outras.
Na faculdade, Gump, acredita que conquistaria o mundo com os pés e é com essa fantasia que se torna um grande jogador de futebol e ao se formar entra para o exército americano, do qual participa da tão famosa Guerra do Vietnã. Em meio a tanta crueldade e discórdia, Gump permanece todo o tempo dentro da sua fantasia, o que desmascara todo o controle social existente na época, pois Gump vivencia toda a guerra, vendo somente de forma clara os objetivos, ou seja, ele nunca teve a necessidade de matar ou entender o motivo de sempre “procurarem por alguém chamado Charlie.” A que se remete o bem e o mal? Qual é a linha de separação dessas duas oposições e qual é a vantagem desse binarismo?
A riqueza tem muita consequência negativa para o ser humano devido a sua mente egoísta e egocêntrica natural, pois nunca nada é suficiente num mundo capitalista. Essa ilusão consumista não diz respeito a identidade ou classe social, diz respeito ao ego e ao superego da sociedade. No filme, quando a riqueza e a fama chegam á vida de Forrest Gump, ele não percebe essa ocorrência, fato que comprova que o intuito do filme é questionar verdadeira ilusão, pois a riqueza não mudou a vida do personagem e é perceptível na narrativa: "O Tenente Dan investiu em um negócio de frutas e disse que eu não precisaria mais me preocupar com dinheiro, e eu pensei: ‘- Ah, um problema a menos. ’”
Com o passar trama, Gump, depois de mais velho e feito, “maduro” no ponto de vista social, num entardecer de outubro, sentado em sua varanda, decide correr sem destino, e faz isso durante 3 anos, 2 meses, 14 dias e 16 horas. Sem nenhum motivo ou causa, Gump, corre por todo os Estados Unidos. A população com o decorrer da noticia, não entendia que o fato não tinha nenhuma causa e sim, ser só uma questão de liberdade. Diante disso, mil falsas causas tornaram-se para os estadunidenses o motivo para a corrida exaustiva e inspiradora de Forrest Gump. O que era real a partir disso? O fato de Gump usar do seu livre arbítrio e correr sem nenhum motivo, ou a ilusão rotineira da sociedade em acreditar que pra tudo existe uma explicação?
Algo sempre perturbou a mente de Forrest Gump, algo maior que tudo que ele havia conquistado e que ele não explicava, justamente por não viver com a ilusão de que pra tudo existe uma explicação. Era o amor, Jenny, que ele levou a vida inteira por onde andou. Algo que sempre buscou internamente mas que não precisava de libertação por não precisar de reciprocidade. Mas o que é a libertação? A morte de Jenny não afeta Forrest negativamente, justamente por acreditar no natural. A libertação é produto da ilusão. O natural não precisa de salvação, é súbito por ser de certa forma inconcebível.
O filme indaga a curiosidade sobre o real e o imaginário. A posição que a sociedade toma no âmbito da comunidade de todas as formas, como o preconceito, o costume, o imoral, a ética e a noção que passam a ser questionados quando o normal, padrão, se contrapõe ao ver do natural e do comum. A desilusão causa o afrontamento da realidade e o fortalecimento do ilusório.
A filosofia vê a caverna como conceito de escuridão e ignorância, luz e conhecimento.
A teologia vê a caverna como sinônimo de fraqueza e medo. Ausência de Deus.
Ao meu ver, ambas dizem a mesma coisa, com roupagem diferente.
As paixões devem encerrar-se a partir do início das percepções
de um dos pares que vê os defeitos do outro como sendo só dele,
denotando aí que mais nada os atrai.
... saturou-se aí as devoções julgado ter por ambos.
Aquele que têm o coração puro, não vê maldade em nada. E a sua alma é mais transparente do que a água e sempre terá suprimento para suas necessidades. Porém aquele que têm o coração continuamente inclinado para a maldade, embora tenha todos os dons e capacidade, jamais irá prosperar nos dias da adversidade.
Não se vê a maldade. Não se ouve a maldade. Não se fala da maldade. Mas a maldade existe, não é mesmo? Bem diante dos seus olhos fechados, seus ouvidos tapados e da sua língua muda. E, caso não seja cuidadoso, tal cegueira voluntária pode fazer com que fortunas indignas e imorais sejam obtidas.
Muito se mostra, muito se vê, pouco se entende. Mentes sujas, corações vazios em corpos perfeitos. Um corpo com um coração infeliz dentro, onde há perfeição ?
A transparência que muitos pedem são questionadas quando as vê em ação. Querem verdades, mas não percebem que estão acostumadas demais com a mentira. Desaprendem o que é certo e viram militantes lutando por misturas de opiniões, ideologias e semelhantes, fazendo disso tudo uma guerra de entulho.
Então um dia seu coração despertou entre dois mundos.
O que ainda lhe resta viver depois de tanto ver o sol e a lua?
Eis a batalha que tanto esperou, mas que nunca viverá... eis a batalha que sempre sonhou, mas que seu corpo não lutará...
Deixaste escrito: - ao velho marujo dizei pequeno, que estou partindo mais puro de quando nessa terra entrei... verei ambos novamente, mas hoje não me verei.
Alça direita me pertebceu, a você deixo a herança filho meu.
Amar e não poder exteriorizar é o mesmo que um pássaro preso, que vê todos os dias o mais belo céu azul, sem dele poder desfrutar.
Falsa sedução
Se a quem amas , a ti seduz,
vê que tipo de sedução sobre ti,
ele exerce.
Nem tudo que nos seduz, é amor,
e nem todo amor, é o que parece.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista.
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Em seus olhos vejo o mar
Ha! O mar
Imensidão de azul
Profundezas de olhar
Ha! O mar
Em seus olhos vejo o mar
Mar de amor
Que cura dor e faz sonhar
Ha! O mar
Muito esperei pra te encontrar
Te contemplar, em ti mergulhar
Te sentir e te amar
Ha! O mar
Em seus olhos, eu vejo o mar.
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