Voar como um Passaro Ate seu Coracao

Em plena era nova

Há criaturas que deixaram, na Terra, como único rastro da vida robusta que usufruíram na carne, o mausoléu esquecido num canto ermo de cemitério.
Nenhuma lembrança útil.
Nenhuma reminiscência em bases de fraternidade.
Nenhum ato que lhes recorde atitudes como padrões de fé.
Nenhum exemplo edificante nos currículos da existência.
Nenhuma idéia que vencesse a barreira da mediocridade.
Nenhum gesto de amor que lhes granjeasse sobre o nome o orvalho da gratidão.
A terra conservou-lhe, à força, apenas o cadáver – retalho de matéria gasta que lhes vestira o espírito e que passa a ajudar, sem querer, no adubo às ervas bravas.
Usaram os empréstimos do Pai Magnânimo exclusivamente para si mesmos, olvidando estendê-los aos companheiros de evolução e ignorando que a verdadeira alegria não vive isolada numa só alma, pois que somente viceja com reciprocidade de vibrações entre vários grupos de seres amigos.
Espíritas, muitos de nós já vivemos assim!
Entretanto, agora, os tempos são outros e as responsabilidades surgem maiores.
O Espiritismo, a rasgar-nos nas mentes acanhadas e entorpecidas largos horizontes de ideal superior, nos impele para a frente, rumo aos Cimos da Perfectibilidade.
A humanidade ativa e necessitada, a construir seu porvir de triunfos, nos conclama ao trabalho.
O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. Honremos a nossa origem divina, criando o bem como chuva de bênçãos ao longo de nossas próprias pegadas.
Irmãos, sede os vencedores da rotina escravizante.
Em cada dia renasce a luz de uma nova vida e com a morte somente morrem as ilusões.
O espírito deve ser conhecido por suas obras.
É necessário viver e servir.
É necessário viver, meus irmãos, e ser mais do que pó!

(Psicografada por WALDO VIEIRA. Sobre o CAP. XVIII – Item 9 do ESE)

Como provar,
no favo do teu corpo,
o mel das tuas coxas?

Os fatos são como os sacos; quando vazios não se têm de pé.

Considero minhas obras como cartas que escrevi à posteridade, sem esperar resposta.

Ler, na forma como o concebo, significa pensar profundamente.

Vivemos com os nossos defeitos como com os odores do nosso corpo; não os percebemos, e só incomodam aqueles que vivem connosco.

Não vivemos como queremos, mas como sabemos.

Ele era naturalmente corajoso (...) como tantos tímidos.

O que me resta da vida? Como é estranho, só me resta aquilo que dei aos outros.

sob o sol se pondo
como alfinete no lago
descansa a garça

Como pintor, torno-me mais lúcido quando confrontado com a Natureza.

Tudo se expia, tanto o bem como o mal, cedo ou tarde se pagam. O bem é mais caro, forçosamente.

Muitas obras dos antigos tornaram-se fragmentos. Muitas obras dos modernos já nascem como tal.

Diaulo era médico, agora é coveiro; / aquilo que faz como coveiro, já o fazia quando doutor.

A fome, que tanto marca a alma como o rosto.

Negócios são negócios: como eles diziam isto, os daqui chamaram-lhes comerciantes. Mas eles o que queriam dizer era que negócios são negócios, e não vida e religião.

Porquê não considerar todas as religiões positivas como a forma que o pensamento humano em cada região deverá necessariamente tomar, e que continuará a tomar, em vez de fazer de uma dessas religiões o objeto dos nossos risos ou das nossas cóleras?

Acossados pela cobiça, os homens correm como lebres perseguidas pelo caçador.

como fede no verão
a bosta fresca
pisada no chão

Partem os barcos -
Como ficam distantes
Os dias de outono!