Voar como um Passaro Ate seu Coracao
Fragmento VI - Violência simbólica
Peço-te, mostra-me como ter-te em liberdade.
Dou-te a boca, e não me chamas pelo nome.
Tiro-te o chão, logo começas a gritar.
E se teu grito é liberdade, por quem clamais?
Cala o teu brado, pois não há quem desperte.
Já não adianta reconhecer tais desequilíbrios.
De ato para si e ficção para o outro.
Tal a tirania do teu beijo e a ironia da tua face.
XIII - Caso Ontem II
Peguei-me pensando no ontem como quem junta retalhos, agora, o ontem, é apenas uma lembrança fragmentada a ser discutida.
Para mim tais lembranças são como um sonho, tendo em si mesmo sua própria condição de realidade, porquanto, diante da perspectiva do tempo, a diferença do ontem para o hoje é a reminiscência do instante no processo de transição da realidade temporal à realidade atemporal.
Trata-se de um rudimento surrealístico do tempo que transgride a verdade sensível e condicional do momento.
A ANTÍFONA NOTURNA DE CAMILLE MARIE MONFORT.
Camille Marie Monfort emerge como uma figura que sintetiza três ordens de compreensão: a filosófica, que interroga; a psicológica, que disseca; e a espiritual, que ultrapassa o véu sensível sem abandonar a razão. Sua noite interior não é simples escuridão, mas uma substância epistemológica: nela se condensam os resíduos morais que o ser humano produz desde tempos remotos, como se cada inquietação ancestral encontrasse nos seus olhos um abrigo silencioso.
Sob o prisma filosófico, Camille representa o sujeito que enfrenta a própria sombra como condição de autenticidade. Ela não teme a obscuridade porque sabe que o pensamento verdadeiro nasce precisamente quando a luz cessou. Nesse ponto, aproxima-se da ética clássica, segundo a qual o conhecer exige atravessar um território que não oferece garantias, apenas a austera disciplina da lucidez.
Do ponto de vista psicológico, sua presença é um espelho fragmentado. Os estilhaços que a cercam simbolizam a multiplicidade de estados da alma humana, e, ao mesmo tempo, revelam a dignidade de quem aprende a observar as próprias fissuras sem capitular. Camille não se interpreta como vítima do abismo, mas como estudiosa dele. Cada fragmento que se parte diante de seus olhos indica o movimento profundo e quase imperceptível das emoções que buscam sentido.
Em dimensão antropológica, Camille encarna o ser humano que carrega a marca do subterrâneo civilizacional. Sua interioridade guarda ecos de antigas culturas que, desde épocas primevas, viam na noite um território iniciático. Ela é o vestígio de uma humanidade que ainda procura compreender por que a dor se tornou uma das vias mais perenes de aprendizado moral.
Por fim, à luz da codificação espírita — sobretudo conforme as traduções de José Herculano Pires — a presença de Camille pode ser lida como o símbolo ético da consciência em processo. A noite que lhe habita não é punição, mas ferramenta pedagógica. O céu estilhaçado diante dela representa a lei de progresso, pela qual todo espírito, a seu tempo, recompõe os fragmentos de si, ajustando-se às engrenagens da lei natural. Assim, o filósofo que a pinta sem tinta tenta fixar o momento exato em que uma alma compreende que o sofrimento deixa de ser puramente dor para tornar-se trabalho de elevação.
Camille não é lúgubre por mera estética. É lúgubre porque conhece a raiz do humano. É lúcida porque não teme ver o que muitos evitam. É mística apenas no sentido mais erudito do termo: uma investigadora do invisível ético que nos constitui desde o início.
E quando ela ergue os olhos, mesmo com a luz turva do seu porão interior, revela que o destino da alma não é fugir da noite, mas aprender a convertê-la em claridade que perdura além das fronteiras da própria existência.
Dessa forma, todo aquele que a contempla compreende que o caminho do espírito é árduo, porém majestoso, porque conduz ao ápice silencioso onde a vida reencontra sua própria forma de imortalidade transfigurada.
O empreendedor precisa ter características diferenciadas como originalidade, ser flexível, ser negociador, tolerar erros, ter iniciativa, ser otimista, ser autoconfiante, intuitivo e ser visionário para negócios futuros.
Comprar a crédito é como embriagar-se; o "barato" acontece no instante e provoca euforia. A ressaca chega no dia seguinte.
COMO FOI O INÍCIO DA FUNDAÇÃO DO GRUPO DE ESTUDOS ESPÍRITAS FREDERICO FIGNER.
A gênese do Grupo de Estudos Espíritas Frederico Figner é composta de fatos, nomes e consciências que formam um patrimônio histórico e moral. Para honrar esse legado, é essencial registrar todos aqueles que participaram dos primeiros passos da instituição, tal como nos foram transmitidos nas memórias de Nazinho e confirmados por companheiros de ideal como nosso irmão de Doutrina Espírita e irmão de sangue, Celso Antônio Monteiro.
No ano de 1950, quando ainda florescia o desejo de estabelecer um núcleo doutrinário seguro em Manhumirim, Dr. Orbino Werner reuniu pessoas de idoneidade reconhecida. Entre elas estavam:
“ Átila Indiano do Brasil Americano
“ Jairo Dutra
“ Odete Minarrini
“ Alta
“ Gessi Schubert
A esse grupo inicial, somava-se a presença constante e ativa de Juvenal de Almeida Guimarães, conhecido como Nazinho, cuja memória cuidou de preservar a narração dos acontecimentos à nossa memória.
Movidos pela prudência espiritual, Dr. Orbino e Nazinho dirigiram-se até o médium de Pedro Leopoldo, o Chico Xavier, buscando orientação superior para a fundação do centro. A mensagem que receberam mencionava o espírito denominado Cardeal Arco Verde, esse quando encarnado fora o primeiro a receber o título de Cardeal na América Latina, que se comprometeria a amparar a formação moral e estrutural da instituição nascente.
Em 03 de outubro de 1951 iniciaram-se as primeiras reuniões na rua Caetano Flora, já sob o nome Grupo de Estudos Espíritas Frederico Figner. Consta no primeiro caderno histórico o título adotado e as assinaturas dos fundadores, entre eles:
“ Dr. Orbino Werner
“ Átila Indiano do Brasil Americano
“ Jairo Dutra
“ Odete Minarrini
“ Alta
“ Gessi Schubert
“ Juvenal de Almeida Guimarães
* Obs. Confirmar em caderno de fundação.
Consolidado o grupo, surgiu a necessidade de adquirir um terreno. Nesse momento, Dr. Orbino, reconhecido na cidade pelo seu automóvel Fusca, decidiu rifá-lo para obter os recursos necessários. A comunidade aderiu à ideia com vigor, incluindo amigos, simpatizantes e outros colaboradores respeitáveis da cidade. Entre eles, destacou-se com honra o nome de Dr. Pedrosa, materialista convicto, mas cuja bondade moral era amplamente reconhecida.
Quando o número sorteado na loteria federal coincidiu com o bilhete adquirido pelo próprio Dr. Orbino, verificou-se sua plena legitimidade. Nada abalou sua reputação, e o terreno pôde ser finalmente assegurado.
Após a aquisição, iniciou-se a construção da sede própria. Para essa fase, uniu-se aos esforços a engenheira civil Erondina Werner, irmã de Dr. Orbino. Outros colaboradores igualmente dignos participaram, embora alguns nomes tenham sido perdidos pela memória humana e registrados apenas pela lembrança do saudoso Nazinho.
O resultado foi um prédio de dois andares, símbolo de autonomia e solidez doutrinária, que permanece até hoje como testemunho do trabalho dedicado de muitos.
Quanto ao ambiente religioso da época, o movimento espírita nascente recebeu respeito de vários setores da cidade. Nazinho relatou o diálogo entre um seminarista e o pároco que sucedera o missionário Padre Júlio Maria de Lombaerd. O seminarista perguntou:
“ O que o senhor acha desse novo movimento espírita em nossa cidade?
Ao que o sacerdote respondeu:
“ Meu filho, não sei ainda. Mas deve ser respeitado, porque as pessoas envolvidas são inquestionavelmente sérias e de índole.
Este registro, transmitido fielmente, constitui o marco inicial da história do Grupo de Estudos Espíritas Frederico Figner. É uma memória construída por mãos dedicadas, por consciências retas e por corações que serviram com abnegação.
Que essa narrativa permaneça como documento vivo da responsabilidade moral que ergueu essa casa, para que as gerações futuras saibam que seus alicerces foram moldados por sacrifício, honra e firmeza de propósito, conduzindo a luz espírita ao horizonte sempre ascendente da plena imortalidade.
Autor/ Pesquisador: Marcelo Caetano Monteiro .
“Dinheiro é como uma semente, rega que cresce. Se colher os frutos e não cuidar das raízes, as flores murcham e as raízes secam e não haverá novas sementes. Terá que trabalhar no jardim dos outros.”
“Se corro na frente, as coisas estão atrás, se corro atrás, as coisas estão na frente, como alcançá-las?”
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