Voar como um Passaro Ate seu Coracao

Fazer poesia é como fazer amor: nunca se saberá se a própria alegria é compartilhada.

A sociedade é como o ar: necessário para respirar, mas insuficiente para dele se viver.

Os vícios entram na composição da virtude assim como os venenos entram na composição dos remédios. A prudência mistura-os e atenua-os, e deles se serve utilmente conta os males da vida.

Quando as coisas não são como nós gostaríamos que fossem, devemos gostar delas tais quais elas são.

O mal que fazemos não atrai contra nós tanta perseguição e tanto ódio como as nossas boas qualidades.

Quando a árvore é pequena, o jardineiro orienta-a como quer. Mas quando a árvore cresceu, já não pode reorientar as suas curvas e sinuosidades.

É preciso ensinar aos homens como se não ensinasse realmente, / propondo-lhes coisas que não sabem como se as tivessem apenas esquecido.

Oh! Se os ricos fossem tão ricos como os pobres imaginam.

Falta muito para que a inocência tenha tanta proteção como o crime.

Os grandes erros são muitas vezes feitos, como as cordas, de uma quantidade de fios.

Questionar quem deve ser o patrão, é como discutir quem deve ser o saxofonista num quarteto: evidentemente, quem o sabe tocar.

Morremos como mortais que somos, e vivemos como se fôramos imortais.

Quem dos outros ri, deve recear que, como vingança, também se riam de si.

Como que levada
pela brisa, a borboleta
vai de ramo em ramo.

As lágrimas dos velhos são tão terríveis como as das crianças são naturais.

As nossas escolas ensinam a moral feudal corrompida pelo comércio e oferecem como modelo de homens ilustres e que tiveram sucesso o militar conquistador, o barão ladrão e o explorador.

Quando se gosta da vida, gosta-se do passado, porque ele é o presente tal como sobreviveu na memória humana.

Ninguém ama tanto a vida como o homem que está a envelhecer.

Nossa liberdade fundamental é o direito e o poder de decidir como qualquer pessoa ou qualquer coisa fora de nós nos afetará.

Nada há que tão notavelmente determine o auge de uma civilização, como o conhecimento, nos que a vivem, da esterilidade de todo o esforço, porque nos regem leis implacáveis, que nada revoga nem obstrui. Somos, porventura, servos algemados ao capricho de deuses, mais fortes porém não melhores que nós, subordinados, nós como eles, à regência férrea de um Destino abstracto, superior à justiça e à bondade, alheio ao bem e ao mal.