Victor Hugo (1802-1885) foi um dos maiores escritores românticos da França no século XIX, autor de "Os Miseráveis" e o "Corcunda de Notre Dame", entre outras obras célebres.
A franqueza não consiste em dizer tudo o que se pensa, mas em pensar em tudo o que se diz.
As revoluções, como os vulcões, têm os seus dias de chamas e os seus anos de fumaça.
Os mortos são uns invisíveis, e não uns ausentes.
A religião não é senão a sombra projetada do universo sobre a inteligência humana.
A verdade é como o Sol. Ela permite-nos ver tudo, mas não deixa que a olhemos.
No fundo, Deus quer que o homem desobedeça. Desobedecer é procurar.
O que falta às pessoas não é força, e sim vontade.
Há pessoas que têm uma biblioteca como os eunucos um harém.
O progresso roda constantemente sobre duas engrenagens. Faz andar uma coisa esmagando sempre alguém.
A alma é um olho sem pálpebra.
Essa divisória que nos separa do mistério das coisas a que chamamos vida.
A palavra é o Verbo, e o Verbo é Deus.
Todo o grande artista amolda a arte à sua imagem.
Quarenta anos é velhice para a juventude, e cinquenta anos é juventude para a velhice.
Os velhos têm tanta necessidade de afeto como de sol.
A oração é a irmã trémula do amor.
Nada há como começar para ver como é árduo concluir.
Não se compõe uma sabedoria introduzindo no pensamento os resíduos diversos de todas as filosofias humanas, tal como não se fica com saúde engolindo o conteúdo de todos os frascos de uma velha farmácia.
Julgar-se-ia bem mais corretamente um homem por aquilo que ele sonha do que por aquilo que ele pensa.
Quanto a lisonjear a multidão, juro que não posso! O povo está no alto, a multidão está no fosso.
