Versos de Paz
Os olhos da revolução
Eu sou a revolução,
Sou as horas que correm rumo aso desespero
Nas intempéries de minhas andanças.
Navego no triunfo da causa,
Para me abrigar
Em meus dilemas mais profundos.
Sou a revolução de mim mesmo
E de ninguém...
Penetro nos sentidos do absurdo,
Para promover novas descobertas.
Regras primárias
Não seduzem minhas indagações.
E a revolução que desperta em mim
Não se subtrai a um propósito concreto...
Mas sim, a um encontro que me levará a desvendar
Aquilo que se perdeu.
No conflito de minhas lembranças.
Um grito passageiro
Os lugares que você não queria estar... São passageiros!
As ofensas... São passageiras!
Os amores perdidos... São passageiros!
Os dias tenebrosos... São passageiros!
Inclusive as enfermidades mais temíveis, são passageiras.
O artista se constitui na resistência,
Resiste aos recessos do tempo para se reconstruir em suas emoções.
E como tudo passa,
O que fica são suas expressões
As quais o mundo teve o prazer de absorver...
Mesmo em sua mais rápida passagem.
A procura de um sinal
A um pedaço de vida em mim que desconheço
Um mundo que me cerca como um precipício de incógnitas
E superstições embaraçadas.
Há um traço na linha de minhas emoções
Que me convida para fuga de meu tempo.
Há um desconhecido que habita dentro de mim
Não sei se é o mundo que me leva
Ou eu quem rasgo o traço no ventre desse desconhecido
Mundo que me persegue.
Cansei…
Ou, melhor, quero cansar… Cansar definidamente de te querer. Cansar de te esperar. Cansar de aceitar as tuas horas. Cansar de estar aqui, a todo instante, a te esperar. Quero cansar de acreditar que seremos nós um dia. Quero cansar de pensar que um dia te darei o troco. Quero cansar de pensar diariamente em te ver querer voltar. Quero cansar. Quero cansar de criar falsos esquecimentos. Quero apenas um dia dizer que antes de cansar eu tentei me iludir não estando cansado.
O conceito de sucesso é medido
Por aquilo que você faz com satisfação
E não por aquilo que obtém com sacrifício.
Nenhuma outra geração
Teve tanto acesso a palavra de Deus como a nossa ,e vejam o que fazemos com tanto conhecimento nada.
Cheguei tarde compreender
Aos meus trinta e três anos
Que não há sentido
Algum na vida
Se ela não for fundamentada
Aos pés da Cruz.