Vc pode Correr eu te Pego
Eu poderia estar compartilhando meus poemas para o mundo mas escolhi te esperar para entregar só mente a ti
'' VISÃO DO PEÃO''
Não senhor burguês
eu não vim pra me curvar
se eu estou aqui
é porque sou digno de estar.
Por mais que eu me sujeite
que venda meu dia inteiro
eu sim, sei muito bem
que a essência não é o dinheiro.
Não vou ser hipócrita de dizer
que o money não faz bem pra mim
mas desde que eu vim ao mundo
o mundo sempre foi assim.
Classificado como ZÉ
salvo por ser útil
levanto as mãos pro céu
por não ter uma cabeça fútil.
Eu sigo atento as tentações
em busca de ser feliz
saiba seu Dr. que o que sustenta
a arvore é a sua raiz.
Que mau aparece
vive sólida no chão
Então porque exibir seus
galhos seus ganhos, como ostentação?
Quem avisa amigo é
não esta certo esse seu plantio
a colheita é bem mais tarde
mas só não se assuste com o fruto vazio
Que por fora a beleza
o aroma e a cor
por dentro é azedo
sem vida e sem sabor
Mas eu procuro não
me parecer como tu
mesmo sabendo que atrás
deste cinza nublado
existe um céu azul.
Sarrar ou não sarrar.
Eis a questão.
Sarrar na verdade é a pura diversão.
Sarrando na avenida eu sarro com pressão.
A força da sarrada vem de dentro do coração
Eu sei que isso não vai mudar nada, mas tenho tanta coisa pra dizer, por favor, me ouça.
Eu quero que você me prometa, que apesar de tudo, você vai ser feliz, por favor, é só isso que lhe peço. Tudo o que eu sempre quis fazer. Me espere, aonde estiver, sinto tua falta. Você era meu tudo, por mais brigas que tivéssemos, descobri que o que eu sinti era de verdade, eu vi que tudo o que já escrevi, era de verdade.
Mas, você não precisa de mim. Você nunca precisará de mim. Eu não fui capaz de fazer o que precisava, o que queria. Fui só mais um incômodo. Pelo o menos se acabou assim, eu tentei, se não consegui, foi porque não fui o bastante, pelo o menos hoje sei o que eu não devo fazer com quem irei "amar" . "Nunca magoe quem ama", hoje essa frase nunca fez tanto sentido, como faz hoje. Se eu pudesse fazer mais alguma coisa por ti, algo que ninguém nunca fez por mim, eu faria, aliás eu faço. Desculpa, mas como disse, se eu fracassei foi por que eu tentei.
Enfim o frio chegou, eu gosto, apesar que com ele chega o gelo da saudade.
E no gelo da saudade não existe nenhum pedaço de pano que irá me aquecer.
O abraço vazio na cama gelada não me aquecerá.
Saudade gelada só aquece com abraço da pessoa amada.
'' Hoje eu vi uma pessoa que há muito tempo não via, e me deu uma saudade do que vivi ao lado dela, mesmo sendo pouquíssimo tempo, mas vivi cada segundo, e como foi bom.
Hoje eu vejo o quanto fui negligente com o sentimento, o meu e o dos outros. Não soube esperar o tempo mostrar a verdade, pressionei e fiz tudo de forma acelerada, um erro.
Hoje eu quero pedir desculpas, por todos abraços que não apertei, pelos risos que não dei, pelas lágrimas que chorei, belas bocas que beijei, pelo tempo que não dei e por tudo aquilo que não sei. Talvez hoje poderia ser tudo diferente, mas está tudo como deveria estar, talvez o tempo necessário para acontecer chegou e hoje estou onde deveria estar, afinal, quem do passado não se desprende, do presente se faz ausente. Então agradeço por todos sentimentos que vivi, por todas pessoas que me fizeram uma pessoa diferente, cada uma dentro da sua história, cada uma com sua forma de ser. Viveria cada momento novamente, sem me preocupar com os mesmos finais, estes, marcados por lágrimas e saudade, pois tenho conhecimento que depois, como hoje, poderei me recordar de tudo que passou e ainda poder agradecer com muita gratidão pela oportunidade de viver o que vivi, a minha vida, minha história. Minhas lembranças."
(Alexandre dos Reis)
Carrego comigo o pensamento
e só eu sei o que lá habita...
Muito além das palavras,
existe nele um universo, inteiramente meu,
que segue somente o que a alma dita.
Cika Parolin
Eu não sou
sua cara-metade,
sou inteira
inteirinha...
também quero você
inteiro... inteirinho...
juntos somos dois
sempre dois...
Se você não navega em meu mar
Se desconhece meus mistérios
Se você é ar e eu sou água
Eu junto o céu e o mar
Eu subo aos céus para te encontrar.
Eu me entrego a ti
Mesmo que as diferenças
Não me façam sorrir...
Mesmo que muitas vezes
Não possas me acompanhar,
Pois sei que somente abraçados
Poderemos voar.
Luz do meu caminho
Anjo que veio me salvar...
Deita cabeça no meu peito
Pois é contigo que vou ficar.
Amor que rege minhas tormentas
Desgoverna meus mares
Senhor do meu destino
De todos meus amores.
Amor que tanto busco
Amor que nos teus braços encontro.
Refúgio dos meus sonhos
Fortaleza de minha alma.
Lágrimas derramas em meu mar
Delas eu bebo teu verdadeiro...
Nos teus olhos eu enxergo teu guerreiro
Que me pede para ficar.
Fica então no meu mundo
No meu corpo, vida e cama.
Eu fico no teu, porque sou tua
E minha alma te reconhece e te chama.
Me abraça e me leva
Nosso amor é possível.
Amor de tantas provas
De tantas glórias...
Amor só nosso
Perfeito amor.
~~Importa?
Se sem você minha vida não faz sentido...
Se o amor que eu te devoto
me faz cada vez mais sofrido
Se a luta que travo por teu amor
é desprezada pela tua ingratidão
Importa?
Se a minha vida sem você
é um traço imperfeito...
Se eu aprendi a te amar desse jeito
Se a tua indiferença
não te permite ver o quanto eu te quero
Importa?
Se as loucuras que eu já cometi por teu amor,
foram nada perante a tua leviandade...
Se você conseguiu arrancar do meu peito
o que antes eu achava ser felicidade...
Importa?
Se agindo assim me deixastes
numa estrada sem retorno,
caminhando solitário sem saber pra onde ir...
Perdido na imensidão de um amor insensato
que feriu de morte um pobre coração invadido
pelo ódio que foi sendo gerado inconscientemente.
Importa?
Se a importância que eu tenho pra ti
é a mesma que um Arco-Íris tem para um deficiente visual
Importa?
Se o amor que eu te dei, apesar de puro,
sincero e verdadeiro, foi impotente para
escalar a muralha do teu coração que,
aliada ao mar revolto da tua insensatez,
aniquila a tua alma e te transforma num reles pedaço
de nada, passando pela vida sem saber viver.~~
Podia eu entrelaçar-me nas nuvens, isso me faz pensar que ainda tenho tempo para sonhar e quando sinto que ainda não estou com meus pés no chão vou aproveitando o tempo viajando com o vento, sorrindo na imensidão, exterminando a solidão, a como é bom ouvir o coração pulsar mais forte, isso que é sorte esquecer que existe morte.
Se eu não consigo sentir todo o poder do Sol, não significa que que o astro Rei tenha se enfraquecido, mas sim, que eu limitei demais a abertura da fresta por onde ele pode entrar.
Eu quero paz
Um amor eficaz
Bem me quer
Bem me traz
Não volte atrás
Siga em frente
Amor pra gente
É uma semente
Germina a mente
Traz luz pra gente
É coerente
Não usa força
Respeita a moça
Não compra briga
Não faz intriga
Enfeita a vida
Cura as feridas
Traz harmonia
Boa energia
Minha sobra a luz do dia
Minha luz em noites frias
Me aquece a alma
Me leva as magoas
Traz paz pra alma
Preciso entender, como escritor, que a vida não é uma página onde posso escrever tudo que eu quero. Há um escritor acima de mim que o faz.
"Eu sou uma ficção, próxima da realidade,
Com uma nostalgia perdida à procura
Do encontro com o destino."
A Máquina do Mundo
E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar
toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.
Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera
e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,
convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas,
assim me disse, embora voz alguma
ou sopro ou eco ou simples percussão
atestasse que alguém, sobre a montanha,
a outro alguém, noturno e miserável,
em colóquio se estava dirigindo:
"O que procuraste em ti ou fora de
teu ser restrito e nunca se mostrou,
mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
e a cada instante mais se retraindo,
olha, repara, ausculta: essa riqueza
sobrante a toda pérola, essa ciência
sublime e formidável, mas hermética,
essa total explicação da vida,
esse nexo primeiro e singular,
que nem concebes mais, pois tão esquivo
se revelou ante a pesquisa ardente
em que te consumiste... vê, contempla,
abre teu peito para agasalhá-lo.”
As mais soberbas pontes e edifícios,
o que nas oficinas se elabora,
o que pensado foi e logo atinge
distância superior ao pensamento,
os recursos da terra dominados,
e as paixões e os impulsos e os tormentos
e tudo que define o ser terrestre
ou se prolonga até nos animais
e chega às plantas para se embeber
no sono rancoroso dos minérios,
dá volta ao mundo e torna a se engolfar,
na estranha ordem geométrica de tudo,
e o absurdo original e seus enigmas,
suas verdades altas mais que todos
monumentos erguidos à verdade:
e a memória dos deuses, e o solene
sentimento de morte, que floresce
no caule da existência mais gloriosa,
tudo se apresentou nesse relance
e me chamou para seu reino augusto,
afinal submetido à vista humana.
Mas, como eu relutasse em responder
a tal apelo assim maravilhoso,
pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,
a esperança mais mínima — esse anelo
de ver desvanecida a treva espessa
que entre os raios do sol inda se filtra;
como defuntas crenças convocadas
presto e fremente não se produzissem
a de novo tingir a neutra face
que vou pelos caminhos demonstrando,
e como se outro ser, não mais aquele
habitante de mim há tantos anos,
passasse a comandar minha vontade
que, já de si volúvel, se cerrava
semelhante a essas flores reticentes
em si mesmas abertas e fechadas;
como se um dom tardio já não fora
apetecível, antes despiciendo,
baixei os olhos, incurioso, lasso,
desdenhando colher a coisa oferta
que se abria gratuita a meu engenho.
A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,
se foi miudamente recompondo,
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mãos pensas.
(Texto foi extraído do livro “Nova Reunião”, José Olympio Editora – Rio de Janeiro, 1985, pág. 300. Fonte: Projeto Releituras)
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