Um Texto sobre a Mulher Maravilhosa
Quando uma só palavra fala por um texto inteiro. Assim, o que escrevemos são enigmas, que nem nós mesmo conhecemos a saída do labirinto, em direção as respostas dos significados e sinais que cada palavra quer dizer. A sinuosidade da estrada, caminha para horizontes distantes e ainda desconhecidos.
Desta janela lembro o sol que me espreita através do teu rosto, acrescento-me ao teu texto, um outro tato onde colho uma rosa e o vento....até que os dedos me devolvem a superfície da folha e do poema que se abriu com o calor das nossas mãos.... é nesta página que encontro a bússola repentina que me oleia o coração...
Tua vida, filha, é um texto que há tempos começamos a escrever, mas, daqui em diante, também te cabe pegar esta tinta e delinear o teu curso, tome só cuidado com o que retiras do nada e trazes à superfície, é comum borrar ou rasurar um trecho, mas é impossível apagá-lo, a palavra se faz carne, e a carne se lacera, a carne apodrece aos poucos, mas é também pela carne que a palavra se imortaliza. Não há borracha para um fato já vivido, pode-se erguer represas e costões, muralhas e fortalezas para barrar o fluxo das horas, mas, uma vez que o sol se torne sombra, que o luar penda no céu em luto, a névoa se disperse na paisagem pendurada à parede, o dedo acione o gatilho, nada mais se pode fazer; nossa jornada, aqui, é única, a ninguém será dada a prerrogativa, salvadora ou danosa, da reescrita.
”Vi um texto que dizia… Se você pudesse telefonar para você criança, no passado, o que você diria? Pensei em dizer muitas coisas, mostrar caminhos, ajustar as escolhas, mas refleti melhor e se tudo tivesse sido diferente, eu também não seria o que sou hoje. Tudo é uma construção contínua do nosso eu. Estou bem assim! E você o que diria para você criança?”
Às vezes quero escrever um texto mas ele ainda não está. Ele me vem mas ainda não está pronto. Às vezes me parece que já o tenho inteiro. E quando paro pra fazer, ele não vem. Fica querendo ser bonito e se perde na beleza até que não faz sentido e o abandono. Por vezes parece que sei mais dele do que pra você, mas que pra você ele ainda não é claro. Parece exato em mim, mas se pra você ainda não está completo, me questiono se pra mim também já o entendi. Então sento e tento deixar ir. Mas não psicografo. Como suspeito de Pessoa. Deixo. E um dia ele vem. Muitas vezes com a primeira frase. Bonita. Olho pra ela e penso se ela é o mote ou uma armadilha. Então levanto num impulso, como de madrugada às vezes, e começo. Me guio pelo filme que diz pra um aluno apenas falar palavras aparentemente sem sentido e ver a poesia que aparece. Também lembro da diretora que separava arte das ideias. E olho para as minhas palavras tentando entender se a ordem delas mais quer dificultar do que informar. Se são vaidosas, ou contorções para se fazerem entender. Tenho o texto. E releio em um prazer que às vezes é alimentado pelo retorno dos outros, às vezes mais quieto do que supus, e às vezes constrangedor ao ponto de esmagar meus dedos dos pés até eu apagar. Falo contigo como alguém que quer me ler, e se às vezes sou longo demais, penso que fui desinteressante no começo. Mas o início é preciso, e por isso o comprido para concluir e te fazer entender. Te falo como alguém que segreda e alimenta amor. Que esconde íntimo, mas que se expõe nas entrelinhas. E às vezes me abro de vez de todo. E me guardo até pensar em nós outra vez.
Um bom texto não é para ser especulado. O que faz um texto se diferenciar de bom ou ruim são as emoções que ele desperta. Escritores e pseudo escritores que escrevem por paixão são sempre postos contra a parede pelo que escrevem. Embora a leitura hoje em dia, seja bastante democrática alguns leitores deveriam ser “privados” de algumas palavras simplesmente por não terem maturidade suficiente para digeri-las. Antoine de Saint Exupéry em seu livro: O pequeno príncipe, já falava a respeito dessa falta de maturidade intelectual que alguns adultos costumam ter para as artes. Ele sabiamente começa seu livro relatando a história de um aviador que quando criança sonhava em seguir carreira como desenhista ou pintor, mas, fora desencorajado por comentários mesquinhos de pessoas grandes que ao invés de incentiva-lo, diziam que seu dom não seria bom o suficiente para ser mostrado. Não entendiam seus desenhos e por isso se sentiam aptos a julga-lo como alguém sem talento para as artes. O que as pessoas por vezes não entendem é que a pequenez não está nos outros, mas, nelas mesmas. Um quadro de Picasso não é simplesmente um monte de figuras geométricas como alguns dizem por aí. Assim como, Romeu e Julieta não eram apenas um casal apaixonado que teve seu amor interrompido precocemente. E a cada traço na pintura, em cada combinação de cor, em cada elemento colocado e até mesmo na falta deles existe algo a ser comunicado. Na literatura por sua vez é do mesmo jeito. Se quisessem ser objetivos os autores usariam a linguagem presente nas bulas de remédios e por certo o mundo seria muito mais chato. Cada palavra usada ou omitida, a construção de cada frase e principalmente cada personagem não são meros frutos do acaso e existem por algum motivo sejam eles quais forem. Na literatura assim como nas artes visuais o abstrativismo se faz presente e demanda muitas vezes uma sutileza para a interpretação dos textos propostos. A variedade de assuntos que podem ser abordados em um texto é infinito uma vez que se compreende a mesma extensão que apresenta a mente humana. Autores tem assim a liberdade de criação para dissertarem a respeito do que quiserem e da forma que lhes convierem.
Eu queria escrever um texto lindo, uma verdadeira declaração de amor, mas, na verdade, nem sei por onde começar, então vou apenas dizer o que sinto porque preciso que saibas que sinto muito a tua falta. Não sei quanto tempo estamos sem falar, mas já parece uma eternidade. Por isso preciso voltar a sentir o tom da tua fala, quero tocar, mas não posso. Quero que estejas aqui, preciso deitar no teu colo, preciso de ti. Só quero que estejas aqui. É crueldade viver sem ti.
Quando me abduso para escrever um poema ou um texto qualquer, às vezes caio num círculo de pensamentos repetitivos sobre tudo já ter sido escrito. Tudo que sai de mim, já foi estudado e escrito. Não há nada de novo em mim. É só procurar por aí, não há segredos sobre a vida e sentimentos humanos. A atualidade falha por estar apenas repetindo os tempos antigos.
Sabe, outro dia li um texto tão bonito que retratava uma pessoa como comparada a uma semente, e que então a outra pessoa plantava a semente esperando ver somente uma plantinha pequena, rala, uma avenca… no máximo uma roseira. Mas em nenhum momento aquela coisa enorme que de repente a obriga a abrir todas as janelas e depois as portas e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que ela cresça livremente… Você consegue compreender? — Quero dizer que eu também tenho a ti assim, como aquela semente pequena que pouco a pouco se tornou essa coisa enorme dentro de mim e que eu rego todos os dias, mesmo em segredo, para que nunca morra.
Minha primeira carta de recusa não foi uma carta qualquer, com apenas um texto padrão e um NÃO gigantesco gritando na cabeça. Ao final dela, havia uma consideração escrita a caneta azul: “Ainda que tenha de colecionar cartas de recusa, faça uma extensa coleção, por favor, faça. Continue este movimento. Por favor, insista.”
Hoje eu perdi um texto que demorei duas horas para escreve-lo, simplesmente ele desapareceu da tela mas ao contrário que muitos pensariam, eu não fiquei nenhum pouco chateado e posso dizer que até gostei, pois escrevia segredos que só interessavam a mim e a mais ninguém, mas como a gente tem mania de escrever tudo o que pensamos, tudo o que queremos escrever, corremos o sério risco de revelar segredos que não interessam a mais ninguém que não seja a nós mesmo.
Não importa o nível de complexidade de uma frase ou um texto. O que conta é o quanto aquilo atingiu profundamente uma pessoa. O quanto as palavras, por mais simples que sejam, ecoam verdades a quem as leiam. Eu não escrevo para me expressar de modo bonitinho, impecável; porém, sim, para pôr o que eu sinto pra fora. O que eu tanto guardo para mim, mas por pouco tempo, pois sinto uma incontrolável necessidade e satisfação em recriar meus pensamentos, colocando-os em escrito e revivê-los para além de mim; para muito além do que eu poderia imaginar. Não sei ao certo quantos acompanham o que escrevo, mas sou muito grata a cada um, e se ao menos eu conseguir levar um pouco de conforto, reflexão e paz a quem precisar naquele momento, ganho o mais belo presente de todos: o retorno positivo de todo o amor que deposito em cada palavra, linha e parágrafo. Portanto, ofereço minha gratidão eterna a quem me lê, curte, comenta e compartilha! A quem participa lindamente da minha humilde e sincera liberdade de expressão. O prestígio dado por vocês a mim enche meu coração de alegria! Meus amigos-leitores são maravilhosos!
“O Sonho de um homem ridículo”, que é o texto mais místico que li do monstro russo. No mesmo estilo 'fluxo de pensamento' que me apaixonou em Memórias de Subsolo, Dostoievski discorre sobre nossos anseios existenciais que só encontram plenitude e descanso na fé imaterial. É pisado falar o quanto Dostoievski me esmaga com tudo o que escreveu. Não sei se qualquer pessoa lendo Dostoievski vá sentir a mesma coisa, portanto não posso te garantir que te sentirás assim, mas comigo é como se ele tivesse roubado pensamentos soltos da minha mente e os organizado numa história coesa e sensata, ao contrário das linhas soltas que confabulo. É como se fosse uma leitura telepática, onde todos os meus medos, dúvidas e sentimentos vários aparecessem continuamente nas páginas descobertas. Seria como ler o próprio diário, caso eu fosse capaz do que mais ninguém é, foi ou será: escrever como Dostoiévski.
Hoje é aniversário da cidade do Rio de Janeiro, isso já é um bom motivo pra fazer um texto. Primeiro, porque a cidade merece por sua exuberância, muito pouca, diga-se de passagem. Segundo porque é conhecida mundialmente como a "Cidade Maravilhosa", e sendo maravilhosa assim, temos que comemorar, né? Não. Em partes, quem vive na cidade e adjacências vai entender do que eu to falando. Talvez devemos comemorar a violência que assola o dia e a noite das pessoas, comemorar a hegemonia do tráfico, inclusive no asfalto. Vamos assoprar a velinha também aos responsáveis por tanta desordem do trânsito e do transporte público de péssima qualidade. Quando 'marketeamos' a cidade do Rio de Janeiro, mostramos a exuberância, os pontos turísticos, que são bons, não há quem negue. É uma maquiagem pura e simplesmente para um bom lucro do setor de turismo, que também não estão errados. A gente tem que valorizar o Brasil, né não? Valorizar pra quem quer passar umas férias, um final de semana. Caros turistas, é melhor ficarem na parte da maquiagem, porque a valorização da cidade é só pra vocês. Olhem que lisonjeante. O cidadão que mora aqui não merece tamanha valorização, imaginem. Ele ja sabe que tem que acordar de madrugada, pegar um ônibus lotado e viajar por mais de 2 horas até chegar ao trabalho. E se quer ir mais rápido, vai de metrô, mas já ta acostumado com a super lotação. O cidadão que mora na zona norte não precisa de tanta valorização, ele sabe que o papel e a lata podem ser jogadas ali na rua mesmo, todo mundo faz isso. E o lixo ali continua, a maquiagem só vale para aquela parte que os turistas mais frequentam. O papel e a lata no chão, varre depois. Da desordem, a gente já tá acostumado. Mas turistas, vocês não. Aqui tem que ser como é na fotografia, lindo, limpo e perfeito. Mas só na maquiagem. Entra ano passa ano, e vamos continuar comemorando a hegemonia, a segurança, o transporte público o papel e a lata jogadas na rua. Ah, também vamos comemorar a beleza da cidade na fotografia, na pintura. Talvez ano que vem entre ai mais uma ou duas categorias pra comemoração. Então, parabéns Rio de Janeiro, por cada vez mais nos encher o orgulho de quem vê de fora, e deixar cada vez mais enjoados quem vive dentro dessa realidade grotesca e mal cuidada por quem deveria cuidar de você.
Viver é como produzir um texto... muitas vírgulas... muitos tempos verbais...flashbacks e flashforwards intensos e entrelaçados... um discurso por vezes muito convincente... e uma gramática nem sempre impecável... algumas exclamações... muitas interrogações... mas que infelizmente, e quase sempre, acabará em um ponto final.
E cá estou eu mais uma vez escrevendo um texto pra você, que eu achava que nunca mais teria inspiração para escrever. Mas o fato da gente se falar me traz um aconchego tão grande, como se por todos esses momentos em que ando me sentindo sozinha, abandonada e não tendo ninguém por mim se desmanchassem em um trecho de conversa fútil, acho que o seu ‘oi’ me traz paz, faz valer por toda essa gente que finge em se importar comigo, ou nem finge. Mesmo que na verdade você não se importe, tudo bem, eu entendo, eu aceito. Mesmo que você não ligue, você em conversar comigo vale por todos que não ligam, e vale mais ainda por todos que não entendem os meus sentimentos, todos que não me entendem, é, eu tenho essa sensação de que ninguém me entende, só você, nem eu, só você, e eu sei lá que tipo de porção mágica é essa que você usa pra ter essa capacidade, e eu não sei mais ela parece continuar ai, apesar de tudo, apesar do tempo, do vai e vem, da mudança continua, do sentimento mudado, continua ai essa sua capacidade, só sua de me entender, bonita, intacta.
Me matam a cada dia por escrever um texto depressivo e contemplando um amor das antigas que não deu certo e fim de história. Mas como eu começo a escrever um texto alegre com frases divertidas e animadas? Como eu vou viver uma coisa na realidade eu não sou. Eu tenho amigos, certo. Tenho chocolate da cacau show para diminuir minha carência, certo. Tenho cachorros para poder me distrair, mais certo ainda. E tenho um homem que realmente gosta de mim. Mas não me sinto feliz, que bosta de vida que é essa? O que mais falta para me sentir segura e resolvida com o meu mundinho rídiculo que existe só na minha cabeça? O que mais falta para acontecer?
Ser escritora acaba com os meus relacionamentos, cheia de cobranças e ao ver que eu faço um texto para aquele fidi-mãe-boa que eu nunca consegui superar. Ainda tenho vontade de tacar meu celular na cabeça dele para ele lembrar que ainda deve me ligar todas as manhãs e dizer das meninas e da sua vida fútil que ocupou a minha vida muito tempo. Poderia saber de coisas tortas que no fundo eu sempre odiei. Mas ser assim não é nada fácil. Nem quero muito te superar e nem superar tudo que eu senti, na verdade, eu não quero mais nada. Só queria me deitar e lembrar da parte boa da minha vida e deixar só o que é podre, assim, afastaria todo mundo de mim. Eu sou complicada, admito. Sou manhosa, temperamental, teimosa e tudo com T. Mentira, tudo não. Sou sentimentalista mas prefiro guardar tudo que eu sinto dentro do blog. Se bem que, quem ler meu blog, nunca sabe ao certo para quem é dedicado os textos. Mas ele existe, viu? E eu nunca superei. Não considero um amor antigo e nem um amor recente. Mas não supero.
Eu não sei se deveria estar aqui, te escrevendo mais algo como isso. Mais um texto dos quais você provavelmente não tenha lido nenhum, mas que na verdade falam sobre a mesma coisa sempre. Os dias estão passando mais rápido do que imaginei, e acho que por esse motivo meu coração ainda não entendeu que esta a tanto tempo apertado por alguém por ai, amando outras pessoas, fazendo outras sorrirem. Elas tem tanta sorte por ter por alguns dias nas mãos, o meu maior desejo. Elas tem sorte de poder abraçar e beijar a qualquer momento, a pessoa que eu mais amo. Enquanto eu estou aqui tentando criar inspiração para criar um texto como todos os outros. Não sei se você lembra aquele dia, em que eu disse que nunca desistiria de nos dois. Me arrependi inteiramente de ter dito aquilo, não porque não era verdade, mas pensando bem talvez nem fosse, mas passou a ser depois daquele dia. Aquele dia eu selei o resto da minha vida, dizendo que não ia te esquecer, e olha só aonde estou. Escrevendo meu milésimo texto exatamente para a mesma pessoa. E eu mudei bastante desde aquele dia, amadureci em relação a muitas coisas, ate meu sentimento amadureceu. Foi se tornando mais forte, mais seguro de si, foi tomando conta de tudo. E você infelizmente continua o mesmo, aquele mesmo que sempre diz as mesmas coisas e canta as mesmas musicas, apenas pra garotas diferentes. E você continua me atrapalhando, mesmo não querendo ou nem sabendo disso. Mas enfim, e isso, no fim sempre sera isso, sempre sera você. Me impedindo de olhar por ângulos diferentes, ter perspectivas diferentes, buscar coisas diferentes. No fim sempre sera o mesmo olhar, para a mesma pessoa com as mesmas intenções. E por mais que você não entenda ou sinta tudo isso um dia, vai ser sempre a mesma coisa. Você tentando amar, sem ao menos saber o que isso significa.
Porque queria escrever um texto claro, sem meias verdades e nem falsos personagens. Mas aí eu tava lembrando quando te perguntei se minhas bochechas estavam vermelhas, e você concordou, logo disse que era charme, só para tirar um clima tenso e você concordou com isso. E eu vi que finalmente tudo tinha dado certo, que eu não havia brigado em vão, que tudo não seria como era. E por mais que você queria que eu vá atrás de outros, eu quero tanto insistir na gente. Pode ser maluquice, mas é a verdade. . Como se eu quisesse para sempre que esse momento não acabasse nunca. Por mais que eu falei, por mais que eu escreva, coloque mil coisas na internet, não vai te fazer acreditar em mim. É uma pena. É uma pena ver o amor tão puro morrendo aos poucos, é uma pena de novo ter a vontade que não se acaba de dormir, como se amanhã, tudo ficasse bom novamente. Você pensa coisa medonhas sobre mim, sobre o que eu sinto, sobre o que eu penso, sobre o que a gente é.
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