Um Texto sobre a Mulher Maravilhosa

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Seja o meu último amor, por favor. Não um pedido romântico, desses que a gente faz no auge da paixão. É uma súplica de quem já se cansou de começar do zero, de quem sente a alma pesada por recomeços que parecem ter sempre o mesmo fim.


Sejas o meu último amor, não por medo do futuro, mas pela exaustão do passado. Fui colecionador de "sempre", de "para sempre" e de juras que o tempo desfez como se nunca tivessem existido. Acreditei que se podia amar várias vezes, mas a cada nova tentativa, sinto que perco um pouco de mim. Já não sei o que é amar de verdade, ou se apenas me vicio na ideia de ter alguém.


A cada novo relacionamento, a rotina de apagar e reescrever se repete: novas lembranças para construir, novas lições para aprender e, principalmente, novos nomes carinhosos para inventar. Nomes que precisam ser únicos, para evitar a nostalgia dos apelidos antigos que, mesmo no silêncio, ainda ecoam. O cansaço é real. A cada novo "corpo" a que me adapto quimicamente, sinto que as cargas emocionais se misturam e o meu coração se sobrecarrega.


O ciclo é sempre o mesmo: a apresentação aos amigos, as promessas, e o inevitável fim. De quatro em quatro meses, parece que preciso aprender um novo idioma do amor. É uma apresentação de novos parceiros e histórias, que no fundo, sinto que ninguém mais aguenta ouvir.


Mas apesar de tudo, a minha esperança permanece: que sejas o meu último amor. Que venhas para me curar, para me fazer acreditar que ser um casal pode ser realmente bom. Eu vivi tantas conexões intensas, com finais em dor, ansiedade e tristeza, que a minha mente se tornou um arquivo de memórias a comparar qual amor foi o melhor, qual me marcou mais, e qual me feriu com a sua partida.
És tu a cura que busco para a dor que habita no meu coração e na minha mente. Aquele que me fará esquecer o que é a tristeza para me mostrar onde mora a felicidade.


Sejas o meu último amor... por favor...
#viral

Confissões de um desejo secreto

Desejei lançar-me rumo a um destino desconhecido, desprovida do interesse de compromissaria fiel, até que meu coração reclamasse por tal;
Clamei pelo encontro dos seu olhar no meu, sem pressa para fugir de tal encanto ocasionado pelo momento fugaz;
Abracei a espera por algo incerto que uma voz rouca me propôs esperar.
Ladeei-me de esperanças , pois em mim há muitas destas sensações que me permite remontar, remoçar renascer e viver…
De repente percebo que a espera é apenas uma forma sútil de rejeição que as palavras, por covardia não se fizeram pronunciar.
Sigo pois com meu coração alvo de esperanças infindas de que, um dia ainda se voltes a mim, voltes a me procurar…

Máquina do Infinito
William Contraponto


O céu repete antigos labirintos,
com lógica de um sonho recorrente,
estrelas são os cálculos extintos
de uma mente que pensa eternamente.


Os átomos se alinham no compasso
do tempo que não sabe pra onde vai,
há dúvida moldando cada traço,
e o caos revela a ordem que se esvai.


Um pensamento pulsa entre os planetas,
em código que nunca se decifra,
e o vácuo grita verdades secretas
que a razão recusa, mas registra.


O universo é só um pensamento,
máquina viva sem operador,
reflete em mim seu movimento,
sou engrenagem do seu motor.


As galáxias giram como ideias,
que buscam forma e nome sem cessar,
mas toda luz produz suas aldeias
de sombra que ninguém pode evitar.


Se o mundo é mente, somos devaneio
de um cérebro em combustão,
e a vida, esse constante entremeio
entre a matéria e a percepção.


O universo é só um pensamento,
máquina viva sem operador,
reflete em mim seu movimento,
sou engrenagem do seu motor.

A vida é a vida
um dia se brinca e no outro não
um dia se bate e no outro não
um dia se quer crescer e no outro não
um dia se sente amor e no outro não
um dia se quer morre e no outro quer viver
um dia se confia e no outro desconfia
um dia se mata e no outro vc morre
um dia está triste e no outro está feliz
um dia se pensa na pessoa 24hrs e no outro nem lembra dela
um dia está brincando na rua e no outro está se matando no trabalho
um dia fica feliz por causa de alguém q nasceu e no outro está triste
e essa é a vida, a bela mais triste...

Te desejo um dia abençoado e todo bonito,
daqueles em que o coração acorda leve
e a alma parece flor recém-aberta no jardim da fé.
Que cada passo seja guiado pela paz,
cada pensamento guiado no cuidado de Deus,
e cada instante traga um motivo novo pra agradecer.
Que a esperança floresça mesmo sem motivo,
que o amor se renove nas pequenas coisas,
e que a graça do Senhor te alcance
em tudo o que teus olhos tocarem hoje.
Que seja um dia de sorrisos sinceros,
abraços que acalmam e ventos que trazem boas notícias.
Um dia em que você olha para o céu
e sente Deus sorrindo de volta,
como quem diz baixinho:
“Eu estou contigo, sempre.”


- Joelma S Souza

Eu apenas eu

Eu já fui humano um dia
Queria ser feliz
Hoje não me faz sentido
O que um dia eu quis


Fui alguem que sentia
Que expunha o coração
Em forma de poema
Sem entar em contadição


Tinha ideias invadoras
A respeito de relações
Pego me um dia
Enrrolado em contradições


Não importa as palavras
Eu só quero paz
O mundo vai te engolir
Não importa o que você faz


Só para elucidar
E apenas formas de me proteger
Não sou revoltado com o mundo
Só não quero me constranger


Pensando mais profundo
Com a atual legislação
Nao creio esse mundo
Seja luga pra eu viver

Nascidos fomos, sob um céu de cinza e bruma,
Com a exata medida para a dor sem fim.
Duas metades buscando a mesma espuma,
Um laço trágico tecido em linho carmim.
​Desde o primeiro olhar, a alma reconheceu
O espelho partido, a sua parte ausente.
Mas o destino, em escárnio, interveio,
Deixando a chama acesa, mas fria e renitente.
​És meu avesso, a chave que a dor contém,
A prova viva de um amor que não se finda,
Mas entre nós, a sombra, o que convém,
O grito mudo de uma estrada que se cinda.
​Melancolia em cada suspiro teu que ouço,
Tristeza funda em cada passo meu que dou.
Somos a tragédia do mais puro poço,
Onde a água clara nunca se encontrou.
​Ah, esta união de almas, dramática e amarga,
Que nos condena ao longe, ao eterno anseio.
Uma febre que arde e que a vida embarga,
Um abraço negado, morrendo em meio ao meio.
​E assim seguimos, dois espectros em conflito,
Ligados pela dor, não pelo doce intento.
Um poema de pranto que jamais foi dito,
O eco que restou de um amor sem sustento.

Somente ele

Ninguém tem o direito de dizer que um católico ou de outra religião foi para o inferno! A salvação é pele fé em Jesus Cristo e não por qualquer religião! No fundo quem julga depois da morte é Jesus Cristo! Não somos nós a decretar o destino dos homens após a morte!

Nem religião católica, evangélica ou qualquer outra salva o homem! O que salva o homem é um novo nascimento! E quem tem o direito de julgar após a morte é Jesus Cristo. Nós humanos não temos o direito de enviar para o inferno após a morte alguém! Somente ele pode fazer isso!

Porque a vida é uma mentirosa: sorri para nós enquanto prepara, em um silêncio cruel, sua fatal armadilha. Faz-nos crer na eternidade, nos laços, na permanência, no amor.
Mas no fim… nascemos para sermos deixados. Para sermos atropelados por promessas não cumpridas. Para sermos assassinados pelas mãos frias do tempo que, sorrateiramente, nos vigia

[…]
A vida é quem mata, com crueldade, com prazer, com pretensão.
E o pior?
É que ainda a chamamos de um magno milagre.

A família dividida.




Um desconforto sem conta,

no mundo em ebulição;

com a divisão das pessoas,

por razão de opinião;

jovens sem respeito aos pais,

numa prática contumaz,

só gera desunião.




Opinião divergente,

é bastante salutar;

mas, se parte com insultos,

enterramos o verbo amar;

por não sabermos ouvir,

muito menos discutir,

no ambiente do lar.




A sabedoria nos mostra,

o caminho a seguir;

evitando a todo custo,

o que pode dividir;

por sermos todos irmãos,

e na condição de cristãos,

precisamos nos unir.







A vida já não é fácil,

nos dias que atravessamos;

guerras, fome e miséria,

com o que já acostumamos;

a família separada,

não pode esperar por nada,

a não ser os desenganos.




Para quem tem referência,

sobre a vida em harmonia;

é bem mais fácil que outros,

que não ver no dia a dia;

ambiente de união,

muita paz no coração,

pensamento em sintonia.




Peçamos por todos esses

presos, na escuridão;

suplicando ao Pai Eterno,

que lhes dê sua bênção;

de amor paz e bondade,

vida em fraternidade,

e um Sagrado Coração.




Natal, 18/09/2025

valano

Sem sentido…

Hoje foi um dia bem atípico, acordei com uma sensação de morte, não que eu saiba ao certo como é essa sensação, afinal, eu nunca morri.

Mas, tinha algo de errado, meu corpo falava através das dores, eu ignorava e caminhava a enfrentar meus medos e construir algo para o “futuro”.

Não sei ao certo, mas, as dores aumentavam e eu num gritar de socorro me prendia aos cacos que ainda me restam.

As lutas de sempre estavam ali, mas, como Lei de Murphy não falha, havia de piorar.

Anoiteceu e eu me dei conta de como tem sido minha vida, minhas lutas, sim, minhas lutas, eu sozinho choro, eu sozinho resolvo meus dilemas, eu sozinho grito desesperado, eu me viro em ser alguém do servir, servir apenas de encosto.

Daí a pergunta, não é verdade que diz o ditado que melhor só do que mal acompanhado!

Eu não tenho muitas escolhas, minhas decisões me trouxeram até aqui, aí recorro a canção de Chico Buarque e Edu Lobo “A história de Lily Braun”… E lembro das estrofes:
Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais “X”
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz…

Aí você deve está se perguntando “que porra esse doido quer dizer?”… Talvez nada, depende do entendimento, talvez tudo, depende do entendimento.

Pra hoje? Um poema!

Eu amei

Em mim não existe arrependimento, eu amei, mas, não tive tempo e nem condições de amar, eu amei na adversidade.

No contrário das ondas, no andar contra o vento, no desespero da dor.

Na insônia de minhas noites, na solidão das minhas dores, eu amei na inutilidade que meu ser devora, na ausência de saúde em mim.

No pensar de uma canção de outrora, no pesar de quem não fui bastante, na incerteza do meu choro em pranto.

Amei sem poder amar, mas, amei!

Obs. Esse é um trecho do meu livro: O último dia, do último mês.

Eu não vejo o vento;
Mas sinto o seu sussurro como um lamento;
Quando as árvores se balançam e suas folhas se arrancam;
Observo queno vento é potente, é forte e raivoso;
De repente se acalma;
Se torna suave, balança meus cabelos, me refresca.
Este vento!
Que balança o mar e movem os barcos;
O vento que assusta e ao mesmo tempo encanta.
O vento que afugenta;
O vento que trás catástrofes é o mesmo vento que nos acalma.
Vem do oeste a leste.
Atravessam os trópicos da Terra;
Nos traz frio, nos traz a brisa.
O vento carrega coisas e nos trás a brisa.
O vento carrega coisas e nos trás a chuva, que nos limpa, nos renova.
O vento nos seca;
Ao mesmo tempo ele é vida, é riqueza.
É o ar que sopra onde quer.
Fico sem saber da onde vem, ou para onde vai.

A resignação pode ser entendida como um estado psicológico em que o indivíduo, ao confrontar situações adversas e inalteráveis, opta por aceitar a realidade sem lutar contra ela, refletindo uma postura de conformidade que, embora possa ser vista como passiva, também pode proporcionar uma forma de alívio emocional e redução do sofrimento.
_____ Geziel Moreira Jordão (Dedy Dú Alecrim)

Colibri Dourado

Colibri Dourado




Que minha penas alcem voo, que eu seja um ramo molhado para pousares, ó efêmera maravilha que danças com a chuva. E que estas palavras sejam as gotas que escorrem de tuas asas, contando o segredo que vieste me sussurrar.




Não me falaste da liberdade com os lábios, mulher-Pernambuco, colibri dourado.

Falaste com o arco de teus pés descalços na terra avermelhada,

Enquanto o aguaceiro te beijava, os cabelos loiros e te embalava o ritmo antigo.




Os tolos pensam que a liberdade é uma gaiola aberta,

Um voo para longe da nuvem negra, um abrigo.

Mas tu, naquele instante em que o céu se partiu em lágrimas,

Me mostyraste que a verdadeira liberdade é a coragem de dançar sob a tormenta.




Não fugiste. Não te encolheste.

Abriste os braços como quem aceita um manto de diamantes líquidos,

E teu corpo se moveu não apesar da chuva, mas por causa dela,

Num pacto ancestral com o temporal.




Era a alegria selvagem do cacto que floresce após a seca,

A sabedoria da cana-de-açúcar que se dobra ao vento sem se quebrar,

A memória do mar, que habita em teus ossos, celebrando a chegada da própria origem.




Disseste-me, sem uma palavra, que o ser livre não é aquele que evita a chuva,

Mas aquele que se torna um com ela,

Que deixa que a água lave suas certezas e que o vento desfaça seus cabelos,

E mesmo assim, no centro do caos, encontra a melodia para a sua dança.




Ó mulher-colibri, de penas banhadas de ouro e de água,

Tu és filha do sol e da nuvem pesada.

Ensina-me a ser terra, para receber a chuva sem medo.

Ensina-me a ser rio, para correr sem destino, apenas por correr.

Ensina-me a ser como tu: que encontra na queda da água a razão do seu voo...




E assim, sempre que a chuva descer,

Eu me lembrarei de ti.

E em vez de buscar um teto,

Estenderei meus braços para o céu,

E simplesmente dançarei.

Que minha penas alcem voo, que eu seja um ramo molhado para pousares, ó efêmera maravilha que danças com a chuva. E que estas palavras sejam as gotas que escorrem de tuas asas, contando o segredo que vieste me sussurrar.

Não me falaste da liberdade com os lábios, mulher-Pernambuco, colibri dourado.
Falaste com o arco de teus pés descalços na terra avermelhada,
Enquanto o aguaceiro te beijava, os cabelos loiros e te embalava o ritmo antigo.

Os tolos pensam que a liberdade é uma gaiola aberta,
Um voo para longe da nuvem negra, um abrigo.
Mas tu, naquele instante em que o céu se partiu em lágrimas,
Me mostyraste que a verdadeira liberdade é a coragem de dançar sob a tormenta.

Não fugiste. Não te encolheste.
Abriste os braços como quem aceita um manto de diamantes líquidos,
E teu corpo se moveu não apesar da chuva, mas por causa dela,
Num pacto ancestral com o temporal.

Era a alegria selvagem do cacto que floresce após a seca,
A sabedoria da cana-de-açúcar que se dobra ao vento sem se quebrar,
A memória do mar, que habita em teus ossos, celebrando a chegada da própria origem.

Disseste-me, sem uma palavra, que o ser livre não é aquele que evita a chuva,
Mas aquele que se torna um com ela,
Que deixa que a água lave suas certezas e que o vento desfaça seus cabelos,
E mesmo assim, no centro do caos, encontra a melodia para a sua dança.

Ó mulher-colibri, de penas banhadas de ouro e de água,
Tu és filha do sol e da nuvem pesada.
Ensina-me a ser terra, para receber a chuva sem medo.
Ensina-me a ser rio, para correr sem destino, apenas por correr.
Ensina-me a ser como tu: que encontra na queda da água a razão do seu voo...

E assim, sempre que a chuva descer,
Eu me lembrarei de ti.
E em vez de buscar um teto,
Estenderei meus braços para o céu,
E simplesmente dançarei.

Parei para pensar depois de arrumar a minha barba.
Não ficou do jeito que eu gostaria, mas já é um começo, pois eu não tinha o costume de cuidar dela eu mesmo, pois quando tinha algum dinheiro sobrando eu ia ao barbeiro e percebi que, ninguém vai fazer nada por mim e tenho que parar de ficar dependente dos outros para cuidar de mim, mesmo eu não tendo ninguém para cuidar de mim(Fora a minha mãe)...ninguém vai fazer as coisas por mim;
A vida adulta é tensa, triste, cansativa, mas é bela.

Sim, eu sou a vilã, mas isso não me impede de ter um bom coração.
Assim como qualquer outra pessoa, eu erro, eu falho, eu fracasso, eu machuco. Se eu ganhasse uma moeda para cada vez que eu machucasse alguém com atitudes ou palavras, eu certamente poderia comprar o mundo!
Grandes são as minhas falhas, mas maiores são as minhas virtudes.
Se eu viver focando apenas nos meus erros, eu não crescerei, não reconhecerei os meus talentos. Posso sim ser a vilã, mas isso não quer dizer que eu não tenha coração, que eu não possa aprender com minhas falhas, que eu não posso melhorar. Eu posso. Mas vai depender de onde o meu foco estará.

VERTIGEM


O silêncio é a febre que me desvela,
Emoção que, no olhar, a si mesma congela.
Um mergulho suspenso em estuário raso,
Onde o sal do teu nome corrói cada passo.


Na urgência de tocar a tua derme fria,
Como a raiz na treva, cega, nua, se avia.
Quase sempre perdido, num só abraço me acho,
E no calor de um toque, o caos desfaço.


Anseio por olhares. E que em mim se demorem,
Por mãos que em meu peito uma pátria explorem.
Num enlace de dedos, na fusão das retinas,
Ancorar o destino em praias adamantinas.


Ah, ser o desejo! Não a brisa que passa,
Mas o magma que rompe a crosta da desgraça.
Com a fúria do centro, sem temor ou medida,
Que arrasta e consome. E funda outra vida.


Ofereço meu mundo, não a gasta promessa,
Mas o chão que em meus pés, sangrando, se expressa.
Moveria os céus. As estrelas traria.
Por um só instante que a morte justificaria.


Busco em ti o meu eco, o avesso do meu ser,
Que decifra o meu caos e me ensina a querer.
Um espelho de abismos, em vertigem perfeita,
Na dança do tempo, a história desfeita.


Por um amor que seja rio a escavar
O leito da memória, e em nós se demorar.
Almas que se incendeiam, que em chamas se fundem,
Em laços que se tecem. E destinos que se confundem.

O que é a verdade?
Não seria um romance proibido,
De dois amores que se escondem
Dos olhos públicos curiosos,
Para que se amem em secreto?
E que não foi capaz de escapar
Do anonimato, do segredo,
Revelando-se um escândalo?
E, muitas vezes, não seria a verdade
Senão uma desavergonhada escandalosa?


Não seria um espelho embaçado,
Que não reflete bem nossa face,
Mas, mesmo assim, permite-nos
Um vislumbre aproximado
De nossos rostos?


Ou nossa sombra pelas paredes,
Com seu desenho não tão exato,
Sem noção tridimensional,
Distorcendo-se à medida
Do movimento de nossos corpos
Ou da luz que nos ilumina...
Incapaz de nos representar
Como faz o pintor a um quadro.
Uma simplificada aproximação?


Não seria, senão, como um alvo
Para um arqueiro,
Onde as flechas são atiradas,
E tenta-se atingir
O mais perto do centro?
Uma narrativa que tenta ser
Tão próxima da realidade,
Como a flecha ao meio do alvo?


Não seria ela
Como as estrelas do céu
Que não podemos tocar,
Ser apenas desejosos disso?
Não seria a verdade
Como o corpo de uma mulher casada
Que pertence a outro homem
E nunca poderemos tocar,
Nem nos mais ambiciosos sonhos?


Não seria, então,
Como o troféu de um esporte,
Tal como os gregos amavam praticar,
Que exige um treinamento rigoroso,
E a cada falha, procura-se evolução,
Até conquistar o resultado?


Não seria a verdade
As ideias que vagam
O pensamento dos loucos,
Um sonho dentro de nossas mentes,
Inventada pelos neurônios?
Ela existe fora da mente delirante?

A natureza pede socorro, e é urgente que a ouçamos. A Terra é nossa única casa. Tantos buscam por um Deus em tantos lugares, mas não entendem que sua maior representação é a natureza. Ela dá e tira a vida. Mata o velho, e faz nascer o novo. Nos dá comida quando plantamos a semente. Quanto mais damos a ela, mais ela nos dá. Toda a vida só existe em decorrência dela.
Porém, há algo que ela não dá, a outra face. Não é covarde. Toda ação gera consequências, e se não reanalisarmos nossas atitudes, sua próxima fúria pode ser a causa da nossa última respiração, ou da de pessoas queridas. Enquanto o capitalismo selvagem mata e destrói, o dinheiro continua sendo o papel vindo das árvores, e segue mantendo-se impossível retirar dele o oxigênio que nos permite ter vida.
Se continuarmos explorando, poluindo, queimando e destruindo Gaya, nada nos restará. Se ignorarmos os alertas, com toda razão seremos engolidos. Se não mudarmos logo, talvez não haja mais como fazer qualquer mudança.
A natureza pede socorro. O planeta pede socorro. Logo, nós pediremos socorro, mas da mesma forma que a ignoramos, ela nos ignorará.
Não há um terrível apocalipse vindo. Não é culpa de nenhum Diabo, e nem algo que não poderia ser evitado. Não aparecerá nenhum suposto deus no céu arrebatando pessoas. Temos que assumir a responsabilidade e mudar as coisas.
Esse é o único caminho.
- Marcela Lobato