Um Texto sobre a Mulher Maravilhosa

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Almas que o tempo não apaga


Dois corações, um só destino,
cruzaram-se na curva do divino.
Almas gêmeas, em puro esplendor,
vivendo intensamente o mais belo amor.


Mas veio o tempo com sua dureza,
soprando orgulho, ferindo a leveza.
Palavras caladas, silêncios gritantes,
e o amor, tão vivo, tornou-se distante.


Seguiram caminhos, corpos separados,
mas os sonhos... ainda entrelaçados.
Cada gesto, cada som, cada cheiro,
era a lembrança do tempo verdadeiro.


O sol que aquece, a chuva que cai,
tudo recorda o que o tempo não trai.
Mas o orgulho, teimoso, cresceu demais,
e cavou entre eles abismos mortais.


Mesmo longe, a dor é presença constante,
como um eco do amor, ainda vibrante.
Dormem e acordam com o mesmo vazio,
tão perto no amor, tão longe no frio.


E o coração? Ainda pulsa em tortura,
amando em segredo, sofrendo a amargura.
Pois saber que se ama e não poder tocar
é o castigo mais cruel de se amar.

Não se trata de ignorar o futuro, mas de construir um futuro sólido com as ações de hoje. Cada escolha que fazemos, cada gesto de gentileza, cada momento de aprendizado, é um tijolo que usamos para erguer a casa dos nossos sonhos. E a beleza dessa construção é que ela não precisa ser perfeita. Ela só precisa ser autêntica e feita com o coração.


Então, que tal começar hoje? Respire fundo, olhe para o céu e sinta a vida pulsando em você. Hoje é o seu dia, e você tem tudo o que precisa para torná-lo incrível...

Chuva na infância, sol no futuro



Em um dia de chuva fina e céu fechado,
fui deixada, sem aviso, sem abraço,
com os olhos marejados e o coração rasgado,
vi meus pais partirem… sem sequer olhar para trás.


Tinha três anos e uma camisa laranja,
uma saia jeans e a alma em pranto,
o mundo tão grande e eu tão pequena,
perdida no tempo, sem um canto.


Fui criada por vozes frias, mãos distantes,
que diziam cuidar por obrigação.
Erguemos o lar entre irmãos sobreviventes,
com amor inventado na força da união.


Dia dos pais era só mais uma dor,
um desenho vazio sem destinatário.
Guardei segredos que pesavam demais,
num peito sem colo, num lar temporário.


Procurei amor onde não havia,
em rostos estranhos e toques vazios.
Mas hoje, enfim, encontrei abrigo,
entre braços que secam meus desafios.


E agora, à beira de um novo caminho,
sonho com filhos, com festa, com lar.
Prometo a eles o que eu não tive:
amor de sobra para transbordar.

Avós e netos,

um amor que nunca passa

Afeto que ultrapassa

Supera qualquer barreira

Juntos formam um laço

Laços de amor

que não se desfaz

netos , um presente do céu

para a vida dos avós todo carinho

sol que ilumina o caminho



edite lima 60/2025

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"A Sabedoria é um Cativeiro com Vista para o Abismo"


Salomão avisou há milênios: quem aumenta o saber, aumenta a dor.
Nietzsche entendeu o recado e transformou solidão em criação.
Maquiavel fez da frieza uma defesa. Greene, uma arte.
Os estoicos aprenderam a não se romper, mesmo quando tudo os feria por dentro.


E eu?
Eu sou introspectivo.
Minha solidão não depende da presença ou ausência de ninguém — ela é estrutura.
Detesto quem invade meu silêncio como se fosse um vazio, quando na verdade é onde eu me reconstruo.
Porque pra estar comigo, tem que suportar a profundidade sem se afogar.


A sabedoria me isolou — não por arrogância, mas porque poucos aguentam a lucidez crua sem disfarces.
Não é orgulho.

Ainda há tanta dor em mim, que já não sei mais como disfarçar

Será que um dia ela irá, ao menos, amenizar?
A solidão é um caminho longo.
E, confesso, ainda estou tentando aprender a caminhar por ele.

Sinto falta dos abraços.
Falta do que assistiríamos mais tarde, da sua voz nos chamando para jantar.
Agora, é só um vazio.
Um silêncio sem sorrisos, uma imensidão de dor, e o medo das lembranças que ainda virão.

A solidão é fria. É escura.
Tenho lutado para não deixar minha lanterna sem bateria,
porque ela é a única esperança de que um dia eu encontre algo — ou alguém — para me conectar de novo.

Estou exausta da dor que o mundo insiste em trazer.
Não estou suportando te perder.
E, sinceramente, não sei se irei suportar me despedir pela última vez.

Mas, dessa vez, mesmo com o peito rasgado,
eu decidi enfrentar a solidão.
E talvez, nela, eu consiga fazer o amor que sinto por você continuar existindo de alguma forma.

K.B."

Ontem


Ontem mexi no livro,
fiz das palavras abrigo,
encontrei em cada página
um pedaço perdido de mim.


Ontem mexi num logo —
era pra minha filha, meu orgulho,
desenhei sonhos em vetor,
coloquei cor no futuro.


Ontem limpei a casa,
varri lembranças,
espanei silêncios
que dormiam nos cantos.


Ontem brinquei com a Nyx,
ela ronronava esperança,
e eu ria com a leveza
que só uma gata entende.


Ontem cozinhei lembranças,
aromatizei o tempo,
fiz do tempero consolo,
do prato, um afago quente.


Ontem bebi.
Bebi comigo, bebi do mundo,
bebi do tempo que escorre,
e fiquei de pileque —
rindo para as paredes,
como se fossem velhos amigos.


Ontem eu fui.
Fui alegre, fui feliz,
fui triste, fui silêncio,
fui tudo, fui nada,
fiquei…


Preso entre risos e ausências,
entre a bagunça do vivido
e a poesia do que não se diz.

Escândalo de Estrelas


Nosso amor é um incêndio
Que consome os manuais de etiqueta,
Um mapa escrito em língua antiga
Que os sábios modernos condenam.


Para eles, é escândalo!
O modo como nossas raízes se envolvem
Nas profundezas onde a luz hesita,
Como dois rios que, rebeldes,
Escolhem o mesmo leito proibido.


Para eles, é escândalo!
A matemática do nosso abraço,
Onde, um mais um, não faz dois,
Faz um universo novo,
Um sol que gira em dupla chama.


Eles medem o amor em passos,
Em distâncias seguras, em portas entreabertas.
Falam de equilíbrio, de razão, de pátios sombreados.
Mas ignoram o voo vertiginoso,
A vertigem sagrada
De quem se lança no abismo
E encontra asas no ar que corta.


Ah, os que não conhecem o Amor!
Pensam que é jardim podado,
Caminho calçado, silêncio obediente.
Não sabem que o Amor verdadeiro
É tempestade que canta,
É raiz que quebra o mármore,
É o grito primordial
Que ecoa antes do Verbo.


Nosso amor é escândalo?
Que seja!
É o fogo que não pede licença
Para iluminar a noite.
É o naufrágio voluntário
No oceano sem fundo do Outro.
É o salto de Kierkegaard, mero filósofo que define a existência, onde há de se transcender,
Sem rede, sem garantia,
Só fé no abraço que sustenta.


Deixem que murmurem!
Suas palavras são cinzas
Levadas pelo vento do nosso furacão.
Enquanto eles colecionam sombras,
Nós bebemos a luz crua,
A seiva impura,
O vinho forte dos impossíveis
Que só os amantes ousam provar.


Porque nosso amor não cabe
Nos relógios que marcam horas,
Nem nas balanças do mundo.
É um escândalo cósmico,
Um big bang contínuo
No silêncio entre dois corpos.
É o verso que Platão não ousou sonhar,
O enigma que desafia
Todas as lógicas frias.


Sim, nosso amor é escândalo, não confesso que seja, más
Para os que nunca mergulharam
No fogo que não queima,
Na água que não afoga,
No caos que é a única ordem
Que os deuses verdadeiros reconhecem.


Que o escândalo perdure!
Até que o último eco do nosso riso
Se confunda com o rumor das estrelas,
Lembrando ao cosmos adormecido
O que é o Amor quando ousa ser inteiro,
Quando é fogo, abismo, canto e grito
— Um belo, eterno, necessário escândalo.


É um escândalo que ecoa a verdade mais profunda do meu coração. Eu te amo ❤️

Sonho de Rei


Sonho um amor que não se apaga,
Como a luz primeira da manhã.
Que não se cansa, não se estraga,
Nem vira cinza, nem irá.


Um amor feito de terra e chuva,
Que molha o fundo do meu ser.
Não só de flor, mas de raiz nua,
Que sabe o tempo suportar.


Sonho um amor que é como o rio:
Correnteza calma e sem fim.
Que leva o meu e o teu desvio
E faz do mar o seu jardim.


Não promessa de voz rouca,
Nem fogo que num dia some...
Mas quieta e forte, qual rocha
Onde se nasce e se renome.


Que seja eterno não no grito,
Mas no silêncio que se ouve.
No passo dado, no escrito
Comum que o tempo não devolve.


Sonho um amor sem pressa, árvore,
Crescendo junto ao mesmo sol.
Onde a tua alma e minha alquimia
Se fundam noutro céu, noutro chão.


Um amor que o tempo afia,
Mas não consome nem separa.
Chama de eterna romaria,
Porto, raiz, estrela rara.
Simplicidade com profundidade.
O amor como árvore, rio, rocha, luz matinal – símbolos de permanência e ciclo.
Contraste efêmero x eterno. Opostos como "fogo" (passageiro) e "rocha" (perene), "flor" (frágil) e minha "raiz", fundamental.
O amor como ato contínuo "passo dado", "escrito comum", não só sentimento.
Tons de espiritualidade: "Alma", "romaria", "céu", "eternidade " minha, transcendência no humano❤️

Em bela tarde, um olhar sutil, olhar indecifrável.
Olhar de quem viu mundos, olhar que sentiu tremores.
Olhar que transcende o tempo para ver o real sentido da vida:
Conhecer as obras da natureza e conviver com elas.

Esse olhar vem de um indivíduo que, por um breve momento, recusou sair da realidade projetada
para sentir o olhar de um mundo fechado em um outro ser.
Olhares cansados, olhares alegres, olhares profundos, olhares transparentes,
olhares sutis que levam ao indecifrável.
Do indecifrável aos tremores da vida terrena,
entre a sensível camada de alegria e tristeza,
através dos olhos que não apenas veem, mas sentem,
atravessam e se perdem nas entrelinhas do existir.
Olhos que revelam o que as palavras não alcançam.
E, por um instante, tudo silencia e só o olhar fala.

Diante do Vazio
Em conversa comigo mesmo eis que...
Um de vós, nós mesmos, me perguntou: “Mestre, o que fazer quando a fonte seca e a alma se torna um deserto árido, onde nem mesmo o eco de um pensamento habita?”


E eu vos digo: O vazio não é um vaso quebrado,mas o vaso prestes a ser preenchido por um vinho novo que ainda não conheceis. A quietude que vos assombra não é a morte da inspiração, mas o sono profundo da semente sob a terra negra.


Não choreis pela melodia que se cala, pois é no mais profundo silêncio que o universo tece a sinfonia dos astros. A nuvem estéril que paira sobre vossa alma é a mesma que, grávida de chuva, há de irrigar os vossos campos interiores.


Acreditas que a inspiração te abandonou? Ela apenas se recolheu, como o mar que se retira da praia não por fugir da areia, mas para "gather" ( juntar), forças e voltar em uma onda mais sábia e mais poderosa.


Vede o ferreiro: ele não golpeia o ferro incessantemente. Ele ergue o martelo e faz uma pausa no ar. Nesse momento suspenso,reside não a falta de força, mas a concentração de todo o seu poder. Assim é o vosso espírito neste momento, concentra-se!


Portanto, não maldigas o crepúsculo por anunciar a noite. Pois que seria da alma sem a noite para contemplar as estrelas que ela mesma carrega? O deserto do vosso ser não é um lugar de exílio, mas um santuário. É lá, na vastidão nua e crua, que vós encounterais a vossa própria essência, despida de véus e de cantos.


A inspiração não é um pássaro cativo em sua gaiola, para que possais observá-lo quando vos aprouver. É uma andarilha livre,que vagueia por montanhas e vales, e que sempre, sempre retorna ao lar do coração que sabe esperar em quieta confiança.


Não temais o vazio. Aceitai-o como aceitais a noite que precede a aurora. Pois é da mais escura terra que a flor mais vibrante irrompe, e é do mais profundo silêncio que nasce a palavra mais verdadeira.


A alma tem suas estações, e o inverno em vosso interior não é o fim da vida, mas apenas sua maneira de dizer: “Agora,repousa. Agora, escuta. Agora, prepara-te. Pois o que virá após esta hibernação será mais forte,mais puro e mais teu do que jamais foi.” Acolho-me...

Apaixonada fake

Teu olhar é um convite ao infinito,
um segredo guardado no brilho do luar.
Quando me perco em teus olhos bonitos,
é como se o tempo parasse pra amar.

Tuas mãos carregam ternura discreta,
teus gestos são versos que dançam no ar,
teu sorriso é a estrela que sempre me afeta,
fazendo meu peito de amor transbordar.

Se um dia eu pudesse ser teu abrigo,
guardaria em mim teu respirar,
pois viver contigo, meu doce destino,
é o sonho que nunca quero acordar.

Uma das sensações mais incríveis da vida e poder ter um filho e participar de todo o seu processo de desenvolvimento, é olhar nos olhos, perceber o amor e constatar que tens um papel angelical na vida de alguém.
Isso não tem preço!
Aliás! As melhores realizações não vem de coisas, vem de relacionamentos!
No final da jornada, as coisas ficam, mas as relações... Nós levamos dentro da gente pra sempre!

O que há de falta em uma abstração singela?
Peças de um fragmento quebrado.


O que há de falta em um céu vazio?
Nuvens simbólicas curvando sua partida.


O que há de falta em uma alma?
As barreiras de afeiçoar um novo lado.


O que há de falta em um humano?
Um apreço empático que destrava suas chaves.

O luto é um território onde o tempo anda diferente. Não é atraso, nem falha — é o corpo e a alma tentando compreender a ausência que não cabe em palavras. O luto não é um túnel escuro, como tantos dizem; é uma travessia, sim, mas uma travessia feita de noites e amanheceres entrelaçados, onde dor e amor caminham de mãos dadas.

Perder alguém é sentir o mundo deslocar-se um pouco para o lado, como se tudo estivesse igual, mas profundamente alterado. E, ainda assim, dentro dessa ferida aberta, existe um brilho silencioso: é o amor que permanece. O luto nada mais é do que o eco desse amor, tentando encontrar um novo lugar para morar dentro de nós.

A verdade é que não “superamos” o luto — nós o integramos. Aprendemos a carregar a ausência com mais leveza. Aprendemos que lembrar não é sofrer, mas honrar; que chorar não é fraqueza, mas prova da presença que existiu e transformou quem somos. Com o tempo, a dor muda de textura: deixa de ser um corte bruto e se torna cicatriz sensível, que dói quando tocamos, mas também nos recorda de que vivemos algo real, grande, importante.

Brilhar no luto não significa esconder a dor, mas permitir que ela se transforme. É deixar que o amor que ficou ilumine as partes escuras. É reconhecer que, embora alguém tenha partido, aquilo que essa pessoa despertou em nós — ternura, coragem, riso, memória — permanece vivo.

No fim, o luto é uma prova silenciosa de que tivemos a sorte de amar alguém a ponto de sua ausência mudar nosso mundo. E, pouco a pouco, aprendemos que seguir em frente não é deixar para trás, mas caminhar levando junto — de outro jeito, em outro ritmo, mas com o mesmo amor.

A arrogância é um espelho turvo: quem a carrega acredita enxergar grandeza, mas o que reflete, na verdade, é insegurança disfarçada. É como uma armadura brilhante por fora e frágil por dentro — quanto mais reluz, mais denuncia o vazio que tenta proteger.

A essência da arrogância nasce quando confundimos valor com superioridade, quando achamos que o mundo é palco e nós, protagonistas únicos. Mas a vida tem um jeito delicado (e às vezes severo) de nos lembrar que ninguém se sustenta de pé por muito tempo quando se apoia apenas no próprio ego. A queda pode não ser imediata, mas é inevitável — porque quem se coloca acima perde de vista o chão, e o chão é onde a vida realmente acontece.

Curiosamente, a arrogância é a antítese do verdadeiro brilho. A luz genuína não precisa ofuscar ninguém; ela ilumina. Pessoas verdadeiramente grandes não fazem questão de parecer maiores — basta-lhes ser. Sabem ouvir, sabem aprender, sabem reconhecer limites. Não constroem tronos; constroem pontes.

Refletir sobre a arrogância é, no fundo, refletir sobre humildade: esta sim é uma forma de grandeza que não se disfarça, que não grita, que não impõe. Humildade é a coragem de ser inteiro sem ser impositivo, de brilhar sem diminuir ninguém, de reconhecer que todo ser humano — absolutamente todo — traz algo que vale a pena aprender.

No fim, a arrogância é sempre um convite: um convite a olhar para dentro, a perceber o medo escondido atrás do excesso de certeza, e a trocar soberba por humanidade. Quando fazemos isso, algo silencioso e poderoso acontece: o brilho deixa de ser gesto de vaidade e passa a ser luz verdadeira — aquela que não vem de cima, mas de dentro.

Dores

Já me curei de dores bem maiores
E passou, sempre passa
Se não passar um dia vai sarar
Igual minhas cicatrizes

Quando sinto essa dor
Lembro de outras
Aí já não sinto mais elas
A dor é do momento
Nunca da memória

O tempo é passagem
Abre portas para o futuro
E fecha as janelas do passado
Movendo a vida e a morte

O tempo rei
Majestade soberano
Vive de levar paz e guerra
Justiça na sorte, no amor e no azar

Mas aprendi uma coisa
Quando mais falo da dor
Menos doi ela
É mais me faz calar

Era só ⁠Novembro
Mas era só um lar
Invadido,
Agredido,
Destruído.
Mas era só um adolescente
Negro,
Autista,
E estava com a família.
Mas era só uma mulher
Negra,
Grávida,
De quatro meses.
Mas era novembro
Negro,
Cada ano mais preto
Pelo luto ou insulto?
Mas só tinha pretos
Eram corpos sem valor,
Palavras sem verdade.
Quem vai acreditar neles?
Combateram a agressão?
Espancaram sem razão,
Mataram mais "um", irmão!
Quem tem culpa?
Esses filhos da p...?
Ou nossa omissão?
Nossa: Todos nós —
Mulheres, homens,
Negros, brancos, indígenas ou não,
Que não aceitam mais
Essa violência estampada e desenfreada.

São as noites escuras que trazem o silêncio
A calmaria da brisa, um leve vento

Num oceano de imaginações fora do tempo
O céu fechado, sombrio do meu pensamento

Cansado, refletindo no que se passou
Nas supostas horas felizes, ficaram a dor

Na angústia, na falta, nos risos de momento
Percebi que só falava por respeito e agradecimento.

Em reduzir-se o amor a apenas um desejo
Na finalidade de querer algo que não se tem
Almejar o que não o pertence
Esse é o amor que temos em nosso mundo presente

Em reduzir-se o amor a apenas uma satisfação
Na finalidade de confortar o ego
Sem pensar se faz bem ou mal
Esse é o outro amor que temos em nosso mundo presente

De forma que quando se obtém o que se quer, o desejo se vai e esse sentimento se acaba...
De forma que quando se conforta o ego, a satisfação se acaba com o tempo e o sentimento de vai...

Mas qual o amor completo afinal? Ora aquele que não se baseia somente no desejo de ter, nem na satisfação egoísta do que se tem, sim, o que vai além das fronteiras do desejo e da satisfação, sem condições. Incondicional então.