Um dia a Gente Aprende Mario Quintana

Sobre dores da vida, confesso, nao é a primeira, mas talvez a que mais me avassala.

Tão rápido surgiu, logo formou de meu peito sua moradia, e pra sair daí? Será que eu espero só o primeiro dia chuvoso e frio?

A tentativa de tentar esconder é visível, mas minha alma sente.

Meu café esfria, enquanto olho pra escuridão da noite procurando apenas uma explicaçao.

Estou num lamaçal, sem ter pra onde correr, onde fugir. Cercado de falsas esperanças, que ensistem em me atormentar.

Pensar que passavas a mão em me cabelo, demonstrando tamanho afeto, que me ligavas, que me querias, que sentia minha falta quando ausente estava.

Iludido fui, quando estava contigo, pensando que a felicidade havia chegado, sem nenhuma forma de limite, amando sem temer o mal, e ai acordei.

Meus olhos insistem em te procurar onde meu coração nao quer achar.

O amor me cegou, agora nao vejo, apenas sinto... Preferia só existir.

Talvez você pense em mim, talvez goste de mim também. Mas isso deveria ser bom, e nao doloroso.

Enquanto tudo isso se passa, vou subir num balão e ir até a lua, pois olhando daqui, ela parece estar tão solitária quanto eu.

Fazendo meu coração pulsar, mas por algo que queria esquecer.

Se me esqueceste tão rápido, me digas a receita, que estou vivendo isso sozinho.

Porque me conquistaste se depois não saberias onde enfiar todo o amor que lhe dei para cuidar.

Essas frases clichês que tanto solto ao vento, esperando que te encontre e esfrie seu peito.

Na esperança de acordar amanha sentindo menos saudades tuas.

O mundo nao vai parar pelo simples fato de você não conseguir acompanhar suas voltas, as nuvens vao passar, as flores vao desabrochar, a música vai tocar, as lágrimas cair, o cachorro latir. E você? Perdido no espaço tempo, se perguntando onde você passou a ser um retardatária, pelas voltas que o mundo lhe deu.
As coisas acontecem, na maioria das vezes sem te perguntar se tu querias que realmente fosse assim.

Por que tenho tanto a oferecer, e tão pouco a receber?

Não temerei se culpado for, diante daquele a quem amo a própria morte.

Dos ferimentos que sangro, nenhum provém de lâminas.