Um Amor Amigo Companheiro
(...) cada pessoa, suponho, tem
suas excentricidades
das em um esforço para parecer
normal
aos olhos do
mundo
elas se superam
e desse modo
destroem seu
algo a mais.
Ah! Os relógios
Amigos, não consultem os relógios
quando um dia em for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais um necrológios...
Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.
Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.
E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...
Um homem não deixa de ser homem porque se assumiu gay, assim como uma mulher não deixa de ser mulher porque assumiu ser lésbica. Temos que aprender a diferenciar o que é sexualidade e o que é gênero.
Vamos supor que você vem a mim e você tem uma grande mancha na testa como um hematoma. E você diz: " Irmão Paul, eu já fui a todos os médicos do mundo e ninguém descobre porque eu tenho isso. Por favor, você poderia orar ao Senhor para que Ele te desse sabedoria para saber a razão disso na minha testa?" E eu digo: " Bem, eu não sou médico, mas, é claro, eu vou orar sobre isso. Porém eu decidi ser prático e decidi seguir você durante 24 horas. E eu descobri que a 1:00 da manhã o relógio bate e você levanta da cama e bate com a sua testa na parede uma vez e volta para a cama. Depois eu observo às 2:00 da manhã que você se levanta, o relógio bate 2 vezes e você bate a sua testa 2 vezes na parede e volta para a cama. E eu observo ao longo do dia, a cada hora você bate a sua cabeça na parede várias vezes, e no final das 24 horas eu chego até você e digo o seguinte: "Olha, eu não sou médico mas eu acho que descobri qual é o seu problema. Se você parar de bater a sua cabeça na parede toda vez que o relógio bate a cada hora, eu acho que a sua cabeça vai ficar curada." Você diz: "Isso é um absurdo!" Eu digo o mesmo para você. Você negligencia as Escrituras. Eu lamento.
Um brinde as sardas; as espinhas; e ao ovo frito.
Um brinde a frivolidade caiada.
Quero uma selfie do meu quarto revirado, do meu look em dia de faxina.
Um brinde ao volume do cabelo, e ao pão com tomate.
Um brinde a cereja que eu roubei do bolo, e ao bolo que levei da vida.
Um brinde as meias rasgadas, e um brinde ao pinhão que esmaguei no dente.
Vamos brindar os que se assumem apaixonados, e brindar aquele presente improvisado.
Um brinde ao amor perdido, ao aniversário esquecido.
Um brinde ao mendigo!
Sem desculpas, culpas e negações.
Vamos brindar a pele ressecada, e a conta negativada.
Brindemos a realidade das coisas, da vida, dos sentimentos, da sorte.
Traga lá um chimarrão! Vamos brindar de cuia, que o vinho anda muito caro.
A Doçura que a Vida Devolve
A vida sempre encontra um jeito de devolver leveza a quem semeia doçura. O que oferecemos ao mundo, de alguma forma, retorna para nós.
Um gesto gentil, uma palavra suave, um olhar acolhedor — tudo isso cria um ciclo onde a ternura se espalha e, no tempo certo, volta como brisa leve, como um abraço inesperado.
Seja doce, mesmo quando o mundo parecer áspero. A suavidade é uma força silenciosa, um jeito bonito de resistir.
A alma, felizmente, tem um intérprete - muitas vezes inconsciente, mas ainda um fiel intérprete - no olho.
Mesmo se você for embora por um instante
Eventualmente vai nos querer de novo
O menu mais quente que nunca vai esfriar
Grave esses sabores em seu paladar
Os deterministas me dizem, com um grau de verdade, que o determinismo não faz diferença na vida diária. Isso significa que, apesar do determinismo saber que os homens não têm livre arbítrio, mesmo assim, ele continua tratando-os como se tivessem.
Correr atrás não é sinônimo de expressar um sentimento. Gosta? Mostra. Não gosta? Dá tchauzinho. Mas faz o que TU decidires, o que achas melhor pra ti. E lembra sempre: em primeiro lugar vem tu e em segundo tu.
O buraco do espelho
o buraco do espelho está fechado
agora eu tenho que ficar aqui
com um olho aberto, outro acordado
no lado de lá onde eu caí
pro lado de cá não tem acesso
mesmo que me chamem pelo nome
mesmo que admitam meu regresso
toda vez que eu vou a porta some
a janela some na parede
a palavra de água se dissolve
na palavra sede, a boca cede
antes de falar, e não se ouve
já tentei dormir a noite inteira
quatro, cinco, seis da madrugada
vou ficar ali nessa cadeira
uma orelha alerta, outra ligada
o buraco do espelho está fechado
agora eu tenho que ficar agora
fui pelo abandono abandonado
aqui dentro do lado de fora
O bom é quando você encontra a pessoa que faz da sua vida um pouco mais feliz, aquela que mais do que trazer, se torna o sua motivação de continuar a viver.
Em cada gota do oceano vejo um motivo pra lembrar você, e cada grão de areia me mostra mil motivos pra te esquecer.
Entre o Ímpeto e o Silêncio
Hoje é um daqueles dias em que as palavras querem saltar, atropelando o tempo e a razão. Elas pesam no peito, se acumulam na garganta, ansiosas para serem ditas. Mas minha mente está inquieta, desorganizada, e eu não posso confiar nelas agora.
Não quero falar no calor da emoção e depois me arrepender. Não quero que a pressa transforme sentimento em ruído ou que uma palavra mal colocada machuque quem não merece. Então, respiro fundo. Seguro o ímpeto. Não por medo de sentir, mas por respeito ao que sinto.
Às vezes, o silêncio é a pausa necessária para que a verdade se alinhe dentro de nós. Estou tentando organizar o que há em mim antes de transformar em voz.
Indiaroba
Indiaroba, um município encantador situado no litoral Sul de Sergipe, se destaca por suas belezas naturais e um turismo sustentável que envolve ecoturismo e a valorização de suas raízes culturais e gastronômicas. Com um nome de origem indígena, que remete à palmeira "Indaiá" e a semente "Rubá", a cidade tem como significado popular "índia bela", refletindo a beleza de sua gente e de seu ambiente.
A cidade, composta por belos estuários ecológicos e manguezais, é um cenário perfeito para a prática do ecoturismo, onde é possível observar a fauna e flora local, como caranguejos, siris e camarões, além de aves que enfeitam o céu. A costa da cidade oferece atrativos turísticos, como a orla repleta de paisagens naturais e a travessia para locais encantadores como a praia do Saco, a Ilha do Sossego e Mangue Seco.
Um dos destaques da cidade é o povoado Terra Caída, que encanta pela sua tranquilidade e rusticidade, banhado pelo rio Piauí e cercado pela biodiversidade local. O povoado é um exemplo da mistura entre o campo e o litoral, com suas paisagens bucólicas e com saborosos pratos típicos, como as empadinhas de mais de 50 anos de tradição, patrimônio cultural imaterial do estado de Sergipe. A gastronomia local é um convite a sabores autênticos, com pratos à base de macaxeira, batata doce, caju, coco e mangaba, além da famosa culinária de frutos do mar.
Outro ponto de destaque é o Pontal, uma área privilegiada que encanta os turistas com seu estuário e um cenário de prainha rodeada por aves e fauna local. O ecoturismo ali é igualmente rico, oferecendo passeios para as ilhas próximas, como a Ilha da Sogra e Ilha do Sossego, e também para o Projeto Associação das Catadoras de Mangaba, que promove a produção de iguarias a partir dessa fruta típica da Caatinga.
Indiaroba não é apenas um lugar de belas paisagens, mas também de uma cultura rica e acolhedora, onde o turismo, a pesca e a preservação do meio ambiente andam lado a lado, oferecendo experiências inesquecíveis aos que visitam essa joia do litoral sergipano.
📷✍🏻@jorgeane_borges
A Solidão da Minha Solitude
Há um vazio que me visita sem pedir,
mesmo quando tudo parece estar em paz.
É a ausência que mora no peito
quando escolho estar só,
mas não deixo de desejar companhia.
Minha solitude tem nome,
tem gosto de café frio e cama arrumada demais.
É minha, mas às vezes pesa.
Não grita, mas se impõe com um silêncio
que fala de mim mais do que mil palavras.
É escolha… mas também falta.
É liberdade… mas também espera.
Porque há dias em que o silêncio me acolhe,
e outros em que ele me abandona.
Queria às vezes dividir o pôr do sol,
contar as estrelas com alguém que ficasse.
Alguém que entendesse
que até quem gosta do próprio espaço
anseia, vez ou outra, por um colo.
E nessa dança entre o querer e o suportar,
vou existindo: inteira, mas com vazios.
Solta, mas sonhando com um laço.
Sozinha, mas querendo ser achada.
