Textos Vc Nao foi Homem pra Mim
Tenho dias ruins. Fico mal humorada, irônica e bruta com qualquer um. Respondo com grosseria e não suporto ouvir besteiras. Falo demais e me estresso sem motivos. Fico com raiva, choro, grito, fecho a cara. Porque eu sou humana, cara. E isso é normal na vida de qualquer um. Será que dá pra entender?
Mulher não desiste, se cansa. A gente tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A gente paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "E se"! A gente completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a gente muda de caminho, meu amigo, é fim de jogo pra você. Enquanto a gente... enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradece a Deus! Porque no dia que a gente aceitar tranquilamente te dividir com o mundo, a gente não ficou mais compreensiva, a gente parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a gente cuida até demais, mas dar sem receber meu caro... É caridade, não carinho!
Sabe, minha classe de lealdade era uma lealdade a meu país, não a suas instituições ou seus governantes oficiais. O país é algo real, é o substancial, o eterno; é algo pelo que vigiar e preocupar-se e ao que ser leal. As instituições são estranhas, são meras roupas e as roupas podem ser mudadas, se tornar ásperas, deixar de ser confortáveis, deixar de proteger aos corpos do inverno, a enfermidade ou a morte. Ser leal aos trapos, disparar pelos trapos, venerar aos trapos, morrer pelos trapos, isso é lealdade ao irracional, é puramente animal. Isto pertence à monarquia, foi inventado pela monarquia. Deixa que a monarquia os conserve.
Eu não vou por os fundamentos da minha fé em pequenos deuses que podem ser destruídos em uma era atômica, mas em um Deus que tem sido nosso socorro desde as eras passadas, e nossa esperança para os anos que virão, e nosso abrigo no tempo da tempestade, e nosso eterno lar. Este é o Deus em quem eu estou colocando o fundamento da minha fé. Este é o Deus que eu rogo a vocês para adorarem nesta manhã.
Então, não desiste, sorria. Você é mais forte do que pensa e será mais feliz do que imagina. O medo, a decepção, a tristeza, a raiva são só sentimentos, são só momentos e momentos chegam ao fim. Isso chegara também. Não tem como encontrar a felicidade sem ter passado pela tristeza. Pense nisso, não é hora de se deixar abalar.
Dizem que, quando a gente ama alguém, deve deixar livre. Então, realmente não sei amar. Não consigo dizer que amo e ficar longe. Não consigo gostar e não ter notícia. Não me dou bem com a distância. Não entendo relacionamentos abertos. Não admito traição. Não entendo quem gosta e não quer ficar junto. Não entendo quem diz que ama e não sabe se quer. Não entendo alguém que quer certezas sem apostar no relacionamento.
Saber desistir. Abandonar ou não abandonar – esta é muitas vezes a questão para um jogador. A arte de abandonar não é ensinada a ninguém. E está longe de ser rara a situação angustiosa em que devo decidir se há algum sentido em prosseguir jogando. Serei capaz de abandonar nobremente? ou sou daqueles que prosseguem teimosamente esperando que aconteça alguma coisa?
Secaram as sementes no silêncio da rocha e mineral. As palavras que não chegamos a gritar, as lágrimas retidas, as pragas que se engolem, a frase que se encurta, o amor que matamos, tudo isso transformado em minério magnético, em turmalina, em ágata, o sangue congelado em cinábrio, sangue calcinado tornado galena, oxidado, aluminizado, sulfatado, calcinado, o brilho mineral de meteoros mortos e sóis exaustos numa floresta de árvores secas e desejos mortos.
O que deve fazer alguém que não sabe o que fazer de si? Utilizar-se como corpo e alma em proveito do corpo e da alma? Ou transformar sua força em força alheia? Ou esperar que de si mesma nasça, como uma consequência, a solução? Nada posso dizer ainda dentro da forma. Tudo o que possuo está muito fundo dentro de mim.
Um garoto de verdade não vai se importar com o tamanho do seu sutiã, com a grossura das tuas coxas, se você tem bunda grande, e nenhum sinal de barriga. Um garoto de verdade vai reparar no teu sorriso, no modo como você coloca o cabelo para trás da orelha quando está nervosa, na tua risada, no modo em que seus lábios se movem enquanto você fala, no teu jeito histérico ao ver um filme de terror, no teu jeito estranho de correr, nas tuas manias, nos teus gestos exagerados e na forma como você pronuncia o nome dele. Um garoto de verdade vai te amar pelo teu conteúdo, e não pela embalagem.
Não é somente a inércia culpada pela repetição dos relacionamentos humanos, caso a caso, indescritivelmente, de forma monótona e sem renovação. É a timidez diante de novas e imprevisíveis experiências para as quais acreditamos não estar preparados. Mas somente alguém que está preparado para TUDO, que não exclui NADA, nem o mais enigmático, vivenciará a relação com o outro como algo vivo.
Minha vontade hoje é curtir a minha vida e mesmo que isso não inclua quem eu acho que deveria. Ter a oportunidade de ver quem se preocupa comigo, quem está comigo mesmo que seja em pensamento, refazer velhas amizades e passar a reescrever a minha história à minha maneira. Parar de sobreviver pela felicidade de outros ao invés da minha. Mesmo que pareça egoísta, eu hoje quero ser feliz.
Não há mentiras e não há mistérios. Tudo bem esclarecido em nossa cabeça, mesmo com a turbulência que se faz na alma, em cada célula, na parte do corpo escondida que sente as preces e os desejos ocultos. Fácil perceber que o meu coração é todo seu e você põe os pés quando quiser, entra e bagunça, se aconchega e muda tudo de lugar. Mas creio que estamos em ilhas distantes, eu e você isolados assim da matéria. Você, pensando errado sobre o que eu penso. Eu, pensando sobre os seus erros. Minha mente nunca irá se dobrar para você, amor, e nem a sua para mim. E é aí que lhe digo que não há sentido nisso tudo. Como haveria sentido? Eu sei que você tem coragem de mergulhar, mas coragem de permanecer você não tem. E nem eu tenho peito suficiente para mantê-lo aqui. Como você pode achar que podemos sobreviver com essa imensidão, nada se encaixando, exceto nós dois? Você não foi o bastante para me fazer acreditar, e nem eu. O amor não foi absoluto dessa vez. Você não está vendado, meu bem, e eu ainda não estou rendida. Nossas vidas precisam recomeçar enquanto há tempo. Nosso olhar precisa se erguer enquanto ainda existe horizonte. E que não seja o fim, nós sempre detestamos o fim, lembra? Tantas vezes chorei apreensiva em seus braços após a última cena de um filme previsível, tantas vezes repeti a última página do livro em que o personagem principal morria. Mas estamos a salvo ou, pelo menos, estamos tentando nos salvar. É apenas uma cena depois dos créditos, apenas um sorriso após o epitáfio. Nossa chuva precisa cair enquanto há céu. Nossa estrela precisa brilhar enquanto ainda existe luz.
Antes de dormir rezei, mas dessa vez não pedi o moço de cavalo branco (carro do ano) e da espada gigante (vocês entenderam), apenas agradeci por estar me sentindo tão inteira, feliz, em paz e, principalmente, por não precisar de ninguém ao meu lado para estar bem. Mas no fundo, no fundo, confesso: pensei também que quanto mais inteira, feliz, tranquila e independente eu for, mais chances eu tenho dele aparecer. Vício é vício.
Quando pensava em parar, o telefone tocou. Então uma voz que eu não ouvia há muito tempo, tanto tempo que quase não a reconheci (mas como poderia esquecê-la?), uma voz amorosa falou meu nome, uma voz quente repetiu que sentia uma saudade enorme, uma falta insuportável, e que queria voltar, pediu, para irmos às ilhas gregas como tínhamos combinado naquela noite. Se podia voltar, insistiu, para sermos felizes juntos. Eu disse que sim, claro que sim, muitas vezes que sim, e aquela voz repetiu e repetia que me queria desta vez ainda mais, de um jeito melhor e para sempre agora.
Não ponhas trilha no celular, não troques as almofadas, não escolhas as toalhas e os lençóis, controla essa mania de se espalhar por tudo, de botar teu cheiro por dentro de minha boca. Não abras mais o leite sem romper o lacre, não deixes a gaveta entreaberta, a torneira entreaberta, meu corpo entreaberto. Não reclames do que não fiz, que farei de novo para chamar tua atenção. (…) Quero te conhecer menos para não sofrer depois tanto tua perda. Mas deveria ter dito isso antes.
Os meus pensamentos foram-se afastando de mim, mas, chegado a um caminho acolhedor, repilo os tumultuosos pesares e detenho-me, de olhos fechados, enervado num aroma de afastamento que eu próprio fui conservando, na minha pequena luta contra a vida. Só vivi ontem. Ele tem agora essa nudez à espera do que deseja, selo provisório que nos vai envelhecendo sem amor.
Ontem é uma árvore de longas ramagens, e estou estendido à sua sombra, recordando.
De súbito, contemplo, surpreendido, longas caravanas de caminhantes que, chegados como eu a este caminho, com os olhos adormecidos na recordação, entoam canções e recordam. E algo me diz que mudaram para se deter, que falaram para se calar, que abriram os olhos atónitos ante a festa das estrelas para os fechar e recordar...
Estendido neste novo caminho, com os olhos ávidos florescidos de afastamento, procuro em vão interceptar o rio do tempo que tremula sobre as minhas atitudes. Mas a água que consigo recolher fica aprisionada nos tanques ocultos do meu coração em que amanhã terão de se submergir as minhas velhas mãos solitárias...
Eu sorri. “Ele é um pouco novo demais pra mim”. A carranca de Jacob se aprofundou mais ainda. “Ele não é assim tão mais novo do que você. É só um ano e alguns meses.”
Eu tinha uma sensação de que não estávamos mais falando de Quil. Eu mantive minha voz leve, zombeteira. “Claro, mas considerando a diferença de maturidade entre rapazes e garotas, não temos que contar como a idade dos cachorros? O que isso me torna, uns doze anos mais velha?”
Ele sorriu, revirando os olhos. “Ok, mas se vamos começar a ser seletivos assim, você tem que contar o seu tamanho também. Você é tão pequena que teria que descontar uns dez anos do seu total”.
Quando nós chegamos em La Push, eu estava com vinte e dois anos e ele estava com trinta - ele definitivamente estava colocando a balança a favor das habilidades dele.
Muita gente riu de mim
Quando eu disse que podia fazer o que quisesse da minha vida
Foram muitos anos de vivência,
Muitos baldes de água fria na cabeça
Muitos goles a mais, alguns passos para trás
Só flagrando a cena
Eu aprendi o bastante pra poder sorrir
Pois ainda estou aqui, tentando conquistar o meu espaço
Com muito pouca condição
Mas a cabeça não abaixo
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso dos outros, tão mim-mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
Da sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio, ora vulgar ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comprazo, tiro glória
de minha anulação.
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