Textos sobre Tempo
O Tempo, meus amigos, o Tempo está roubando coisas de mim. Tamanha veemência e desatino, me lembram muito bem que, anos atrás, não era assim. O Tempo tem me ultrapassado, descompassado, fingido não se passar por mim. Decidi ter uma conversa com o Tempo para atarmos uma relação agradável e pedir mais uma vez que ele não me deixe apenas no passado.
Eu perguntei:
- Ríspido, o que tens contra mim?
O Tempo me respondeu:
- Estou farto de ser descuidado e ser usado como desculpa, fingindo que não me tem. Estou cansado de ser perdido em horas em vão. Estou cansado de ser perdido! Se você não tem tempo, tenha tempo para mim.
O Tempo, meus amigos, o tempo está roubando coisa de mim. Nesse nosso relacionamento, já dei adeus ao fôlego, às lágrimas, aos agouros; tamanha veemência e desatino, lembro-me muito bem, ainda não teve fim.
Tempo cruel
Ás vezes é necessário o tempo passar , e as pessoas saírem de nossas vidas , pra aprendermos a dar o devido valor e elas e ao tempo. E depois pensamos " Como era bom aquele tempo,eu era tão feliz e não sabia ! " Por isso, ame demais HOJE, seja muito feliz HOJE,aproveite demais HOJE. Por que o ontem só deixa as saudades. E saudade não trás nada de volta.
A relação com o tempo
Eu não escrevo todo dia.
Eu escrevo quase todo dia.
Quando escrevo, escrevo sobre todo o dia que passou...
Não escrevo por todo o dia,
mas pelo tempo suficiente.
As vezes levo
o tempo todo
que o dia tem.
As vezes o tempo leva
o dia todo
que a minha poesia tem
para passar a existir.
Mas com o tempo a poesia vem
e alguém num belo dia a recita muy bien.
A poesia embalada de tempos,
de ventos, de lembranças ocultas
e momentos...
Com o tempo se dissolve ao vento.
O que resta é a lembrança
de alguns versos
mal rimados.
O que resta é a esperança
de que o amor (ou um autor)
outra vez
recite algo.
Algo além do tempo.
Para tudo há procedência, por isto existem as leis, e quem não gosta delas, mas também não pode muda-las, sofre das consequências por não cumprí-las. Assim é o mundo socialmente, até mesmo de pontos de vistas naturais, em qualquer que seja o lugar, em qualquer que seja o tempo. Afinal de contas, onde se viu o fígado fazer o papel do rim? Ou a boca fazer o papel da orelha? Ou o boi dar leite no lugar da vaca? Ou mesmo a lua iluminar o céu porque o sol quiz tirar férias?
Faça a sua parte!
+Q crer
Olhando para a eternidade, não acreditei no sofrimento eterno, mas na morte do corpo sim. Vi que em tempo não determinado a alma também poderá ser extinguida, pelo esquecimento. Já o espírito, esse sempre foi e sempre será do Eterno. Acredito eu que estes três elementos nos formam como somos e para a eternidade o bom mesmo é cuidar do corpo disponível, agradecer pelo espírito em empréstimo e valorizar as lembranças na alma, sim, para os outros, mas principalmente para que essa não seja esquecida Naquele que realmente é Eterno.
Sem tempo para fazer
Não têm como educar
Permite acontecer
Espera o tempo passar
Ao tempo dá a semente
Pensa a vida cuidará
Não sabe o que vai colher
Esquece como plantar
Não percebe, nem vê
Como deve madurar
Precisa realmente
Aprender, saber cuidar
Não se deixe esquecer
Seu motivo de estar
Oportunidades têm
De direito ensinar
Seja polivalente
Os deveres, sim cobrar
Não sei se digo 24/06/2015
Não sei se digo
Tudo quanto eu sinto,
Ou se simplesmente mendigo,
Por dizer, tudo o quanto eu penso.
“Novos tempos, novos ventos”
Novas luzes, novas ideias,
Quis a vida me encostar nos cantos
Por isso sobrevivo-me das doces lágrimas.
Não foi por ter me calado
Ou por sentir o que eu não podia dizer,
Foi por dizer o que sinto e ter guardado
As minhas doces palavras nestes poemas.
Haaa! Se eu pudesse revelar
Se os centavos me bastassem para poder editar,
A alma de Nelson Bandela, descansaria em paz
E as palavras de Alda culminariam, eu sou capaz.
“Há tempo para tudo. “
Sim! Só não há um tempo para o tempo,
Por tanto esperar fiquei mudo
Então, eu não posso dizer, eu vou escrever.
Autor: Ezeqeuiel Barros
Estilo: Indo, vindo e vivendo.
Um tempo mais 26/11/2015
Cheguei a abismo
Desta vida iludida,
Com os olhos de quem mi viu
Vindo de longe, lá do nada.
Lá na inocência do Monge
Fazendo do sorriso o Buda,
Regalando o meu alto estima
Na face daquela gente que comigo foge
Desta guerra emocional, que se aproxima.
Mais um tempo
Para o meu tempo,
Mais uma vivencia
Para a minha inocência.
Eu quero levar o meu tempo
De tempo a tempo, ao andar do tempo,
E trazer a este novo tempo, bons momentos
Dando ao amor um tempo mais.
Autor: Ezequiel Barros
Estilo: Indo, vindo e vivendo.
Nos teus olhos. 20/04/2019.
Bem dentro dos teu olhos
Onde a chuva molhou,
E do adeus também inondou
Os meus dias solitários.
Essas mesmas pálpebras
Que limparam os teus olhos sofridos,
Pestanejaram de dores lagrimantes
Quando ao despedir, dissestes essas palavras.
Como seta em direção ao sucesso
Olhaste sobre os meus olhos a vida,
Onde fizeste nascer em mim os teus heterónimos.
E ando na direção por te dada
Como o rio procurando o mar
E como o tempo que nunca para.
Feliz aniversário Martinho Pita, felicidades Pai.
A vida é uma viajem de trem
A vida muito se a semelha a uma viajem de trem, com embarques e desembarques, pequenos acidentes de percurso e surpresas agradáveis, desembarques tristes e ainda aqueles que tomam o trem a passeio ganham nossa confiança nosso carinho e se vão nos deixando apenas um sentimento de decepção... também os que permanecem todo o trajeto ao nosso lado enfim para uns uma longa, para outros breve viajem.
Um casal de Marte pousando na lua,
Sentimentos em ebulição, uma energia que atrai, atração mútua.
Um beijo que arrepia, corpos suplicam, corações em combustão.
O sentimento além dos astros, um encontro sideral.
Nessa viagem cósmica, emoções confusas,
E assim, no infinito do espaço-tempo, eles se encontram,
Numa sintonia perfeita, como se o universo conspirasse a favor.
Entre estrelas cadentes e cometas a cruzar,
Esse casal de Marte que pousa na Lua, seu destino a desvendar.
Em cada abraço, sentem a força de uma gravidade única,
Atraindo-se irremediavelmente, numa conexão cósmica.
E nas noites enluaradas, juntos dançam ao som do universo,
Eternizando esse encontro, nesse sentimento tão imerso.
👽💚
Às vezes penso que eu queria ter mais tempo. Mais tempo pra ver um filme no Netflix, mas já são 23 e amanhã acordo muito cedo. De manhã, queria ter mais tempo pra ficar no banho relaxando. Mais tempo pra ficar no café da manhã conversando. Mais tempo pra passear com meu cachorro. No trabalho, queria ter mais tempo pra fazer as coisas. Me preparar. Estudar. Mais tempo pra almoçar. Às vezes, quando o circo aperta, desejaria que o dia tivesse umas 53 horas. Ou mais. Ao sair do trabalho, queria ter mais tempo pra encontrar um amigo. Pra ir ao cinema. Pra namorar. Mas aí a noite cai e eu queria ter mais tempo. Mais tempo pra ver uma série antes de dormir. Mas o despertador toca. Puxa vida. E tudo o que eu queria era ter mais tempo para dormir e descansar. E no trabalho, desejaria ter mais tempo para escrever um artigo que está estourando o prazo. Mais tempo pra estudar inglês. Mais tempo pra me preparar pro futuro. Ao sair do trabalho, gostaria de ter mais tempo pra me exercitar e ter o corpo dos sonhos. Mais tempo pra curtir minha vida. Mais tempo pra viajar. Só queria mais tempo. No fim de semana queria ter mais tempo pra ficar com meus pais. Mais tempo pra conversar com meu irmão e filosofar sobre a vida. Mais tempo pra encontrar todos os amigos que, com suas agendas lotadas, só ficamos no: “vamos marcar algum dia! Estou tão sem tempo!” Gostaria de ter tido mais tempo pra curtir minha infância. Minha vida de criança, onde a preocupação era brincar. Mais tempo na época da escola, os melhores anos da vida, em que tudo parecia tão longe de chegar. Mais tempo pra ver as estrelas, ou me demorar pra ver o mar... mais tempo. Somente mais tempo. Acontece que, se eu tivesse mais tempo, nada iria ser tão importante assim. Tudo poderia esperar, e ficar pra depois. Então o tempo me faltaria novamente. O que não nos damos conta, é de que temos tempo suficiente. Sempre temos, até o dia em que esse tempo realmente terminar. E nunca sabemos quando o tempo de ir pra sempre vai chegar. Por isso, enquanto há tempo, teremos tempo. Talvez não para tudo, mas sim para o que é importante. Tempo para amar sem medida enquanto é tempo.
Queremos ter mais tempo para tudo. O que não nos damos conta e de que somos passageiros. E assim como o tempo, também iremos passar.
O sol sobrancelha o mar
O mar se espalha na terra
A terra esconde meu caminhar
E meu caminhar me leva a sonhar.
Os sonhos de um dia ser
Como uma jangada a deriva
Sem a dor da despedida
Navegando a viver.
Na escuridão a desvanecer
Sem o sol anunciar que vai nascer
Sem água na fonte, sou horizonte,
A luz do amanhecer.
Os rios passam cristalizando as areias desertas,
e as aves bordam despretensiosas o céu azulado.
As noites são frágeis abrasadoras chamas de velas,
que se apagam ao relento dos ventos,
e que se afugentam rapidamente,
por debaixo da sombra do amanhecer.
Viver é uma densa loucura,
nostalgizando as manhãs mau nascidas,
e ensolarando as noites indormidas,
que se abrasam no casulo do tempo,
- esperando nascer.
O Sono e o Tempo: em suas dimensões...
O sono coexiste em duas dimensões: existe no desejo corporal de descanso e no tédio da abnegação. O primordial é o congênito, é a necessidade natural do indivíduo. Porém, o secundário é um estado de consciência. Deparando-se em determinada ocorrência na escola, diversas vezes você já há de ter dito que adormeceria ao chegar em casa, em virtude da circunstância de supostamente estar com muito sono. Pois bem, é extremamente faltoso declamar coisas provocadas por sensações momentâneas ou sentimentos extremos. Palavras ditas por intermédio destas coisas somente ostentam que, no caso, o sono era unicamente uma saída para o tédio, e não realmente uma necessidade corporal do instante. Devido a isso, que ao sair da escola e chegar a casa, o sono (muitas vezes) simplesmente desaparece. Isto ocorre justamente em consequência do desaparecimento do tédio. Assim igualmente, se equivale aos demais casos em que (o tédio) implica-se em consequências homogêneas. Em contingência de estarmos impossibilitados de dormir, ou por o lugar ser inapropriado, ou por não ser lícito; qualquer distração envolvente fará com que, ou o sono diminua, ou "adormeça".
O tempo, da mesma maneira, funciona deste modo, e também em correlação ao tédio. Algo que minha mente jamais irá engolir e digerir são o fato de, por exemplo, sessenta minutos quaisquer do dia durar menos ou mais que outros sessenta minutos ANÁLOGOS. Ou ainda, sessenta minutos durar menos que trinta. Como eu já disse outrora, não é novidade para ninguém dizer que o tédio "desacelera" o tempo, e o entretenimento, o oposto. Enfim, tenho uma perspectiva no que concerne a isto, perspectiva esta que supõe que instantes deste entretenimento são como se estivéssemos dormindo, mas não somente dormindo, e sim dormindo confortavelmente; e momentos tediosos, consequentemente, como se estivéssemos dormindo desconfortavelmente. Não é à toa que uma noite bem dormida passa rapidamente, e uma noite mal dormida, vagarosamente. Noite mal dormida nesse contexto (e, talvez, em outros) seria aquela na qual acordamos em diversos momentos, naturalmente. Mas agora reflitam: não há alguma correspondência assustadora? Desde que tenho consciência de ser eu, este é um assunto que muito me inquieta, e estou ciente de que não é um assunto proveitoso (mas talvez possa ser), mas é indiscutível que é um assunto muito interessante. O tempo existe tal como é, mas são mínimos os momentos, em nossas mentes, em que este apresenta tal exatidão. A única forma de este apresentar-se idêntico em todos os seus momentos é permanecer olhando para o relógio. Este é o real tempo do tempo. Porém, seria no mínimo muito tedioso, e ninguém jamais teria vocação e vontade para isto. O tempo é real em sua essência, mas nossas mentes o fazem oscilar de acordo com nossas sensações e sentimentos.
Bancos e Dados
Em um banco ouço histórias
daquelas tão mundanas
historietas perpetuárias
oblíquas ou insanas.
Em dados faço contas
complexas e enigmáticas
que abragem todas as áreas
história,filosofia e matemática
Eu sei que tudo é abrangente
num mundo tão exuberante
mas vendo ao redor da gente
isso é de fato tão emplgante.
Na verdade não é nada disso
não é sobre bancos
não é sobre dados
é sobre o tempo
é sobre a vida...
A gente sempre acha que tem tempo suficiente para tudo.
E nesse meio tempo, mais fugimos de nossos objetivos do que corremos atrás.
Como se pudéssemos utilizar nossa perda de tempo como desculpa.
Apenas para camuflar cada gota de incerteza que tomamos como medo.
Você pode não ter mais nada a perder, mas abrirá mão de tudo para não perder nada.
Seduzido plea ilusão de que outro dia será melhor, ou mais fácil, do que hoje.
E o que sabemos sobre o futuro? Nada.
A não ser que o recheamos de esperança e pronto. Agora é só esperar.
Deveríamos chama-lo de presente. Não pelo o tempo em que vivemos nele. Mas pela forma com a qual o queremos.
Embrulhado, com fitas e entregue em nossas mãos.
Ó tempo que tudo mudas...
Amores em desamores,
Luxúrias em paixões,
Alegrias em dores,
Conflitos em perdões
Ou aflitos em salvadores de fraca salvação...
Ternuras em obsessões,
Que viraram feijões
Porque algo cresceu e a coisa não se deu...
Casinhas em mansões,
Caminhadas em uniões,
Porque o amor uniu o que ainda ninguém viu...
E telas em pintores,
Mudos em tenores,
Pedras em corações
Ou gigantes em anões que perceberam...
Que o tempo não muda
O que é verdadeiro...
Tenebrosos segredos
São noites cálidas, escolhidas a dedo
Em que a lua curiosa, depois floresce,
Porque enxerga o tenebroso segredo
Nosso, e que o mundo desconhece!
Somos tal avidez e vontade cobiçada,
Como culpados que imploram perdões,
Enquanto carne fraca é entrelaçada,
Comungando sigilo e firmes ereções!
Ó tempo, reduz à noite a velocidade,
Pra que entre o pôr e nascer do sol,
Todas as ganas e sedes da saudade,
Sejam acolhidas por baixo do lençol.
Ó tempo, sê nosso amigo e amante
Até c'o dia brote e luz se levante!
William Contraponto: 20 anos de Colaboração Com o Pensamento Crítico e Livre.
William Contraponto é poeta-filósofo, escritor e ensaísta, conhecido por uma produção literária marcada por densidade reflexiva, crítica social e existencialismo. Ateu e humanista, constrói seus versos como espelhos desconfortáveis, que questionam certezas e provocam inquietações. Ao longo de sua trajetória, atua também como articulista e cronista, escrevendo para veículos de comunicação impressos e digitais há pelo menos 20 anos, abordando temas que vão da literatura à filosofia, do comportamento à análise política.
Contraponto transita entre a poesia e o pensamento ensaístico, recusando dogmas e abraçando a liberdade de expressão como fundamento de sua arte. Suas obras circulam em países de língua portuguesa e espanhola, algumas traduzidas, conquistando leitores que se reconhecem no tom crítico e lúcido de sua escrita. Mais do que oferecer respostas, William Contraponto se propõe a cultivar perguntas — e a devolver ao leitor o direito de pensar por si.
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