Textos sobre o Soldado e o Amigo
Os galhos estão secos e é difícil imaginar de novo a copa da árvore em roupagens prósperas. Os olhos cansados e vacilantes só conseguem ver o que é fato. E de uma forma aumentada, a secura e a devastação. Mas no fundo sabe, não é destruição. É cíclico, eu sei. E também sei do viço do verde vital, e do sabor na língua do doce que me faz salivar da cria que vem dela. Volta. Os dias de queda e de renovação vão e vem. A flor que brota, a folha que cai. Vão e vem. O que sempre precisa permanecer é a espera e a certeza da esperança, que com força ou sem força, logo ou tardia, sempre chega. Uma hora chega. E permaneço esperando a minha chegar.
No jarro em cima da mesa, flores de corte que já passam de uma semana. Algumas direcionadas a janela, exalam perfume que manifesta vida. A suave luz as manteve ainda de pé. Quando giro de leve o jarro, encontro algumas murchas, que mesmo do lado das sombras, já não mas com tanta força, esbanjam um perfume discreto mesmo exibindo seu próprio cenário fúnebre. Elas já encarnavam a não vida. E estranhamente, mesmo estando no fim, mesmo coberta por sombras, o seu perfume ainda é perceptível. Em um mesmo jarro, dois lados. Que cumpre de forma orgulhosa o seu papel. Uma em condições favoráveis, outra em desvantagem. E naquela que já padecia, encontrei a força que sempre lhe era residente. Totalmente murcha e perdendo a cor, mas não deixando de encantar. Afinal, até mesmo quando as pétalas se vão, o perfume da beleza também nos encontra.
No amor também se aprende. No amor também se cresce. A gente se perde em acreditar que é só na queda e no rasgar dos joelhos que fazem os nossos músculos se esticar. A cicatriz medonha nos faz lembrar do sabor amargo e por isso tudo se torna mais enfático. Porém, o amor também nos marca de diversas formas. A diferença é que o seu toque é suave como o vento no crepúsculo do verão. Toca, te molda, e ainda deixa a pele que veste teus ossos intacta, e ainda assim, não mais a mesma.
Aprendi que verbalizar onde dói não necessariamente será aberto espaço para colo. Navegando nessas nuances, ficamos totalmente dependentes do ouvido que nos ouve. Se ele está limpo, verdadeiramente aberto, encontraremos mesmo que um simples conforto. Mas quando as portas estão fechadas e sua principal segurança é a ofensa, o espaço é aberto para a inferiorização dos sentimentos colocados sobre a mesa. A fala é sempre importante. Mas, depende muito de quem se fala. Depende muito do ouvido que se ouve.
Vou catando a felicidade em cada algodão que uso para limpar as feridas que ainda teimam em sangrar. Nas asas de uma libélula, vou tentando encontrar essa liberdade da pressa de encontrar um feitiço, um antídoto, que cure com mais pressa as feridas que os fantasmas fizeram se alastrar sobre a pele vistosa que tinha. Não, não preciso ter tanta pressa por esse dia. Afinal, em alguns casos, ele nunca chega. É preciso buscar e com coragem encontrar essa paz miserável em meio aos algodões manchados de vermelho.
É um voo livre. Finalmente descobri. Depois de tanto que me mantive engaiolada com o passado de cárcere ensinado. É um voo livre e vou mesmo com as asas cortadas, todas picotadas, com pontas ensanguentadas, por tesouras desamoladas de quem não aceita o que precisa crescer e partir. É um voo livre, depois de muito tempo, finalmente descobri.
Ando também aprendendo o silêncio. Hoje entendo que quando uma tempestade parece querer se aproximar, preciso manifestar a calma, para com doçura olhar bem dentro do olho do furacão. Aprendi que, assim, posso escolher se será uma luta que vale a pena travar. Se será uma tempestade, que na rua, enfrentarei seu despertar. Mas quando se descobre certos silêncios, às vezes é necessária essa busca por um teto. Essa busca por se acolher e se proteger do mundo caindo sobre sua cabeça. Não, não vale a pena enfrentar certas tempestades e sair delas toda ensopada. Não, não vale a pena logo após pegar um resfriado. Quando se escolhe o que de fato vale a pena ser travado, se torna menos pesado viver vestindo a própria pele. Mesmo que nesse silêncio seja preciso ocasionalmente, engolir o próprio vômito.
Esse tempo que voa, volta trazendo consigo algumas respostas que ficaram emergidas com grandes interrogações em perguntas que pensei nunca haver uma justificativa. Algumas delas vem dançando na rua, tirando o peso da alma de um dia estar perdida com perguntas por vezes incompreendidas. A alma se expande, e às vezes a vida responde. Mas tem respostas que podem permanecer perdidas. Uma vida inteira. O que resta é a espera. Buscar a espera, sem deixar pesar os ombros. Sem deixar a vida passar como vento sobre seus olhos. Que a vida seja bondosa ao ouvir minhas palavras que se atravessam entre si, cambaleando, tentando encontrar respostas até mesmo para o que nem mesmo vivi. Com o tempo que vem a de conter algumas respostas que um dia aguardei.
Como uma borboleta, a minha metamorfose ainda não está completa. Sigo caindo em tropeços, arrancando curativos e enganando o meu corpo dos processos que ainda irei passar. Árduos processos, mas tão importantes para cada instante de minha transformação. O passado calejado de dor, acrescenta em minhas futuras histórias uma coroa de vitória. Despejando o que é mau, controlando o caos e criando algo bonito em tudo isso. Acho que é dessa forma que quero ser lembrada. São pequenos fragmentos de minha transformação.
Meramente ilustrativo reconhecer as mudanças que são partidárias de dentro pra fora. As lacunas que sobrevivem a grandes marés de emoções carregadas consigo de solidão e cores perfurantes de um coração pequeno, mais grandemente enganoso, envenenado de ilusões. Tem dias que são carregados de um cinza frio, com chuvas em formas de lágrimas e o corpo pronto para aconchegar-se em uma poltrona quente. O aconchego do vazio transborda pela coberta que afaga a pele avermelhada, pronta e aberta para a esperança de que dias com céus azuis virão. Muito em breve.
A liberdade me dá as mãos todas as vezes que escolho ser eu mesma. Ser livre adentra de encontro a escolha. A não ser imutável, muito menos me prender a coisas, pessoas ou vícios que com o tempo, por partes, irão me destruir. Ser livre é somente ser. Ser no simples, no plural, no singular. É não precisar de muito. É se contentar, mas manter sempre um coração sonhador.
Mergulho onde meus pés não encontram o controle. Afundo na distância onde os olhos não veem nenhum rastro de luz. Parece perdido, mas é onde me acho. Me acho na pele, no som, na cor, na forma, na dança. Danço na escuridão das águas que já estão sobre a minha cabeça e na lama que me prende ao chão. Como uma flor de lótus, me purifico e renasço.
Carregar nas costas a conexão que nos lembra de ver beleza nas coisinhas pequenas, na insignificância. A magia que nos lembra que a vida é um eterno processo de transformação e renovação. É sendo o que apenas se é. É tirando toda bagagem que carrega o que não se precisa mais. É limpando as lentes todos os dias que se vê melhor, que desfaz de si o que invalida o outro. É retornando para si, e esvaziando de si, e se enchendo de novo. É dando espaço mais para luz e aos pouquinhos, em pequenos passinhos, removendo as sombras que encontramos o espaço mágico da sabedoria.
Vocêtem tantos lugares novos para viver, não more naquilo que não existe mas, isso vai destruir você. Entenda, encerramentos de ciclos são necessários para que possamos encontrar algo melhor, precisamos deixar as coisas fluírem naturalmente, respeitando o tempo e entendendo que o quer for para ser nosso, chegará até nós.
É solitário, frio e apertado. Enquanto os olhos se mantêm fixados e os pés vacilantes parecem nadar sobre a escuridão. Sombrio e caótico. Sua mente te faz acreditar que esse ciclo nunca vai acabar, que o eterno se abraça a ele. Ali em silêncio você se lembra também que não foi fácil ser lagarta. Que não foi fácil se rastejar, ser pisoteada. A vida é dessas, às vezes te dar uns socos no estômago. Guarde a esperança, é o que dizem. Mas a vida também é um grande "descobrir-se". Só os atentos entendem, percebem. Não os que fixam os olhos nos outros, mas em si mesmos. Afinal, é dentro do casulo que a gente mais se encontra, se descobre, se entende. A gente encontra nossa luz, mas também a nossa escuridão. Mas um dia, se trabalhar muito bem nisso, reajustando as nuances a gente sai desse casulo, mais belos do que nunca. A gente encontra os céus.
Se comprometa com você, com seus sonhos, com sua verdade. Não espere coisas grandiosas que partam dos outros, afinal, de alguma forma, tudo que temos somos a nós mesmos. Não dá para mudar aqueles que te ferem, nem esperar que lhes entregue amor, só quem encontrou dor. A única que você pode mudar é a você mesmo. A única que você consegue controlar as palavras, ações e sentimentos é a si mesmo. Lembre-se.E que essa mensagem não se perca no caminho.
Se o caminho ainda te entrega o inverno e o que restam nas árvores são os galhos secos te proponho a olhar a volta, segurar a mão de quem ama, e continuar. Caminhe calmamente sentindo intensamente o frio que percorre as suas veias. Mas sempre com olhos abertos, bem atentos em busca das cores em dias cinzentos. Eu sei, pode ser que com as vistas embaçadas não veja. Mas em oculto, a primavera está bem ali próximo a desabrochar.
Sim... hoje eu completo mais um ano, mas não é só mais um ano, ou só mais uma vela, hoje me passou um filme pela cabeça, de tudo que eu passei durante esses anos, pessoas que passaram em minha vida, mas foram tipo um vento, outras que passaram pela minha vida e resolveram ficar e não sair mais, sou grata a cada momento que vive, a cada risada, a cada sorriso e principalmente a cada queda por que foram elas que me fizeram me tornar a pessoa que sou hoje, gratidão a mim, gratidão ao mundo gratidão a vida, que venha proximo aniversário para mais amadurecimento, obrigad tempo, obrigada vida❤
Ao suicida a morte é a única forma de se livrar de seus problemas; Aos que amam viver a morte não ensina, apenas prova que viver é o único meio de aprender. A fuga não é a solução mais sensata para quem está preso numa cela desde que nasceu. O corpo não é uma prisão, a vida não é uma prisão, mas sim o que o homem faz dela. Só nos sentimos presos e doentes em razão do que o homem fez para tentar obter controle sobre a terra e tudo o que há nela. A sabedoria do homem o levou a lua, mas não o trouxe de volta para sua verdadeira liberdade. Visto que a liberdade necessita de confiança divina, o ser humano se sente inseguro demais pra dizer: Voe da forma que desejar. Porque sabem que o que ensinam no mundo é pura ilusão, é a forma de manter os homens presos em suas próprias celas e pagarem por elas e seus alimentos, e assim manipularem uma falsa liberdade, que ensinam nas escolas, desde sua infância. É injusto aprender uma mentira e crescer sem nenhum alicerce real do que realmente se trata a vida. Por isso, é necessário ser forte para permanecer vivo por mais tempo e trabalhar muito. E quem se destaca no mundo dos negócios recebe um prêmio do próprio homem: O poder da influência. Sócrates veio ao mundo antes de Jesus e foi condenado à morte por falar de liberdade, e não de como se manter preso na cela vazia, escura e covarde da manipulação. Sócrates preparou o povo pro que viria mais à frente. Vejam, as pessoas se tornaram tolas, não falam mais de liberdade, apenas de ilusões, ou seja, do que o dinheiro pode comprar. Mas não se esqueçam, que dinheiro algum compra sua liberdade e a liberdade de toda a população. Os humanos manipulam as palavras de Deus e de sábios para permanecerem no controle, mas não compreendem a verdadeira essência da liberdade. O que adoece o coração humano e põe maldade em seu pensamento é a forma que são obrigados a fazerem dia após dias as coisas que não querem para se manterem vivos por mais tempo e cuidarem de suas famílias. O amor à Deus e ao próximo é o verdadeiro limite da liberdade humana.
Algo me diz que preciso correr. E é o que as minhas pernas desejam fazer. Mas já sei que no meio do caminho, embalada pelo desespero, e ainda sem preparo, cansarei muito mais rápido se tivesse escolhido caminhar admirando o percurso trilhado. Essa velocidade inumana inventada por quem procura andar com calma só fará com que tropece um pé sobre o outro. Só terá queda e arranhões no joelho. E no levante, é sempre possível recuperar o caminho. A gente acha que quando a gente corre e o desespero está infundado nos olhos, a gente chega mais rápido, mas na verdade é o contrário. É a paralisação que encontramos na próxima esquina. E no final correr, parece que não serve para nada. Só está ali para deixar nossas pernas ainda mais cansadas. E para fazer perder a beleza emergir nos olhos.
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