Textos eu Preciso

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E depois de um tempo eu entendi que esquecer não significava ignorar uma chamada no telefone, nem evitar reencontros casuais. Eu descobri que quando você esquece, atende o telefone e sua voz não falha, que reencontros casuais não mais faziam as pernas tremerem. Eu descobri que o lado mais triste do amor, é não sentir mais nada.

Ninguém é igual a ninguém, eu sei. Não posso querer que você seja de um jeito que não é o seu. E se eu gosto, tenho que gostar por inteiro. Mesmo com defeitos, mesmo com passado, mesmo com tudo. Eu também tenho a minha história, com partes bonitas e feias. E quando duas vidas se cruzam, com tudo de errado e certo, é a gente que escolhe ficar. E foi essa a escolha que nós fizemos. A gente tinha tudo pra dar errado. Mas demos certo.

"A escolha é possível, em certo sentido, porém o que não é possível é não escolher. Eu posso sempre escolher, mas devo estar ciente de que, se não escolher, assim mesmo estarei escolhendo. Contudo, viver é isso: Ficar se equilibrando o tempo todo, entre escolhas e consequências."

Ás vezes quando estou dando aula.. Um menino leva um golpe e então começa a chorar. Eu pergunto para ele " Você se machucou ou se magoou?" Se ele se machucou, eu o levo para casa. Mas se ele se magoou... "levante e volte para o tatame" Você tem que descobrir se está magoada ou se está machucada.

Eu não tenho medo de perder você, isso nunca foi medo. Nem eu nem você morreríamos se amanhã a gente chegasse a um acordo de que não dá mais pra ficar juntos. A vida seguiria do mesmo modo, do mesmo jeito, com as mesmas contas pra pagar, com o mesmo trabalho nos esperando, o mesmo café esfriando em cima da mesa todo dia, o mesmo jornal com notícias diferente. As programações continuariam as mesmas, os carros continuariam enchendo as ruas, o barulho, a fumaça, as pessoas passando por nós e nos dando bom dia, com a diferença de que faltaria um bom dia na nossa vida. Os amigos continuariam os mesmos, talvez um ou outro mudaria o jeito com você, e nem seria por julgamento, mas por solidariedade para com o outro, mas nada, nada determinaria que a nossa vida terminaria ali, que não seguiríamos em frente, com novos projetos, novos planos, novas experiências, novos amores, mesmo que vez ou outra a memória ainda buscasse algo perdido. Nada sairia do lugar, o giro da terra em 360 graus ainda seria 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e 9 centésimos, e dentre todo este tempo, a gente não se veria mais, e é tão estranho pensar isso, porque de certa forma quando você coloca algo como especial na sua vida, você não impõe aquilo, não chega com um revólver no coração e diz: Escolha este! Não, o coração é o nosso órgão mais valioso, e ao mesmo tempo o mais independente e desobediente que existe, é o tal órgão descontrolado, variável, irresponsável, e chega ser engraçado o fato de que o maior responsável por nossas vidas é justamente ele. Quando ele coloca alguém pra dentro, nem dinheiro, nem força de vontade, nem um santo pode ajudar a tirar, isso é coisa de pele, é uma química que não se explica, e sim, o coração é teimoso sim, mais teimoso do que uma porta velha. Coração é fonte de amor, talvez por isso jorre tanto o dia todo. Então, se a gente um dia se cansar, não quer dizer que a vida não vai nos voltar a sorrir, não vai nos fazer ser felizes com o que escolhemos, significa apenas que não podemos mais ficar juntos. Sabe, eu não tenho medo de perder você, eu apenas não vejo sentido do porquê não podemos continuar na mesma estrada, juntos, de mãos dadas, coração com coração. E quer saber mesmo, eu não tenho medo de perder você, eu só não quero perder você, apenas isso.

Enquanto houver amor não vou desistir. Enquanto houver vontade de estar junto eu vou insistir. Enquanto houver necessidade do abraço, desejo do beijos, intenção de ser feliz, eu vou prosseguir. Enquanto houver sonho, fantasia, atração, planos, eu vou persistir. Enquanto houver esperança eu vou permanecer, continuar, vou sustentar. Eu não fiz nada para esse amor despertar, mas faço de tudo para não se acabar.

Estou à procura de um livro para ler. É um livro todo especial. Eu o imagino como a um rosto sem traços. Não lhe sei o nome nem o autor. Quem sabe, às vezes penso que estou à procura de um livro que eu mesma escreveria. Não sei. Mas faço tantas fantasias a respeito desse livro desconhecido e já tão profundamente amado. Uma das fantasias é assim: eu o estaria lendo e de súbito, a uma frase lida, com lágrimas nos olhos diria em êxtase de dor e de enfim libertação: “Mas é que eu não sabia que se pode tudo, meu Deus!”

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Crônica O livro desconhecido.

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Felicidade é uma vibração intensa, um momento em que eu sinto a vida em plenitude dentro de mim, e quero que aquilo se eternize. Felicidade é a capacidade de você ser inundado por uma alegria imensa por aquele instante, por aquela situação. Aliás, felicidade não é um estado contínuo, felicidade é uma ocorrência eventual. A felicidade é sempre episódica. Você sentir a vida vibrando, seja num abraço, seja na realização de uma obra, seja numa situação, por exemplo, em que seu time vence, seja porque algo que você fez deu certo, seja porque você ouviu algo que você queria ouvir. É claro que aquilo não tem perenidade, aliás, a felicidade se marcada pela perenidade seria impossível. Afinal de contas nós só temos a noção de felicidade pela carência. Se eu tivesse a felicidade como algo contínuo, eu não a perceberia. Nós só sentimos a felicidade porque ela não é contínua. Isto é, ela não é o que acontece o tempo todo, de todos os modos. A ideia de felicidade sozinha ela teria que ter uma questão anterior: se é possível viver sozinho. Que como a felicidade pelo óbvio só acontece com alguém que viu ou está e viver é viver com outros e outras, como não é possível viver sozinho? A possibilidade da felicidade isolada, solitária é nenhuma. Pra que eu possa ser feliz sozinho eu teria que ser capaz de viver sozinho. Mesmo a literatura, como Robson Crusoé, por exemplo, que lida com um homem que está só, mas ele está só depois de ter vivido com outros. Ele trás as outras pessoas na sua memória, na sua história, no seu desejo, no seu horizonte. Não há, não há história de ser humano em que ele tenha sido sozinho da geração até o término. Se assim não há, não há possibilidade de se ser feliz sozinho. Nos últimos 50 anos do século XX, nós tivemos mais desenvolvimento tecnológico do que em toda história anterior da humanidade. Todos os 39.950 anos anteriores, desde que o homo sapiens era sapiens, sapiens sapiens na classificação científica, foram menos do que os 50 anos finais do século XX. Seria a redenção da humanidade. Uma questão: as questões centrais permaneceram. Quem sou eu?, pra que tudo isso?, porque eu não sou feliz apenas quando possuo objeto?, porque o mal existe?, porque que eu não tenho paz em meio a tanta convivência? Nesta hora, não só a religiosidade, ela sofreu um revival, como a filosofia passou, de novo, a ser interessante. E aí claro, a filosofia como autoajuda, a filosofia como autoconhecimento, a filosofia como auto capacidade, a filosofia como prática sistemática. E de repente a gente tem no final do século XX, em vários lugares do mundo e no Brasil também, casas pra estudar filosofia; procura de cursos de filosofia. Nós somos o único animal que é mortal. Todos os outros animais são imortais. Embora todos morram, nós somos o único que além de morrer, sabe que vai morrer. Teu cachorro tá dormindo sossegado a essa hora. Teu gato tá tranquilo. Você e eu sabemos que vamos morrer. Desse ponto de vista, não é a morte que me importa, porque ela é um fato. O que me importa é o que eu faço da minha vida enquanto minha morte não acontece, pra que essa vida não seja banal, superficial, fútil, pequena. Nesta hora, eu preciso ser capaz de fazer falta. No dia que eu me for, e eu me vou, quero fazer falta. Fazer falta não significa ser famoso, significa ser importante. Há uma diferença entre ser famoso e importante. Muita gente não é famosa e é absolutamente importante. Importar; quando alguém me leva pra dentro, importa. Ele me porta pra dentro, ele me carrega. Eu quero ser importante. Por isso, pra ser importante, eu preciso não ter uma vida que seja pequena. E uma vida se torna pequena quando ela é uma vida que é apoiada só em si mesmo, fechada em si. Eu preciso transbordar, ir além da minha borda, preciso me comunicar, preciso me juntar, preciso me repartir. Nesta hora, minha vida que, sem dúvida, ela é curta, eu desejo que ela não seja pequena.

É isso que eu gosto em você, seu realismo, sua espontaneidade, sua falta de modos. É isso que eu acho bonito numa pessoa, você vive sua vida, aceita suas limitações, não dá muita bola para o que os outros vão achar. Às vezes eu acho as pessoas tão igualmente diferentes, sempre pendurando arengas no pescoço e fazendo um esforço tremendo para parecer legal. Você é você. Estou certo que existem almas formidáveis por toda a cidade, mas se eu fui gostar logo de ti, isso quer dizer alguma coisa.

Eu queria mudar meu país. Queria que o vestibular fosse justo, que o imposto fosse bem utilizado, que os políticos parassem de fingir que não roubam e que a população parasse de fingir que não sabe. Na verdade eu queria mesmo tudo aquilo que eu vejo nos livros de história, daquela época em que existiam pessoas corajosas. Queria sair nas ruas com centenas de estudantes e exigir tudo isso de quem foi eleito com esperanças de uma vida melhor. Queria que a saúde e a educação estivessem ao alcance de todos, que pessoas parassem de se espremer em favelas porcas e tivessem casas de alvenaria, que ninguém precisasse ter uma fome maior do que aquela básica entre o almoço e o jantar.

O meu melhor talvez nem seja tão bom assim. E as coisas que eu conquisto nem sempre eu consigo valorizar. O que eu tenho de mais bonito é invisível aos olhos, e as coisas que eu gosto nao são as mesmas que eu quero. Meus maiores amores foram os mais curtos, e minhas piores decepções as que eu menos lembro. Sou inconstante demais pra dar certezas, mas forte o bastante pra ser sincera. Por isso qualquer coisa minha deve ser colocada entre parênteses, senão, corre-se o risco de graves enganos. E já houve quem quisesse consertar esse meu jeito "let it be", até perceber que não há nada pra ser consertado. Não sou soluto, sou solvente.

Você vai me dizer que a vida é assim mesmo e me provar que eu sou só mais uma apaixonada patética que não se cansa de testar o limite de sofrimento que suporta. As suas respostas eu sei decor e você não se esforça pra me surpreender. Mostrando que não se esforça mais pra nada que seja por mim. A que ponto cheguei.De novo me atirando nesse esgoto pra tentar consertar as coisas que já foram pelo ralo. Me vejo tão boba. E tão corajosa. E tão insistente. É bom ser corajosa, mas preciso aprender a ir embora. Essas tuas partidas doem tanto. E eu continuo aqui, parada e dolorida te escrevendo minhas loucuras. Vou saber lá em que braços você anda se jogando por aí e que promessas você tem feito por aí. E eu aqui guardando meus braços e promessas pro fim do mundo. Que com certeza vai chegar antes de você. Volta pra mim o caramba. Preciso parar com essa mania de te amar, e começar a me amar um pouco mais.

Quando você não esperar vai doer. E eu sei como vai doer e vai passar, como passou por mim e fazer com que se sinta assim: Como eu sinto, como eu vejo, como eu vivo, como eu não canso de cantar. Eu sei que vai ouvir. Eu sei que vai lembrar e vai rezar pra esquecer! Vai PEDIR pra esquecer! Mas eu não vou deixar. Eu NÃO vou deixar!

Que eu possa respeitar opiniões diferentes da minha. Que eu possa me desculpar antes do ódio. Que eu possa escrever cartas de amor de repente. Que eu possa viajar para adorar a distância. Que eu possa voltar para dizer o que não tive coragem. Que eu pense em meu amor ao atravessar a rua. Que eu pense na rua ao atravessar o amor. Que eu dê conselhos sem condenar. Que eu possa tomar banho de cachoeira. Que eu seja a vontade de rir. Que eu possa chorar ao assistir filmes. Que eu não seduza para confundir. Que eu seduza para iluminar. Que eu não sacrifique a confiança pela covardia. Que eu tenha dúvidas, melhor do que certezas e falir com elas. Que eu faça amizades falando do tempo. Que eu possa brincar mais com meu filho sem contar as horas. Que eu possa amar mais sem contar as horas. Que eu use somente as palavras que tenham sentido. Que eu prove a comida nas panelas. Que transforme a raiva em vontade de me entender. Que eu possa soltar os vaga-lumes que prendi em potes. Que eu me lembre de ser feliz enquanto ainda estou vivo.

Quantas vezes eu não senti vontade de sair do corpo e encarnar um objeto sem vida. Um lápis, talvez, ou qualquer coisa inanimada, silenciosa, parada, sem vida. Pois era assim que eu me sentia. Mas passou. Eu chorei, as lágrimas acabaram, tudo acabou. Meus olhos secaram e eu descobri a inutilidade de chorar por coisas que não valiam a pena. A dor é igual um barco que você observa da praia, parece que está parado, você se distrai com outra coisa, e quando vai ver o barco está longe. Se você estava sentindo uma dor quando começou a ler isso, agora ela é menor do que antes. É difícil de acreditar quando se está mal, tudo vira dúvida, mas eu entendo. Você pode não saber, mas supera. Sua cama parece o melhor lugar, então deite, durma, esqueça. Ou não esqueça, mas deite e coloque sua música predileta no fone, escute e ignore um pouco essa sua vontade de sair por aí, gritando aos sete ventos metade das coisas que sente. Não é errado não saber tudo, só não se esqueça de saber o essencial, que é esquecer. Tudo passa, e não são só os momentos perfeitos. Por mais que a dor te lembre e te incomode, ela nunca diz a verdade completa… Ela nunca diz que vai passar.

Eu amo a Bíblia, eu leio-a todos os dias e, quanto mais a leio tanto mais a amo. Há alguns que não gostam da Bíblia. Eu não os entendo, não compreendo tais pessoas, mas, eu a amo, amo a sua simplicidade e amo as suas repetições e reiterações da verdade. Como disse, eu leio-a quotidianamente e gosto dela cada vez mais.

Eu amo-te sem saber como, ou quando, ou a partir de onde. Eu simplesmente amo-te, sem problemas ou orgulho: eu amo-te desta maneira porque não conheço qualquer outra forma de amar sem ser esta, onde não existe eu ou tu, tão intimamente que a tua mão sobre o meu peito é a minha mão, tão intimamente que quando adormeço os teus olhos fecham-se.

Pablo Neruda

Nota: Trecho de "A Dança/ Soneto XVII"

Se vocês e eu ficarmos completamente ocupados no zelo por Deus, com o desejo de conquistar almas, nada nos atemorizará. Suportaremos toda e qualquer coisa, e não nos parecerá que estamos aguentando coisa alguma; escutaremos calúnias como se nem as ouvíssemos, e suportaremos as adversidades como se não existissem.

Eu posso me vestir de uma aparência de santidade, eu posso me ornar uma falsa espiritualidade... É fácil mudar o exterior! Não leva tempo, é só você falar o que é certo, é só usar a saia no comprimento certo, é só você deixar de cantar as músicas do mundo e a gente vai construindo a nossa casa na areia! Quando a gente cuida da aparência, nós nos tornamos especialistas em julgar o outro!

Vou inventar avós que nunca morrem… e cachorros também. Eu vou inventar uma verdade sem problemas e um caminho doce pra poder voltar e catar todos os caramelos que tiraram de mim. E mesmo que tudo dê errado, mesmo assim, não tem problema. Eu deito no telhado de uma casa qualquer, olho pro céu e invento uma nuvem que chove sorrisos, bem em cima de mim...

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