Textos em Homenagem a Pessoas Ilustres

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Existem muitas pessoas ao nosso redor, roçando a pele na
nossa pele, falando diretamente ao nosso ouvido, as sentimos,as ouvimos, percebemos sua presença, mas às vezes nos sentimos sós, pois não nos fazem companhia, e não confortam a nossa alma.
Mas existem outras pessoas que mesmo estando muito longe,algumas vezes nem sabemos aonde, nos fazem sempre companhia,povoam nossa lembrança com a sua presença, pois nosso espírito as procura sempre e, as encontra com a força dopensamento.
Essas são capazes de confortar nossa alma apenas com a lembrança de um sorriso ou do calor de um abraço...

O encontro entre pessoas em nada se difere do encontro das águas...
Ambos são fenômenos que correm lado a lado,
Sem misturar-se...
Para os graciosos olhares,
Esse prodígio torna-se uma espécie de atração.
E o fato das águas não se misturarem deve-se as diferenças de temperatura e densidade e ainda a velocidade de suas correntezas.
E quanto as pessoas... bem... é bem mais complexo.
Seria totalmente insana e imprudente se tentasse definir
A razão que nos leva ao irracional.
Talvez, porque somos tão iguais, que nos tornamos diferentes.
E nessa corrida igualitária, lado a lado,
Encurralamos nossos sonhos em detrimento do outro. Ou matamo-nos a nós mesmos.
Seria possível ser diferente?
Bom...
Milton Nascimento disse: A hora do encontro é também a da despedida.
Percebo que sua verdade é também a minha.
Se isso pode mudar?
Eu não sei. Não creio que seja provável.
Mas também sou crédula na mutabilidade dos seres.
Somos suscetíveis a transformações, sim. Tal qual a borboleta à qual me comparaste.
Tanto que nem sei dizer... apenas... deixar acontecer...

Coisas que terminam, mas não acabam

Eu sempre tive um talento muito especial: ajudar pessoas.
E, acredite, sou muito boa nisso.
Tão boa que psicólogos, psiquiatras e farmacêuticos responsáveis por remédios para controlar mudanças de humor, morreriam de inveja de mim... ou não!?
É algo que descobri há muito tempo e que não posso evitar. Gosto deste trabalho quase em tempo integral.
Frases de filmes do Cameron Crowe à parte, conversando com uma amiga me dei conta de como a nossa vida é repleta de coisas que terminam, mas não acabam.
Eu que sempre gostei das divagações e reticências, garrei um ódio desses malditos três pontinhos que deixam nossas histórias em aberto; presentificando o passado e servindo de muleta sentimental. Como se o amor fosse uma perna saudável que fizesse questão da ferramenta pelo simples medo de caminhar sem a segurança do apoio incômodo. APOIO INCÔMODO. Contraditório, não?
Quando foi que passamos a andar com o que nos impede de correr?
Talvez no dia que amores cinza, quem diria, se tornaram o tom da estação...
Foi conversando com essa amiga cinza chumbo que percebi como a vida me fez gostar de pontos finais.
Como é bom ver um mesmo filme várias vezes pela certeza de saber como as histórias terminam. Que prazer ler The End em letras garrafais na tela. Fim.
Para vocês entenderem a falta de cores vivas no amor dessa amiga, vou contar a história dela como se fosse um filme, com uma breve sinopse dessa comédia romântica:

Garota conhece garoto. Garota e garoto se apaixonam. Garoto tem ex- mulher e filho. Garota passa a ter problemas com o garoto porque o garoto da liberdade demais a ex- mulher que tem chave do seu apartamento, no qual tem livre acesso até mesmo para entrar durante a madrugada e destruir eletroeletrônicos de última geração. Garota da um fim à relação porque garoto é banana e além de tudo dorme na casa da ex- esposa quando vai visitar o filho.

Moral da história: mulher perdoa muita coisa, menos um homem banana.
Bananas de pijamas à parte, que tipo de cara tem o apartamento destruído pela ex- mulher e ainda dorme na casa dela quando vai visitar o filho?
Menino bom, do interior, inocente e juvenil, criado a leite com pêra e ovomaltino, que não gosta disso de hotel, não. Pede pouso na casa da ex. Sim, menino bom, do interior não dorme; pousa na casa da ex.
Cômodo, né mesmo? Né, não.
Tanto a minha amiga, ele, quanto a ex psicopata; deixaram de viver novas histórias por medo, que é muleta do comodismo, que não passa de muleta da coragem, que é muleta do medo...
Quantas pessoas já perderam a chance de ter um relacionamento legal com alguém novo porque um ex insiste em continuar nesse círculo manco e vicioso, topando pra cá, tropeçando pra lá... Se escorando nas nossas vidas como se ainda fossem parte diária delas.
Damos chances e mais chances para o que não ter a menor possibilidade de dar certo. Não tem perspectiva de prosseguir na caminhada.
Se muleta fosse bom, Capitão América combateria o crime com ela e não participaria de experimento científico pra se tornar super soldado, não.
Pode parecer difícil, muitas vezes até impossível no momento, mas dar um ponto final nesse tipo de relação é fundamental pra não perdermos uma coisa: a direção.
Se o cara não tem atitude, bora dar fim ao que te prende e não te deixa andar.
Cada final é também um recomeço e o que vale são as surpresas da jornada!

Pessoas que não sentem o que falam, que falam simplesmente da boca pra fora, acabam tirando o real valor de uma palavra importante que, quando dita por alguém que realmente quer se expressar a pessoa amada o que sente, é vista como apenas mais um que diz isso por experiências próprias ou até mesmo se você olhar na sua volta vai ver muita gente que fala eu te amo sem sequer conhecer a pessoa a mais de uma semana. Não sou a pessoa certa, ou apta a explicar o que é o amor, acho que esse sentimento dispensa qualquer palavra. Mas entendo que é um sentimento construido com o tempo, e impossível de se ter tão rapidamente.
Há excessões, se ambos se conhecem há tempos e viram que sentem sim algo um pelo outro, é diferente, mas aí, já não iriam levar em conta esse pensamento, que é uma realidade.
"Eu te amo", como acreditar ou saber quem fala por realmente sentir o amor?!

As pessoas não sabem o que eu estou sentindo,
se é verdardeiro ou falso...
Mas isso menos importa pra mim,
O importante é que conheço, sinto e amo ela!

As pessoas não sabem o que penso, sabe?
não tenho palavras, por que nem o Diabo sabe...
Ainda bem... Pelo menos penso nela e as pessoas não imagina
que estou pensando em um amor com ela...
O importante e o mais importante de tudo é estar pensando nela!

Ela não me conhece 100%, não sabe a metade
do que demonstro a ela, mas eu me seguro
para não mostrar o amor que tenho, por que se ela pedisse para
demostrar o meu amor, eu dormiria pra sempre...

O que sinto é verdade
Queria falar na frente dela,
mas... Sou fraco e quem me deixa assim?
É o medo de perder tudo...

Vida a dois

Entre duas pessoas
homem e mulher
deve haver vontade...
desejo infinito...
amizade sólida
amor verdadeiro
Assim nasce o desejo
compartilhando bons e maus momentos
Medos todos temos
muitas vezes falta coragem
anseio de uma vida nova
partilhada entre duas almas
entre dois seres humanos.
Idade não importa
qualquer dia é dia
a vida é tão bonita
mas sozinho não tem graça.
A vida fica mais colorida
mais completa
cheia de motivação
quando caminhamos juntos
numa mesma direção.
Pessoas semelhantes
vontades parecidas
desejos...
momentos...
só o tempo vai dizer.
Nada é eterno
nem mesmo o amor
mas que seja eterno
enquanto dure.

Viajar

É uma vontade
um desejo
explorando lugares
conhecendo pessoas
interagindo com o local
contemplando belas imagens
momento único
que ficam registradas na retina
o cérebro guarda tudo
belezas naturais...
belezas locais...
rios, mares, oceanos
muralhas...construções milenares
fortificações
que algum dia...
num passado distante
serviram de lar, casa e abrigo.
Viajar
é levar na mochila
pouca coisa
e trazer outras tantas
gravadas na memória.
Europa...
berço da civilização contemporânea
onde nasceram
e viveram nossos antepassados.
Viajar
é fazer história
escrever versos
"prosear" estórias
divagar um pouco
contar "causos" vividos
noites mal dormidas
comidas deliciosas
outras nem tanto
muito mal digeridas
mas valeu a pena
tudo vale
a coisas boas ficam
as ruins se perdem no tempo.
Viajar
é lindo...
mas melhor parte
vem agora
voltar para casa.
Rever amigos...familiares
Viajar é ótimo
mas voltar é ainda melhor.
(Fouquet, maio 2010)

Pessoas
Escrever sobre as pessoas é complicado porque também somos seres humanos. Podemos ser, na maior parte da nossa vida, uma pessoa boa, mas, certamente, em algumas ocasiões tivemos algumas atitudes incorretas. Afinal, somos seres humanos e, portanto, algumas vezes somos egoístas, fracos, maldosos, gananciosos, fofoqueiros, invejosos, etc. Ninguém é perfeito.
Quantas vezes nos deparamos julgando as outras pessoas ao nosso redor. Mas, como escrevi outras vezes, cada um tem uma história e uma bagagem. Esta bagagem que é única, ou seja, a educação recebida, o sofrimento passado, os problemas já enfrentados, que faz com que a pessoa tenha determinados defeitos e também determinadas qualidades.
Porém, apesar de certas atitudes negativas que as pessoas têm, e que talvez possam ser justificadas pela sua história, não impede que nos magoem, nos deixe triste, nos deixe “sem o chão”.
Penso que nestas ocasiões devemos parar, respirar, e respirar novamente. Jamais reagir. Sei que isto é quase impossível. Pois, quando estamos com a cabeça quente falamos qualquer coisa sem pensar e, certamente, nos arrependemos mais tarde. Isto é praticamente um exercício. Escutar e assimilar somente aquilo que nos faz bem.
Se determinadas atitudes de uma pessoa não nos agradam sugiro que convivam com esta pessoa civilizadamente, mas somente o necessário, o que não pode ser evitado.
Mas também devemos reservar para a nossa vida apenas atitudes que façam o bem para as pessoas e que não as magoe. Não devemos fazer aos outros o que não queremos que nos façam. Lembrei-me da parábola da três peneiras e deixo como sugestão para você refletir: Verdade, Bondade e Necessidade: Antes de falarmos algo devemos passar pelo crivo das três peneiras: A primeira peneira: A Verdade.
”Você averiguou se tudo o que você quer dizer corresponde à verdade? Está comprovado? É verdadeiro?”
A segunda peneira: A Bondade. “Aquilo que você quer me contar; e que não foi comprovado ainda; ao menos é bom?”
A terceira peneira: A Necessidade. “Será que aquilo que te preocupa é tão necessário assim?”
“Se aquilo que você quer dizer a respeito de alguém não é verdade, nem bom e muito menos necessário, então enterre e esqueça para que não envenene a mim e a você mesmo”.

- Alguns de nós não podem levar o tipo de vida que algumas pessoas querem. Por mais que a gente tente não consegue.
- Imagino.
- Acredita em mim, não?
- Sim. Acredito em você.
- É dificil.. Sabe.. amar alguém... e não conseguir fazer essa pessoa feliz. É como se você amasse essa pessoa, mas não conseguisse ama-la como ela deseja. Você entende?

"As pessoas vão entrar na sua vida, vão ti fazer sorrir ou o contrário, você vai sofrer, vai se rasgar, vai querer se suicidar.Mas, você devia saber que o que mais a platéia gosta de ver, é o espetáculo ser cancelado por que o ator têve uma diarréia.
Por tanto.Pegue seu coração, e o leve pra onde você quizer.Mas, não admita que ninguém ouse ti pedir o enderêço. Felicidade alheia, incomoda"

Eu queria enxergar o mundo como as pessoas vêem, eu queria que pelo menos um dia meus passos não me enlouquecessem.
Eu queria alguém pra ocupar o pensamento, eu queria fazer e ser feliz por um momento.
Eu queria parar de olhar pro teto e assitir ao tédio, eu queria encontrar algum remédio.
Eu queria ver as nuvens de uma forma boa, eu queria que nenhum sentimento fosse a toa.
Eu queria poder voar, queria poder encontrar, encontrar, encontrar...

Gosto de pessoas simples, por isso pareço exigente.. É verdade! Eu sou uma mulher carinhosa, compreensiva, meiga, não gosto muito de blá bá blá..

Costumo confiar nas pessoas, dou o melhor de mim... mas sempre descubro que as pessoas que mais eu aposto, mais são falsas comigo..

Fico com raiva de mim mesma por recapitular algumas cenas em que eu agi com o coração, enquanto a outra pessoa apenas me usava.. Eu não vou dizer que sou sempre vitima dos outros...

As vezes a vida nos coloca em situações de total cegueira emocional e quando acordamos vemos que tudo não passava de um jogo, onde só os mais fortes saem vencedores...

Mas, ao invés de reclamar, tenho é que agradecer a Deus por não ter sido pior...

Tem gente que tem o dom de iludir, eu é que tenho que ser mais forte, adulta e madura o suficiente para não me render totalmente.

Observando o lado bom de se decepcionar com as pessoas é que aprendemos a ser mais individualistas e observadores, como se finalmente tirasse-mos as escamas dos olhos.

Eu ja corri pra nao deixar...alguém chorando, ja fiquei sozinho no meio de
mil pessoas sentindo falta de uma só. Ja vi o pôr-do-sol cor-de-rosa e
alaranjado, ja me joguei na piscina sem vontade de voltar, ja olhei a cidade
de cima e mesmo assim nao encontrei meu lugar.Ja senti medo do escuro,
ja tremi de nervosa, ja quase morri de amor, mas renasci novamente pra
ver o sorriso de alguém especial. Ja acordei no meio da noite e fiquei com
medo de levantar. Ja apostei em correr descalço na rua, ja gritei de
felicidade, ja roubei rosas num enorme jardim. Ja me apaixonei e achei
que era pra sempre, mas sempre era um ' para sempre' pela metade.
Ja acordei cedo e vi a lua virar sol, ja chorei por ver amigos partindo, mas
descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razao.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoçao,
guardados num baú, chamado CORAÇÃO

É estranho...
Você passa sua vida cultivando pessoas, ajudando elas, fazendo de tudo para que elas fiquem bem.
E de repente quando você mais precisa, quando se vê sozinho em frente a um precipício.
Não tem nenhuma da quelas pessoas para te ajudar...

Você se joga...
Ferido, sangrando e agoniando, no limite da sua força de vontade, você sobrevive.
Com os olhos cheios de sangue misturado com lagrimas, você os vê ao longe, e todos estão felizes...
Ninguém repara em você, estão todos preocupados com suas próprias alegrias.
Ao invés de usar todas tuas forças em um único grito de socorro com sua boca seca, você fecha seus olhos...
Retira força do pouco que sobrou de sua alma, do pouco que sobrou de amor...
Você se levanta e segue em frente, de olhos fechados, sem olhar para nada nem ninguém...

Inveja (Ser Pequeno)
Há pessoas que só sabem falar mal dos outros,
contar a vida das pessoas para as outras, mas a sua maneira.
Essas pessoas na verdade são pessoas pequenas de mente fraca,
que não conseguem reconhecer que elas sentem na verdade
é inveja, ciúmes. Porque a outra pessoa consegue ser superior à elas

Os Erros que cometi me fizeram sofrer,
e Sofrer me fez Amadurecer.
Errei em amar demais pessoas que não me valorizavam,
em ser sincero(a) com amigos falsos, errei em deixar transparecer minhas emoções.
Bom mesmo seria se eu não precisasse sofrer tanto para amadurecer, apanhar da vida, para perceber que eu sou importante para mim mesmo(a).
Mas, tenho plena convicção de que nessa vida todos sofrem por algo, isso faz parte da vida de todo ser humano.
Embora eu tenha sofrido, me machucado, chorado bastante, hoje sei que isso foi crucial para que eu me tornasse uma pessoa melhor, uma pessoa mais forte,
uma pessoa Amadurecida...
Começamos a amadurecer quando
rimos de algo que já nos fez chorar!
Pense nisso

As pessoas não me entendem.
Às vezes me pego pensando... aliás, sempre. Sempre me pego pensando nos porques das coisas. Talvez esse seja o porque da minha loucura. A chave do mistério.
Sou indecisa. Em nenhum momento cheguei a pensar que isso viesse a ser algo bom. Na verdade, essa indecisão faz com que eu me envolva até certo ponto. O que por fim me causa mágoa, pois sei que acabarei ferindo os sentimentos de alguém.
Gosto de pensar, de sonhar, de viajar dentro das minhas ideias mais loucas, porque quando penso, tenho a liberdade que sempre quis. Não tem alguém dizendo: ''Olha, você só pode pensar até esse ponto. Aqui é o fim da linha'' E para mim, não tem fim. Quebro barreiras... Quem decide tudo isso, sou eu. Adoro essa sensação de ter poder sobre algo; mesmo que seja sobre mim. Me pertenço e essa é a certeza de que vivo.
Meu coração não sabe qual é o caminho. E, sinceramente, não sei se quero saber. Gosto de me perder, achar que me encontrei, me perder novamente... digamos que já me adaptei. É para poucos.
Vou logo avisando: Não espere nada sensato a meu respeito.
Então, sobre o que eu estava falando mesmo? Ah, sobre mim.
- Eu não me entendo - .

"Ontem estive lá com grandes amigos, pessoas queridas.
A saída com os sapatos arrastando, após os aplausos pela atuação guerreira, foi de um silêncio ensurdecedor.
É da natureza do Corinthians e do Corinthiano viver seus carmas e lutar para quebrar suas sinas, para depois recriar, buscar um novo objetivo. Isso faz a nossa força e faz com que o Corinthians seja o maior de todos.
Foi assim nos 23 anos de fila para o meu pai.
É assim na busca pela Libertadores por mim.
E certamente o João e a Helena, meus pequenos corinthianos, brigarão para vencer algum outro carma.
Porque a Libertadores virá, uma hora dessas. E aí precisaremos, ou criaremos, ou aparecerá outro objetivo.
Sem isso nossa existência e paixão futebolística seria patética e inexpressiva, como a de nossos rivais, que existem – apenas - para nos olhar e nos secar.
Essas são palavras de um corinthiano ativista, que deu a sorte de torcer pelo time mais emocionante e está feliz por ter feito a escolha certa.

Viver o dia-a-dia da forma que vivemos amadurece, mas também embrutece o coração das pessoas. Essa corrida desenfreada por dinheiro, visibilidade, poder, e essa devoção alucinada pela vaidade e pelas coisas materiais, nos deixam cada vez mais longe da magia e do encanto que é ser uma criança na mais pura essência desta palavra. Eu não quero isso para mim e nem para os meus filhos. Quero carregar sempre comigo a suavidade e o desprendimento que só uma alma jovial pode conter.
Esse cotidiano selvagem que insistimos em levar adiante, nos impede de olhar para uma pipa no céu e encontrar felicidade na maravilhosa sensação de domar o vento com um carretel de linha nas mãos, e uma folha de papel colada a alguns gravetos. Infância é isso: simplicidade, encantamento e sonho.

Sorte tem todo adulto que não se esqueceu de como é ser uma criança. Sorte tem toda criança que é incentivada a crescer sem deixar de lado a vontade de brincar de ser feliz.

As fantasias infantis, aos poucos, vêm se degenerando e se tornando uma espécie de calamidade pública. Andando pelas ruas é cada vez mais raro ver uma criança brincando de amarelinha, de pique-esconde, de pega-pega ou correndo livremente atrás de uma bola. Hoje as crianças se escondem atrás de computadores, vídeo games, ipods, celulares e toda essa parafernália eletrônica que trouxe comodidade a todos, mas vem nos ensinando a viver desde cedo uma vida virtual, desprovida de conexões afetivas, e cada vez mais distantes do calor humano, inclusive, o da família.

A infância moderna, ainda que protegida por leis e estatutos, vem sendo roubada em sua essência e em sua naturalidade. A filosofia de vida atual vem nos transformando em adultos cada vez mais precoces, irresponsáveis e dispostos a competir violentamente por lugares de destaque no mundo em que vivemos. O mundo vem mudando de forma tresloucada e as crianças estão sendo cada vez mais cerceadas em seu direito máximo de poder brincar e vivenciar plenamente uma infância salutar.

Esse precioso tempo de brincar e de aprender vem sendo vilipendiado e usado para incentivar seres inocentes a se tornarem pessoas dispostas a quase tudo nessa guerra desleal por um lugar ao sol. Às vezes, ainda que sem perceber, nós acabamos transformando nossas crianças em reféns passivos de um padrão de comportamento distorcido imposto pela sociedade moderna,
gerando-lhes uma espécie de fobia social, despertando-lhes o medo de interagir com outras pessoas e fazendo deles pessoas incapazes de gerir seus próprios sentimentos.

Falando por mim, digo que a minha felicidade ainda é movida pela energia infindável de um garoto que não desiste de sonhar e de aproveitar as delícias do tempo. Ao crescer eu não me tornei um arremedo de Peter Pan, mas optei por ser um adulto viável, livre de tabus, preconceitos e, acima de tudo, comprometido com a alegria de sentir o meu espírito leve o bastante para rir da vida como se ela fosse apenas mais uma ciranda em que todos rodam e cantam de mãos dadas.

Crescer não consiste exatamente em deixar para trás tudo que fomos um dia, mas sim, em acrescentar novas passagens que, por mais duras que sejam, venham para acrescentar riqueza às histórias que guardamos na memória.

Misturando a criança que fomos um dia com os adultos que somos hoje, teremos um produto mais suave e menos carrancudo de nós mesmos. Pensar da forma que uma criança pensaria, é um exercício indispensável para o equilíbrio
existencial que muitas vezes nos falta.

Um adulto para ser bem sucedido, tem de estar disposto a fazer da própria vida um jardim de infância. Ainda que o tempo passe e a gente cresça em tamanho e proporção, é preciso continuar sendo pueril por dentro, porque só a paz de uma criança pode nos trazer felicidade plena, e uma vontade interminável de continuar crescendo, se redescobrindo e seguindo sempre em frente.

Portanto, ser adulto não nos proíbe de rodar pião, jogar bolinha de gude, empinar papagaio, andar de bicicleta ou de refletir serenamente sobre o panorama político-econômico do mundo. Afinal, sendo criança ou adulto, sempre será necessário saber aonde se pisa para que possamos dar mais um passo à frente com segurança e inventar novos caminhos. Isso ninguém pode negar, pois é fato. E como disse meu filho, um dia: “Ser criança é o maior barato”!

Adoro ver o quanto as pessoas acham que desafiando os outros, estão explicitamente desafiando a si mesmo. Algumas querem sim vencer, outras convencer. Admirável é quando faz por si, e se melhora consequentemente ajuda seu próximo se ele assim permitir. Rejeitável, é quando não convence nem a si mesmo.
Admirável é eu me vencer, ver que alguns ficaram pra trás porque querem, e que alguns estão indo lá pra frente porque permitiram minha ajuda. E que se estou também a frente é porque me permiti ser ajudada muitas vezes. O que me torna uma pessoa profundamente grata.